Everything For A Bet escrita por Lisa, Therese R Tsuki


Capítulo 5
This is my Pain


Notas iniciais do capítulo

Oiii pessoalll! Quanto tempo néé! Estou um poukinho sumidinhaaa! ahhaha, foram só probleminhas de saúde q me impediram um pouco, mas já estou melhor, n se preocupem!! cof cof....sem criatividade para um titulo power legal...então vai ser esse mesmo XD
Bem...Boa Leitura lindas



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Luffy's Pov

A noite inteira eu não consegui pregar os olhos uma vez se quer

A dor latejante proveniente do dia anterior ainda atacava o meu corpo com muita ferocidade, como se um grande tigre de uma tonelada estivesse estirado sobre o meu corpo e afiando as suas garras compridas na minha carne tranquilamente.

Meus pulsos ardiam, eu havia ganhado novos cortes no dia anterior, somando mais alguns ferimentos na minha grande coleção de machucados ferozes feitos por Doflamingo. (Aquele homem com certeza tinha fetiches estranhos de mutilações e sangue). Se eu ligo para isso? Antes eu me importava, mas agora nem me ligo mais para isso, já cheguei ao ponto de me acostumar e aceitar o fato. Eu sabia que pouco depois de completar 12 anos, notei que Doflamingo sentia algo por mim, algum tipo de atração feroz, o desejo de poder se apossar de mim poderia ser visto claramente pelos seus olhos escondidos atrás de seus óculos escuros. E como o grande homem rosado era uns dos maiores vendedores de drogas do local, e meu pai era o seu maior credor, deu no que deu agora, meu pai me vendeu para o traficante podendo assim pagar a sua grande dívida acumulada a anos, ou seja, ambos saíram ganhando. Um se livrou de um moleque imprestável como eu que só lhe dava problemas, e o outro ganhou um novo brinquedo, ou uma nova "marionete", como ele acostumava me chamar.

Levantei da minha cama, com o meu corpo seminu, sendo coberto por apenas uma cueca box vermelha de algodão, e fui em direção à porta do banheiro, a fim de fazer minha higiene matinal e conferir todos os estragos feitos no meu corpo.

.....

Confesso que não gostei muito do que vi. Ao entrar no meu banheiro pequeno e de aparência um pouco improvisada, sempre me deparo com um grande espelho plano, de formato retangular 180x30, que com ele é possível ver todo o seu corpo com perfeição, e nesse momento eu estava vendo um pequeno garoto branco como uma folha de papel, magro que até era possível contar as suas costelas que ficavam como pequenas escadinhas em seu toráx e com aparência de que não dorme a dias, devido também a dois grandes bolsões roxos de baixo de seus grandes olhos negros de fundo de garrafa . Por alguns segundos quase não acreditei que fosse eu, pensei que talvez meus olhos estivessem pregando uma peça comigo.

Suspirei. "Ok, ignoremos o pequeno monstrinho presente na minha frente e irei me preocupar com outra coisa". Pensei, com um leve ar de cansado

No momento seguinte levantei o meus dois braços e os analisei com atenção. Eles estariam normais como sempre, se não fosse por um novo corte profundo sobre os outros pequenos cortes antigos que eu havia ganho na tarde anterior revelando a vermelhidão da minha carne ,que de fato era tão profundo que até pude enxergar parte do meu osso por baixo da carne ferida "Seria esse osso o Rádio ou a Ulna?" cogitei esse fato por alguns instantes, mas logo parei, pois se eu pensasse mais sobre isso, talvez eu chegaria a vomitar "Bem, isso corta 'médico' na minha lista de vocação". sangue, ainda seco, estava espalhado sobre o machucado, dando um aspecto de ser recente, e uma pequena casca roxa e ressecada estava começando a ser formada, a fim de fechar o ferimento .

Observei o resto do meu corpo com a ajuda do espelho. Nada muito relevante como estava os pulsos. Várias marcas de arranhões ferozes nas costas, hematomas, alguns de cor roxa e outros um pouco esverdeado, se espalhavam por todo o meu corpo e algumas marcas vermelhas de mordida e de chupões estavam presentes sobre a região do meu pescoço e ombros um pouco acima da clavícula "Legal, agora terei que ir para escola com roupa de gola alta para esconder tudo isso!" Suspirei cansado, indo em direção ao box, me preparando para a dor que logo eu iria sentir da água fria batendo nas minhas feridas junto com o sabão de coco, que serviria para esteriliza-las

.....

