Coração Assombrado escrita por Mrs Crowesdell


Capítulo 11
Capítulo 11




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Falta agora 2 dia para as Olimpíadas.

Acordei com um bilhete do meu lado na cama, foi meio difícil de entender pois a caneta estava falhando, mas dizia o seguinte:

“Tive que ir cedo. Seria pior se seus pais me vissem aqui.

Beijos, com amor

L.M.

PS: Comprar uma caneta nova.”

L.M?... Luccas Meducci? Ou... Li Monada? Ou... Lua Minguante? Ou...Lula Molusco? Ou...

Vontade de ficar deitada na cama o domingo todo não me faltava.

Mas uma hora eu tive que levantar.

A fome foi mais forte.

Desci de pijama mesmo. Devia ser uma 10h da manha, depois que o Luccas foi embora de manha mais cedo foi difícil pegar no sono de novo.

Imagine um zumbi de pijama, descendo as escada e indo pra cozinha... Sou eu.

Parecia mesmo um zumbi, mas em vez de pensar “cérebro, cérebro, cérebro...” ou “carne, carne, carne...” eu pensava 'fome, fome, fome...'

Mal apareci no pé da escada e minha mãe já veio com o interrogatório.

– Anda, me responde antes que o seu pai chegue: De quem era o carro que estava estacionado aqui ontem?

– Ontem? - Eu tinha acabado de levantar e ainda estava meia sonolenta então nem conseguia raciocinar direito. - Deve ter sido o gato. - Ri de mim mesma. - Quer dizer, o Luccas. - Eu parecia mais estar bêbada. Mas como não bebo, não fedo a álcool e se não fedo a álcool minha mãe não sente o cheiro e se não sente o cheiro sabe que eu não estou bêbada. Afinal, nem precisava dessa lógica. Ela é a minha mãe, oras! Sabe reconhecer quando a filha está caindo de sono. Eu acho.

– Luccas? O que ele fazia aqui?

– Brincamos um pouquinho mãe, foi só isso.

– Brincaram?

– É, brincamos de Pula-pula – Ri mais de mim.

– Filha?

– Oi.

– Do que você está falando? – Fiquei em silêncio. Tentava me concentrar em passar manteiga no pão, colocar o presunto e fazer meu nescau. Fui tentando forçar a minha vista a desembaçar.

– Mãe, e se eu ficasse cega...?

– Meu Deus. - minha mãe revirou os olhos quando percebeu que eu estava falando da minha visão sobre o pão – Acorda, filha. É sério, preciso falar com você.

– Fale, tenho ouvidos para ouvir – peguei o pão e posicionei ele em frente a minha boca – e boca para comer. - e o comi.

– Ai, Jesus. Espera aí que eu vou pegar um copo d'água.

– Não! Água no rosto não! - Falei quase me engasgando. - To acordada já!… I'm wide awake* – Ri de mim novamente, mas fiz uma careta quando senti a água gelada no meu rosto. - Mãe!

– Ah, já acordou.

Fui para o banheiro lavar direito meu rosto e cuidar da minha higiene pessoal.

Quando desci minha mãe me esperava de braço cruzados em frente ao sofá. Ela apontou para ele e esperou que eu chegasse perto para se sentar ao meu lado.

– Me fala: O que exatamente aconteceu ontem?

– Ah... nada de mais não.

– Por que o carro do Luccas estava aqui de noite e eu não o vi?

– Bem... é porque..

– Filha, sou sua mãe lembra? Não adianta tentar esconder as coisas de mim. Como anda seu coraçãozinho?

– Meu... atá, eu... - Corei. Mesmo estando falando com a minha mãe, isso me deu um pouco de vergonha. Eu ia contar a ela que não era mais virgem, ora, não era tão fácil assim. Vai ser mais difícil contar pro meu pai. To fodida.

Literalmente.

– Eu realmente acho que o amo. Que é amor.

– Demorou pra entender, eim. Olha, passei pelos mesmos sentimentos que você passou, então quando eu disser que é amor, é porque é amor.

– É que foram só 4 dias, então eu pensei que...

