Hanna já estava arrumada, e fez isso em uma velocidade surpreendente, o que normalmente não acontecia, sentia um frio agonizante na barriga, jantar com seu pai deveria ser encarado como uma coisa normal, mas diante de tanta coisa, coisa essa desagradável, qualquer palavra menos normal poderia descrever aquela noite.

–Não me espere quando chegar do jantar com seu pai, vou pra casa da sua avó
–Mãe se você quiser eu fico
–Não não , foi sua avó quem me ligou mais cedo pra passar a noite lá, não é nenhuma desculpa porque você vai jantar com o desgraçado que me traiu
–Claro que não - (disse a loira em seu tom de ironia)
–Que vestido lindo, nunca vi você usando ele
–É da Emily, só estou usando pra caso as coisas fugirem do controle,e eu não quero sujar nenhum vestido meu
–Me prometa que não vai fazer nada
–Não!
–Hanna não pode fazer tudo que te vem a mente, porque a maioria das coisas que te vem a mente, te levam pra delegacia, pra diretoria e sabe Deus onde mais
–Mãe eu não prometo nada
–Ok senhorita Marin, mas preste muita atenção porque esse vai ser o pior conselho que eu já te dei em toda sua vida -(A mãe olhou firme para os olhos da filha traiçoeira) -Se você for presa, de um motivo muito bom pra eles te prenderem

A garota nada disse, apenas sorriu de canto, pegou sua bolsa e a chave do carro, e partiu para o encontro do pai


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Aria estava deitada na cama, assistindo a negligente e apaixonante maneira de ser do Dr Gregory House, até que Charlie entrou no quarto

–House?
–Sim, quer assistir comigo?
–Não, porque na verdade eu queria te levar em antigo lugar
–Antigo lugar?
–Onde bons amigos sempre se encontram
–The doctor ? -( A morena deu um salto da cama)
–O único
–Vou pegar meu casaco


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A loira estava virando a esquina, quando avistou de longe o carro do pai parado uma rua antes do restaurante, cautelosa como sempre reduziu a velocidade, não se preocupou com o fato de seu pai reconhecer o carro, foi se aproximando mais, abaixou o vidro, quando emparelhou bem ao lado do carro, e viu seu pai ao beijos com a ruiva maldita a qual ela vagamente também chamava de vadia
–Hanna! -( Virou-se o pai em prantos) -Meu amor eu..
–Não fala nada -(Disse mais firme do que nunca)- Não fala nada -(Ela olhou pra baixo e respirou fundo, virou olhando pro pai e disse) -Eu sempre admirei e respeitei o senhor e não pelo fato de você ser meu pai, e era mais que isso, era algo tão bonito, e no que isso se transformou agora? Mas quer saber vai tomar no seu cu, e só isso que eu tenho pra dizer.

Hanna dirigiu em frente, deixando seu pai pra trás e totalmente sem reação, e ficou em de certo modo feliz por ter conseguido se conter ate que disse para si mesma

–Por outro lado

A loira deu ré ate que passou pelo carro do pai, ficado atrás dele, e pisou do acelerador, acertando em cheio a traseira, e ouviu os gritos dos então passageiros, e que sensação boa era aquilo, novamente pisou na ré e dai li saiu, descendo a rua indo pra qualquer lugar, parou no semáforo com a respiração dolorida, pegou o celular e mandou uma mensagem para a única pessoa quem ela queria ver naquele momento.

'Preciso tanto de você agora..'