-Como é? – Falei em meio a minha gargalhada. Ele se aproximou de mim e já me afastei, ele podia ser o cara mais gostoso que já vi mais ainda sim não iria rolar.

Evan Reymonds olhou pra mim surpreso, percebi que seu olhar se perdia em alguns segundos em meu peito.

-Perdeu alguma coisa? – Perguntei irritada.

-Não, apenas estou te admirando amor.

-Não me chame de amor.

-E você ainda não me beijou. - Falou ele contatando um fato, com uma cara de tristeza.

-Você realmente acha que eu irei te beijar? Nem se você fosse Tom Hiddleston eu iria te beijar.

Evan deu uma gargalhada que começava a me irritar. O que aquela ruiva arrumou pra mim? Tá na cara que ele é um idiota egocêntrico, que se acha o mais gostosão do pedaço e que não ira me ajudar em nada. Esperei ele terminar de rir da minha cara e falei;

-Já terminou? Porque eu estou perdendo uma festa estando aqui fora com você.

-Desculpa, eu só estava testando você. As outras se derreteram para mim assim que me viram. Mais você tem uma determinação diferente no olhar.

-Ou talvez eu não tenha gostado de você.

-Todas gostam de mim Sophie. Mais acho que começamos de uma maneira errada, sou Evan James Reymonds.

O rapaz ofereceu sua mão em comprimento, a qual eu só apertei por educação.

-Sou Sophie Charlotte Dreals.

Soltei a mão de Evan e a coloquei no bolso do meu sobretudo, o que não adiantou de nada porque ele puxou minha mão esquerda e entrelaçou com a dele.Olhei pra ele assustada, Evan me lançou um sorriso safado no rosto e disse;

-Por favor, você não me deu um beijo mais isso não quer dizer que não dará. Apenas relaxe enquanto andamos pensando numa forma de te ajudar.

-Não confio o suficiente em você para acreditar que realmente quer me ajudar. Você e irmão do Trevor, eu não sei o que Blue e Trevor têm mais os dois são inseparáveis. Como posso saber se você não é igual a ele?

-Pelo simples fato de que eu odeio meu irmão e Blue. Não tenha medo de mim Sophie, eu sou o único que pode realmente te entender.

Começamos a andar pela rua da congelada Alemanha, com nossas mãos entrelaçadas e corpos bem próximos, o que eu não pude reclamar.

-Você sabia que Sophie significa; a sabia. Charlotte significa aquela que é forte, parece que o seu nome combina com sua personalidade pelo que Grace me contou.

-Se eu fosse sabia o suficiente eu não teria tomado uma surra do Blue por nada.

-Você não apanhou por nada, apenas estava protegendo quem você é, isso e ser sabia. Se estamos tendo essa conversa e porque você e forte o suficiente para não temer Blue, mais sim querer lutar contra ele.

-Você não sabe como é bom escutar isso.

-Eu saberia o que é bom se você me desse um beijo. Mais vamos deixar isso pro futuro próximo.

Gargalhei depois que eu escutei aquilo, Evan era lindo demais para se jogar fora, mais me parecia perigoso demais para experimentar. Eu ainda estava tentando descobrir qual dos meus pensamentos apagaria aquele desejo que estava me consumindo, aquilo era atração.

Pov. Autora

-A Sophie sumiu de repente né? – Comentou Ashley sóbria o suficiente para reparar a falta da garota.

-Ela deve tá pegando alguém por ai. – Respondeu Rosylin enquanto dançava freneticamente ao ritmo da musica que ninguém conhecia. Isadora preferia que voltassem a tocar Rock do que aqueles Pop’s chiclete que só tem uma frase e já faz um tremendo sucesso, Isabella se aproximou dela do nada, o que Isadora achou estranho porque pensava em Isabella e Elizabeth como as intocáveis do grupo. Bonitas e elegantes mais nunca saiam dos casulos que as duas haviam criado, e sempre que saiam não era pra mostrar quem elas realmente eram. As duas tinham seus mistérios, e por mais que Isadora tivesse curiosidade por saber ela pensava no conselho que Sophie havia dado “Você se cansa de tentar saber sobre elas, então não vale o esforço”.

- Eu estou adorando esse bar, e você?

-Também estaria se tocasse uma coisa que prestasse. – Respondeu Isadora um pouco desconfiada do porque da pergunta da loira.

-Você tem um estilo mais roqueira. Eu até gosto de alguns.

