Death Note: Os Sucessores - 2 Temporada escrita por Nael


Capítulo 18
Cap. 17: Uma Última Cartada


Notas iniciais do capítulo

"Respire, respire fundo
Acalme-se, ele diz para mim
Se você jogar, jogue para ganhar
Pegue uma arma, e conte até três
Estou suando agora, me mexendo devagar
Sem tempo para pensar, é a minha vez"

Música: Russian Roulette - Rihanna

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TRAILER

Annie e Sophie caminhavam pelo corredor rumo a salão de reuniões onde todos já esperavam.

– Diga-me, a tal encomenda... Seus irmãos chegaram bem?

– Sim. Watari cuidou de tudo na escola e os dois estão no quinto andar jogando e comendo doces. Não fazem ideia do que é isso aqui ou da confusão em que estamos metidas.

– E aceitaram isso? Não se preocuparam em descobrir a verdade? – ela parecia intrigada enquanto dobrava a direita.

– Sim, mas eu pedi que confiassem em mim.

– Hum... Certo. Não sei julgo uma atitude muito louvável ou idiota. Mas, enfim, os irmãos são seus não devo me meter.

– Sophie. – ela parou em frete a porta e puxou o braço dela. – Sei que está numa situação difícil e... Quero dizer... Acha que é uma boa ideia manter o Scott aqui? Devíamos mandar ele pra uma prisão de segurança máxima, com monitoramento e etc. Kira é esperta, pode arrumar um jeito de obter informações nossa através dele. Lembra o que fez com Misa Amane?

– Nós é que vamos usar dele.

– Você ganhou na partida de xadrez e ele parece ter cumprido sua parte e respondeu todas suas perguntas, mas o que descobrimos é muito pouco.

– Não importa mais Annie. Se eu não pegar Kira em seis dias vou morrer de qualquer forma. – ela empurrou a porta e entrou.

– L finalmente. Qual o plano? – perguntou Aizawa.

– Plano?

– Sim. Pra evitar sua morte e pegar Kira.

– Ah! Sim. Sobre isso. Eu não tenho nenhum plano. – todos a encararam com espanto. – Não vou arriscar ainda mais a vida de vocês nisso. No presente momentos contando comigo, Annie e Watari somos apenas seis pessoas ativas na investigação. Não deixarei os hospitalizados voltarem e nem quero que vocês continuem. A melhor opção seria acabar isso aqui.

– NÃO! – gritou Wright. – Não pode desistir assim, não pode fazer com que todos tenham morrido em vão. Você tem que... que...

– O que? Vingá-los? – ela o olhou seria. – Vingança é algo ridículo que gasta tempo, dinheiro e vidas inocentes.

– Mas ele está certo. Não pode fazer com que todo nosso esforço seja em vão. Estamos dispostos a lutar, estamos aqui sabendo que podemos morrer. E faremos isso com orgulho se for para derrotar Kira...

– Há uma enorme diferença entre sacrifício e suicídio. Mesmo que todos morram para me proteger ela vai apenas continuar com esse jogo até que eu me renda. – ela suspirou cansada e irritada. – Entretanto eu não me renderei tão fácil. Mas não posso mais dizer se minhas atitudes levarão vocês ao sacrifício ou suicídio. Isso caberá a vocês decidir.

– Então você pensou em algo? – perguntou Annie.

– Sim. Existe apenas três maneiras de resolver esse impasse. – todos se concentram na garota pálida com olheiras. – Eu posso aceitar a chantagem de Kira e morrer em rede nacional; posso usar o Death Note que tenho para matá-la caso descubra seu verdadeiro nome. – muitos se sobressaltaram com aquela hipótese. – Ou posso pedir a vocês que arrisquem suas vidas uma última vez e sequestrarem Misa Amane.

Os policiais se entreolharam.

– Ela tem um Death Note e acordo dos olhos, assim se eu aparecer na televisão e falar um nome falso não adiantaria. Sem ela, Kira não tem como agir, então vamos tirar sua vantagem.

– Certo. Mas como faremos isso? – perguntou Hilde. – Nem se quer sabemos onde estão.

– Na verdade... – Annie começou sorridente. – Eu consegui colocar um rastreador naquele homem que estava com a Misa, mas ele parou de funcionar num determinado momento. Acho que foi descoberto ou teve intervenção de ondas eletromagnéticas.