– Filha, amor, o sentimento amor não é algo que conseguimos controlar. Não sabemos quando chega, como chega, com quem chega, aonde chega, só sabemos que um dia chega.

– Mas também não sabemos quando é amor nem quando vai embora, fiquei tão confusa...

– Paixão é um fogo que acende no rabo. – Tive que dar uma risada tímida. Minha mãe falar isso não era normal – Carinho é mais singelo, mais calmo. Amizade é um calor fraternal, mas o verdadeiro amor... é quando você sente saudade mais que o normal, quando você não consegue esquecer por um momento se quer daquela pessoa – Ah, então eu amo a Lina – e quando a vê, sobe uma alegria incompreendível! Uma vontade imensa de se tacar nos braços daquela pessoa. - Olhei para baixo meio envergonhada, mas feliz ao mesmo tempo – Amor é paixão, carinho e amizade ao mesmo tempo.

– Então eu realmente o amo.

– Eu senti isso pelo seu pai. - Levantei a cabeça e a encarei sorrindo. - Se ele te ama igual a você ama ele, vocês serão tão felizes quanto eu e o seu pai somos.

– Espero que assim seja.

– Espera? Ele ainda não te disse que te ama?

– Nã-não exatamente.

– Não exatamente?

– Ele disse que sempre gostou de mim e ainda gosta, mas não disse que me amava. Sempre que eu penso que ele vai dizer ele não diz. Ontem mesmo ele disse “Não acredito que tive que passar por isso para poder te tocar e te gostar de você”. Mãe, ele quase disse! Faltava pouco! - Ela riu – Estou falando sério! Você já ouviu alguém dizer “Te gostar de você”?! E ainda tinha uma pausa no meio, depois do “te”. Ele ia falar tenho certeza!

– Certo, certo – Falou tentando parar de rir. - Mas afinal, o que aconteceu ontem depois da festa?

– Ah... não muita coisa.

– Deborah... - Respirei fundo e tentei encarar a situação.

– Mãe, eu... nós... eh... fomos pro quarto e aí...

– Transaram?

– Mãe!

– O que? Não foi isso?

– ...É, foi...isso. - Disse abaixando a cabeça corada.

– Ué, então por que essa reação? - Como assim “por que essa reação”?! Minha mãe realmente não é muito normal... – Filha, olha, eu já estava preparada para isso. Só queria ouvir de você, confirmar minha tese. Usou camisinha, né?

– ...Uhum. - Senti um enorme abraço vindo dela.

– Só quero que se cuide, ouviu, mocinha? Não quero netos agora. - Ela desencostou um pouco mas continuou segurando nos meus ombros. - Se você gostou, e principalmente foi com quem você gosta, tudo bem. - Ela me soltou e levantou. - Depois vou bater um papo sério com o Luccas Meducci. Para ver se ele é adequado para minha filha – Ela disse se afastando do sofá piscando um olho e me dando língua. - Ah, pode deixar que eu vou dar um jeito de... falar com o seu pai.

Ufa!

Quando estava indo para o meu quarto, subindo as escadas eis que me surge um toque conhecido. Era o meu celular.

Corri na escada e quase caí para chegar a tempo antes da chamada cair. Podia ser o Luccas!

Mas não era.

Era a Vivian.

– Oi, vivi.

– Deb, tá ocupada?

– Não, por que?

– Nada, a Layla ta aqui em casa e pensamos em ir tomar sorvete na sorveteria nova que abriu alí, perto da sua casa..

– Huum... eu sei qual é!

– Então, topa?

– Sim, claro.

– Imagina, Deb: Flocos, com calada de chocolate, gotinhas de chocolate, granulado...

– Cala a boca Vivian! To indo para lá! - Pude ouvir risos das duas do outro lado da linha. Elas sabiam como seduzir meu lado faminto.

– Nos encontramos lá.

– Certo.

– Ei... vai levar o Luccas? Eim, eim?

– Não, preciso contar uma coisa à vocês. Uma coisa super importante.

– Ui, amo fofoca. Agora tô ansiosa.

