back to the past escrita por mareana


Capítulo 24
Pompeii


Notas iniciais do capítulo

OLÁ MEUS AMORESSSSSSS
Cá estou eu, com mais um capitulo gatissimo para vocês!
Esse é o meu primeiro capitulo programado, então olá para você do futuro :DDD
Caso alguém queira saber: Sim, a fanfic está chegando ao fim. Eu não sei ao certo quantos capitulos ainda vão ter, mas acredito que não mais que cinco.
E obrigada aos mais de 200 comentários/leitores! Como eu sempre digo: Vocês são demais!
E GENTE
Eu escrevi esse capitulo pelo o Word e eu adorei a formatação - pode parecer a mesma, mas vocês podem notar que os travessões estão mais largos -. E algum de vocês viu que postei uma one-shot de Fairy Tail? Se alguém se interessar, ela está no meu perfil!
O nome desse capitulo não tem muito a ver com ele em si, mas essa é uma musica que tá na minha cabeça há uns dias, então resolvi colocá-la.
Beijos e fiquem com o capitulo! :D



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Percy P.O.V

— Você não acha que está exagerando? — Nico perguntou, sentando-se ao meu lado e digitando algo no seu celular.

— Claro que não é exagero, seu babaca — Thalia resmungou, ao lado de Luke — Imagina se fosse você no lugar dele.

— Fãs e gatas ao meu dispor o tempo inteiro? — Nico deu um sorriso debochado e encarou-a — Acho que eu aguentaria.

— É incrível o quão idiota você possa ser, sabendo que Annabeth está nas mãos daquele nojento do Peter. — Thalia retrucou e Nico tentou protestar, mas ela colocou os fones de ouvido e não lhe deu atenção.

Já fazia dois dias, desde a ultima ligação dos seqüestradores.

Estávamos dentro de um jatinho particular — que Atena havia conseguido para nós — voando em direção ao Texas. Chegaríamos lá durante a madrugada e colocariamos o plano em ação, assim que o jato pousasse.

Segundo os nossos cálculos, a viagem do Texas até a Flórida, levaria 15 horas de carro. E desconfiávamos que eles fariam deste jeito, já que ir de avião poderia levantar suspeitas. Portanto, a nossa expectativa, era que eles partissem na sexta-feira, durante a madruga. E chegaríamos lá na quinta, também na madrugada.

Apolo e Andrew haviam ido um pouco antes de nós, já que montariam todo o esquema, para que quando chegássemos, tudo ocorresse como planejado. Thalia, Nico e Luke disseram que viriam de qualquer jeito, e acabaram vindo juntos conosco. Os outros estavam na casa de Atena, esperando notícias ou qualquer ligação que os sequestradores fizessem.

Bom, e eu... Eu estava tenso, com raiva e muito, muito nervoso. Após a ligação que recebemos na casa de Atena, os sequestradores não entraram em contato novamente. Andrew nos deu um aparelho, por onde saberíamos a localização exata dos sequestradores, devido ao rastreamento que ele fez do celular de onde ligaram.

— Como está sentindo? — Nico perguntou.

— Péssimo — murmurei e olhei para o teto, suspirando.

Péssimo era a única palavra que poderia me definir naquele momento. Não parava de lembrar da expressão assustada de Annabeth naquela foto e não pude oprimir o sentimento de angústia e raiva. Imaginá-la trancada em um quarto imundo e pequeno, recebendo ameaças daqueles dois, fazia o meu estômago revirar.

E ainda tinha os meus fãs. Em um momento de distração, acabei verificando as mensagens no Twitter e em site de fofocas, e uma coisa era óbvia: Todos estavam bravos. Quer dizer, quase todos. Alguns reclamavam da minha falta de respeito nos últimos dias. Outros diziam que era tudo culpa de Annabeth e que o melhor a se fazer, era terminar o namoro. Outros entendiam e diziam que eu era apenas um garoto de 18 anos, tinha os meus problemas.