Saindo do banho, ainda sentindo muita dor, voltei para o meu quarto e agachei, procurando de baixo de minha cama, o meu pequeno Kit de primeiros socorros, e nãotardei muito para encontrar a velha caixinha branca uma cruz vermelha no centro.

Abri a pequena caixa com somente com o objetivo de achar duas coisas, algodão e gaze, que logo eu encontrei sem muitas dificuldades. Sem mais delongas, com os dois produtos na minha mão, fiz dois grandes curativos em ambos os meus punhos feridos.

Com os curativos já feitos, coloco de volta o que restou dos produtos na caixinha e a coloco de volta para o seu lugar, de baixo da minha cama. E logo após, sem demorar muito, pego o meu uniforme escolar e o visto, cobrindo minha pele branca e vários de meus machucados. Procuro no meu pequeno guarda-roupa quebrado um casaco de gola longa, e não tardei muito em achar, que logo eu o vesti sobre a minha roupa, cobrindo agora completamente todos os machucados ganhos na tarde anterior.

Ainda não era de manhã e eu tinha algumas horas até precisar sair de casa para ir para a escola. Não que nada nisso me animasse. Sentei-me novamente em minha cama, eu não era louco pela ideia de sentar naquela mesma cama em que eu... Digamos, pagava as dívidas que tinha com Doflamigo, mas fazer o que? Não era como se eu pudesse mudar alguma coisa e eu também não tinha outro lugar para me sentar, claro.

Senti um líquido quente escorrer pelo meu braço esquerdo. Ergui a manga da minha blusa e vi que um dos ferimentos estava sangrando bastante. Se não me falha a memória, Doflamingo às vezes gostava de brincar com facas bem afiadas.

–Acho que curativos amadores não são suficientes para curar isso aqui... – Murmurei para mim mesmo, olhando para os esparadrapos, já adquirindo a cor de meu sangue, que não parava de escorrer. – Droga.

Enrolei um pano qualquer em cima do ferimento, tentando estancar o sangramento e peguei minha bolsa. Saí da minha casa e caminhei pelas ruas ainda envoltas pela escuridão da madrugada. Devia faltar algum tempo para começar a clarear, provavelmente seriam 4 e pouco da manhã. Minha caminhada durou uns 15 minutos, mas neles a cidade mudou, digamos assim.

Eu não moro no bairro mais rico da cidade, por isso quando você caminha por lá, só vê algumas casas nada luxuosas e durante a madrugada vê muitos vagabundos e/ou dependentes caídos no chão. Me doía pensar que meu pai estava entre eles. Mas onde eu estava naquele momento, já era um bairro bem melhor, mais bonito, com casas enormes e modernas. E foi em frente a uma delas que parei. Uma casa não tão grande quanto às vizinhas, mas maior que a minha, sem dúvidas. As paredes eram brancas e antes da porta de entrada, havia um pequeno jardim. Toquei o interfone e esperei.

–Hm? – Soou uma voz de repente, fazendo-me lembrar que ainda estava vivo. Não que eu precisasse de mais um lembrete, a dor que eu sentia em meu corpo era quase suficiente para isso.

–Oi... Eu... Preciso de ajuda.

A voz nada disse, logo o portão se abriu e logo depois a porta da frente, revelando um homem mais alto e uns 7 anos mais velho que eu... Talvez mais. Ele tinha olheiras abaixo dos olhos dando a impressão que não dormia há dias, mas seus cabelos negros desarrumados e seus pijamas amassados diziam que havia acabado de levantar da cama. Fechei o portão atrás de mim e encarei o dono da casa. Não, eu não parei na casa de um desconhecido no meio da noite para pedir ajuda. Parei na casa de um velho amigo que por acaso era um cirurgião renomado. Ele era um gênio, por isso era tão novo, mas não vem ao caso.