– Então bye, até.

– Até.

Fui olhar a janela para ver o tempo.

Todos esses dias pareciam que iam nevar mas nunca nevava. Não via a hora de ficar debaixo dos pingos de chuva congelados.

Me Arrumando para tomar sorvete:

Short jeans preto? Não. Vai estar frio.

Saia? Pra quê, se acabei de dizer que tá frio?! Eu sou uma anta mesmo.

Blusa de manga, meia manda, sem manga, caída...? Com manga.

Branca, preta, azul marinho, verde, vermelha...? Preta.

Colete de manga ou sem manga? O Pequeno ou...?Será que cinza fica bom? Talvez...

Mas se vai ter colete... vou trocar de blusa. Mas qual...?

Já sei!

E assim eu saí: Calça jeans escura, um colete de manga comprida cinza com uma blusa azul marinho lisa por baixo, uma sapatilha cinza com imitação de veludo.

Desci correndo as escadas... sem um guarda-chuva**.

– Mãe! To indo pra sorveteria com a Layla e a Vivian!

– A essa hora?! Nem pen.... - e saí.

O tempo estava realmente feio. Pensando bem, parecia que piorava cada vez que os dias iam passando.

Quando saí e fechei a porta fiquei um tempo olhando para o céu quase tinha me esquecido que ia encontrar as meninas na sorveteria da esquina seguinte.

Enquanto andava lembrei que era uma sorveteria nova, mas será que eu estava adequada?

Comecei a correr e ainda na calçada me deparei com um carro conhecido. Era o meu pai chegando.

Era melhor eu correr bem rápido, se não ele ia me parar e ia ficar fazendo um monte de perguntas.

E eu não estava afim de responde-las.

Quase chegando vi que Layla e Vivian já estavam lá, acenando para mim. Apressei meu passo.

– Oi gente. To atrasada não, né?

– Não. - Fiquei olhando para os lados e vendo as roupas das pessoas. Ufa, estava de acordo. - O que foi? Preocupada com algo? - A Layla me puxou para a realidade.

– Não... Exatamente.

– Iii... - elas se entreolharam rindo enquanto pegava os potes. A sorveteria parecia um self-service de doces... que paraíso. A Vivian virou para mim e completou: – Já ouvi isso antes.

– Quando foi mesmo? - debochou Layla

– Ah é, quando disse que não estava interessada no Luccas. - Riram e eu fiquei vermelha.

– Ah, calem a boca vocês duas!

– Ah, Deborah. Chega, né? Nós já percebemos, todo mundo já percebeu o lance de vocês dois. - Vivian

– Vocês estão se pe-gan-do! - Nem preciso dizer que fiquei mais vermelha que a calda de morando que eu estava colocando no meu sorvete quando a Layla disse isso.

– Vocês são muito chatas. - Abaixei a cabeça corada, mas senti um peso sobre o meu pescoço e vi que era o braço de Layla que estava sorrindo que nem uma criança boba.

– Se preocupa não. Vocês ficam lindos juntos.

– E é sobre isso que eu quero falar...

– É sobre vocês dois que você disse que tinha uma coisa importante para nos dizer?!

– É... - Elas se olharam surpresas como se já soubessem o que eu ia falar e deram gritinhos animados.

– Fala, fala! - Vivian. Olhei para o sorvete de flocos que eu estava colocando e disse:

– Depois, quando chegarmos à mesa.

– Aim! Por que esse mistério?!

– Você é má, Deborah, muito má. - Depois que Layla disse isso com uma pitada de deboche e sarcasmo nós todas rimos.

Depois que contei para elas que eu e ele estamos oficialmente ficando e transamos, elas ficaram me fazendo perguntas que eu não quis responder porque eu estava com muita vergonha. Tipo, muuuita vergonha. Sabe como eu sou, né.

Quando vimos tínhamos entrado no assunto do passado dele. Me segurava para não contar nada sobre a Lina. Afinal nem mesmo as minhas melhores amigas sabem que eu sou uma falsa mediadora. E se soubessem? Me achariam louca também? Mas eu estava com um impressão que elas iriam descobrir isso cedo ou tarde.