As duas sorriram sem graça uma pra outra procurando um assunto em comum. Isabella percebeu que não sabia absolutamente nada sobre a garota nova, perfeccionista do jeito que era ela queria saber das suas qualidades e de qual forma ele seria útil para a equipe. Isabella era a segunda no comando, depois de Lou Ellen. Ela comandava as garotas em missões de campo, quando era necessário lutar ou invadir algum lugar. Mesmo Lou Ellen tendo toda a lógica do mundo ela nunca participou de uma missão no campo de combate, não saberia liderar quando estavam entre a vida e a morte, então Isabella ficava encarregada disso.

-E verdade que transferiram você da CIA para a nossa agencia? – Isabella ofereceu um copo de Whisky para a morena de olhos azuis vibrantes, a mesma aceitou com um pouco de receio mais ainda sim bebeu.

-Sim é verdade.

-Por quê?

Isadora ficou um pouco desconfortável com a pergunta, ela não gostava de lembrar dos dias que teve que trabalhar para a CIA, mais Isabella transmitia um olhar de que não iria aceitar um não como resposta. Isadora começou a falar;

-A CIA estava se envolvendo de forma errada com outras organizações e eu fui burra demais para questionar. Eles preferiram me transferir para Blue, para que eu aprendesse de modo difícil como manter minha boca fechada, o que funcionou porque assim que cheguei já percebi que tipo de pessoa Blue é.

-Blue pode ser um idiota quando quer, eu falo por pura experiência. Você ainda quer voltar para CIA?

Isadora pensou na pergunta que a Isabella havia feito, mesmo que na CIA ela tivesse o poder para fazer absolutamente tudo que quisesse, apenas prestando seus serviços, ela começava a gostar do modo que as meninas de alguma forma eram ligadas.

-Acho que não, o salário de vocês parece ser muito bom.

-Você ainda não sabe o quanto. – Isabella transmitiu um sorriso para Isadora que concordava com isso. As duas poderiam conversar de algo agora. Isabella estava conversando com a novata não só para descobrir de seu passado, mais porque sua amiga Elizabeth estava beijando um cara em algum lugar. Ela precisava de alguma companhia que não estivesse bêbada que nem Ash, ou dançando como Katerina.

Katerina dançava animada com cinco caras em volta dela, seu poder de sedução era incrivelmente avançado quando estava na pista de dança. E sem demonstrar muito ela adorava a atenção excessiva que os rapazes estavam dando pra ela.

-Brian o que você esta fazendo perto dessa vadia?!– Exclamou uma garota quando viu seu parceiro agindo como um cachorrinho atrás de Katerina. A morena quando escutou isso não se conteve em dizer que;

-Prefiro ser uma vadia adorada a ser uma vaca encalhada como você querida.

A garota ficou quieta com a resposta de Katerina, por mais que uma agente da CIA tenha influencia sobre as outras agencias todos sabiam que com as Garotas do Blue não podia se meter. Elas eram frias o suficiente para te matar em uma praça publica e matar todos que viram depois.

-Eleanor, estamos nos divertindo. Pare de ser tão mandona. – Disse Brian embreagado. O rapaz nem prestava atenção no que as duas garotas estavam falando, sua principal ambição era levar Katerina Petrova para cama, mais rápido do que queria que aquela conversa durasse.

-Acho que sua amiga não sabe o que é diversão Brian. Talvez seja porque ser uma vaca encalhada já esteja enjoativo para ela. – Katerina exibia um sorriso nos lábios, o sorriso que fazia até a pessoa mais calma querer bater nela. - Por que não diz quem você realmente quer levar pra cama hoje? Ah é, sinto muito mais Brian não esta disponível.

Não resistindo a garota transferiu um tapa na cara de Katerina. Todos do bar pararam para observar a cena, ninguém nunca se atreveu a fazer isso, com nenhuma das garotas. Katerina fechou os olhos já pensando em 1000 formas de ensinar aquela vadia a nunca mexer com ela.Mais Grace foi mais rápida antes que o estrago fosse feito.

-Se eu fosse você saia daqui o mais rápido possível. Porque mesmo se eu controlar a Katerina para não te dar uma boa surra, eu mesma farei isso.

Os olhos da desconhecida se arregalaram, vendo a frieza que Grace transmitia. Sem hesitar, saiu correndo do local, deixando Katerina um pouco decepcionada.

-Ah não, eu queria que ela ficasse para ver como se bate em alguém. – Falou Katerina para Grace.

-Não vamos matar mais ninguém nessa semana. Blue não esta com humor o suficiente para ter que explicar seus excessos de fúria.

