– Vamos para minha casa. - Disse por fim.

Jacob parece apreensivo, isso é evidente pelo seu corpo tremer levemente, mas não com medo. Me pergunto se ele aguentará o que tenho em mente.

Ele pega minhas coisas facilmente, são poucas coisas. Me dá um olhar de segurança e carinho, o que é ruim por que eu sou isenta de qualquer sentimento e não estou muito afim de ter que correspondê-lo.

No caminho encontramos Rose com um olhar preocupado e isso não causa nenhum efeito em mim.

– Pronto. - diz quando chegamos em seu carro, um negro e grande carro. Não sei a marca, não vivi fora o suficiente para entender disso.

– Jacob... Se quiser...

– Eu vou! Seja lá o que você tenha em mente, eu vou ajuda-la!
Isso é tudo o que eu precisava saber. E eu conheço seus motivos, ele faz por amor e eu faço por raiva e ódio. Não estive ciente de todos o "porquês" de Jacob estar a disposição até agora.

– O que acha que devemos fazer?
Paro por um segundo, e na minha mente cenas de um acidente começa a brilhar. É isso esse é a única forma de tudo o que eu quero sea feito. Precisamos morrer.

– Preciso morrer. - sua expressão mudou e passou a se contorcer em puro sarcástico.

– Está brincando né?

– Não Jacob! Preciso morrer, farei com que ele pague o preço dos meus momentos insanos.

– O que tem em mente? - pergunta com uma pequena ruga em sua testa lisa.

– Um acidente. Diremos a Aro que eu tive um surto psicológico e bati com o carro, ele acreditará e sofrerá.

– Por que acha que ele vai sofrer, Renesmee? - conclui

– Por que não? - viro meu rosto em direção a janela e tenho uma turva visão de meu rosto, e ele parecia tão raivoso, tão sático, tão estupidamente vingativo.

Tudo borbulha em minha mente, cada palavra que direi, cada dor em Aro que causarei e cada mísero detalhe nasce em minha mente e alimenta ainda mais minha vontade de me vingar dele, e marcar cada sorriso sinico que ele deu e dará com facas para rasgar. Tudo, tudo está muito bem arquitetado. E depois, serei livre e feliz. Olho para Jacob e um um pensamento ruim me abateu, conseguirei o que quero mesmo que ele seja o sacrifício.

Renesmee. Renesmee? Nessie.– ouço Jacob e o encaro - pare com esse sorriso, está me assustanto.

– Desculpe.

– E com esse olhar! Não seria melhor seguir em frente? Sabe, perdoar e esquecer?

– Seguir em frente? Seguir o que? Não tenho uma vida! Não tenho nada, ele me tirou tudo! Perdoar? Perdoar ele por me destruir? Esquecer? Seu sorriso, rosto e atos me assombram toda a vez que fecho os olhos. Se você continuar com isso, irei embora! Escolha: Ou fique do meu lado ou não. Mas se escolher a mim, encare as consequências! - adverti.

Chegamos em sua casa um tempo depois de sua discussão, ele como um bom entendedor preferiu a mim, ótimo!

Sua casa é tão ampla quanto um banheiro. É pequena, apesar de extremamente organizada, isso explica os papéis sempre arrumados, a roupa sempre impecável.
Assim que ele abriu a porta do apartamento um lindo e peludo bicho pulou em seu colo. Seu animal de estimação, um cachorro. Não seiu a raça, não vivi fora o suficiente para isso.

Ei, amigão! Calminha. Essa é a Renesmee - disse ao cachorro como se fosse gente, e aquilo me irritou. O foco é o plano, correto? Como se não bastasse ele dobrou os joelhos, agachando na altura do grande cachorro - ela é a moça bonita que eu falei - sussurrou como um segredo mas alto o suficiente para me deixar ouvir. E me encarou e seu olhos brilharam mais que a noite estrela, mas eu, por algum motivo não me senti lisonjeada, não cai em amores, nem achei fofo. Apesar de ser. O foco não sou eu ou qualquer outra coisa além de me vingar.

Mesmo assim, forço um sorriso que eu posso jurar que foi mais para uma careta, tanto que os olhos brilhantes levantou-se e disse:

– Isso vai te consumir.

– O que? - perguntei.

– O ódio, Renesmee! Será que não vê? Você está se igualando a ele.

Dizendo isso me fez ferver. Meu sangue concentrou-se em meu rosto pois eu podia senti-lo queimando e ardendo em raiva, meu corpo esquentou e sem perceber meus dedos agarravam com ódio a blusa de Jacob enquanto minha outra mão apontava em seu nariz. Meus dentes semicerraram que se tornou difícil a passagem do som.

– Nunca. Mais. Diga. Isso! Escutou, Jacob? Não me compare a ele! - E o empurrei o que não foi tão significativo por que ele apenas deu um passo para trás.

– É isso, Nessie. Você é diferente. Tem o direito de ser feliz. Eu quero fazê-la feliz!

Então é isso. Só fará o que eu quiser se isso depender da minha felicidade?

– Jacob... Você quer dizer... - dou-me por idiota apaixonada, apenas para que suas palavras sejam contra a ele.

– Isso Ness, eu amo você. - diz segurando meu rosto, enquanto a bola de pelos some pelos corredores.

– Oh Jake - primeira vez que o chamo assim. - Eu também o amo. Muito! Mas será que não vê? Nunca seremos felizes enquanto ele me perseguir Jake. Meu amor, eu preciso ficar em paz para viver em paz com você! - apelei. - Eu amo você, meu amor. Eu quero fazê-lo feliz, mas eu preciso estar feliz primeiro. - Minto. Mas ele acredita.

– Me promete, por favor que você ficará comigo para sempre? - o que eu digo? Não quero me apegar a ele, mas eu preciso dele.

– Claro! Não quero mais ninguém, meu amor. - beijo-o para provar a ele uma veracidade.

– Quando pretende fazer isso?

– Amanha! - e ele me encara com espanto. - Quanto mais rápido começarmos mais rápido seremos felizes. Eu te amo.

O telefone toca.

– Alô - diz Jacob. - Ah, Oi. Rose... Não... É melhor não dizer, apenas fale que ela saiu sozinha... Sim, você pode... Não vai se encrencar... Ok, Tchau e... obrigado.