Death Note: Os Sucessores - 2 Temporada escrita por Nael


Capítulo 17
Cap. 16: Estratégias de Batalha


Notas iniciais do capítulo

"E assim eu mandei alguns homens à luta
E um voltando morto a noite
disse 'você viu meu inimigo?'
disse 'ele se parecia comigo'
Assim eu parti para me cortar
E aqui vou eu."
Música: Same Mistake - James Blunt

http://meu.vagalume.com.br/fanicarolin/playlist/4911267/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/409839/chapter/17

[...]

– Finalmente. Achei que nunca conseguiríamos nos falar. Você é uma pessoa de difícil acesso, Detetive L.

– Engano seu. Não precisava matar meus policias Maisy, já tem minha total atenção há muito tempo. O que você quer Kira?

– Uma troca. Bem simples. – Maisy fez uma pausa dramática. – Como deve ter percebido eu consegui um jeito de descobrir o nome dos seus policiais. Então minha proposta é bem simples. Sua vida em troca da deles. – Sophie cerrou as sobrancelhas, do outro lado da linha Maisy sorriu de canto.

– Quando e onde?

– Você vai arrumar tudo para que haja uma transmissão mundial do pronunciamento do Detetive L. Então revelará sua identidade ao vivo. Mostrará seu rosto e dirá seu verdadeiro nome, depois se renderá a mim, vai dizer que desiste, que perdeu. E então eu vou assistir a sua morte numa tela plana de 50 polegadas. – ela se divertia vitoriosa enquanto rolava na cama. – Não tente me enganar com nomes falsos e colocar outras pessoas para morrer no seu lugar, Hana. Se eu suspeitar de alguma coisa ou se você fugir disso vou matar todos os policiais que se envolveram nos Casos Kira, até mesmo aqueles que saíram.

– Não será necessário fazer mais ameaças. Estamos de acordo.

– Ah! E Hana acabe com essa palhaçada de sequestro, detesto ver meu irmãozinho chorar. – ela debochou. – Você tem no máximo uma semana para atender a todas as minhas reivindicações.

– Entendido. Ah! E Maisy... –eEla colocou um sorriso travesso no rosto. Ainda tinha que dar a última palavra. – Não se atrase. – desligou.

– Haha. Ela ainda acha que pode fazer piadas sobre isso? – Maisy colocou o telefone sem fio no gancho. – Que ridícula.

– Foi uma ideia brilhante, Kira. – Sayu que estava no sofá da sala aplaudiu a sobrinha. – Você venceu, L está acabada.

– Não vamos comemorar ainda Sayu. – ela disse se levantando e se sentando de frente para a tia. – L vai tentar virar o jogo, tentar se safar, talvez até bole um bom plano, mas em todo caso... Eu estou com a vantagem. Assim que as pessoas perto dela começarem a morrer ela vai se render. Ela é o tipo de pessoa que valoriza muito os princípios a ponto de engolir todo o orgulho.

Sayu assentiu e serviu um pouco de chá para a garota. O bule e as xícaras haviam sido colocados sob a mesa de centro. Ela pegou a xícara com o pires, mas não bebeu. Se levantou e caminhou até a escrivaninha onde Misa olhava as fotos de criminosos no computador e os escrevia no Death Note.

– Como estamos indo, mamãe? – ela se fez de simpática e colocou a xícara ao lado da mulher que estava concentrada.

Quando descobriu que Kira era na verdade sua filha Misa se ajoelhou arrependida e jurou total apoio a ela. Maisy protagonizou uma cena de perdão na frente de Sayu e Katsu enquanto interiormente ainda odiava aquela mulher. Mas ela estava sem seu caderno, Ryuk tinha desaparecido e para ganhar aquele jogo ela iria a extremos.

Como ela havia feito o acordo dos olhos mais que depressa Maisy planejou uma emboscada para L usando Misa. Afinal pra alguma coisa ela tinha que servi. E ficou se fazendo de boa filha que estava tentando recuperar o tempo perdido com a sua mãe. Foi assim que conseguiu o nome de alguns policiais já que na verdade as fotos nas fichas estavam modificadas.

Mas por alguma razão Misa não mencionou ou cogitou falar sobre Matsuda, Mogi ou Aizawa.

– Está tudo indo bem. – Misa respondeu sem parar de trabalhar. – Estou recebendo as fotos que os outros estão enviando, mas se a procura pelos dados fosse mais rápida chegariam a mim também mais rápido e poderia matar muito mais criminosos.

– Não se preocupe. Os criminosos podem esperar. – ela tirou a caneta das mãos dela. – Pare um pouco e beba o chá, se trabalhar muito e não se cuidar logo vai estar fraca. – ela sorriu.

– Obrigado Maisy. – ela pegou a xícara. – Eu queria te perguntar uma coisa.

– Sim? – ela se sentou à mesa.

– O seu irmão... – Maisy cerrou os olhos. – Ele está vivo também? – um pouco mais afastada Sayu se sobressaltou e ficou inerte ouvindo a conversa.

