E Se O Amor Acontece... escrita por Bruna Moraes


Capítulo 1
Capítulo 1 - Primeiro dia de aula


Notas iniciais do capítulo

Deixem reviews!!
Uma sugestão: ouçam essa música quando eu disser, fechado?



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Olá! Vou me apresentar, meu nome é Annabeth Chase, tenho 16 anos, cabelos loiros cacheados até a cintura, meus olhos são cinzentos, uso óculos (tenho lentes, mas não gosto de usar) e estou no 2º ano. Estudo na escola Goode High School, lá é como qualquer colégio, tem os grupos dos populares, dos normais, dos nerds e dos excluídos. Eu me encaixo na dos excluídos, sou nerd, mas não gosto de andar com eles (irônico, não é mesmo?). Minha melhor amiga se chama Thalia Grace, seu estilo é punk/gótica, o que causa uma estranheza nas pessoas.

Antes que eu esqueça, mesmo tendo um certo estereótipo, eu tenho um namorado. Chocados? Eu também fiquei quando aconteceu. Ele é Luke Castellan, o conheci por acaso em uma livraria, mas isso é história para outro momento.

Prosseguindo com as apresentações, sou filha da melhor arquiteta do país, Atena Chase. Você deve achar o máximo, mas não é. Ela não tem tempo para família, pois vive sempre ocupada com o trabalho. Essa foi a razão do divórcio dos meus pais. Moro com meu pai, Frederick, e minha madrasta em um apartamento. Com ela meu pai teve mais dois filhos, Mathew e Bob, ambos têm 6 anos (são gêmeos). Bom, acho que é só por enquanto.

Primeiro dia de aula! Acordei com meu despertador tocando às 6:30. Levantei-me com muita dificuldade, fui ao banheiro, fiz minha higiene matinal e coloquei uma roupa confortável que era uma blusa enorme, uma calça jeans e um all star azul que eu amava (parece que alguém ouve muito Nando Reis). Desci para tomar café (sim, nosso apartamento tem dois andares). Na cozinha, meu pai, minha madrasta e meus irmãos me esperavam para tomar café.

— Bom dia, família! - eu disse servindo-me com uma torrada e meia xícara de café.

— Bom dia, Annie - todos responderam.

[Música] Despedi-me deles e fui para a escola. Ela não é muito longe, é somente a três quadras da minha casa, então eu preferia ir andando do que incomodar meu pai para me levar. Andava distraidamente pela rua quando alguém esbarrou em mim, fazendo com que eu caísse, espalhando todo o meu material pela calçada.

— Você não olha por onde anda não? - falei grosseiramente, sem olhar quem era. Quando vi, era um menino de pele branca, olhos verdes e cabelos pretos bagunçados.

— Desculpe, eu não te vi - o menino falou ajudando-me a recolher o meu material.

— Não desculpo, tem olhos para quê? Para ficar de enfeite? - não sei porque, mas ele me deixou nervosa e ao mesmo tempo com raiva, deve ser tpm. Quem aquele idiota pensa que é? Me derruba e quer que eu aceite desculpas.

— Minha mãe me ensinou a ser educado, mas parece que você não foi, então também não merece minha educação - aquele garoto me deixou irritada. Fiz a primeira coisa que veio a minha cabeça, dei um tapa na sua cara e segui para escola.

Chegando lá, encontro com a minha amiga Thalia, ela logo vem me cumprimentar, mas percebe que algo aconteceu:

— Amiga você não está bem, o que aconteceu? - como cheguei cedo à escola, eu lhe conto tudo o que houve e a doida ainda me apoia falando que se encontrasse ele por ai ela ia dar uma bela surra nele (deve estar de tpm também, só pode).

O sinal tocou e nos direcionamos a quadra para ter aqueles avisos de inicio de ano como sempre e a apresentação dos novos alunos. Quando tudo acabou, fomos pegar nossos horários e infelizmente hoje eu não tinha nenhum horário junto com Thalia.

Minha primeira aula era de biologia. Como sempre me sentei em uma das mesas (que eram daquelas de dupla) do canto da parede, sem me importar se alguém iria sentar ali comigo, pois ninguém nunca senta, com exceção de Thalia, óbvio.

Nossa querida professora Sophia chegou e começou a falar que hoje seria só a apresentação. Quando o último aluno se apresentou, uma pessoa abriu a porta e não acreditei quem era. Era aquele idiota que esbarrou em mim na rua. Vasculhei a sala temendo que a única cadeira desocupada fosse a do meu lado. E como a minha sorte estava grande, a única disponível era do meu lado.

