Fiquei as primeiras semanas, internada sob os cuidados de Carlisle e Esme, Esme já tinha uma barriga saliente dos seus quatro meses de gestação.

Passei por uma bateria de exames quase todos os dias, pois era difícil para a medicina entender o meu caso, até então não teria tempo, agora estava grávida.

Era difícil de entender, mas eu de alguma forma compreendia.

Os primeiros dias foram um pouco difíceis, tive que abandonar completamente algumas medicações, deixando Edward muito apreensivo, mas era a vida de meu bebe que estávamos lidando e se fosse preciso escolher.....

Edward não gostava quando eu dizia essas coisas, então me calava, mas eu sabia quem escolheria.

Carlisle praticamente morou no hospital durante esses dias, e a cada exame, à cada resultado, ele descobria alguma forma, alguma medicação que controlasse, sem danos ao bebe.

Meu corpo já estava acostumado pela bateria de medicações e acostuma lo à abandona los ou mudar alguns, foi algo assustador.

Mais tinha que ser forte, tinha que agüentar, era meu bebe que dependia de mim.

Depois da primeira semana consegui convencer à Edward à  voltar ao trabalho, e que ficaria bem com Carlisle ao meu lado.

E na terceira semana já mais forte, voltei para casa.

No  primeiro mês em casa, minha mãe, à pedido de Edward ficou morando conosco e revezava os cuidados com Alice, à essa altura já estava no terceiro mês de gestação.

No quarto mês convenci minha mãe que deveria voltar para casa, cuidar de meu pai e que eu já estava bem, vendo que não tive mais nenhuma crise, tudo corria bem.

Comemoramos à chegada do quinto mês de gestação no casamento de Carlisle e Esme que já tinha uma enorme barriga, ela estava linda e feliz.

A cerimônia foi simples pela manhã, mas foi perfeita e sentíamos o amor entre eles, Alice foi acompanhada de Jasper, agora seu namorado, todos pareciam felizes.

À cada mês, comemorávamos uma vitória, meu bebe era forte e resistente e ao sentir seu coração batendo ao compasso do meu, meus olhos marejavam.

No sexto mês, vendo a ultra, respiramos aliviados, ela era perfeita. Sim ela! Meu bebe era uma menina, a minha menina.

Ao ver o som de seu pequenino mas forte coração, Edward chorou.

Tivemos um susto no sétimo mês de minha gravidez, um sangramento me fez ficar mais uma semana internada.

E mais uma vez tive que convencer que essas coisas eram normais, poderiam acontecer em qualquer gestação, o difícil foi Edward se tranqüilizar.

No fundo eu também tinha medo, mas não podia demonstrar. Medo de não conhecer o rosto de meu bebe, medo de não ver ela crescer...

Suspirei e levei pra longe esses pensamentos.

Esme ganhou seu bebe numa noite, e eu Edward esperávamos no saguão do hospital à espera de alguma noticia, depois é claro de muito insistir em ir ao hospital.

Carlisle apareceu depois de algumas horas, com os olhos marejados de emoção e com a roupa ainda da cirurgia, apenas falou meio atordoado.

__É um menino! É um meninão!

Nos abraçamos ali mesmo no saguão, e devido à emoção senti um chute em minha barriga, e me vendo estremecer Edward se assustou.

__Calma papai, também estou feliz! Ainda não tá na hora de nascer!

E Edward assentiu com um sorriso um pouco mais tranqüilo.

Chegamos ao quarto em que Esme estava e vi Emmet lindo e doce em seus braços, ela já amamentava e essa cena tão bonita me trouxe as lágrimas.

Em breve seria eu à amamentar meu bebe.

Mas o medo de eu não conseguir, ou não ter tempo para isso, me fez gelar e as lágrimas continuaram a me banhar o rosto.

Suspirei mais uma vez, e espantei meus receios.

Edward a cada dia mais me parecia preocupado e apreensivo. E sei que isso estava fazendo mal para ele, pois ele reprimia toda sua preocupação e acabava tanto por cuidar de mim, que acabava esquecendo de si.

Isso eu descobri numa manhã em que acabara de passar dos 8 para os 9 meses de gestação, me deparei com uma cena.

Um pressentimento estranho,me fez acordar no meio da noite, tinha acabado de ter um pesadelo e acordei assustada.

Olhei para a cama e ela estava vazia, Edward não estava deitado, e eram 4 horas da manhã.

Meio tonta de sono e ainda atônita pelo pesadelo, levantei me lentamente da cama devido ao peso de minha barriga e fui à procura lo.

__Edward...Edward..

A cada passo dado e nenhuma resposta, meu coração acelerava.

Olhei na cozinha, na sala não estava, e fui então até o banheiro.

Meu pressentimento estava certo, alguma coisa estava errada.

Meu pesadelo começaria....

__Edward!!!!!! Por favor não!!!!!!

Meu grito ecoou na casa escura.

Encontrei Edward caído no banheiro, e uma de suas mãos estava sobre seu peito.

Me debrucei sobre ele, e o desespero tomou conta de mim. Não sabia o que fazer, ver Edward daquela forma, me fez perder o chão, o limite, enfim tudo.

Ele estava desacordado.

E eu não tinha forças para mexe lo.

__Edward por favor......Edward.....

Sussurrei em seu ouvido, tentando encontrar algum sinal vital.