– Em todo caso já temos por onde começar. – disse Sophie. – Muito bem senhores, vamos caçar.

Um alarme estourou pelo lugar.

– O que é isso? Kira está ligando de novo?

– Não. Não é isso. – as portas se trancaram e as janelas foram lacradas com grades de metal. – Watari as câmeras!

A tela foi ligada e subdividida até achar o problema.

– Como ele fugiu? – Mogi exclamou observando Scott atirar nas câmeras.

– Não tem como ele conseguir sair daqui, certo? – perguntou Annie.

– Na verdade eu acho que ele pensou bem nisso. – Sophie ampliou uma das câmeras que propositalmente não havia sido danificada. Scott aparecia puxando uma garota de uns 14 anos e cabelos castanhos.

– Blair? – Annie gritou. – Maldito! – ela caminhou até a porta tirando duas armas da cintura e pressionando o polegar na fechadura. – Eu vou matar esse Yagami.

– Sendo assim. Vamos ajudá-la. – ela se posicionou na cadeira e começou a teclar liberando algumas portas e bloqueando corredores com paredes de metal que lembravam comportas de navios.

É. Dizem que nada é pior do que a fúria de uma mulher traída. – pensou Hilde. – No final das contas L ainda é uma mortal como todas nós. E Scott... ah, ele era um bom amigo, pena que tudo não passou de uma farsa.

Annie seguia para a garagem. Scott chegou às escadas onde não havia bloqueio e as descia. Alguns andarem acima a ruiva atirou sem hesitar. Não podia acertar a irmã e não iria, tinha uma visão tão aguçada e uma mira tão boa que poderia acertar uma mosca a metros de distância.

O rapaz só se deu conta do que acontecia quando seu braço queimou com a bala. Ele olhou para cima e quando percebeu que ela atiraria de novo foi para trás e se encostou na parede usando a garota como escuro humano.

– Errou, foi? Annie Tabolt? – ele voltou a descer as escadas puxando Blair.

– A próxima será na sua cabeça se não devolver ela. – a ruiva pulava pelos corrimãos até ficar apenas dois lances de escada dele que continuava correndo.

– Parado Yagami. – ela atirou na parede. Estava agora às suas costas. Ele puxou a garota e colocou a arma na cabeça dela que chorava e arfava, mas não conseguia gritar. – Solte ela e eu te mato rápido.

– Sabe o que é Tabolt, não estou muito a fim de morrer hoje não.

– Como pode fazer isso? Confiamos em você. Apesar dos seus pais sempre acreditamos que você era diferente, que era melhor.

– Haha. Que eu era melhor? Não em faça rir. Você sempre manteve um pé atrás comigo desde que descobriu de quem sou filho. Foi a primeira a me julgar.

– Que seja. Acertei na mosca. Meus instintos estão sempre certos. – ela apontava as armas para ele.

– É. Estava. Mas Near era confiante demais para te escutar e Sophie.. Ah! Sophie estava encantada demais para enxergar a verdade. Logo ela, tão inteligente, tão perfeita, a queridinha do Near, o Novo L. – ele gargalhou puxando a garota que soltou um gemido abafado. – Sinceramente achei que seria mais difícil.

– Não importa. Acaba aqui. – ele estava um lance acima perto da porta já que ela desceu pelo corrimão, ou seja, ela teria que atirar degraus abaixo e assim tinha mais risco de acertar Blair.

– É mesmo. E como acha que será isso?

– Dois tiros, um na sua cabeça e outro no peito. Primeiro o sangue ira jorrar na parede, depois você cai e ele vai escorrer pelas escadas e então eu vou limpar meus caros sapatos na sua cara. – ela falou irritada com os olhos cerrados. Ele sorriu. Essa é a ladra assassina que conheço.

– Continua a mesma psicopata de sempre. Que coisa feia de se falar na frente da sua irmã, tsc, tsc. Assim ela via ficar traumatizada. – ele a posicionou melhor e terminou de subir os degraus de costas encarando Annie até finalmente bater as costas na porta branca. – É o seguinte, se não quiser que o sangue da sua doce irmãzinha role escada abaixo é melhor a Sophie abrir as portas e me levar até a garagem. Eu entro num carro saiu daqui e deixo ela com o celular no primeiro lugar que encontrar quando constatar que não estou sendo seguindo.