Tive vontade de postar um texto imenso na minha página do Facebook, explicando tudo que estava acontecendo, mas sei que Apolo reprovaria a ideia. Então deixei um pequeno pedido de desculpas e disse que se possível, explicaria a todos o que estava acontecendo.

Em menos de 10 segundos, já haviam mais de 100 comentários e aquilo me deixou assustado, fazendo-me desligar o celular rapidamente.

— Sabem o que eu acho? — Luke disse, levantando-se de seu lugar e parando um pouco a minha frente, com os braços apoiado nas poltronas — Devíamos fazer algo... — ele torceu o nariz — Essa viagem está mais chata que as tardes na casa da minha tia Eugênia.

— Você tem uma tia chamada Eugênia? — Thalia, que agora parecia prestar atenção, perguntou. Ela tinha um sorriso divertido no rosto — Só consigo imaginar uma velhinha gorda e que fala demais.

— Você conhece ela? — Luke perguntou, fingindo surpresa e Thalia riu.

O relacionamento de Thalia e Luke é um tanto engraçado. Annabeth me contou que os dois se conheceram aos 10 anos, quando Thalia “acidentalmente” derrubou milkshake nele. Desde então, estavam sempre se alfinentando, mas viraram grandes amigos. E agora, estão...

— Precisa se comer na minha frente mesmo? — Nico perguntou, revirando os olhos e bufando.

Luke estava inclinado e Thalia agarrava o seu pescoço, ignorando a pergunta de Nico e puxando-o para mais perto.

— O que você acha que vai acontecer quando trouxermos ela de volta? — perguntei a Nico, ignorando os outros dois.

— Você e ela vão se beijar e chorar, fazer juras de amor e depois se casar — ele riu e fez um bico, imitando um selinho. Ergui o dedo do meio e ele sorriu — Vai ficar tudo bem, cara.

Annabeth P.O.V

Eu estava cansada, com fome e me sentindo suja.

Pelos meus cálculos, estava presa ali há 72 horas. Pareciam-me semanas, devido ao tédio e a tristeza em meu peito.

Sentia falta de todos os meus amigos. De quando nos reuníamos para jogar conversa fora, rir das palhaçadas de Luke ou falar mal de Rachel e o resto das líderes de torcida. Sentia saudades de minha mãe e meu peito doía, só de imaginá-la com o meu irmão — ou irmã — que eu tinha receio de que tudo desse errado e eu acabasse por não conhecê-lo.

E sentia uma dor terrível no peito, quando lembrava dele. Percy invadia os meus pensamentos o tempo inteiro e sempre me sentia sufocada por não poder vê-lo, tocá-lo, beijá-lo... Aquilo era terrível.

— Comida — um brutamonte murmurou, abrindo a porta e deixando uma bandeja em cima da mesinha de madeira. Ele me observou, encolhida num canto, e ergueu a sobrancelha — Devia comer... Daqui a pouco seus ossos ficarão expostos... — ele riu, parecendo achar meu sofrimento engraçado, o que me deu uma vontade imensa de vomitar em sua cara.

Ele saiu rapidamente e esperei alguns segundos, para me arrastar e pegar a bandeja de plástico, voltando para a cama.

Examinei o conteúdo da bandeja: Em um prato descartável, havia um pouco de purê de batata — o qual não tinha um cheiro muito bom — e um pedaço de carne. Havia talheres, também descartáveis, e em um potinho, com alguns morangos. Não pude deixar de sorrir e fui direto a eles, comendo-os devagar e saboreando o gosto doce em minha boca.

Assim que terminei, levantei e fui em direção a jarra de plástico, contendo água, que estava em cima da mesa. Coloquei um pouco em um copo e bebi devagar. Quando coloquei o copo na mesa e voltei para a cama, a porta foi aberta.

— Você fica tão lindinha comendo! — Calypso disse, rindo e fingindo gostar da cena.

— Se faz de idiota ou é assim mesmo? — perguntei, sorrindo. Coloquei a bandeja ao lado e cruzei os braços, esperando-a falar.

Calypso rangeu os dentes e sufocou um grito, suspirando e ignorando-me. Estava observando-a, quando um volume em seu bolso chamou minha atenção: Um celular.

