Uma Paixão Chamada: Morte escrita por Anna, Lua Barreiro, Holden


Capítulo 9
A verdadeira Sara


Notas iniciais do capítulo

Hii.. Anna aqui o/
E nunca se esqueçam que alguns infinitos são maiores que outros :3
Status: Casada com Augustus Waters



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Olhei para Sara com meus olhos arregalados e o coração batendo muito forte. Ela me amava? Como assim? Pessoas de quatorze anos não amam! Não mesmo!

– Como?! Mas... Mas... – Olhei para o chão. Eu amava a Carla? Amava? Amava. Não. Eu não amava. Eu gostava dela e muito, mas amar não... Nada mais falei, saí correndo. Olhei para trás uma vez e vi que Sara não havia saído da frente de sua casa, lágrimas corriam pelo seu rosto.

Já era tarde e eu havia me perdido completamente. Não sabia onde, diabos, estava. Apenas sabia que era um lugar escuro, muito escuro. Senti um arrepio gélido percorrer pelo meu corpo, era como se alguém estivesse me observando. Olhei para trás, não havia ninguém.

– Olhe para frente seu bastardo. – Dei um pulo para trás, de pé em minha frente estava Alan, meu melhor amigo desde que me entendo por gente.

– Alan! Porra, você quer me matar de susto?! – Respirei pesadamente, tentando me recuperar do susto.

– Sim.

Olhei para Alan de novo, os cabelos loiros escuros estavam negros por causa da iluminação, eu jurava que seus olhos negros estavam em um tom avermelhado. Alan veio para cima de mim e socou meu rosto com toda sua força, eu caí no chão apenas para senti o gosto do sangue em meus lábios.

– Que merda você está fazendo?! – Gritei enquanto me arrastava para longe dele, agora tentando me recuperar do soco.

– Quem você pensa que é Matheus? – Agora eu tinha certeza, seus olhos estavam vermelhos.

Fiquei sem entender o que ele quis dizer com aquilo, por isso apenas me levantei e saí correndo, mas Alan apareceu em minha frente novamente.

– QUEM VOCÊ PENSA QUE É SEU BASTARDO?! – Ele chutou minhas pernas, caí novamente – QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA TRATAR SARA DAQUELE JEITO?!

O que?! Ahñ?! Não era tempo de fazer perguntas, apenas tentei chutar suas pernas, mas acabei machucando meu pé. Sua pele parecia ser pedra.

– Você a tratou mal e hoje... vai morrer! – E soltou uma risada diabólica

Eu me levantei novamente e comecei a correr para o lado oposto, sabia que era apenas uma questão de tempo para Alan me alcançar e por isso fiquei mudando meu rumo de tempos em tempos. Chegou um ponto em que eu não tinha nenhum lugar para correr e acabei tropeçando. Agarram-me pela gola e fui jogado para cima, enquanto eu ainda estava no ar, chutaram minha barriga com tudo e eu voei a uns dez metros de onde eu estava originalmente.

– Você é tão fraco e pequeno... Não sei como Sara pode estar apaixonada por você. Isso é ridículo. – Alan se aproximava aos poucos, mas de uma hora para outra ele parou de andar e olhou para o nada. Era como se um vidro impedisse sua passagem.

– Como você se atreve a atacar o Matheus? – Sara...

Olhei para trás, ela vinha andando em minha direção e segurava uma bolsa lateral, seus olhos também estavam assustadoramente vermelhos.

– Não é nada disso que você está pensando Sara... Esse... Esse bastardo te machucou! Eu quero dar um jeito nele! – Alan gritou

– Se fosse para alguém dar um jeito nele, teria que ser eu. Você sabe quais são as regras! – Ela fuzilou Alan

– Mas você não ia fazer NADA! Por isso eu preciso matá-lo! Sara... O que você está fazendo? Sara. Sara! – Ela segurava uma das bonecas de pano que havia no escritório de seu pai, a tal boneca(o) estava com a mesma roupa que Alan vestia e até o penteado era o mesmo.

