Safe & Sound escrita por Gistar


Capítulo 18
Antes de partir


Notas iniciais do capítulo

Olá meus queridos leitores. Depois de vários dias fora o Nyah voltou para a nossa alegria hehe Mas não vou escrever muito aqui porque vocês devem estar curiosos né? Então boa leitura!



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“Beije-me forte antes de partir

Tristeza de verão

Eu só quero que você saiba

Querido, você é o melhor...”

Pedro

Com o coração na mão eu vi ela se afastar, queria correr e pedir pra ela voltar e esquecer toda essa loucura, mas eu não podia. A hora tinha chegado e eu tinha que cumprir a minha parte no plano.

Eu fui para a quadra onde Miguel, Bruno e Emerson já estavam me esperando.

Nós começamos a jogar e depois de verificar que os guardas do terraço já estavam no outro lado, Emerson jogou a bola pelo vidro do refeitório em um dos capangas do Daniel.

Foi batata! O cara e o que estava com ele foram até nós e logo se formou um círculo à nossa volta.

– Quem foi o responsável? – perguntou o cara que o Emerson tinha acertado. Ele estava com a cara vermelha e a boca sangrando. Ele tinha jogado a bola com vontade.

– Fui eu! – ele disse.

Nessa hora eu, Miguel e Bruno já estávamos chegando nos outros caras por trás.

– Você vai pagar por isso! – Ele ia partir pra cima do Emerson quando nós agimos e os imobilizamos. Ele fez o mesmo com o cara que o estava ameaçando quando viu que ele estava distraído com o que estava acontecendo com os outros.

Nós os deitamos no chão e os amordaçamos com as cordas. Outros garotos ajudaram o Bruno, ele estava tendo dificuldades.

Quando terminamos, Bruno começou a levar as pessoas para o vestiário. É claro que elas não fizeram muitas perguntas. Ele disse que iria tirar elas dali e elas confiaram nele.

Quando já estavam a uma distância segura nós voltamos para o refeitório. Jacson e os outros alunos já não estavam mais lá.

Eu dei uma olhada lá na frente da escola, não deu pra ver as meninas, os caras estavam na frente delas. Tomara que estejam bem...

– Vamos lá gente. – eu disse e Miguel e Emerson me seguiram. Nós subimos até o terraço. Tivemos que ir pela escada de incêndio, já que estávamos com as armas dos caras e não podíamos ser pegos.

Chegamos na porta que dava para o terraço. Eu abri ela devagar e dei uma espiada. Os dois caras estavam de costas, olhando pra baixo, na beira do prédio. Só um empurrãozinho. Ia ser tão fácil! Mas não era assim...

Nós três abrimos a porta e eu saí gritando:

– Parados! Ninguém se mexe ou a gente atira.

Eles ficaram imóveis

– Se virem devagar. – Emerson pediu e eles obedeceram.

– Ponham as armas no chão, devagar. – eu mandei e eles fizeram.

Quando largaram as armas Miguel as recolheu. Eu o ajudei a amarrar os caras enquanto Emerson continuava apontando a arma pra eles.

– Se tentarem alguma coisa eu atiro. – ele ameaçou.

Depois de nos certificarmos que os dois estavam bem amarrados, nós saímos. Tínhamos que ir buscar a Ângela.

Nós descemos até a porta do auditório e entramos.

– Mãos pro alto, ninguém se mexe! – Emerson passou na minha frente e foi logo gritando. Ele parecia estar se divertindo com tudo aquilo.

O cara que estava sentando no palco nos olhou apavorado.

– Ferrou cara! A coisa tá feia pra vocês. – Emerson disse – Desce daí!

Ele disse para o outro cara que segurava um cenário. Ele desceu e Ângela também veio correndo pra nós.

– Você está bem? – ouvi Miguel perguntar a ela enquanto eu e Emerson amarrávamos os caras.

– Sim. E o Bruno e o Jacson, conseguiram sair? – ela quis saber.

– Conseguiram, até agora está tudo certo!

– Vamos logo pegar a Rose. – Emerson disse impaciente.

– Você vai com a gente? – perguntei para ela.

– Claro.

– Tá bem, mas fica atrás de nós e se algo der errado, sabe onde é a saída então corre! – falei.

Nós fomos até o andar dos dormitórios, onde Rose estava.

– Eu vou na frente Emerson. – pedi, eu não sabia o que a gente ia encontrar e tinha medo que ele perdesse a cabeça.

– Nem vem!

– Por favor! Não estraga tudo cara, confia em mim.

– Tá certo. Mas eu vou entrar de qualquer jeito.

Eu abri a porta e entrei, quando viramos o corredor vimos Rose que estava com dois caras, eles estavam distraídos olhando para a porta.

– Não se mexam ou a gente atira! – gritei apontando a arma pra eles.

Eles se viraram.

– Soltem as armas no chão devagar. – Emerson pediu. – Vem Rose!

– Até que enfim! Pensei que tinham ido embora e esquecido de mim aqui com esses dois panacas! Porque demoraram tanto?

Até nessa hora Rose conseguia me irritar.

– Não demoramos Rose. Está tudo certo!

Ela ficou lá se agarrando com o Emerson.

– Ãhã! – fiz barulho limpando a garganta. Ela parou de beijá-lo e me olhou.

– Que foi?

– Rose, a gente não tem tempo pra isso! O Emerson tem que apontar a arma pros caras pra gente poder amarrar eles.

– Ah é! Deixa comigo mano. – ele disse e apontou a arma. – Quietinhos ou estouro o miolo de vocês!

Emerson sempre exagerado.

