A Força De Uma Paixão. escrita por Kah


Capítulo 7
Capítulo 7 Preparada




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/409055/chapter/7

— Boa tarde Paulina. – ele disse beijando meu rosto.

— Boa tarde. – disse com a voz tensa.

— Nervosa? – perguntou sorrindo.

— Bastante.

— Bom, é melhor irmos, vovó acha melhor você chegar primeiro, assim você pode ficar um pouco com Lizete enquanto vovó conversa com a senhora Montaner.

— Tudo bem, estou morrendo de saudades de Lizete. – disse sorrindo.

— E ela de você.

Entramos no carro e partimos em silencio ate a mansão, assim que chegamos vovó Piedade nos esperava na sala.

— Paulina, - ela disse me abraçando, senti uma segurança enorme naquele abraço – que bom te ver novamente.

— Digo o mesmo dona Piedade. – sorri enquanto ela segurava minhas mãos.

— Bom sente-se senhorita Paulina, me conte como esta se sentindo com esse encontro com sua mãe. – ela disse se sentando e me puxando para sentar ao lado dela.

— Bom dona Piedade, na verdade estou um pouco assustada.

— Assustada? Mas por quê? – perguntou curiosa.

Carlos Daniel se sentou em nossa frente parecendo interessado na conversa.

— Bom é que eu tenho medo do que posso descobrir sobre meu passado.

— Hora minha filha, - ela disse afagando minhas mãos – você vai descobrir o quanto era amada, seus pais eram loucos em você e sua irmã, ainda me lembro de vocês duas, pequenininhas correndo aqui pela casa.

— Aqui? – perguntei curiosa.

— Aqui sim, - ela respondeu sorrindo – você e Paola sempre vinham me visitar com sua mãe, e você me chamava de vovó Piedade.

Sorri enquanto ela me contava e olhei para Carlos Daniel que também me olhava sorrindo.

— Os pais de Carlos Daniel eram seus padrinhos. - Piedade disse notando que eu e Carlos Daniel olhávamos um pro outro.

— Meus padrinhos? – perguntei interessada – E onde eles estão?

— Bom, eles morreram a 15 anos em um acidente de carro. – ela disse com o olhar triste.

— Eu sinto muito, - disse olhando para ela e depois para Carlos
Daniel – sei bem como é perder os pais assim.

— Carlos Daniel me contou que você perdeu seus pais há pouco tempo. – vovó Piedade disse com carinho.

— É sim, pouco mais de seis meses. – disse com os olhos marejados.

— Bom, mas vamos mudar de assunto minha filha, - ela disse sorrindo pra mim – tem uma garotinha aqui que esta doida pra te ver.

— Ah sim, - disse limpando algumas lagrimas teimosas que me escaparam – também estou louca para ver Lizete.

Piedade apontou sorrindo para a porta da sala onde Lizete estava parada com um sorriso enorme no rosto.

— Tia. – ela disse correndo em minha direção e pulando em meus braços – Eu estava com saudades de você.

— Lizete, - a abracei forte – eu também estava com saudades de você.

— Vem comigo tia Paulina, - ela disse descendo do meu colo e me puxando – quero te mostrar meu quarto.

— Lizete eu não sei se...

— Vai lá com ela Paulina, - Piedade disse sorrindo – não se preocupe com nada e sinta-se em casa.

Lizete abriu um sorriso imenso e me puxou em direção ao seu quarto.

Assim que chegamos no quarto de Lizete ela me mostrou tudo, abriu o armário para me mostrar suas roupas, sentei em sua cama enquanto ela pegava algumas bonecas e me entregava, seu rostinho estava iluminado, parecia que pra ela aquele era o melhor dia de sua vida, ela pegou um livro de historias e me entregou um pouco desconfiada.

— Tia, você lê uma historinha pra mim?

— Claro meu amor, - respondi sorrindo para ela – que historia você quer?

— Cinderela. – ela respondeu com um sorriso imenso.

— Esta bem, então deite aqui que vou ler pra você. – disse enquanto ela se deitava ao meu lado.

Comecei a ler a historia para Lizete, seus olhinhos brilhavam, ela me olhava com um sorriso puro no rosto, não percebi a hora passar enquanto estava ali com Lizete, e antes de terminar a historia da Cinderela, ela já dormia.

Olhei ela dormindo ao meu lado por um tempo, e assim que me levantei da cama me assustei com Carlos Daniel parado na porta do quarto.

— Carlos Daniel, - disse colocando a mão no peito – você me assustou.

— Desculpe Paulina. – ele disse sorrindo.

— Faz tempo que esta aqui? – perguntei passando a mão pelo pescoço, eu estava nervosa com o fato dele estar parado ali há muito tempo me olhando.

— Não, - respondeu sorrindo caminhando em minha direção e parando a poucos centímetros de meu corpo – cheguei no momento em que o príncipe beijava Cinderela.

Meu coração assim como minha respiração acelerou, sentia minha mão suar e meus olhos não conseguiam desviar de sua boca perfeita, seu rosto se aproximou lentamente do meu, e quando percebi o que estava prestes a acontecer me afastei.

— Eu... acho melhor descermos. – disse envergonhada.

— Tem razão, - ele disse com a voz tímida – me desculpe Paulina.

— É... tudo bem, - disse o olhando e percebendo um certo constrangimento – ela já chegou?

— Já sim, - ele disse e me olhou seriamente – esta preparada?

— Estou. – disse respirando fundo.

Descemos as escadas em silencio, havia ficado um clima tenso entre nós, assim que chegamos na porta da biblioteca ele deu uma leve batida.

— Sou eu vovó. – Carlos Daniel disse.

Rapidamente vovó Piedade abriu a porta e saiu a fechando novamente.

— Sua mãe esta te esperando minha filha. – ela disse sorrindo segurando minhas mãos.

— Estou nervosa. – afirmei.

— Ela também esta, - Piedade falou séria – mas vocês tem muito o que conversar e ela quer poder te sentir novamente nos braços dela.

— Eu imagino. – disse tensa.

— Então entre logo Paulina, sua mãe esta quase tendo um ataque lá dentro.

— Vocês não vão entrar comigo? – perguntei olhando para Carlos Daniel, não queria ficar sozinha com “minha mãe” e também me sentia mais segura perto de Carlos Daniel.

— Não Paulina, - Carlos Daniel disse e beijou minha testa – é melhor vocês conversarem sozinhas, estaremos aqui, qualquer coisa nos chame que entramos correndo.

Carlos Daniel abriu um sorriso pra mim, eu retribui o sorriso um pouco mais calma e devagar entrei naquela biblioteca.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!