Katerina fez uma careta para Grace, mostrando que odiava quando a ruiva estava certa. Se distraindo, ela se virou para Brian e disse;

-Agora me deixe te levar para um lugar que você só conhecera comigo querido.

A morena levou o rapaz para fora do bar, vendo a cena Grace deu uma risada sozinha.

-Katerina nunca terá jeito. – Sussurrou para si mesma.

Pov. Sophie

Eu e Evan estávamos no hotel em que ele estava hospedado. Para começo de conversa, ele disse que não podíamos ficar vagando pela Alemanha quando tem uma convenção de agentes secretos na cidade, foi por isso que acabamos parando na imensa suíte de seu hotel. Era lindo demais, isso eu precisava assumir, mais em vez de bancar a garota encantada com um quarto de um cara que nem conhecia já comecei a fazer as perguntas;

-Agora que estamos sozinhos. Você pode falar como ira me ajudar a escapar das mãos de Blue.

Evan arqueou as sobrancelhas e deu um sorriso, fiquei sem entender sua reação mais aguardava por uma resposta sentada no sofá. Ele acendeu um cigarro e começou a fumar enquanto se sentava no sofá da frente. Levantei, peguei aquele maldito cigarro, joguei no tapete e apaguei com o pé.

-Por que você fez isso? – Disse calmamente para mim.

-Porque eu odeio cigarros, e você não fumara enquanto estiver perto de mim.

-Você e muito folgada sabia?

-E você e um idiota. Se já acabamos com os elogios agora quero que responda minha pergunta.

Evan suspirou levemente, inclinou seu corpo para poder me encarar com facilidade. Fiquei perdida em seus olhos extremamente azuis até ele responder;

-Você não pode.

-O que?- Não me controlei ao aumentar o tom de minha voz.

-Só funcionou comigo, não totalmente. Mais e impossível escapar das mãos do Blue uma vez que ele já te considera dele.

Comecei a ficar desesperada, tinha que haver uma chance, eu não podia continuar com toda aquela confusão.

-Não a nenhuma maneira? Eu só quero que minha vida volte a ser como era antes Evan. Eu posso ajuntar o dinheiro, pegar minha família e fugir...

-Pra onde? Não a nenhum lugar do mundo aonde a influencia de Blue não chegue. Mesmo que fuja seria caçada e trazida de volta, ou morreria no processo.

-Então eu posso fazer um acordo.

-Acordo? O que você teria para oferecer? Dinheiro? Ele não precisa de dinheiro, de nada material que você possa oferecer vai fazer com que ele desista de você, ele já tem o que ele quer.

Aquele cara estava tentando me ajudar? Porque não parecia, ele só estava destruindo qualquer forma de me fazer pensar em sair daquele mundo obscuro que era a espionagem.

-Sabe o que esta errado nos seus planos? São as perguntas.

-Como? – Perguntei confusa.

-Você não esta fazendo as perguntas certas. Não é como você vai sair de tudo isso, mais como você entrou e porque entrou.

Pensei no que Evan havia me dito, o que nãoi deixava de ser verdade por mais que saísse dele. Não sabia o porquê Blue tinha criado essa obsessão por mim, não fazia a mínima ideia porque ele não me deixava sair e o que ele queria.

-Você nunca pensou nisso né? – Perguntou Evan com um sorriso nos lábios, feliz por estar certo. - A historia das suas “amiguinhas” já diz absolutamente que alguma coisa esta errada com sua convocação para agencia.

Uni minhas sobrancelhas demonstrando minha confusão interna. Não sabia do histórico de nenhuma das meninas, bem exceto por Isadora, mais o resto eu nunca nem havia me preocupado em perguntar.

- Você não sabe nada sobre elas. - Confirmou o loiro.- Isso e realmente um problema, já que elas são suas parceiras acho que no mínimo deveria ter se preocupado em descobrir alguma coisa.

-Por que você não me diz?

-Não quero fazer fofoca. – Ele começou a andar de um lado para o outro pensando em alguma coisa, eu aguardei em silencio até que ele se pronunciou. – Já tenho um plano para você. Sua missão e descobrir a historia de suas companheiras.

-Como isso vai me ajudar?

- Nãoi seja egoísta querida. Não pode pensar só na sua sauvação, suas amigas correm perigo também. Mais mesmo que elas morram não me importo, apenas quero que elas nos ajude com o processo do plano.

