Uma Paixão Chamada: Morte escrita por Anna, Lua Barreiro, Holden


Capítulo 10
A batalha


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora. Evy postando.



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– Sara! Sara me escute!- pedi enquanto ela agarrava várias bonecas e as enfiava em uma mala qualquer.

Ela mal olhou para mim.

– SARA!- gritei.

– Matheus eu adoraria bater um papo legal contigo, mas se não percebeu estamos com a vida por um fio.- respondeu com sarcasmo correndo ao seu outro armário e pegando mais bonecas.- O que está fazendo aí parado? Ajude-me!

– Sara, eu não quero fugir com você.

A loira parou o que estava fazendo e me olhou indignada. Soltou as bonecas que segurava e as deixou cair no chão.

– O que você disse?- perguntou com impaciência arqueando uma sobrancelha.

– Não quero fugir! Muito menos com você! Pense na escola, na minha família, no fato que somos de menores, e-eu...

– Você é um banana.-informou.- Fique aqui e morra. Por mim tudo bem.

A garota continuou a arrumar sua mala com tranquilidade. É. Aquela Sara que se importava comigo e se possível morreria também havia sumido. Essa com certeza era bem mais interessante.

– Tudo bem.- rolei os olhos colocando as mãos nos bolsos.- O que eu faço?

– Já disse, pegue todas as bonecas que conseguir.- murmurou não tirando os olhos da mala.

Assenti timidamente e também corri até seu armário. Revirei o móvel quando dei de cara com algo realmente... Vergonhoso:

Absorventes.

Fiquei parado ali, fitando aquela caixinha cor de rosa com enfeites brancos.

– Matheus!- a voz feminina me acordou de meus pensamentos embaralhados.- O que está fazendo?

– Er... Nada.- bati a porta com os últimos bonecos em mão.- Vamos fugir do que?

Ela riu como se aquilo fosse à coisa mais engraçada do mundo. Tirou um saquinho amarelo do bolso e derramou um pó escuro na palma de sua mão. Pediu para que eu colocasse o restante dos bonecos na mala e a segurasse. Assenti novamente, e peguei a mala, a garota segurou na minha outra mão e começou a recitar algumas palavras confusas. Fechou os olhos e uma poeira de leve nos envolveu, com o tempo ela começou a aumentar e a ventania também, logo, estava no meio de um redemoinho e a sensação de leveza tomou conta de mim.

– Ei.- algo encostou em meu ombro era mão pequenina da garota.- Levante-se!

Ergui o rosto e percebi que estávamos em uma rua deserta e escura.

– Onde estamos?- perguntei.

– Não faço à mínima ideia.- respondeu me ajudando a levantar e a carregar a mala.

– Mas voc...

– Shh!- fez um movimento rápido para que eu me calasse.- Está ouvindo isso?

– Ouvindo o que?- sussurrei.

– Se esconda!- ordenou.

– Sara! Eu nã...

– AGORA!

Engoli um seco, e contra a minha vontade fiquei agachado atrás de uma lata de lixo. A loira vasculhava com os olhos todos os arredores do local.

– Ora ora, vejo que está mais atenta agora.- uma voz masculina soou ao longe.

– Mostre-se Alan! Ou vai querer lutar invisível?- a mesma respondeu.- Covarde.

Olhei no horizonte, e um cara loiro e alto surgiu do nada através também de um redemoinho de poeira. Ele se parecia muito com sara, exceto pelo fato de ser bem alto.

– Sabe que todos estão te procurando não é?- ele indagou.

– Sei sim, e deixe-me adivinhar, você se responsabilizou de vir até aqui e me exterminar não é?- a garota respondeu com sarcasmo.

– Não leve para o lado pessoal maninha, é para o bem de todos.- sorriu de forma carinhosa e se aproximou.

– Matheus, me de um boneco!- a loira gritou e logo, abri o zíper da mala jogando um para ela.

– Ah, você não vai fazer isso.- o homem gritou e logo um raio forte e luminoso surgiu de suas mãos. Tive que fechar os olhos, pois a claridade era imensa. E quando abri novamente vi Sara atirada no chão com muito sangue a sua volta, tentando se levantar.

– Sempre te achei muita fraca... Mas por favor, Sara... Não deu nem para o começo.- riu monstruosamente.

– S-seu desgraçado.- sussurrou baixinho fazendo caretas por conta da dor.

– Tarde demais loirinha. Eu vou matar você.- e as risadas foram se tornando cada vez mais altas e macabras.


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