–Oi, Law... Eu acho que eu preciso ser montado de novo... – Disse, meio sem graça. Aquela era a terceira vez que acontecia aquilo... Naquele mês.

–Vejo que sim, Luffy-ya. – Respondeu, fazendo um gesto para que eu entrasse. A casa estava com as luzes apagadas, mas eu conseguia ver a sala luxuosa, com a lareira apagada e a TV enorme pendurada na parede. Também havia a escada que levava para o quarto de Law naquele cômodo. À direita, uma porta que ficava a cozinha, a sala de jantar e a área de serviço. À esquerda ficava um pequeno banheiro, onde Law iria me remendar como de costume.

Fui até lá sem pedir permissão ao dono da casa, sentei-me num banco de plástico branco e tirei a blusa de gola alta e a camisa da escola que eu havia colocado e esperei que Law voltasse. Ele não demorou muito para voltar com seu Kit de primeiro socorros em mãos (apesar daquele Kit ter mais materiais que os comuns, como agulhas cirúrgicas devidamente esterilizadas e linha para dar pontos).

–Como sabe, não posso te dar uma anestesia, então vai doer muito. Tente aguentar. – Ele falou com um pouco de pena na voz, mas eu já sabia que isso me aguardava. Ele começou a desfazer os curativos em volta daquele ferimento.

–Obrigado... – Agradeci baixinho, sabendo que não conseguiria fazer isso depois, tamanha a dor que eu sentiria.

–Claro, de nada. Mas me diga, ainda falta muito para não dever nada para esse Doflamingo?

Law sabia de tudo, eu contava tudo a ele, ele era a única pessoa que sabia. Eu o conhecera no hospital, anos antes, quando ele estava de plantão e eu fora machucado por Doflamingo. Ele começou a desconfiar que tinha algo errado quando me encontrou em péssimas condições pela 5ª vez em seu plantão. Eu contei tudo a ele, e pedi que ele não contasse a ninguém e ele não contou. Ninguém poderia saber, só Deus sabe do que Doflamingo é capaz se está irritado. Deus e eu, claro.

–Meu pai não parou de abusar das drogas, então... Falta o resto da minha vida, eu diria.

Law acabou de desfazer os curativos e passou a desinfetar os machucados, procurei gritar o mais baixo possível, mas a dor era insuportável, quando ele começou a dar pontos no ferimento, não aguentei mais um segundo e desmaiei. Nada fora do comum.

Ace’s Pov

Dessa vez acordei antes do despertador começar com seu barulho insuportável. Com certa animação, pulei da cama e fui tomar banho, me vesti e encontrei com minha mãe, Portgas D. Rouge, na mesa para tomar o café da manhã. Já postos, estavam três pratos com panquecas. O meu, o da minha mãe é claro – que já estava até comendo – e o do meu irmãozinho, Sabo, que ainda devia estar na cama.

Sentei-me ao lado de minha mãe e lancei um sorriso em sua direção, desejando-lhe um bom dia. Logo comecei a devorar as minhas panquecas. Meu pai, Gol D. Roger, havia se separado de minha mãe uns anos antes, mas eu já não me importava tanto com isso.

–Por que está tão animado, Ace? – Perguntou minha mãe, com sua voz tão agradável e suave.

–Não sei, só estou animado. Sei lá. Hoje é sexta?

–Não... Não é.

–Então não tenho ideia do porquê eu to feliz... Faz diferença?

–Acho que não, desde que você esteja feliz. – Ela respondeu gentilmente.

Eu estava acabando meu primeiro prato de panquecas, olhei de relance para o relógio que nem checava a marcar 6 da manhã. A aula começava às 7. Passei os olhos pela janela, tendo a visão privilegiada do nascer do sol, pois morava no 12º andar num prédio no centro da cidade. Minha mãe tinha o costume de fazer o café da manhã mais cedo, porque acordar ao Sabo dava trabalho, mas não naquela manhã. Logo meu irmão apareceu na porta da cozinha, com uma cara de sono tão fofa, digna de uma criança de 7 anos, coisa que ele era.

–Mãe, eu to me sentindo mal... Não posso ir pra escola. – Começou fazendo birra, com a voz ainda embargada de sono.