E eu estava certa.

Descobriram isso quando chegamos na minha casa, o que não foi nem muito cedo nem muito tarde. Eu as convidei para ir lá, mas como eu ia saber que iam me pegar desprevenida?!

Não tem quando você fala, por exemplo “Não uso faca”, sei lá, e então elas te pegam cortando um pão - Que exemplo horroroso... em todos os sentidos – na cozinha? Então, foi mais ou menos assim.

Só que eu uso faca.

E elas não me pegaram cortando um pão.

Ah, você entendeu!

O que aconteceu foi o seguinte: Chegamos em casa e quando abri a porta olhando para o chão, fui seguindo com os olhos os pingos de sangue que levaram direto para o braço cortado da minha mãe, sentada no sofá.

Só consegui ficar encarando aquela cena por alguns segundos antes de entrar totalmente em casa. Minha mãe também estava me olhando aparentemente surpresa.

– O-o que aconteceu? - perguntei me aproximando do sofá pela frente.

– Filha... - Minha mãe foi interrompida por uma voz masculina.

– Só achei um esparadrapo e um... Filha?

– Pai? - Meu pai deu uma olhada para a Vivian e a Layla que estava no mesmo estado que eu.

– Olá meninas. - Acho que meu pai não tem muita noção da situação. Primeiro no hospital, agora aqui.

– Pai! Mãe! O que está acontecendo?!

– Não precisa se preocupar tanto.

– Não?! Como não?!

– Foi só um corte. - Olhei bem para onde minha mãe segurava no braço. Estava sangrando muito, a carne estava exposta, me segurei para não vomitar mas nem tentei segurar as lágrimas.

– Só um corte?! - Minha mãe se levantou e meu pai finalmente se moveu para mais perto. Ele deu a volta para poder tratar do ferimento da minha mãe. - Isso não vai curar minha mãe. Precisamos levar ela....

– A um hospital. - Fui interrompida por ninguém menos que... Luccas.

Eu o encarei.

Ele estava sério e acabara de entrar.

Por que ele está aqui? O que está acontecendo?!

Só fui ficando mais apavorada. Ninguém me dizia nada e isso estava me agoniando. Aquela situação toda estava me agoniando!

– Luccas...? - Foi tudo que consegui falar a ele.

– Meu carro ainda está ligado, se quiser eu posso dirigir. - Ele simplesmente me ignorou.

– Certo. - Vi meu pai ajudando minha mãe a se levantar, mas os impedi de continuar. Agora parece loucura pelo fato do braço da sua mãe estar cortado profundamente, mas na hora, foi o que eu achei mais certo a fazer.

Você deve estar se perguntando aonde se encaixa a parte que eu falei que a Layla e Vivian me pegaram desprevenida. Bem, ela começa aqui.

– Primeiro me explica o que aconteceu exatamente. - Olhei fixamente para minha mãe.

– Filha, não acho que aqui seja o melhor momento. - Meu pai

– Deborah, vem, vamos para o hospital, depois explicamos tudo. - Luccas

– Você está metido nessa, Luccas? - Me virei para ele

– Mais ou menos.

– Como...? - Interrompida novamente.

– Foi a Lina. - Olhei para a minha mãe mais que assustada. - Ela fez isso. - Ela deu um sorriso meio nervoso – Como você acha que poderia ter me cortado assim sem ser com uma faca... de cozinha?

Agora já misturava medo com tristeza com raiva. Apesar de que cada explicação que ela me dava a raiva ia subindo mais e mais até ficar maior do que todos os sentimentos anteriores.

– Tentamos fazer um exorcismo, mas acho que ela não aceitou muito bem isso. - Ela continuou

– Um exorcismo?! Aquela puta...

– Filha escuta...- Ela falava coisas que na hora não entendia por estar deixando a raiva e as lágrimas me tomarem. Ou seja, só escutei “blah blah blah”.

– Onde... onde foi?

– No cemitério.

– Quando...?

