A Força De Uma Paixão. escrita por Kah


Capítulo 15
Capítulo 15 Um Ser Amor




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Depois de ouvir tudo o que ele havia acabado de me falar senti que não podia mais adiar, meu coração gritava para se juntar ao dele, tudo o que eu queria era poder me entregar a esse sentimento.

Carlos Daniel me olhava ansioso, saímos daquele salão, eu o puxei porta afora, queria ter mais privacidade, e não me sentia confortável com uma multidão nos olhando.

Do lado de fora havia apenas dois casais conversando, as arvores estavam enfeitadas por luzes que cintilavam dando graça à noite. Me perguntei o que todas as pessoas faziam dentro daquele salão, se ali ao ar livre estava tudo mais perfeito.

Caminhamos ate um arco de flores e luzes que havia no meio do jardim, Carlos Daniel me olhava ansioso, em seus olhos era possível ver a tensão em que ele estava, eu procurava de todas as formas as palavras certas, mas não encontrava, minha mente estava oca. Não conseguia pensar em nada.

— Paulina eu...

Ele tentou argumentar, mas não dei tempo a ele, atirei meus braços em volta de seu pescoço e o beijei com ternura e dedicação. Já que não encontrava palavras, decide me expressar de outra forma, continuamos aquele beijo calmo e sem pressa, apenas demonstrando a ele tudo o que eu sentia.

Eu comecei o beijo, mas ele terminou. Carlos Daniel afastou o rosto do meu sorrindo assim que um “Eu sabia” ecoou ate meus ouvidos. Senti o sangue inundar meu rosto com esse som, fiquei completamente ruborizada.

— Fomos pegos... – Carlos Daniel sussurrou um meu ouvido me fazendo corar mais ainda.

Se antes eu não tinha palavras, agora muito menos. Carlos Daniel envolveu os braços em meu corpo e eu tentei inutilmente me afundar em seu peito.

— Desculpe, - Patrícia disse um pouco constrangida – não pensei que estivessem juntos.

— Mas eu já imaginava. – Rodrigo disse entre risos.

Eu estava imóvel, completamente sem fala, travada.

— Eu e Paulina estávamos conversando. – Carlos Daniel disse em tom de brincadeira o que me deixou mais desconcertada, é claro que não estávamos “conversando.”

— Sei bem. – Rodrigo falou ainda sorrindo, Patrícia também dava sorrisos discretos – Porque não assumem de uma vez? Todos já estão desconfiados de vocês dois.

— Serio? – Carlos Daniel perguntou surpreso.

— Não, imagina. – Rodrigo disse irônico – É claro que sim Carlos Daniel, vocês sempre estão trocando olhares e sorrisos, você inventa desculpas todos os dias para sair mais cedo da fabrica e eu sei que não é pra ir ao dentista, sem falar na cara de bobo que fica sempre que vê ou fala de Paulina.

— Você tem razão Rodrigo, estamos juntos sim, - Carlos Daniel disse sorrindo me fazendo olhar rapidamente e assustada para ele, ele percebendo minha reação olhou profundamente em meus olhos – Claro se você aceitar meu pedido Paulina.

Meus olhos já estavam úmidos, senti meu coração disparar, delicadamente ele pegou minhas mãos e voltando a me olhar com aqueles olhos intensos me fez esquecer do mundo a nossa volta.

— Paulina, você aceita namorar comigo? – perguntou quase suplicando, em sua boca aquele sorriso lindo, perfeito. Me perdi facilmente em seu olhar e um SIM saiu de minha boca vindo direto do meu coração, nesse momento nada mais me importava, me esqueci da pequena platéia que nos assistia, de tudo, só havia espaço para ele.

Seu sorriso se intensificou e sua boca suavemente pressionou a minha para um beijo rápido, porém intenso.

— Finalmente! – Rodrigo disse me trazendo de volta a terra.

— Parabéns! – Patrícia disse com a voz emocionada.

Eu não consegui dizer nada, apenas sorri enquanto meus braços envolviam aquele corpo que agora era meu namorado.

— Obrigado meu amor. – Carlos Daniel sussurrou em meu ouvido apenas para eu escutar, seus braços também me envolveram.

— Bom, nos viemos aqui para avisar que já estamos indo, Carlinhos e Lizete já estão muito cansados. – Patrícia sorriu ao dizer.