–Se sentindo mal? O que você tem? – Retrucou minha mãe.

–Dor de cabeça... De estômago... No corpo também... – Respondeu devagar, completando com leves tossidas, possivelmente ensaiadas.

–Está com febre? – Perguntei, tentando não sorrir.

–Não... Mas estou me sentindo muito mal pra ir pra escola.

–Ah, sim... Nesse caso, se arrume, vamos até o médico, pra ele te dar uma injeção e você melhorar. – Rouge falou, com um sorriso gentil no rosto. Ela poderia ter sido atriz.

–Ah! – Exclamou Sabo, levantando a cabeça e começando a mexer-se inquietamente. – Eu acho que já melhorei! Muito melhor, vou me arrumar pra ir pra escola então. – Sorriu, mostrando a falta de um de seus dentes que recentemente caíra.

Eu e minha mãe trocamos olhares divertidos. Só nisso, eu já estava terminando meu terceiro prato de panquecas e já passava do meu horário. Sorri para minha mãe e me despedi dela com um beijo no rosto.

– Não se esqueça de buscar seu irmão na escola

– Ok mãe, não vou esquecer dessa vez!

Fechei a porta do apartamento peguei o elevador e desci até o estacionamento, lá peguei minha bicicleta e segui meu caminho até a escola.

.....

Ao entrar em minha sala, descobri que ainda não havia quase ninguém lá, coloquei minha mochila em cima da carteira e passei a procurar Luffy na sala. Ele já estava debruçado em sua cadeira, ouvindo suas músicas no último volume e dormindo. Aproximei-me com cuidado e toquei levemente nele, com medo de assustá-lo. Ele abriu os olhos, vermelhos de sono e me encarou. Foi quando notei que agora não era só uma blusa de manga comprida que usava, mas uma com gola alta também. Ele não gostava mesmo de mostrar seu corpo.

Tirou os fones de ouvido e esperou que eu dissesse alguma coisa.

–Oi... É... Então, eu vim te chamar pra ir na minha casa hoje depois da aula. – Falei, e depois de analisar o quão idiota e estranha minha frase tinha soado, completei: - Pra terminar o trabalho, sabe.

–Ah, sim... Claro. Melhor assim, minha casa não é a mais bem estruturada. – Falou um pouco distante. Procurei um papel em minha bolsa e escrevi meu endereço nele, entreguei para o mais novo, que o guardou na bolsa e colocou os fones de ouvido novamente e logo estava dormindo. O sinal tocou e as entediantes explicações dos professores começaram

.....

Mais tarde, no intervalo eu estava sozinho, sentado em uma mesa comendo um cachorro-quente que roubara de Marco. Ele havia se ausentado por um momento para comprar mais comida para si, já que a dele, eu havia roubado. Mas quando voltou, ele não voltou sozinho, ao seu lado estava um cara alto, com um penteado antigo, parecido com o do Elvis Presley e um cavanhaque negro que contrastava com a cor dos cabelos, visivelmente mais claros.

Os dois conversavam sobre algo trivial e sentaram-se comigo na mesa.

–Ace, esse é o Thatch, o novo aluno transferido. – Disse me apresentando para o desconhecido. Eu acenei com a cabeça, o cumprimentando. – Thatch, esse é o Ace, meu amigo que rouba comida.

–Oi, Ace. Prazer conhecê-lo. – Disse com um sorriso.

Eu respondi dizendo alguma coisa aparentemente educada e os dois passaram o resto do tempo conversando, eu estava perdido em pensamentos. “Nem está tão frio, então pra que tantas roupas?” ou “Mais tarde ele vai passar em casa, é bom que eu tenha algo bom para comer.”.

Ou até mesmo “Que aposta idiota que eu fiz.”.


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Notas finais do capítulo

Eai? Gostaram?? Para alegria de algumas ( shippadoras master de LawLu ) o Law apareceu...e o tio Thatch tbbb!! tam tam tam.... esse cap foi de longe o mais quente, buuuut, foi bem divertido, e fofo , o Little Sabo tão Kawaiiii!!
Cof cof...bem, espero q vcs tenham gostadoo! E n se esqueçam de comentar eim! Comentários estimulam autores!! haha



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