Nightingale escrita por GiuhBatiston


Capítulo 20
Capítulo 17 - A Song For You


Notas iniciais do capítulo

Hey babys... Dessa vez foi rapidinho, viu? Huahahaha.
Ah, se vocês quiserem, podem dar uma conferida nessas duas fics que eu escrevi a milhares de anos atrás... Opasjsoskpsakpskpskskp
http://fanfiction.com.br/historia/95629/Stormy_Nights/
http://fanfiction.com.br/historia/95638/Stories_Of_Love_Blood_And_Fate/

(Chapter song: http://www.youtube.com/watch?v=HeHiio1sTTI)

Enjoy :3



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Natasha, ou Tasha, como preferia ser chamada, era uma mulher muito bonita. Ela possuía os mesmos cabelos negros e olhos azuis que Christian, mas seu porte e elegância demonstravam que ela era uma pessoa acostumada que fizessem todas as suas vontades. Ela era um pouco escandalosa também, mas a família de Lissa parecia adorá-la. Me sentindo sufocada pelo ambiente familiar, dei um beijo em Lissa e após garantir que logo voltaria, me permiti ir pra casa.

Eu estava cansada e preocupação por minha amiga corria por todo meu corpo. Eu queria que ela ficasse boa logo e saísse do hospital, mas sabia que não seria tão simples assim. Cansada de ficar quebrando a cabeça, me sentei ao piano e deixei meus dedos dedilharem aleatoriamente.

– Há quanto tempo eu não vejo você tocando. – Luke se aproximou sentando-se ao meu lado.

– Pois é. Acho que a última vez que eu toquei eu tinha o quê? Doze, treze?

– Eu me lembro de você batendo o pé e dizendo que piano era coisa de patricinha e que você se recusava a tocar. Mamãe ficou furiosa, mas nada no mundo pode te remover da decisão de não tocar mais.

– Entretanto eu ainda me lembro perfeitamente de como se toca. Como se eu nunca tivesse parado. – deitei minha cabeça em seu ombro e aproveitei esse raro momento em que eu e meu irmão não estávamos nos matando.

– Como está Lissa? – perguntou-me.

– Ela está bem. Logo voltará para casa. – assegurei-lhe.

– Que bom. Eu não sei o que faria se fosse você. Aliás, sei sim. Te trancaria numa torre pelo resto da vida. – resmungou.

– Luke! – exclamei dando-lhe um tapa de leve. – Um dia isto vai acontecer. Eu terei filhos, assim como você.

– Sim. Mas até lá eu espero que a senhorita esteja formada, casada e numa vida muito bem estável. – ok, ele tinha um ponto, eu tenho que admitir.

– Todos nós cometemos erros, Luke. Não julgue a Lissa por tudo o que ela tá passando. Não sei se eu teria cabeça pra tudo isso.

– Eu sei que tá sendo difícil pra ela - pra todos eles, aliás – Andre parece a ponto de explodir. E é por isso que eu espero que você tenha mais responsabilidade e...

– Ok. Eu não tenho mais doze anos e não preciso ter “a” conversa. Acredite, eu sei tudo o que preciso saber. – disse me levantando e tentando fugir pra cozinha.

– Isso quer dizer que você e Dimitri...

– Isso quer dizer que minha vida sexual não é da sua conta Luke! – reclamei me virando pra pegar uma fatia de bolo de chocolate.

– Rosie.

– Não. Eu me recuso a ouvir isso. Vá atrás da sua namoradinha e me deixe!

– Ok. Não está mais aqui quem falou. Só se cuide, maninha. – disse desistindo e enfim me deixando em paz.

Quase duas semanas se passaram quando enfim Lissa foi liberada do hospital. E em comemoração, Eric resolveu fazer um jantar em família. Não era nada muito sofisticado, apenas entre nós, mas isso ainda fez com que eu colocasse o meu melhor jeans e só um pouquinho de maquiagem. Seguindo um pressentimento, calcei um salto e passei um batom vermelho.

Lissa estava esparramada no sofá. Agora ela deveria manter repouso absoluto e, eu tinha certeza que jantar a mesa já ia contra as recomendações médicas. Mas como eu não era a mãe aqui...

– Como você está? – perguntei segurando suas mãos.

– Um pouco ansiosa. A médica me disse para ficar em repouso e isso significa que eu não poderei voltar às aulas e provavelmente não me formarei com você. – seu semblante era triste e ela parecia à beira de lagrimas.

– Hey! Eric não disse que vai arrumar um professor particular pra você? – perguntei.

– Sim, mas não vai ser mais a mesma coisa. Nunca mais será.

– Liss... Você sabe que eu nunca vou te trocar, não importa o que. Prefiro passar minhas noites de sexta com você e trocando fraldas do que em alguma balada com Dimitri.

– Primeiro, hoje é quarta, não sexta. Segundo, Dimitri não gosta de baladas, então não conta.

– Você me entendeu. – repliquei. – E mais, isso faz parte da vida, nós estamos crescendo.

– Nós temos 18 anos Rose. E você ainda vai estar curtir a vida durante muito tempo, enquanto eu estarei alimentando e trocando fraldas.

– Se por curtindo você quer dizer ralando com a faculdade e trabalhando, então sim, estarei curtindo.