Eles se olharam fixamente, Annie encarou a irmã que tinha os olhos marejados, mas também pareciam arder em fogo. Sua mão esquerda livre estava cerrada com o polegar e o indicador levantados em forma de uma arma. Sabia o que ela queria dizer. Atire, atire. Você não vai errar, atire. O seu celular tocou.

– Coloque no viva voz. – era Sophie, ela obedeceu. – Scott a policia já está aqui, você está cercado. Solte Blair e se entregue pacificamente.

– Não cairei mais nos seus blefes. Se quer que ela continue viva abra a porta e libere a garagem para eu sair em um dos carros. Não é a Blair que eu quero matar.

Houve um silêncio e Annie olhou o celular, a chamada continuava.

– Sophie? – ela disse mantendo uma mão levantada com a arma pra ele. – Sophie! – ela exclamou alto e a porta atrás dele fez um click.

Ele se aproximou da porta e passou o braço pelo pescoço da garota.

– Sei que você escuta, abra a porta devagar com a sua mão direita.

A garota obedeceu e ele entrou na garagem seguido por Annie que continuava apontado a ama pra ele enquanto segurava o celular.

– Isso é decepcionante. – disse Sophie. – Near acreditou em você, mesmo depois de saber da verdade a CIA te aceitou você teve uma boa vida e nunca sofreu as consequências de ser filho do Yagami. E agora você se vira contra nós. Pensei que não seria tão fraco. Olha só quem diria... Até mesmo eu erro. – ele abriu a porta de um camaro preto trincando os dentes e entrou empurrando Blair que se acomodou no banco do passageiro.

Ele ligou o carro.

– Annie fique onde está. – ela soltou o celular e pegou a outra arma na cintura e atirou no vidro de trás. Scott acelerou enquanto a porta da garagem levantava.

Mais que depressa ela correu. Scott dirigia com uma mão e mantinha na outra a arma apontada para Blair. Num movimento rápido ela puxou a arma da mão dele ficando fora da mira e fazendo o volante virar. Eles colidiram com a parede próxima ao portão da garagem.

Annie correu e viu a irmã sendo puxada pelo lado do motorista. Scott corria com ela até o portão que parou por um segundo e começou a abaixar.

– Blair. – ela gritou, parou e então atirou. Acertou sua mão fazendo a arma dele cair. Depois novamente o braço e ele soltou a garota que o empurrou pro lado do carro com um chute.

Ele tirou outra arma e mirou na garota. Annie atirou certeira no gerador de luz que ficava metros à direita. Blair se escondeu entre duas pilastras e ouviu o som de pneus e tiros. Scott conseguiu entrar novamente ao carro e passar pelo portão arranhando o teto enquanto Annie atirava na lataria e acertou um dos pneus traseiros. As lâmpadas de emergência vermelhas forma acionadas.

Blair saiu do esconderijo e correu até a irmã que a abraçou e suspirou.

– Você está bem? –eEla perguntou e a garota assentiu com a cabeça. – E o Charlie? – elas se afastaram e a garota começou a mexer as mãos e os braços. Estava falando na Língua de Sinais já que não podia falar normalmente. Disse que o irmão estava bem e continuava no quinto andar. Ela foi pega enquanto ia à cozinha e topou com Scott.

Elas andaram de volta para o elevador, o lugar estava voltando ao normal no meio do caminho pegou o celular de volta que tocou já que Sophie acompanhava tudo pelas câmeras.

– Ela está bem?

– Sim. – Annie respondeu. – Mas Scott conseguiu fugir.

– Não tem problema. Isso será vantajoso. Ele nos levará até o covil de Kira. – ela riu. – Suponho que tenha conseguido colocar um rastreador nele também, Annie Tabolt.

– Sim, consegui jogar quando apaguei as luzes e em todo caso ele tem uma bala minha no braço. Lá tem um chip também. – ela ficou pensativa. – Ele deve suspeitar disso e vai ter que tirá-la. Aliás ele vai procurar por rastreadores, sabe que sou mestre em fazer isso. E mesmo que seja minúsculo ele pode encontrar.

– Então temos que nos apressar. – ela desligou. Muito bem Near, agora é sua vez de jogar.


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Notas finais do capítulo

Um pouco atrasada.
Nós vemos em uma hora com:
Capítulo 18: The Tales Of Ryuk III



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