Ela jogou boneco no chão e Alan caiu também. Da bolsa, Sara tirou um pequeno pacote de álcool em gel e despejou encima do boneco, por fim pegou uma caixa de fósforo e acendeu um, deixou que o fogo caísse encima do boneco. Olhei para Alan, os lugares onde queimava no boneco aparecia queimaduras em sua pele. Meu melhor amigo estava se queimando com fogo invisível. Por fim, quando do boneco só sobrou cinzas, de Alan também só se sobrou isso.

Olhei para Sara com medo, ela apenas pegou um saquinho de dentro da bolsa e jogou um pó branco e cintilante em mim. Apaguei na mesma hora.

Vozes soavam pela minha mente, vozes que aos poucos se tornaram extremamente reais... Até que abri os olhos e me encontrei deitado em um lugar macio, olhei ao redor... Aquele era o “escritório” do pai de Sara.

– Você está bem? – Olhei para o lado, Sara estava vestida com um vestido estilo boneca e preto, ela estava com os mesmos olhos assustadoramente vermelhos de antes.

Rastejei para trás, tinha medo do que ela poderia fazer comigo depois de ver o que a mesma fez com Alan. Ela não era humana... Não era confiável.

– Calma, Matheus. Eu não vou te machucar, o seu boneco está muito bem lacrado em meu quarto para que ninguém consiga pegá-lo.

Eu não podia ter certeza se o que ela estava dizendo era verdade, não consigo confiar em assassinos.

– O-o que você é? – Balbuciei

– Eu sou uma bruxa Matheus, uma bruxa voodu.

Eu me desesperei completamente, tentei fazer de tudo para me levantar, mas não conseguia. Comecei a gritar “O QUE VOCÊ FEZ COMIGO?”, mas ela apenas suspirou.

– O nome disso é paralisação, o pó-de-chang causa isso, mas você estará normal daqui há alguns minutos.

– O que você quer de mim? – Lágrimas ameaçavam a cair dos meus olhos

– Entenda Matheus. Eu matei um igual a mim, matei por você. Vou ser perseguida pela minha própria família quando descobrirem os restos de Alan. Você vai ser perseguido também quando jogarem os restos de Alan no caldeirão e verem suas últimas lembranças, por isso estou curando você para que fujamos.

Comecei a sentir meus pés, desviei meu olhar de Sara e olhei para cima... Aquelas bonecas representavam pessoas, Sara achara uma boneca daquelas perto da casa de Carla, Sara passava pela casa de Carla para ir a sua própria casa... AQUELA VADIA LOIRA MATOU CARLA!

Foi impulso, pulei da cama e dirigi um soco no rosto de Sara, ela o parou com apenas uma mão e depois começou a apertar meu punho fechado de uma forma que parecia que a garota quebrava meus dedos.

– Você matou Carla, sua vadia...

– Acredite, quando eu levei aquela boneca para sua casa minha intenção era matá-la, mas desisti na última hora e quando fui guardar a porcaria da boneca ela caiu no chão, passei a tarde inteira tentando procurá-la e adivinha só? A PORCARIA DO CACHORRO DO SEU VIZINHO HAVIA PEGADO A BONECA NA RUA E BRINCADO COM ELA! Ou seja, a morte de Carla foi um acidente seu idiota precipitado. Além do mais, se eu realmente quisesse matar Carla eu teria feito um trabalho muito mais organizado, sem vestígios e nem corpo.

Ela me soltou, eu caí no chão. Não acreditei em nenhuma palavra do que ela disse, Sara deveria ter percebido. Sentei-me no chão quando ela mordeu seu próprio dedo e deixou que o sangue caísse no caldeirão. Uma fumaça branca começou a subir e as imagens do que ocorreu naquele dia começaram a flutuar pela fumaça.

Sara dizia a verdade.

– E o que vamos fazer? – Perguntei

– Pegue o máximo de bonecas que você puder, a coisa vai ficar feia.


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Notas finais do capítulo

Espero ter mudado a opinião de algumas pessoas sobre a Sara, ela é minha personagem favorita que eu tive o orgulho de criar... Eu ficava chateada ao ler os reviews xingando ela pois era como se vocês xingassem minha filha...
Bem, deixem seus reviews :) Será um prazer respondê-los.