– Vamos lá, ainda temos que ir no laboratório de Química. – falei.

– Vocês duas fiquem aí atrás quietinhas. – Emerson disse pra Rose e Ângela.

Nós chegamos no corredor do laboratório e não tinha ninguém. Deviam estar lá dentro, dava pra sentir o cheiro de alguma coisa queimando...

Nós abrimos a porta do laboratório, apenas um dos caras estava armado, o outro segurava um extintor.

– Parado aí mano! – Emerson gritou.

– Chegaram na hora! – Eric disse.

– Vocês armaram isso tudo pra escapar? – Um dos caras perguntou, parecia admirado.

– Não, a gente fez isso porque estávamos entediados! – Emerson respondeu e começou a rir da cara dele.

– Menos Emerson, menos! – falei enquanto Eric e Miguel prendiam os caras.

– Tudo certo?

– Tudo jóia Eric! – respondi. – Se Deus quiser, vamos estar fora daqui logo. Vamos pessoal.

Agora tínhamos que ir até o pátio da frente.

– Acho melhor as meninas ficarem aqui dentro! – Falei quando chegamos no refeitório.

– Nem pensar! Não vou ficar aqui sozinha. – Disse Rosane.

– Nem eu. – Concordou Ângela.

– Tá bom, mas tomem cuidado! – pedi.

Nós nos aproximamos lentamente deles, tomando todo o cuidado para não alertá-los da nossa presença. Emerson, Miguel, Eric e eu, colocamos uma arma na cabeça de cada um deles.

– Parados senão atiramos! Não estamos brincando! – falei.

Mandy e Jessica se vestiram rápido.

Nós tiramos as armas das mãos deles e a jogamos para o lado.

– Meninas amarrem eles. – Pedi atirando as cordas pra elas.

Foi tudo muito rápido. O homem que Mandy estava amarrando a empurrou para o lado e antes que Miguel que era quem estava apontando a arma pra ele ou qualquer um de nós fizesse algo, ele pegou uma das armas que estavam no chão e deu um tiro. Emerson deu uma coronhada nele. E depois eu ouvi os gritos da Jessica. Olhei ao redor pra saber quem tinha sido atingido e vi Miguel no chão. Estava com o peito ensangüentado.

Nós corremos para onde ele estava. Foi triste de ver, ainda estava vivo, mas pelo jeito que o sangue jorrava da ferida, devia ter atingido uma artéria. Jessica continuava chorando, agora segurava a cabeça de Mike, enquanto Eric já tinha tirado a camisa e fazia pressão no ferimento.

– Mi, fica comigo! Não me deixa. Não vá para onde eu não posso ir com você. – Jessica pedia.

Era duro assistir tudo sem poder fazer nada.

– Não chora Jess... me prometa que vai ser forte. – Miguel pedia aos sussurros.

– Não, eu quero que você fique aqui comigo.

– Me prometa Jess! – pediu já com a voz falhando.

– Eu prometo, mas fica comigo, eu... eu te amo!

– Eu também te amo Jess. Avisa pros meus pais que eu os amo também, tá? Não esquece...

– Não... – Jess curvou a cabeça e depositou um beijo nos lábios dele.

– Até... – vi em seu rosto o esforço pra terminar a frase. - ...logo.

–NÃOOOOOOOO – Jess gritou tão alto, era um grito de agonia e dor, eu podia sentir no meu peito a sua dor. Então ela o segurou forte, como se pudesse impedi-lo de partir se fizesse isso.

– E agora o que a gente vai fazer? – perguntou Emerson. – A gente ainda tem que ir buscar a Sara...

– Eu vou! – falei.

– Eu vou com você!

– Não! Alguém precisa carregar o Miguel e o Eric não vai aguentar fazer isso sem ajuda. Eu vou sozinho!

– Pedro eu não vou...

– Vai sim Emerson.

Eu olhei para os outros. Mandy agora estava ao lado de Jessica, tentando convencê-la a sair de perto dele para Eric carregá-lo dali.

Emerson se aproximou dela.

– Jess eu vou levá-lo. Precisamos ir agora.

Enquanto eles se ocupavam com o corpo já sem vida de Miguel, eu me afastei para ir buscar a Sara. Tomara que não seja tarde demais. Eu teria que deter o Daniel e ele não tinha como escapar.

Me aproximei da Diretoria. Meu coração deu um salto quando percebi que a porta estava aberta. Entrei e não havia ninguém lá. Vi a passagem aberta e desmoronei.

Daniel havia escapado e levado Sara com ele.

Demorei alguns minutos até me recuperar do choque. Levantei e desci pela passagem. O lugar era estreito e úmido. Eu tinha que correr, Daniel estava com certa vantagem na minha frente e eu não podia deixá-lo escapar dali ou talvez eu nunca mais o encontrasse, nunca mais achasse ela.

Eu corri a toda velocidade que pude. Cheguei a um ponto onde o túnel se subdividia em três. Droga! O Jacson não me falou disso. E agora, qual é o caminho? Testei os três e descobri que em um deles havia uma corrente de ar. Era o do meio, deve ser essa a saída. Fui por lá, tomara que eles não estejam muito longe.

Continuei correndo. Graças ao futebol eu tinha uma boa preparação física e conseguia correr longas distâncias. A passagem tinha uma curva mais adiante e ao virá-la, parei. Daniel estava logo ali.


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Notas finais do capítulo

Ah eu fui ontem assistir Em Chamas e amei! Vocês também são fãs?
Mas voltando à história o que acharam? Vou tentar postar o próximo capitulo amanhã ou segunda. Bjs