A Força De Uma Paixão. escrita por Kah


Capítulo 11
Capítulo 11 Eu te ajudo




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Lizete tinha muito bom gosto, a fantasia que ela nos mostrou exalava realeza e nobreza, eram tão perfeitas que sequer podia ser chamadas de fantasias, Carlos Daniel parecia ter ficado tão admirado pela beleza das roupas como eu. Já a fantasia de Lizete demorou um pouco para ela se decidir, ela olhava tudo com muita atenção, e quando finalmente notei um brilho puro e encantador em seu olhar tive a certeza de que havia achado a fantasia perfeita.

Assim que terminamos aquela pequena excursão na loja de fantasias Rodrigo, Patrícia, Carlinhos e Lizete foram ao cinema, enquanto eu e Carlos Daniel nos dirigíamos ao estacionamento para voltar para casa, confesso que quando Lizete propôs a Carlos Daniel para deixá-la ficar com os tios no cinema torci para que ele não deixasse, mas ele deixou sem problemas, e quando me vi sozinha com ele naquele carro em direção ao meu apartamento senti todos os músculos do meu corpo tencionarem, minhas mãos suavam e durante o trajeto de volta dirigimos a palavra ao outro umas poucas vezes.

Quando finalmente chegamos ao meu destino final suspirei aliviada enquanto Carlos Daniel dava a volta no carro para abrir a porta pra mim, mas quando ele notou em minhas mãos aquelas duas sacolas, que não estavam sequer pesadas, ele rapidamente as pegou e disse que me ajudaria a subir com elas, não pude negar sua ajuda, por mais que quisesse negar não consegui, e assim subimos para meu apartamento.

— Pode deixar aqui. – disse assim que entramos na sala e acenei para ele deixar as sacolas sobre o sofá.

Rapidamente ele deixou as sacolas no sofá e nos vimos parados e totalmente sem jeito perante ao outro, ele fazia menção de que iria falar alguma coisa mas sempre desistia, eu parecia que havia perdido a fala, o olhava esperando que ele dissesse alguma coisa e ele me encarava esperando que eu fizesse o mesmo, foi como um alivio escutar meu celular tocar, assim que peguei notei que era Paula, foi uma conversa rápida, apenas para me informar que já havia contratado uma empregada e que ela começaria na próxima semana.

— Quer beber alguma coisa? – perguntei assim que desliguei o celular.

— Água. – ele disse e sorriu.

Fui até a cozinha e voltei com o copo de água, ele havia sentado, me sentei um pouco afastada dele, estávamos bastante desconfortáveis, sabia que ele tinha algo para me falar, e que lutava internamente buscando uma maneira de se expressar.

— Paulina, - ele disse me olhando, senti meu corpo gelar – eu queria te dizer uma coisa que esta me esmagando, sei que é muito cedo, mas não consigo mais segurar isso dentro de mim.

Meus olhos estavam ligeiramente arregalados, sentia medo do que ele pudesse dizer, mas também queria escutá-lo o que tinha pra dizer, eu estava bastante confusa.

— Eu não consigo ficar mais um minuto sem pensar em você, a cada vez que te vejo sinto meu coração saltar dentro de meu peito, você já faz parte dos meus sonhos, eu sinto o mundo parar quando estou assim perto de você, e agora que já conheço o sabor de seus beijos sempre anseio por mais, me sinto como um adolescente apaixonado descobrindo o amor pela primeira vez. – ele falou tudo de uma vez e me olhou, eu segurei a respiração, não sei como era minha expressão – Peço desculpas por estar te falando isso, e também por te pressionar.

Ele desviou o olhar dos meus e baixou a cabeça, rodeava o copo nas mãos, eu continue ali parada e perdida em milhares de duvidas, incertezas e também de certezas, eu estava ficando louca pelo o que iria falar.

— Carlos Daniel, - disse chamando sua atenção de volta a mim, seus olhos brilharam ao escutar dizer seu nome e se fixaram dentro dos meus – eu também sinto tudo isso que você falou, mas tenho medo.

— Medo? – ele perguntou surpreso – Paulina, não precisa ter medo, somos adultos e livres.

— Eu sei Carlos Daniel, - disse e desviei meu olhar, senti meu rosto corar – mas tenho medo de sofrer e não sei se suportaria outra perda.

