Everything For A Bet escrita por Lisa, Therese R Tsuki


Capítulo 6
You can't forget it


Notas iniciais do capítulo

OI lindas pessoass



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Ace's Pov

“Droga, droga, DROGA, como eu sou estúpido por fazer essa maldita aposta, mas que merda!”

Não estava mais com a mesma alegria de manhã cedo. Hoje, ao ver Luffy distante e gélido (para variar ), fez com que eu perdesse quase por completo o meu bom humor.

Agora, eu estava me sentindo completamente culpado por fazer aquela maldita aposta. E não estava nem um pouco feliz em que provavelmente eu me torne um“escravinho”do senhor cabeça de abacaxi. Meu orgulho como pessoa não o permitia me rebaixar a tal nível.

"Não, Ace, olha, calma! Não se preocupe, você consegue fazer isso! Para falar a verdade já fiz isso milhões de vezes com as garotas da minha classe" Tentei relaxar um pouco com tal pensamente, mas acredito que minhas velhas táticas de partir corações não funcione com um GAROTO e ainda por cima, se não fosse o bastante, antissocial.

Triste, dei uma pequena mordiscada no meu novo sanduíche que eu havia roubado de Marco, e como sempre estava impecável.

O loiro sempre tivera um grande talento na cozinha. Até seu ovo frito tinha um sabor melhor que os outros convencionais. As vezes até a água que ele servia, parecia ter um gosto mais refinado, não sei como isso poderia ser possível.

Eu sempre dissera para o maior abrir um restaurante de comida caseira, ele com certeza ganharia muito dinheiro com isso, sem ao menos precisar completar o ensino médio, porém, Marco sempre retrucava dizendo“Somente quando eu terminar a faculdade”

“Nem começou e já pensa em terminar?”Era o que eu sempre pensava ao ouvir tais palavras da boca dele.

Nunca entendi direito essa parte da vida dele. Ele sempre dizia que queria cursar gastronomia. Agora vê! Uma faculdade onde se aprende a fazer comida. Para quê isso? Em qualquer lugar, até mesmo em uma banca de jornal, pode-se conseguir um livro de receitas e cozinhar tão bem quanto um Chef de cozinha.

"Pra que estudar? Bill Gates e Stevie Jobs abandonaram a escola, e mesmo assim ficaram milionários".

Mas já que Marco era meu melhor amigo, eu não poderia protestar contra aquilo que ele sonha em fazer.

Olhei de relance, sem muito interesse para o meu relógio digital, e vi que faltava somente 10 minutos para o intervalo acabar“Tempo o suficiente para matar o sanduíche e talvez roubar mais um pouco”.

Após pensar um pouco o que fazer, virei a minha cabeça em direção aos dois garotos que conversavam alegremente. Marco parecia tão entretido na conversa de Thatch, rindo de suas piadas bobas, que mal percebera que eu nem prestava muita atenção, apesar de ser um pouco de falta de educação da minha parte.

Eu estava completamente distraído durante o intervalo.

Enquanto o ruivo, contava sobre ele e algumas histórias engraçadas da família dele, gesticulando de um lado para o outro com seus grandes braços e encenando algumas ocasiões, minha atenção já havia sido transportada para outro local.

Do outro lado do pátio da escola, sozinho, em um terreno aonde o piso de granito não chegava, e que era composto de alguns pequenos arbustos esverdeados e uma grande laranjeira no centro, fazendo com que o ambiente se enchesse com o cheiro delicioso de laranjas. Com as costas recostadas sob o tronco da árvore frutífera, encontrava-se Luffy, aproveitando bem a sombra produzida pela copa esverdeada e ao mesmo tempo, tendo uma bela vista privilegiada de quase todo o pátio.

Em uma de suas pequenas mãos ossudas e parcialmente cobertas pela manga de seu casaco, encontrava-se um grande bloco de papel A3, específica para desenhos.

Ele utilizava suas coxas finas como apoio, enquanto sua mão direita, segurando firmemente um lápis, traçava linhas indescritíveis para mim, devido a minha grande distância do menor.

"O que será que ele está desenhando? "Indaguei mentalmente, despertando aos poucos meu lado curioso e investigativo. Até que eu não pude mais aquentar e me virei para o meu melhor amigo, interrompendo a conversa.