– Eu não sei. – ela abaixou a cabeça. – Eu descobri sobre ele a pouco tempo e não tive muitas informações. Nem sei que nome deram pra ele.

– Entendo. – ela bebeu o chá e suspirou. – Se ele estiver vivo... Bom, devo me desculpar com ele também.

– Certo. Vou tentar investigar mais sobre isso, mas até que L esteja morta vamos nos focar nisso aqui. – ela se levantou e encarou Misa que continuava sentada com a xícara nas mãos. – Ah! E mais uma coisa... Mesmo quando tudo isso acabar, não ouse nunca, jamais me dar um nome. É o único jeito para que eu fique imune aos shinigamis. – ela se curvou ameaçadora sobre a loira. – Do contrário Ryuk pode aparecer e me matar. E você não quer que essa historia tenha o mesmo final que a outra, quer?

– Não. – ela abaixou a cabeça. – Vou te ajudar, fazer tudo o que me mandar. – Serei a mais devota das cúmplices de Kira... Como nos velhos tempos. Apenas...

– Estou contando com isso. – ela se afastou.

– Maisy. – chamou Sayu aumentando a televisão. – Parece que as notícias do seu sequestro já saíram no ar.

– Ótimo. Mas ainda sim tenho um problema.

– Qual?

– Meus pais adotivos. – ela suspirou. – L está sem alternativas, mesmo que me prenda Misa está escondida aqui e continuará agindo como Kira então... Vou voltar pra casa.

Eu ainda me lembro de tudo perfeitamente e em todo caso tenho uma folha do Death Note de Misa então mesmo que L use o caderno minhas lembranças não serão apagadas. Ou será que ela já usou? Afinal essa seria a única razão lógica para Ryuk sumir assim. Se bem que se ele estava mesmo disposto a me ajudar teria achado um cheio de vim me encontrar... Arg! Onde diabos está esse maldito Shinigami?

A noite acabava no Japão, os primeiros raios do dia invadiam o céu, mas a madrugada tinha sido árdua para os dois lado do tabuleiro e enquanto o dia chegava eles se entregavam ao tão merecido descanso. Todos exceto a garota dos olhos de gelo.

Sophie foi até a cozinha deserta do QG e atacou a geladeira, pegou dois recipientes de isopor com fatias de torta dentre vários outros itens e desceu até os níveis inferiores onde haviam celas de detenção. Scott se encontrava em uma delas. Sophie se aproximou em meio a escuridão.

– Já estava achando que não ia aparecer. – Scott que estava sentado em cima da cama com a cabeça sobre os joelhos a encarou e sorriu maliciosamente com os olhos cerrados.

– Tive uns probleminhas no caminho. – ela pressionou o polegar na fechadura biométrica e a porta se abriu. – Sabe como está difícil achar boas tortas de chocolate hoje em dia? – ela estendeu a fatia de torta para ele.

– Quanto drama por chocolate. – ele se pegou o prato e se afastou para a beirada da cama. Sophie se sentou de frente pra ele.

– Chocolate é tudo o que há. A razão de se viver. – ela riu tirando mais coisas da caixa que levava. – Então, o que me diz de uma partida? – ela mostrou o tabuleiro de xadrez para ele que assentiu.

Ela colocou o tabuleiro vazio sob o colchão forrado e cada um começou a comer seu pedaço de torta.

– Não devia estar aqui. Não vai adiantar nada, não importa o que diga.

– Pode começar. – ela bradou. Ele suspirou. Que seja então.

– Peão no D...

– Como pensei. – eles foram interrompidos. Scott se sobressaltou ao ouvir a voz, mas Sophie apenas ficou indiferente com se já esperasse isso. – Eu tinha duvidas, mas agora tenho certeza.

– Annie. – Sophie sorriu. – Ótimo, agora está completo. Todos os Aprendizes de Near. – ela colocou a mão dentro da caixa tirando mais uma fatia de bolo. – Vamos todos jogar uma última partida apostando alto.

Ela entrou na cela, pegou a caixinha de isopor e abriu. A fatia era de bolo de laranja com chantilly. Seu preferido. Como nos bons e velhos tempos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

"Ryuk: Eu vejo a luz. Pela primeira vez em tanto tempo eu vejo uma luz. Uma saída, uma chance, uma esperança de me livrar de toda esse bagunça em que me meti. E que gozado, pensar que veria logo a luz da esperança em Light que é sempre tão rodeado pela escuridão."



Desculpem a demora. Eu queria ter postado antes para escrever os próximos logo, mas esse está entre os capítulos mais difíceis que escrevi.
Primeiro não gostava do enredo, depois do final, não achava um titulo nem fazia uma boa capa... Bom, espero que tenham gostado apesar de ficar um pouco confuso.
Sei que esse final é um pouco estranho, mas tudo fará sentido em breve. Não caiam matando nos comentários. ;)
Obrigada pelos elogios, correções e opiniões.
Bjs!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Death Note: Os Sucessores - 2 Temporada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.