Juntos Pelo Acaso escrita por Thais


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, como vão?

Cá está outro capítulo. Espero que gostem e comentem é claro.

Vejo vocês nos reviews. Até lá! ♡



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Cato bufava loucamente ao meu lado há mais ou menos uma hora. Estávamos nós dois e Prim no tribunal. Aquele lugar me dava arrepios repugnantes, principalmente depois do caso da mulher que estrangulou o marido e a amante.

– Próximo caso... Primrose Everdeen Mellark – disse o juiz.

Caminhamos até o centro da sala e nos sentamos. O nosso advogado deu um leve chilique, fazendo-nos alevantar e ficar de frente para a corte.

–Muito bem, eu li suas declarações do testamento. Como vocês dois foram nomeados como os cuidadores, não vejo razão para contrariam a vontade dos pais...

Prim jogou o copinho repleto de guloseimas para debaixo da mesa, fazendo meu rosto ficar vermelho ao extremo com o ato. A assistente do juiz parou de falar para me encarar. Me abaixe para pegar os docinhos e Cato fez o mesmo, me dando um cutucão.

– Pelo amor de Santo Cristo, deixa isso ai – disse Cato.

– Deixa isso ai o caramba! Anda logo e me ajudar a catar isso.

– Hey gente, da pra ficar quieto e alevantar? – perguntou o advogado. Alevantando-nos e voltamos a prestar atenção na mulher, que só faltava me dar um tiro.

– É-er... Desculpe, pode deixar que eu cato tudo. – gaguejo.

Constrangedor. Mil vezes constrangedor.

– A partir de agora – começa ela. – Dou a custodia de Primrose Everdeen Mellark para Clove Berenson e Cato Messer.

Dou um sorriso. Finalmente havia acabado.

Cato para e encara a mulher. – Calma ai. Como você sabe se não somos traficantes ou ladrões?

– É brincadeirinha. – digo pronta para voar em cima dele se não calasse a boca.

A mulher tirou os olhos e nos fuzilou com o olhar. – Vocês são traficantes e ladrões?

– Não senhora. Não.

Ela nos deixou ir. Arrastei Cato para o carro, contendo minha vontade de jogá-lo janela a fora.

[...]

– Uhul! Próximo caso leva uma criança! Não tem outra sobrando, então leve duas! – Cato reclamava. Bem humorado quanto eu.

– Ah merda, cadê aquele pato que ela adora e que me deixa louca? – fuço a minha bolsa até achar o maldito brinquedo. – Ah, aqui está você.

– Eu não entendo Clovelita. Eu tenho sido um cara legal, algumas garotas até dizem: “Cato, esquece a camisinha” – choraminga ele. – Eu digo não e ainda sim eu termino com um bebe.

– Para com isso e, por favor, não me chame de Clovelita. Olha só, a gente só precisa fazer um horário. Você sabe, eu preciso trabalhar...

– Sentiu esse cheiro?

– Ah, Cato. Ele deve ter feito coco, né?

Ele cheira o bumbum de Prim e bem... depara-se com um odor, digamos, levemente forte.

– É-er, eu acho que ela... – ele deixa Prim no meu colo.

– Qual é seu gayzão? Nem é tão ruim. – digo cheirando também o bumbum dela e arrependo-me em seguida.

Jesus Cristo isso não é coisa de Deus. Fede horrores!

Subi as escadas com ela acima de mim. Temia que aquele negócio caísse todo em cima de mim, mas desta forma, o fedor era menos desagradável. Cato entrou no quarto junto comigo e distribuiu tapinhas amigáveis na minha costa.

Amigáveis? Não, definitivamente nada que venha daquele cafajeste é amigável.

– Vai em frente. – disse ele.

– O quê?! – pergunto pasma. – Por que eu? Porque eu sou mulher?

– Oras, claro.

– Não!

– Ah, não...

– Cato Messer eu não vou trocar fralda de ninguém pelos próximos dois anos!

– Vai sim Clove!

– Não Cato! Vai você.

– Ta. Tudo bem, nem parece ser tão difícil.

Ele analisa Prim e fica paralisado.

– O que você ta fazendo, hein?

– Eu não sei o que eu to fazendo – diz ele serrando os dentes. – Eu to tirando um sutiã de uma garota ou por acaso estou tirando a fralda de um bebe? Aliás, tem um manual de instruções ai?

– Ta vendo as abas? Solta as abas. – falo, batendo em minha própria testa.

Ele fez o que eu mandei. Quando abriu a fralda vi a coisa mais nojenta que já havia visto em toda minha vida.

Meu deus, aquela garota fazia coco como um elefante!

Cato estava passando mal do meu lado, ameaçando por tudo pra fora.

– Não faz isso seu otário. Eu vou vomitar.

– Isso é como entrar num esgoto, gente!

– Ah, tem coco nós pés dela! Vai, limpa logo! – grito histericamente.

– A bichinha ta toda cheia de coco. – choraminga Cato.

 A campainha começou a tocar e o filho de uma boa puta saiu correndo pra atender.

– Cato! Cato seu desgraçado, volta. Não me deixa aqui! – e ele pra variar não respondeu.

Ah, que ótimo. Agora terei de enfrentar Prim e sua fralda maligna cheia de caca de neném. Eu colei chiclete na cruz por acaso?

– Meus olhos estão queimando.

POV Cato

Eu poderia fazer de tudo pra ajudar Prim. Dar-lhe comida, banho, levar pra passear, sair, enfim, quase tudo.

Agora trocar fraldas? Nunca. Não. Jamais.

Aquilo era como abrir uma fossa e se deparar com um monte de caca.

Para minha sorte a campainha tocou e eu pude descer freneticamente as escadas, deixando o trabalho sujo para Clove. Ao chegar à porta me deparo com não apenas uma pessoa, mas sim muitas, com pratos de comida e me encarando descaradamente.

– Oi, surpresa! – disse uma mulher de cabelos rosa.

– O que houve? – perguntei.

– A gente só veio visitar, sabe? – não, eu não sei. – Trouxemos comida e outras coisinhas para vocês encherem a geladeira. Só isso. – finalizou ela.

– Entra ai! – disse, querendo não dizer, mas fazer o que.

Deixei eles na sala conversando entre sim. Subi as escadas rumo ao quarto. Ao chegar lá me deparo com uma Prim já limpa e uma Clove...

Ah meu Deus tem coco na cara dela! Seguro meu riso.

– A vi-vi-vizinha ta aqui – comento.

– Que foi? Ela ta limpa não graças a você.

– Clove você ta...

– Me poupe né – disse ela, estendo o bebe pra mim e semicerrando os olhos. – Seu covarde.

Clove desceu as escadas e no trajeto pude perceber sua bunda... e que bunda.

Foco Cato! Por que infernos você está reparando nela mesmo?

– Não estávamos esperando vocês. Que surpresa agradável! – comentou ela, nada sarcástica.

Todos eles olham sem jeito para Clove a deixando furiosa.

– O quê? – perguntou.

– Querida, você está com coco na cara. – disse a mulher de cabelo rosa.

Clove arregalou os olhos e me deu um chute na canela. – Seu filho de uma guenga. – disse ela num sussurro.

Pois é, não vai ser nada fácil conviver com essa baixinha  estressada.


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