Em menos de segundos, consegui bolar um plano. Seria maluco e suicida? Sim, seria. Mas era necessário e a minha única chance de fugir daqui, antes da tal troca.

— O que veio fazer aqui? — perguntei novamente, mantendo os braços cruzados e encarando-a.

— Gosto de vê-la nesse estado — ela respondeu, com um sorriso debochado no rosto e parando próxima de mim — Ele será meu. Vai ver que foi tudo um grande mal entendido e vai me amar novamente — ela ficou me encarando.

Havia mordido a isca e nem sabia. Reprimi um sorriso.

— Depois de você ter feito aquilo? — ergui uma sobrancelha — Duvido.

— Cale a boca — ela grunhiu.

— Sabe o que Percy me disse? — provoquei e não esperei sua resposta — Que me ama. E eu também o amo, você só está n...

Calypso não me deixou terminar, levantou-se e se jogou contra mim, tentando agarrar meu pescoço. Fui mais rápida e lhe dei um soco no queixo, fazendo sua cabeça ir para trás e depois voltar rapidamente. Ela gemeu e cravou suas unhas em meu ombro. Sufoquei um grito e lhe dei mais dois socos: um na boca do seu estômago, fazendo-a se curvar e outro em seu rosto, jogando-a para trás. Ela caiu no chão, inconsciente.

Torci para que a sorte estivesse ao meu lado, até porque, não adiantaria ter feito isso se a bateria do celular estivesse vazia ou o aparelho estivesse descarregado. Acabei me dando bem: A barra da bateria estava totalmente cheia. Nunca fiquei tão feliz em ver um celular com 100% de bateria em toda minha vida.

Coloquei o corpo inconsciente de Calypso em cima da cama. Cheguei a conclusão que não seria confortável e nem um pouco inteligente, fugir usando o vestido e o salto. Agradeci por Calypso estar de calça, camisa e tênis. Também tinha uma jaqueta de couro, o que me deixou mais contente ainda.

Vesti as roupas dela rapidamente e depois coloquei meu vestido nela. Coloquei meu casaco por cima da jaqueta, me sentindo confortável. Coloquei o celular no bolso e calcei o tênis.

Agora era só enganar os dois brutamontes lá fora.

Só sabia que eram dois, porque ouvi os dois conversando ontem. Bati na porta duas vezes e tentei imitar a voz de Calypso, dizendo que já tinha terminado e que queria sair.

Esperei por um tempo. Por muito tempo. Comecei a achar haviam me descoberto, quando ouvi o barulho da porta sendo destravada e alguém resmungando do outro lado.

Me encolhi e esperei o Brutamonte 1 entrar. Consegui vê-lo bem na entrada, pela fresta, e empurrei a porta com toda a minha força. A porta se chocou contra ele, fazendo um baque surdo e empurrando-o para trás.

— Mas que porra é essa? — ele berrou e tentou entrar novamente, mas lhe dei uma rasteira. O Brutamonte 1 caiu no chão e gemia de dor. Dei um chute em sua virilha, com toda a minha força, fazendo-o se contorcer no chão.

Ouvi o Brutamonte 2 dizer algo e vindo em minha direção, segurando uma faca. Estremeci ao vê-la, mas me mantive firme. Ele veio para cima, mas desviei. Ele tentou me enforcar, enquanto eu desviava da faca, mas consegui me soltar dos seus braços. Acabei cortando a lateral do corpo e mordi os lábios.

Ele veio novamente, mas eu já estava cansada daquilo. Deixei que ele chegasse mais perto e dei uma cotovelada com toda a minha força, bem em seu nariz. Ele largou a faca, colocando a mão no rosto e me xingando de todos os nomes possíveis.

Fui para cima dele de novo, subindo em suas costas e lhe dando um soco na orelha. Aquilo o desequilibrou e me deu a chance de socá-lo novamente. O Brutamonte 2 caiu no chão, ao lado do Brutamonte 1 e me senti vitoriosa.