— Nós também já vamos. – Carlos Daniel falou segurando minha mão.

— Não. – Rodrigo sorriu malicioso – Aproveite mais o baile, eu e Patrícia levamos Lizete pra casa, você acabou de pedir Paulina em namoro e já quer ir embora? Vão se divertir.

Novamente a vermelhidão se apoderou de meu rosto.

— Tem razão Rodrigo. – Carlos Daniel disse contente – Boa noite.

— Boa noite Carlos Daniel, - Rodrigo sorriu ao me olhar – e boa noite cunhadinha.

— Boa noite Rodrigo, Patrícia. – minha voz soou tímida.

Assim que Rodrigo e Patrícia nos deixou novamente sozinhos olhei para Carlos Daniel, ele ainda mantinha aquele sorriso no rosto.

— Minha namorada. – disse me puxando contra seu corpo fazendo minhas pernas ficarem bambas.

— Eu te amo. – afirmei pela primeira vez com os olhos já carregados de lagrimas.

Carlos Daniel sorriu e pressionou seus lábios com força nos meus, mais urgentes e intensos. Meu coração disparou e minhas mãos escorregaram pelo seu pescoço, ele mantinha uma mão firmemente em minha cintura me prendendo a ele, e com a outra segurava em minha nuca.

Quando nossos lábios se separaram me afastei para olhá-lo e sorri, passei meus braços em baixo dos deles o abraçando e recostei minha cabeça sobre seu ombro, ele me abraçou e assim começamos o embalo de uma dança lenta, automaticamente me lembrei de meus pais dançando pela ultima vez na sala de nossa casa, sem musica, sem som, e pela primeira vez eu escutei a melodia que eles tanto falavam, o som do coração.

Fechei os olhos enquanto nossos corpos balançavam suavemente embaixo daquele arco de flores e luzes. Carlos Daniel vez e outra deslizava a mão pelos meus cabelos, foram longos minutos ali abraçados e em silencio, ouvindo aquele som que ecoava em nosso peito.

— Eu não queria dizer isso, mas já esta ficando tarde. – ele disse com a voz tristonha.

Me afastei dele e encontrei seu olhar, me senti completamente segura naqueles olhos.

— Você esta muito silenciosa hoje meu amor. – ele disse afagando meu rosto, ouvir ele me chamar de “meu amor” fazia meu corpo vibrar.

— Não consigo encontrar palavras para descrever o que sinto. – afirmei pousando minha mão em seu peito.

— Esta feliz? – ele perguntou com um sorriso.

— Como nunca estive em toda minha vida. – disse com sinceridade retribuindo o sorriso.

— Prometo que farei de tudo para que essa felicidade dure para sempre minha Paulina. – ele disse me beijando em seguida arrancando o ar de meus pulmões.

Com os braços em volta de minha cintura e sem nenhum receio atravessamos o salão, que já estava ficando vazio e fomos em direção ao carro de Carlos Daniel.

Assim que chegamos na porta de meu apartamento Carlos Daniel segurou minhas mãos, encontrei seu olhar que tinha um brilho especial, ele sorriu e acariciou minha bochecha.

— Esta entregue meu amor.

— Foi uma noite incrível. – afirmei.

Seu rosto se inclinou ate o meu e nossos lábios se encontraram, a cada toque que ele me dava me sentia em outra dimensão, meu coração sempre disparava como se fosse à primeira vez, foi um beijo terno e apaixonado.

— Tenho que ir. – ele afastou apenas a boca da minha deixando nossos rostos ainda bem próximos, o que me fazia sentir sua respiração em minha pele.

— Já esta tarde. – sorri enquanto ele passava seu nariz sobre o meu.

— Paulina, - ele disse se afastando para olhar em meus olhos – quero que vá almoçar amanha em minha casa.

— É um convite? – perguntei sorrindo pela forma que ele falava.

— Bom é mais uma intimação, - ele sorriu – quero te apresentar oficialmente como minha namorada.

— Tudo bem, - disse sorrindo e corando um pouco – acho que já somos muito suspeitos mesmo.

— Então eu venho te buscar. – seu sorriso estava intenso – Ah, e não se esqueça de convidar a senhora Montaner.

— Ah, claro. – sorri enquanto abria a porta.

— Boa noite meu amor. -Carlos Daniel me beijou mais uma vez.

— Boa noite. – disse soltando sua mão e entrando em meu apartamento.


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