— Desculpe, senhora, eu estou de mudança e acabei me atrasando, isso não irá se repetir - disse o babaca.

— Está perdoado, agora qual o seu nome?

— Perseu Jackson - então esse era seu nome.

— Tudo bem, agora sente-se ao lado da senhorita Chase - isso não vai dar certo.

Ele parecia não ter me notado, mas quando me viu, abriu um sorriso Colgate e veio sentar-se ao meu lado.

— Olha quem está aqui! Vejam se não é a estressadinha - ele disse em tom de deboche.

— E olha, vejam se não é o senhor-tenho-olhos-para-ficar-de-enfeite - com isso eu me virei para a professora que dizia algo que eu só entendi o final:

— ...as pessoas ao seu lado serão seus parceiros para todo o resto do ano - nessa hora olhei mais atentamente Perseu, que me encarava com uma cara nada boa (incrível como ele é bipolar), e percebi que sua bochecha estava marcada com a minha mão, estava certinho cinco dedos.

Com essa última parte todos começaram a reclamar, mas já estava decidido e a professora não ia mudar de ideia. Não acredito que vou ter que aturar essa criatura que chamam de gente todo o resto do ano.

Depois de muita reclamação dos alunos, o sinal tocou indicando que seria o intervalo. Contei a Thalia tudo que aconteceu e ela me disse que conheceu um garoto chamado Nico Di Ângelo e que ele seria seu parceiro nas aulas de história. O resto do dia seguiu normalmente, sem mais atropelos. Chegando em casa, deparei-me com um caminhão de mudança em frente ao prédio em que eu moro.

Do caminhão vejo saindo uma mulher magra, com cabelos cacheados pretos e seus olhos são verdes. Aproximei-me dela:

— Oi, com licença, mas você está se mudando para esse prédio? - só depois me dei conta de como a pergunta era idiota.

— Sim e você mora aqui? - fiz que sim com a cabeça e ficamos conversando por um tempo, até que minha madrasta chegou.

— Vejo que você já conheceu a nossa nova vizinha, Sally - apenas dei um sorriso e assenti.

— Vocês não querem jantar lá em casa hoje? Sei como é mudança, deve estar tudo uma bagunça e vocês devem estar cansados, o que acha? - pergunta minha madrasta Ana.

— Tudo bem, que horas?

— Às sete, pode ser?

— Pode, te vejo às sete. Tchau. Beijos - e assim Sally se foi com a última caixa da mudança.

***

Quando deu seis e meia, tomei um banho e fui ver uma roupa apropriada, não costumo usar vestido, mas essa era uma ocasião especial. Escolhi um vestido florido de alcinhas justo até na cintura e depois ficava solto, ele ia até a metade da minha coxa. Passei uma maquiagem leve e escolhi sapatilhas brancas. (antes que ache isso estranho, eu me arrumo, ok? Chega de estereótipos, apesar de viver o clichê na escola). Quando desci, meus pais estavam abrindo a porta para Sally, que vinha acompanhada de uma criança que deveria ter a idade de meus irmãos e por último entrou um rapaz alto, de cabelos pretos e olhos verdes vestido com uma calça jeans e uma blusa polo preta.

Não é possível, não podia ser ele. O destino só pode estar brincando comigo, quase escorreguei de cima da escada quando o vi.

***

Pov Perseu

Minha mãe chegou toda animada em casa contando que iríamos jantar na casa da nossa nova vizinha e falou que era para eu me arrumar decentemente. Sabem como é, mamãe gosta de causar boa impressão. Não nego que eu também adoro uma oportunidade para estar bem arrumado.

Quando deu seis meia da tarde, fui me arrumar e escolhi uma calça jeans escura, uma blusa polo e um tênis. Fui todo animado com a minha mãe para casa da vizinha que por pura coincidência era ao lado da nossa. Chegando lá, uma mulher de cabelos castanhos claros atendeu a porta e nos deu boas vindas. Eu entrei por último. Quando entrei fiquei olhando a loira no topo da escada.

Não podia ser ela, eu só posso estar ficando doido. Ela estava linda, não podia ser a mesma nerd chata e sem educação de hoje de manhã. Isso só podia ser armação do destino. Essa seria uma longa noite, ao lado de uma insuportável.


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Notas finais do capítulo

Como será que vai ser esse jantar? Será que vai ter alguma briga ou vai ser pacífico?