Apertei o botão para abrir o portão do galpão e peguei a faca que estava no chão. Quando o portão estava em uma altura segura, para que eu passasse, me abaixei e saí.

Sentir a luz do sol em meu rosto, depois de três dias trancada no escuro, foi uma das melhores sensações que já senti.

Soquei o botão do lado de fora e o portão se fechou. Não havia ninguém ali, então enfiei a faca no botão, até que os fios aparecerem. Cortei todos e saí correndo.

Corri feito louca em direção a saída, olhando para trás algumas vezes. Algumas pessoas que estavam por ali, me olhavam de canto e davam de ombros. Alguns resmungavam, para que eu andasse mais devagar, mas aquilo não era possível.

Depois de correr bastante, e sentir que estava em uma distância segura, me sentei embaixo de uma árvore. O mais inteligente seria eu correr para o meio da interestadual e pedir ajuda a alguém que passasse por ali, mas preferi me esconder em um bosque que havia ali por perto.

Sentei-me ofegante, acalmando a respiração. O corte na lateral do meu corpo doía um pouco, mas nada insuportável. Já estava escurecendo, então resolvi ficar por ali. Meus pés doíam, eu estava cansada, machucada e estava com fome. Mas estava radiante. Havia conseguido fugir e agora só precisava avisar aos outros.

Peguei o celular de Calypso e revirei os olhos, ao ver o protetor de tela. Era uma foto minha e de Percy na entrevista. Ele estava lindo e com um sorriso de tirar o fôlego no rosto. Já eu, estava meio diferente. Calypso fez uma montagem na foto: Fez um grande X vermelho no meu rosto e dois chifres. Dei uma risada. O celular estava com apenas um ponto de sinal, mas aquilo deveria servir.

Disquei o número de Percy e esperei.

Percy P.O.V

Havíamos acabado de chegar no aeroporto do Texas, quando senti meu celular tremer em meu bolso. Fiquei surpreso ao ver o nome no visor.

“Calypso”

— Quem é? — Thalia perguntou, apoiando o queixo em meu ombro e revirando os olhos ao ver o nome no visor — Quer que eu atenda por você?

— Acho que... — mas ela não me deixou terminar. Tomou o celular da minha mão e começou a falar:

— Olha aqui, sua lacraia oxigenada, vo... — ela parou de falar e arregalou os olhos — Annabeth? É você? — Thalia deu um gritinho e começou a pular — Onde você está? Nós estamos indo buscá-la e... — tomei o celular de sua mão.

— Annie? — falei, em meio aos protestos de Thalia.

Percy! — ouvi ela dizer. Abri o maior sorriso de todos quando ouvi sua voz.

— Está tudo bem com você? — perguntei e ela riu — Onde você está?

Eu consegui fugir! — ela disse, parecendo contente. Meu sorriso ficou maior ainda — Segundo o GPS desse celular, estou no Texas.

— Eu sei, nós estamos no aeroporto — falei e ergui uma sobrancelha — Como conseguiu esse celular?

Digamos que Calypso e eu tivemos uma conversinha... — ela disse e imagine-a abrindo um sorriso debochado.

— Estou com saudades de você, meu amor — falei, sem perceber. Nunca imaginei que chamaria alguém assim — Eu te amo.

Ei, eu também te amo! — consegui imaginá-la reprimindo um sorriso — O que eu faço agora?

— Mantenha o GPS do celular ativado, para eu pedir a... — ouvi um ruído — O que foi isso?

Acho... Ligação... Ruim... — sua voz estava entrecortada e dava para ouvir um chiado — Eu... — ela tentou dizer, mas a ligação caiu.

Olhei para o celular e tive vontade de jogá-lo longe. Mas estava feliz. Sabia que Annabeth estava bem e que poderíamos entrar em contato com ela pela manhã.

— Então quer dizer que agora a Annabeth é uma Jackie Chan da vida? — Luke perguntou, erguendo uma sobrancelha e rindo.


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Notas finais do capítulo

"E isso é tudo pessoal" TAMTAMTAMTAMTATAMMMMMMMM