Joseph acordou alarmado, sentindo a leve risada suspirou frustrado, fora um sonho, uma manipulação da mente diabólica da ruiva, ela ainda estava deitada, observando-o atentamente, como se fosse uma cobra prestes a atacar, e fora isso que ela fizera, atacou seus sonhos, possuiu sua mente e transtornou seu corpo, com a face brava voltou-se para ela prestes a brigar quando escutou ela falar.

– Sua mente diz o que sua boca se cala. – sussurrou Lilin sorrindo – Não manipulei sua mente porquinho, apenas mostrei o que você queria realmente, coloquei em pratica seus pensamentos sobre mim.

– Isso é mentira, não te desejo. – rugiu bravo.

– Seu corpo diz o contrário, os hormônios estão mais elevados que o normal. – comentou cientificamente – O odor é realmente tentador, cheiro de humano, de homem, da água na boca.

– Não sou uma comida pra você querer devorar.

– Pelo contrário porquinho você é o meu jantar. – gargalhou jogando a cabeça pra trás.

– Veremos. – afirmou levantando e seguindo para o banheiro.

Ela sorriu tendo a certeza que ele iria se aliviar no banho, levantando e seguindo o mesmo caminho observou silenciosa enquanto ele deixava a água cair sobre seus cabelos, completamente nu apenas respirando e suspirando pelas lembranças do sonho. Gemendo sua mão deslizou pelo corpo, tocando a parte dolorida do seu sexo que implorava pelo corpo da ruiva. Os movimentos eram calmos, lentos e tentadores, fazendo assim aumentar a libido da demônio, agora era completamente tentador aos seus olhos apenas observar aquilo, como uma cobra ela espreitou entre o box e o moreno sentindo a temperatura do vapor tocar sua pele como se fosse um calmante, algo em seu movimento fez Joseph parar e virar para encará-la, a sua imagem não era de choque, pelo contrário, parecia que esse movimento tinha sido pensado, a ruiva sorriu se aproximando substituindo a mão do moreno.

– Precisa de ajuda?

– Você precisa? – jogou ele.

– Não porquinho, teu prazer é o suficiente pra mim. – sorriu beijando-o.

Lilin podia sentir a energia fluir para o seu corpo, seus movimentos eram suaves e completamente agonizantes para o prazer de Joseph, a cada onda de prazer nele à energia fluía pra ela, forma tentadora para a alma do humano se esvair aos poucos, lentamente, matando-o com o prazer. Separando seus lábios o moreno sorriu sedutoramente invertendo as posições, colocando a ruiva contra a parede, prendendo suas mãos acima da cabeça, impossibilitando-a, mesmo esta sendo mais forte que ele, não fez nada pra impedir essa atitude controladora do homem a sua frente, ela gostava disso, de atitude, sorrindo inclinou seu corpo pra frente, fazendo-os roçarem a pele de forma delicada, mas fogosa pros dois, sorrindo ainda mais Joseph beijou o corpo da ruiva, pescoço e seios fartos, fazendo-a gemer e sussurrar debilmente o apelido carinhoso que dera pra ele, sentindo-se vitorioso o moreno afastou-se deixando-a lá, em puro êxtase de sensações, das sensações dele unidas com a dela, isso a fez rir, uma boa preliminar era o suficiente pra provar que ele era capaz.

– Acho que ainda não aprendeu que quem usa quem aqui sou eu. – riu abrindo os olhos agora negros – Não se engane porquinho, a cada toque em meu corpo é um pouco da sua pura alma abandonando o teu.

Saindo dali ela sabia que aquela energia não seria suficiente para saciar sua sede, e ter uma alma tão pura exalando desejo por ela era algo novo, há tempos não tinha uma dessas pra provar, apenas almas corrompidas, destruídas, ela faria esse prazer durar o quanto quisesse, a diversão estava apenas começando e pode ter certeza que não seria apenas ela gemendo.

Ela estava entregue, pensou Joseph encostando a cabeça novamente no azulejo do box, ele sentiu isso, os gemidos, os toques, as sensações, não poderia ser fingimento, e não seria, afinal ela era a deusa succubus, nada mais justo do que ter o próprio sexo irradiando pela pele, batendo no vidro deu-se conta que fora enganado, que ela o tinha usado, bebido, sugado sua energia sexual para se alimentar, era isso que demônios faziam, pensar que fora uma deusa o fez gargalhar, aquilo não seria em nada sagrado, muito menos bom, o que era agora, um demônio, isso sim se encaixava no perfil dela, sedutora e fatal, um pecado carnal.

Já pronta Lilin chamou o porquinho que se vestia dentro do banheiro para um passeio, era hora de conhecer o lugar. Com roupas floridas e joias vermelhas como seus lábios a demônio esperou sentada na cama pelo moreno sair, com vestes mais escuras isso diferenciava humanos de monstros, como o próprio Joseph denominava os demônios que agora lhe observavam pelos cantos.

– O que estou fazendo aqui fora? – perguntou o moreno caminhando desconfiado ao lado da ruiva.

– Pegando um sol. – sorriu sentindo o vento tocar seus cabelos – Sendo um delicioso moreno deve ter esse bronzeado suave e sensual.

– Por que seus olhos tornaram-se negros? – questionou novamente, curiosidade sendo mais forte do que o silêncio então.

– A cada pecado que cometo sinto minha “alma” se tornar mais obscura. – disse despreocupada – Corromper a tua faz com que a minha fique ainda mais sombria.

– Teria alguma forma de deixar a tua mais pura?

– Esta delirando porquinho? – riu tocando a testa do jovem de forma divertida voltou a caminhar ainda a sorrir – Nós não somos parte do conto de fadas, onde um beijo acorda princesas e bruxas más são derrotadas com espadas e bondade sempre vence com o final feliz, aqui é a realidade, nós somos reais.

– Mas como pode ser real?

– Abriram às portas do inferno, nós fomos libertados.

– Por quem?

– Por Lúcifer. – sorriu sombria.