– Depois que você saiu. - Me senti muito maligna naquela hora. Dei uma risada que, se fosse agora estaria me cagando de medo.

– Me machucou, machucou minha mãe... agora, isso já ta ficando pessoal. Aquela desgraçada...

– Filha, nós somos mediadoras, podemos fazer isso juntas, mas nem pense em ir sozinha! - Nem dei ouvidos

Estava com tanta raiva, mais com tanta raiva que dei de ombros para o que minha mãe tinha me falado.

Não sabia dirigir mas para mim chegar lá - no cemitério – sem que ninguém pudesse me impedir eu teria que aproveitar que o carro do Luccas ainda estava ligado.

Só uma coisa podia me impedir de fazer o que eu tinha em mente.

Tá, 2.

Tá, 3.

Primeira: Minha mente tomar juízo e mudar de ideia; segundo: Lina me atacar no caminho; por ultimo mas não menos importante: Deus.

Mas o que me impediu de chegar perto do carro foi a mão do Luccas no meu pulso.

– Nem pense em ir lá.

– E é você que vai me impedir? - Pela primeira vez olhei nos olhos dele sem me deixar ser seduzida e fiquei séria. Minhas lágrimas já haviam secado.

Nós ficamos nos encarando sérios por alguns segundos até ouvir a porta sendo batida. Mas nem assim o Luccas soltou meu pulso, ele estava me apetando “delicadamente”.

– Deb, eu não sei o que está acontecendo, mas se tratando da Lina, é melhor não se meter por favor. - Quando a Layla disse isso eu finalmente me toquei eu elas ainda estavam ali assistindo tudo de camarote.

– O pior, Layla, é que eu já estou muito bem metida nisso. E é do braço da minha mãe que se trata e é da Lina que estamos falando.

– Exato! Não tem como uma falsa mediadora como você cuidar da Lina sozinha! Até sua mãe, uma mediadora experiente se cortou feio com ela, imagina você!

– Não se esqueça que eu já cuidei dela uma vez!

– Ah é, até se cortou e caiu no chão de medo. Esquece, você não vai! Leve-as para casa e fiquei com elas enquanto nós levamos sua mãe para o hospital.

– Não!

– Não?! - Ele estreitou os olhos e apertou mais meu pulso.

– Não vou deixar essa passar, Luccas. Foi a minha mãe que essa puta desgraçada machucou! Não vou deixar isso barato!

– Se lembra do que eu te disse quando estávamos nos conhecendo? Disse, que se eu te visse machucada ou morta eu nunca iria me perdoar. Era melhor termos continuado com aquela distância que tínhamos.

– Não, não quero isso de novo!

– Então me obedece!

– Você não é ninguém para mandar em mim! E como fica aquilo sobre “foda-se a Lina e a distância” que falamos?! Eim?! Você falou que poderíamos acabar com ela juntos!

– Está certa! Juntos nós podemos acabar com ela, mas parece que foi você que se esqueceu disso tomando a decisão de ir enfrenta-la sozinha! - Ficamos todos em silêncio. Eu e Luccas nos encarávamos com raiva mas ao mesmo tempo amor. Um queria proteger o outro. - Nós vamos fazer isso juntos, entendeu? Juntos. - Ele me puxou mais para perto aproveitando que sua mão já estava segurando meu pulso me dando um abraço. E eu, claro, retribuí. - Me promete que não vai fazer nenhuma loucura sozinha?

– ...Pro-prometo. - Ele me deu um beijo no topo da minha cabeça.

– Estamos juntos nessa, minha medrosinha. - Se eu não tivesse com a cara afogada no peito dele, poderia jurar que ele estava sorrindo.

Nos separamos quando ouvimos a Vivian falar:

– Tá certo. Odeio ser insensível, mas se já acabou o momento “me protege que eu te protejo”, alguém pode explicar o que tá acontecendo aqui?


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Notas finais do capítulo

*Wide Awake - Katy Perry
** Referência ao anime Another, onde a menina corre na escada com um guarda-chuva, cai e morre com ele cravado na garganta... Yeaark



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