– Hey Marco...eu posso te pedir uma coisa?

Marco, vagarosamente, mudou o seu foco, que antes estava no garoto novo e agora passando para mim, não muito satisfeito, talvez pelo fato de eu ainda estar comendo o seu sanduíche.

– Se você for me pedir mais comida eu juro que eu vou...

– Não é isso que eu quero pedir! – Interrompo.

Marco arqueou as sobrancelhas um pouco confuso com a situação.

– Se não é comida, o que é que você quer?

Silêncio. As palavras, que antes estavam na ponta da minha língua, não saiam mais. Era como se eu estivesse com uma mordaça em minha boca, impedindo-me de fazer qualquer som. Não que eu tivesse usado uma mordaça, claro!

Mesmo um pouco hesitante, respirei fundo e falei, pausadamente, para que o loiro pudesse entender.

– Marco, eu poderia chamar o Luffy para ficar com a gente?

Silêncio mais uma vez.

– Bem...eu não vejo problema - Disse Thatch, quebrando o silêncio tenso formado e fazendo-me lembra que o ruivo também estava ali escutando tudo.

– Por mim tudo bem Ace - Declarou finalmente o loiro - Também não vejo problema, mas agora, você precisa convencê-lo de vir para cá... Você sabe né!? Ele é meio... Digamos...

– Reprimido? Frio? Obscuro? - Chutei

– Eu ia dizer antissocial, mas esses adjetivos também servem para defini-lo!

"E como!"

Levantei-me do meu lugar, sem muita pressa, e toquei no ombro de Marco, em sinal de agradecimento, e logo após comecei a cruzar o pátio, indo diretamente na direção do garoto mais estranho e fechado que eu já conheci.

"Vai ser uma tarefa difícil" Admiti mentalmente

Luffy's Pov

Somente desenhando eu conseguia distrair a minha cabeça na escola. Em casa eu tinha algumas saídas alternativas como cantar ou tocar meu querido violão, que nunca me abandonara nas horas difíceis, mas como eu não quero chamar muita atenção, principalmente na escola, busco fazer a minha 3º atividade preferida.

Mesmo que o desenho seja um ótimo passatempo para mim, eu me sentia muito irritado comigo mesmo. Eu tenho sérios problemas de criações. Eu de forma alguma conseguia criar personagens ou paisagens novas. Tudo aquilo que eu havia desenhado em meu grande bloco de desenho, são pessoas ou lugares que eu via periodicamente, como por exemplo: Neste momento estou terminando de desenhar o pátio da escola, e em modéstia parte, ficou um pouco regular, comparado a outros desenhos que eu já fizera.

Mas, antes que eu pudesse continuar o meu pequeno raciocínio, algo, ou, para ser mais específico, ALGUÉM estava prestes a me atrapalhar. De longe, pude ouvir passos um pouco abafados com a grama se aproximando vagarosamente.

"Quem será?" Resolvi não levantar o rosto para conferir, vai que esse alguém estivesse apenas passando pelo local? A última coisa que eu queria era chamar atenção dos outros. Não era só alguém passando, foi o que concluí quando vi Ace andando diretamente para mim. Ele sentou-se ao meu lado e passou a olhar o meu desenho. Ficou um tempo sem dizer uma palavra.

–O que está desenhando?

–O pátio... – Respondi sem tirar os olhos do desenho.

–Perguntei só pra puxar assunto. É claro que é o pátio! Você desenha super bem, Luffy!

–Hum... Valeu. – Respondi, até um pouco feliz pelo elogio.

–Que tipo de coisas você desenha?

Olhei para ele, ao ver seus olhos percebi que ele parecia realmente interessado. Suspirei talvez um pouco alto demais.

–Lugares, pessoas...

–Ah... Acho que eu meio que atrapalhei você no seu desenho... – Comentou, abaixando a cabeça para olhar o desenho novamente. Como se fosse minha deixa, voltei a desenhar, sem olhar para Ace novamente. Seria um problema se me envolvesse demais com ele... Doflamingo já o havia ameaçado!