-Você é repulsivo. - Senti nojo da forma que ele falou das garotas, por mais que fossem esquisitas e não tivéssemos nada em comum, alem de trabalhar no inferno, não queria que elas se prejudicassem por minha causa.

-Mais pelo menos irei salvar sua vida. Não daria menos de 3 anos para Blue descartar todas vocês e arrumar coisa nova. E isso que ele faz com todas, por isso nenhuma sobrevive. Por isso, meu plano e um seguinte; Você descobre sobre o passado delas, de alguma forma tenho certeza que será útil para você perceber com quem esta se metendo.

-E o que você ira fazer?

-Eu irei descobrir sobre você, Sophie Charlotte Dreals.

-Como ira descobrir sobre mim?

Ele revirou os olhos, demonstrando que minha pergunta havia sido idiota demais para ele.

-Sua historia, seus antepassados, tudo que me explique a obsessão que Blue tem por você. Mais para isso precisarei de uma ajuda.

Evan pegou seu celular e discou alguns números. Ele fez questão de deixar no viva-voz para que nos dois ouvíssemos.

-Evan Reymonds, ainda esta vivo?- Perguntou uma voz feminina no outro lado da linha.

-Pra você sempre Ketelly, como anda você prisioneira?-Evan falava num tom sensual com a garota que estava no telefone, pareciam íntimos.

-Vivendo intensamente até o portão de meu castelo. Mais o que você quer de mim?

-Preciso que me de todas as informações que descobrir sobre o sobrenome Dreals. Tenho certeza que você conseguira fazer isso Mcqueen.

-Dreals? Não é um nome muito comum, não terei tanta dificuldade em procurar, querido.

-E desse jeito que eu gosto. Você sempre foi muito eficiente, então te farei uma visita logo a procura das minhas respostas.

-Desculpe a curiosidade, mais porque o interesse?

-Eu estou namorando de novo, preciso saber se ela não vem de uma linhagem de psicopata.

Fuzilei-o com os olhos enquanto Evan se segurava para não rir.

-No dia em que você estiver namorando meu pai me deixara sair daqui. Como sabemos que isso nunca ira acontecer, irei considerar isso uma mentira. Mais seu Dreals já estará guardado em meu coração assim como seu nome.

Ele deu uma gargalhada com a resposta animada da garota.

- Assim como o seu querida. Apenas me faça um favor?

-Diga-me que eu vejo se posso.

-Não pesquise no Google.

-Vai te catar Evan.- Depois da resposta dela, Evan desligou o telefone.

-Parece que vocês dois são muito íntimos.

-Porque amor está com ciúmes?

-Não me chame de amor, e no dia em que eu sentir ciúmes de você serei sua namorada.

-Isso está muito perto de acontecer. Ninguém resiste ao Evan Reymonds.

Pov. Autora

A noite havia sido agitada para todas as garotas. Musica, sexo e bebida marcaram a ultima noite na Alemanha para elas.

Estavam no hotel, não dormindo mais desmaiadas. Lou Ellen era a única que não estava apagada. Sempre mexendo no seu computador, ela assumia para si mesmas que sentia inveja da vida que suas parceiras levavam. Mais Lou não tinha escolha, era um defeito dela, como dizia para si própria. Não era fácil enfrentar as barreiras de sua disfunção, mais ela lutava por estar ali com elas, quando sua mente dizia para fugir para algum lugar. Deveria considerar isso uma vitoria, mais fazia exatamente ao contrario.

Percebeu a movimentação da chave na porta, e já segurou a arma que tinha debaixo do sofá. Quando se virou para ver quem era, percebeu que não era um inimigo, mais sim a única garota que não voltou para a casa na madrugada.

-Bom dia Sophie. – Comunicou Lou Ellen.

-Você nunca dorme! – Sussurrou Sophie depois de ter tomado um susto percebendo que a morena estava ali.

-Eu tenho meus momentos. Assim como você deve ter o seu, já que a noite pareceu tão boa que você nem dormiu em casa.

-Estava ocupada Lou.

-Sei a quão ocupada estava...

-Não pense besteira. – Sem pensar duas vezes, a loira deitou-se no sofá e começou a dormir feito pedra. Sophie havia passado a noite toda conversando com Evan sobre os planos que estavam organizando, ela não tinha dormido nenhum minuto por isso nem se importou com o lugar.

Lou Ellen sentindo certa compaixão pela parceira, retirou o cobertor que estava enrolada e colocou em cima de Sophie.

As que menos demonstram, são a que mais sente, Lou Ellen era aprova vivas disso.