Carlos Daniel que estava sentado a uma certa distancia de mim se aproximou e puxou delicadamente meu rosto fazendo nossos olhares ficarem fixos.

— Mas como pode ter medo de perder se nem ao menos estamos juntos? – perguntou com um sorriso terno.

— Por isso mesmo Carlos Daniel, eu tenho medo de me envolver e sair machucada.

— Eu nunca faria você sofrer, pelo contrario, quero curar essas feridas que tem em seu peito. – ele disse com o olhar perdido no meu – Me dê uma chance de tentar?

Meus olhos ficaram úmidos, ele me olhava com ansiedade, ternura, eu me via refletida em seus olhos e não pude segurar algumas lagrimas que me escaparam.

— Me dê um tempo para pensar?

— Claro Paulina, - ele sorriu e afagou meu rosto fazendo com que eu fechasse os olhos – te darei o tempo que for necessário.

Sentir aquela mão acariciando meu rosto fazia meu corpo vibrar e meu coração aquecer, sentia como se estivesse em outro mundo, um mundo novo, desconhecido. Assim que abri os olhos, o vi me olhar com um pequeno sorriso nos lábios, sua mão que passeava pelo meu rosto parou em meu queixo segurando-o em concha delicadamente, seus olhos brilhavam, seu rosto se inclinou para frente aproximando lentamente do meu, já conhecia perfeitamente bem aquela expressão em seu rosto, aquele beijo que trocamos no jardim já havia passado centenas de vezes em minha mente e tinha certeza que se repetiria ali.

Seus lábios macios e carnudos pressionaram levemente os meus e depois se moveu suavemente de um lado e outro em minha boca, minha mão subiu ate seu pescoço e meus dedos entrelaçaram em seus cabelos fazendo aquele beijo se intensificar, seu hálito misturou-se ao meu, a cada segundo que passava eu lutava contra a falta de ar que havia em meus pulmões, mas eu não queria me afastar, com calma ele cessou o beijo, notei que ele estava ofegante, respirei profundamente enchendo meus pulmões, ele beijou a ponta de meu nariz fazendo um sorriso surgir em meus lábios e novamente sua boca encontrou a minha, minha outra mão entrelaçou envolta de seu pescoço ajudando à primeira, a dele segurou minha cintura firmemente e com calma continuamos aquele beijo, ele roçou os lábios sobre os meus deixando-os dormentes, e quando se afastou minhas mãos caíram de seu pescoço, abri os olhos, ele tinha um sorriso nos lábios vermelhos.

— Você disse que me daria um tempo para pensar. – disse com um pequeno sorriso.

— Acho que te ajudar a pensar não faz mal. – ele disse com um sorriso no canto da boca.

— Bom, assim favorece bastante pra você. - afirmei sorrindo.

— Então acho que vou te ajudar mais vezes, - ele sorriu malicioso – até você se decidir.

Ele me beijou, novamente, e cada vez que minha boca encontrava a sua sentia aquele sentimento crescer e derreter aquele medo, mas ainda havia medo, talvez nem fosse medo, mas sim insegurança.

— Já se decidiu? – ele perguntou colando a testa na minha e me olhando no fundo dos olhos.

— Ainda não. – suspirei.

— Eu posso te ajudar ate decidir. – ele disse afastando a testa da minha.

Sorri para ele, sabia muito bem que essa ajuda que ele se referia eram seus beijos, e embora eu adorasse recebê-los devia me manter sóbria, e lúcida, e os beijos dele favoreciam muito para que um sim saísse de meus lábios até mesmo sem perceber.

— Tudo bem, - ele sorriu – vou me conter e esperar sua decisão.

— Assim espero. – disse sorrindo enquanto minha mão passeou lentamente pelo contorno de seu rosto – Você é lindo.

Ele sorriu e pegou minha mão que estava em sua face, seus lábios depositaram um beijo em minha mão e aquele sorriso lindo surgiu em sua boca.

— Você que é linda. – ele disse e se inclinou para me beijar.

Meu celular tocou novamente, Carlos Daniel me segurou pela cintura quando ameacei me levantar, e sua mão segurava meu rosto contra dele, com grande dificuldade me afastei de seus perigosos lábios.

— Tenho que atender, pode ser meu advogado ou Paula. – disse o olhando seriamente, ele me soltou e antes eu o beijei rapidamente e corri para atender meu celular que tocava insistentemente.


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