Não sei quantos minutos se passaram, mas finalmente terminei meu desenho.

–Terminei! – Exclamei, um pouco feliz. Contemplei a “obra” por alguns segundos e fiquei bem satisfeito com o resultado, era realmente similar ao pátio da escola. Virei a página para iniciar um novo desenho.

–Que incrível, Luffy! Parece até uma foto sem cores! – Comentou o mais velho, fazendo com que eu o olhasse novamente. – Você poderia... Desenhar a mim? – Perguntou um pouco hesitante.

–Bem... Eu só desenho coisas que eu gosto ou que acho bonitas. – Respondi, mas logo depois achei que tinha sido grosso demais com ele. E então ficamos nos encarando por um tempo, Ace parecia não ter ideia do que responder e quando ele ia falar algo, o sinal tocou.

*****

Ace’s Pov

Depois da pequena cena no intervalo, o dia se passou sem mais anormalidades.

“Eu só desenho coisas que eu gosto ou que acho bonitas.” Essa frase realmente não tinha me deixado muito... Feliz. Levar uma verdade na cara, assim? Nem eu esperava por isso... Mais um motivo que me levou a acreditar que eu seria escravo do Marco. Aquele garoto realmente podia se apaixonar?

Eu me despedi de Marco e Thatch na saída e segui para casa na minha bicicleta.

“Hm... Eu sinto que estou me esquecendo de alguma coisa” Comentei no meio do caminho.

–Não deve ser nada demais...

*****

Depois de chegar no apartamento, deitei-me no sofá da sala e tirei um cochilo. Ou pelo menos tentei... “Eu só desenho coisas que eu gosto ou que acho bonitas.” Nossa! Ele podia ter sido um pouco mais legal com o cara que estava elogiando o trabalho dele.

–E que fez uma aposta onde os termos são levá-lo pra cama e terminar com ele... Eu sou uma pessoa horrível... – Me recriminei, mas eu estava decidido a não desistir de uma aposta tão facilmente. Eu devia acabar com o Marco por ter uma ideia dessas. De repente ouvi alguém bater na porta.

–Ace! É o Luffy... Você tá aí?

“O porteiro deixou ele subir sem me avisar?” Pensei estranhando um pouco, mas logo fui abrir a porta para o garoto. Ele parecia igual ao que estava na escola, só que com sua mochila em suas costas.

–O porteiro não me avisou que você estava subindo... Não quero que entenda errado, mas por quê? – Perguntei, já abrindo caminho para o garoto e indicando o sofá para que ele sentasse.

–Bem, na verdade, acho que o porteiro ligou pra cá umas seis vezes antes de me deixar subir. Ele tinha visto você entrar, por isso sabia que estava aqui. – Respondeu, sentando no sofá e tirando algumas coisas de sua bolsa.

–Ah... Eu acho que eu dormi. – Comentei sem graça, recebendo apenas um olhar de não-estou-muito-surpreso-com-isso. – Ei! É você que dorme nas aulas.

Luffy desviou o olhar e percebi que tinha entrado num assunto complicado sem querer.

–Eu não durmo muito bem em casa... – Fez uma pausa enquanto eu caminhei até ele e sentei-me ao seu lado, começando a fazer o trabalho. – Falando em casa, seu apartamento é incrível. – Comentou, talvez só por educação, por isso só fui capaz de responder com um “Obrigado”.

Ele foi pegar uma caneta em sua bolsa, foi quando derrubou seu caderno de desenhos. Eu o peguei do chão e folheei. Luffy pareceu não se importar muito com isso. O mais recente era o desenho do pátio, antes havia a sala de aula completamente vazia (quando será que ele desenhara isso?), o nome de uma banda de rock que eu sequer sabia que existia, um violão em cima de sua cama, mais alguns lugares que eu não sabia onde eram e uma única pessoa: Shanks.

–Tem uma queda pelo professor, é? – Perguntei com um sorriso sacana no rosto.

–Não. – Respondeu ele, sem esboçar nenhuma reação. – Por que acha isso?

–“ Eu só desenho coisas que eu gosto ou que acho bonitas.” Foi o que você disse pra mim, não? Se você não gosta dele, então pelo menos o acha bonito.

–Não.

