Uma Paixão Chamada: Morte escrita por Anna, Lua Barreiro, Holden
Notas iniciais do capítulo
Desculpem a demora. Evy postando.
– Sara! Sara me escute!- pedi enquanto ela agarrava várias bonecas e as enfiava em uma mala qualquer.
Ela mal olhou para mim.
– SARA!- gritei.
– Matheus eu adoraria bater um papo legal contigo, mas se não percebeu estamos com a vida por um fio.- respondeu com sarcasmo correndo ao seu outro armário e pegando mais bonecas.- O que está fazendo aí parado? Ajude-me!
– Sara, eu não quero fugir com você.
A loira parou o que estava fazendo e me olhou indignada. Soltou as bonecas que segurava e as deixou cair no chão.
– O que você disse?- perguntou com impaciência arqueando uma sobrancelha.
– Não quero fugir! Muito menos com você! Pense na escola, na minha família, no fato que somos de menores, e-eu...
– Você é um banana.-informou.- Fique aqui e morra. Por mim tudo bem.
A garota continuou a arrumar sua mala com tranquilidade. É. Aquela Sara que se importava comigo e se possível morreria também havia sumido. Essa com certeza era bem mais interessante.
– Tudo bem.- rolei os olhos colocando as mãos nos bolsos.- O que eu faço?
– Já disse, pegue todas as bonecas que conseguir.- murmurou não tirando os olhos da mala.
Assenti timidamente e também corri até seu armário. Revirei o móvel quando dei de cara com algo realmente... Vergonhoso:
Absorventes.
Fiquei parado ali, fitando aquela caixinha cor de rosa com enfeites brancos.
– Matheus!- a voz feminina me acordou de meus pensamentos embaralhados.- O que está fazendo?
– Er... Nada.- bati a porta com os últimos bonecos em mão.- Vamos fugir do que?
Ela riu como se aquilo fosse à coisa mais engraçada do mundo. Tirou um saquinho amarelo do bolso e derramou um pó escuro na palma de sua mão. Pediu para que eu colocasse o restante dos bonecos na mala e a segurasse. Assenti novamente, e peguei a mala, a garota segurou na minha outra mão e começou a recitar algumas palavras confusas. Fechou os olhos e uma poeira de leve nos envolveu, com o tempo ela começou a aumentar e a ventania também, logo, estava no meio de um redemoinho e a sensação de leveza tomou conta de mim.
– Ei.- algo encostou em meu ombro era mão pequenina da garota.- Levante-se!
Ergui o rosto e percebi que estávamos em uma rua deserta e escura.
– Onde estamos?- perguntei.
– Não faço à mínima ideia.- respondeu me ajudando a levantar e a carregar a mala.
– Mas voc...
– Shh!- fez um movimento rápido para que eu me calasse.- Está ouvindo isso?
– Ouvindo o que?- sussurrei.
– Se esconda!- ordenou.
– Sara! Eu nã...
– AGORA!
Engoli um seco, e contra a minha vontade fiquei agachado atrás de uma lata de lixo. A loira vasculhava com os olhos todos os arredores do local.
– Ora ora, vejo que está mais atenta agora.- uma voz masculina soou ao longe.
– Mostre-se Alan! Ou vai querer lutar invisível?- a mesma respondeu.- Covarde.
Olhei no horizonte, e um cara loiro e alto surgiu do nada através também de um redemoinho de poeira. Ele se parecia muito com sara, exceto pelo fato de ser bem alto.
– Sabe que todos estão te procurando não é?- ele indagou.
– Sei sim, e deixe-me adivinhar, você se responsabilizou de vir até aqui e me exterminar não é?- a garota respondeu com sarcasmo.
– Não leve para o lado pessoal maninha, é para o bem de todos.- sorriu de forma carinhosa e se aproximou.
– Matheus, me de um boneco!- a loira gritou e logo, abri o zíper da mala jogando um para ela.
– Ah, você não vai fazer isso.- o homem gritou e logo um raio forte e luminoso surgiu de suas mãos. Tive que fechar os olhos, pois a claridade era imensa. E quando abri novamente vi Sara atirada no chão com muito sangue a sua volta, tentando se levantar.
– Sempre te achei muita fraca... Mas por favor, Sara... Não deu nem para o começo.- riu monstruosamente.
– S-seu desgraçado.- sussurrou baixinho fazendo caretas por conta da dor.
– Tarde demais loirinha. Eu vou matar você.- e as risadas foram se tornando cada vez mais altas e macabras.
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