– Você vai pra faculdade ano que vem, eu não. Eu...

– Lissa! Pare com isso. Não é como se você nunca mais fosse fazer essas coisas! Você devia estar feliz, não se martirize por isso. Tudo vai ficar bem, você vai ver. Vamos passar por isso juntas, eu prometo. – isso me rendeu um sorriso e um abraço. Aparentemente Lissa estava mais calma. Malditos hormônios da gravidez! Nós trocamos para assuntos mais amenos e pouco depois Christian chegou acompanhado da tia. Em meio às apresentações, fui surpreendida por Dimitri chegando acompanhado de Eric.

– Dimitri? Sentiu tanto a minha falta assim? Não tem nem 24 horas que nos vimos. – apesar da implicância, eu estava feliz por vê-lo ali.

– Infelizmente não amor. Vim para resolver alguns problemas da empresa com Eric e ele me convidou pra ficar para o jantar.

– Hm. E tá tudo bem com a empresa? – perguntei subitamente preocupada.

– Nada que nós não consigamos lidar. É só... – mas ele não pode terminar por que fomos interrompidos.

– Dimka? – a tia de Christian perguntou.

– Tasha? – ele a olhou em descrença. – O que você faz aqui?

– Vim ao jantar em comemoração ao sobrinho-neto aparentemente. – ela disse fazendo uma careta.

– Espere. Vocês se conhecem? – perguntei me intrometendo na conversa.

– Eu e Tasha somos amigos há muitos anos. – disse Dimitri.

– Mas e você? O que faz aqui Dimka? – juro, eu estava a ponto de arrancar aquele cabelo sedoso dela.

– Eu e Eric temos uma parceria comercial. – ele disse, escondendo a parte mais importante – a de que era meu namorado. Eu lhe lancei um olhar assassino e ele nem notou.

Depois disso as coisas foram só piorando. Fomos todos para a mesa de jantar e a Vacasha ficava com Dimka pra lá, Dimka pra cá, e ele todo risonho. Aparentemente eles se conheciam há muitos anos, tinham muita história pra contar e todos na mesa estavam rindo, menos eu, é claro. Eu estava a ponto de arrancar aqueles olhos azuis de órbita. Difícil admitir, mas eu, Rose Hathaway estava com ciúme.

– Você se lembra daquela vez que apostou com Ivan quem bebia mais Vodka? E então você ficou tão bêbado que abraçou um poste achando que – como era mesmo o nome dela?

– Amanda.

– Isso. Você abraçou e beijou o poste achando que era Amanda. – todos começaram a rir copiosamente, mas eu estava tão irritada que pedi licença e me levantei. Entrei no meu quarto batendo a porta e me jogando na cama. Eu sei que não deveria sentir ciúme, mas era mais fácil falar do que fazer. Tasha era linda, conhecia-o muito melhor do que eu e, principalmente, tinha a mesma idade que ele. Nenhum obstáculo que os impedisse de estarem juntos.

– Você não precisa sentir ciúme, sabe? – ele disse divertido. Em meio à minhas ruminações, Dimitri entrou em meu quarto sem que eu me dessa conta.

– E quem disse que estou com ciúme? – rebati.

– Por favor Roza. Tá estampado na sua cara. – retrucou com um sorriso brincalhão.

– Pois você está errado. Eu não estou com ciúme, estou apenas com dor de cabeça. – enterrei minha cabeça no travesseiro, ignorando-o, quando senti a cama afundar com seu peso.

– Você fica muito linda assim. – ele disse fazendo uma trilha de beijos por meu ombro, pescoço, até chegar próximo à boca. Quando eu não respondi, ele resolveu se vingar me fazendo cosquinhas.

– Para. Por favor. – eu pedi em meio à arfadas.

– Então admite que você está com ciúme. Admite que eu paro.

– Tá bom. Eu tô com ciúme. Satisfeito? – seus olhos brilhavam com diversão enquanto eu lutava pra recuperar a respiração.

– Roza... Você não tem motivo pra se sentir assim.

– Não? Vocês são amigos há anos, ela te conhece muito melhor do que eu. Além disso, ninguém vai ficar julgando vocês por terem anos de diferença. Enquanto você beijava o poste pensando que era Amanda, eu provavelmente ainda estava aprendendo a escrever meu nome. – resmunguei ficando mal humorada de novo.

– Você só se esqueceu de um detalhe. Eu não a amo. Tasha é uma ótima amiga, mas a mulher que eu quero ao meu lado não é ela. A única mulher que eu quero ao meu lado é você. Sempre será você Rose. Não me importa se você é um ou sete anos mais nova, você é a única que tem meu coração. – seus olhos me encaravam com uma intensidade que fez com que eu me arrepiasse. Eu via a verdade neles, não importa quando, os olhos de Dimitri sempre me diziam a verdade, e naquele momento, seus olhos me diziam o quanto ele me amava.

– Eu te amo. – disse simplesmente, deitando minha cabeça em seu peito.

– Eu também te amo, minha menina. – disse dando um beijo em minha cabeça e murmurando alguma coisa em russo.


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Notas finais do capítulo

Então... Tasha na area e já criando confusão. Aviso logo que os bons momentos Romitris se foram... Mas é agora que a coisa vai ficar boa mesmo... Hahaha