–Então por que desenhou o professor? – Perguntei olhando o garoto, que não parecia ter nenhuma reação de vergonha ou medo de contar alguma coisa, certamente isso tira da lista a “queda pelo professor”.

–Porque ele é um pouco legal comigo. – Respondeu com tal sinceridade que doeu meu peito.

–E eu não sou? – Perguntei, logo algo dentro de mim respondeu “NÃO!”. Mas Luffy não chegou a responder, porque o telefone tocou. Eu fui atender, um pouco relutante... Aquele era o primeiro passo pra começar a cumprir a aposta.

–Alô? – Falei ao atender o telefone.

–Alô, aqui quem fala é a secretária da escola primária onde estuda um garoto chamado Sabo...

E então eu parei de escutar o que a moça falava. “Ah não... Não, não, não, não, não, NÃO! Eu esqueci...”

–Meu irmão!!!

–Senhor, por favor, venha buscar seu irmão na escola ou contate seus pais.

Eu desliguei o telefone, talvez na cara da moça. Não a coisa mais educada a fazer, mas... Perdoe-me as palavras... Porra, eu tinha esquecido meu irmão na escola, DE NOVO!

–Luffy, se importa de ir na escola primária comigo? – Perguntei, dando ao garoto um sorriso amarelo.

–Por quê?

–Eu meio que esqueci meu irmão lá...

Luffy’s Pov

–VOCÊ O QUE?! – Exclamei um pouco mais nervoso que eu deveria, mas fala sério, o cara esqueceu o próprio irmão na escola.

–Ah, por favor, até parece que você nunca fez isso... – Falou coçando a nuca. Nós dois nos dirigíamos ao elevador e vi Ace apertar o botão da garagem.

–NÃO, NUNCA FIZ! Não tenho um irmão, mas se tivesse... EU NÃO ESQUECERIA ELE.

–Não precisa gritar, não é como se fosse a primeira vez.

–MAS O QUE?!

–Eu falei que não precisava gritar...

–O que você é? Algum tipo de idiota?

Chegamos à garagem e Ace pegou sua bicicleta, a empurrou até que estivesse na rua e me respondeu:

–Depende de quem pergunta... Eu não tinha o direito de permanecer em silêncio?

Chega... Eu desisti de argumentar. Segui Ace até a rua e depois simplesmente me toquei que não tinha como irmos nós dois na mesma bicicleta.

–Você não espera que eu te siga correndo, certo? – Falei, pensando nas minhas feridas... Se uma delas abrisse, ia ser difícil explicar o porquê de eu estar sangrando para Ace.

–Hm... Não tinha pensado nisso. Espera um momento. – Ele voltou à garagem e guardou a bicicleta. Então nós dois fomos caminhando até a escola primária. Quando chegamos lá, havia um garotinho na porta, com os olhos vermelhos provavelmente por estar chorando. Ele correu até Ace e eu.

–Ace... Quem é ele? – Perguntou apontando para mim. Será que eu estava tão mal a ponto de assustar uma criança?

–Meu amigo, Luffy. Luffy, meu irmão, Sabo.

Depois de me apresentar ao loirinho, Ace acariciou sua cabeça. Sabo começou a chorar de novo e correu e me abraçou.

–Está tudo bem... – Disse a ele, enquanto acariciava seus cabelos. Ace se aproximou dele e colocou a mão em seus ombros.

–Sabo... Você não pode contar pra mamãe!

O garoto parou de chorar e sorriu para Ace.

–Compra um sorvete pra mim?

–Claro... – Ele levantou sua cabeça em minha direção. – Nos acompanha, Luffy?

Fiz que sim com a cabeça. Ace pegou a mão de Sabo, e ele pegou minha mão. Depois disso fomos em busca de uma sorveteria próxima dali.

“Quando eu chegar em casa, talvez desenhe o Sabo” Pensei, sorrindo levemente para o menor. Mas nem ele nem Ace perceberam, é claro.


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Notas finais do capítulo

Eai criançada linda, gostaram, se sim, comentem, se não, comentem tb!! haha okay?
Cada vez q vcs deixam de comentar um autor morrer de atake cardíaco okay!?
bjinhus linda. até maaais