A História De Nós 2-Segura Em Suas Mãos escrita por Leo Guedes


Capítulo 22
Capítulo 22- Esquisitice e Arrogência


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores...
O próximo tem Dadia...



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Segunda-Feira quase não chegou. Luiza não se lembrava de nenhuma vez em sua vida em que ficou tão ansiosa por uma segunda-feira. A professora não aguentava mais a presença do noivo no apartamento e graças aos céus ele era respeitador ou teria que ser torturada antes do casamento.

Nessa semana, a bióloga pensou e repensou o que faria sobre sua querida aluninha punk e se deveria procurá-la. Se não a procurasse, ela a procuraria e Luiza queria ter ao menos um pouco de controle sobre sua vida. Se era hetero por ordem de seu pai, ao menos controlaria seus próprios casos lésbicos, então decidiu que procuraria Natasha.

Todos os alunos estavam saindo da escola e a garota de preto andava lentamente até alcançar o portão. Um sorriso de canto já estava em seus lábios, pois sabia que sua querida professora a procuraria naquele dia que era o fim de seu martírio.

E foi exatamente o que aconteceu. Mal Natasha teve tempo de se recostar ao muro e cruzar os braços.

Luiza: _Oi, Encrenca.

Ana: _Oi, professorinha do meu coração. Vai me oferecer uma inocente carona até meu humilde lar.

Luiza: _Cale a merda da boca antes que eu mude de idéia e vem comigo.

Ana: _Tá ficando boca suja. Gostei disso. –um sorriso sacana se formou nos lábios coberto de gloss cor de rosa.

A bióloga teve dificuldades em chegar ao apartamento, pois a punk estava beijando seu pescoço e passando as mãos por seu corpo por baixo da camisa. Deixaram a porta fechar sozinha enquanto o corpo de Natasha prensava o de Luiza contra a parede.

Ana: _Então, professora gostosa, como foi a sua semana? –perguntou enquanto arrancava a camisa da bióloga.

Luiza: _Horrível. Aquele engomadinho é muito chato. –interrompeu-se quando sentiu os lábios da morena em seu pescoço.

Ana: _Continua contando, Lu.

Luiza: _Ele era todo educadinho e não falava quase nada. Hmmmm. E me fez assistir comédias românticas. Ah, como eu odeio comédias românticas.

Ana: _Sinto muito por você.

Natasha ergueu o corpo de Luiza e a levou até o sofá. Sem mais conversas, Luiza compensou sua insuportável semana.

Duas Semanas Depois...

Derick estava na pista de skate com Francine, sentados da beirada de uma das rampas conversando, rindo e se beijando.

Derick: _Okay, agora uma difícil. Danny Way ou Karen Jonz?

Francine: _Chama isso de difícil, bocó? Eu amo o Danny Way de paixão, mas a Karen é a minha diva. Se ela não estivesse com aquele vocalista da banda emo, eu tentaria a sorte com ela, com certeza.

Derick: _Mas se ela não estivesse com ele, eu ainda existiria.

Francine: _Eu não ligaria nem um pouco.

Derick: _Rhum. Tapada. –o moreno empurrou o ombro da castanha.

Francine: _To brincando, meu bocó. –a castanha também empurrou o ombro do moreno. –Eu te amo e não te trocaria por mil Karen Jonz. Até porque eu a amo, mas curtir a fruta é forçar a barra demais.

Derick: _Não sei. Com esse jeito de moleque. –empurrão.

Francine: _Rhum. Cala a boca. –empurrão.

Dericke: _Ah, cala a boca você. –empurrão.

Empurrão vai, empurrão vem. Os dois acabaram caindo na gargalhada e em seguida se beijaram.

Francine: _Mozinho, tá bom o papo, mas vou dar um rolé.

Derick: _Depois eu vou também, antes eu vou tomar uma morena gelada.

Francine: _Seu viciado.

Derick: _Sou mesmo. Mas sou feliz.

Francine: _(risos). É feliz porque me namora.

Derick: _Por isso também. –(riso durante um beijo). –Vai lá fazer teu rolé. Já to chegando pra fazer o meu também.

Francine posiciona o skate e joga o corpo para frente. Derick faz o skate escorregar pela rampa e desce também escorregando também, pois sua perna ainda não estava boa para descer aquele tipo de rampa. Ele pisa no chape para que suba até sua mão e em seguida sai andando para comprar seu refrigerante.

E eis que surge alguém para lhe encher a paciência.

Leonardo: _Por quanto tempo vão continuar com esse teatrinho. –perguntou Leonardo com um tom irritante e desdenhoso.

Derick: _O que? –replicou confuso.

Leonardo: _Você e a Cine. Quanto tempo vão continuar com o teatrinho.

Derick: _Que teatrinho. Não tem teatrinho nenhum.

Leonardo: _Qual é? Você quer mesmo que eu acredite que você namora realmente aquela sapatão. Se ela quer mesmo disfarçar, devia se vestir como uma mulher.

Derick: _Ei, vê como fala da minha gatinha. –Derick se exaltou, embora não fosse seu costume.

Leonardo: _(risos). Sério, vocês não me enganam. Qual o objetivo? Esconder dos pais dela?

Derick: _Eu e a Cine namoramos mesmo. Ela é minha e eu sou dela. Eu não to nem aí pra o que acham dela. Eu a amo justamente por ela ser tão autêntica mesmo sabendo que babacas como você vão pensar isso dela.

Leonardo: _Porque tá se esforçando tanto pra me convencer de que vocês tem mesmo alguma coisa? Derickão, não vai me dizer que c é gay também.

Derick: _Sam e Amanda tem razão. Você é um otário. Passar bem, Léo. Mas bem longe de mim.

Leonardo: _Pera aê, Derickão.

Derick: _O que? –o moreno parou para ouvir que besteira o loiro tinha a dizer, mas ele não disse nada, apenas olhou para um lado e para o outro para ter certeza de que não havia ninguém por perto e puxou Derick para um beijo.

Derick tomou um susto tão grande que não se afastou de imediato, então Leonardo pediu passagem com a língua e finalmente Derick acordou do choque e o empurrou.

Derick: _MAS QUE PO**A! Eu não sou gay, caral**.

Leonardo: _Eu também não, brow. Só tava confirmando.

Derick: _Eu não sou gay, a Cine não é lésbica e estamos muito felizes juntos. Você sabe que eu não tenho preconceito e inclusive minhas melhores amigas são lésbicas. Se eu fosse gay, não ia ter vergonha, mas eu não sou. Então vai caçar o que fazer e me deixa em paz.

Leonardo: _Iiiih. O cara ficou esquentadinho. –disse com um sorriso irônico. –(risos). Falou, cara, saquei. Não leva a mal, só queria saber. Vou nessa.

Derick: _Imbecil. (riso).

Leonardo subiu no skate e deu um impulso.

“Ei, heim. Cara maluco.” –pensou o moreno indo comprar o refrigerante.

Aquilo definitivamente foi estranho, mas Leonardo sempre havia sido estranho, além de muito arrogante. Mesmo assim tinham criado amizade, pois a arrogância e falta de tato do loiro o tornavam engraçado.

Desde a discussão entre Leonardo e Samanda, Derick estava afastado do loiro, mas gostava dele, então procurou ignorar mais esse ato de esquisitice e arrogância.


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Notas finais do capítulo

xoxo
by: Déborah Guedes



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