Mundo Pokémon escrita por Angelo Oliveira


Capítulo 1
A Reunião.




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O local era iluminado pela pequena luz que entrava pelas janelas que estavam literalmente fechadas. O espaço era amplo com uma grande mesa que ocupava a maior parte do local. Cinco indivíduos de feições sérias estavam reunidos no local. Todas as suas caras eram diferentes mas expressavam o mesmo nervosismo e curiosidade.


– Estamos todos presentes? – perguntou o que se sentava à cabeça da mesa.




Nenhum dos outros quatro respondeu. O homem analisou o local à sua volta, e depois mandou os outros sentarem-se. As suas vestes eram normais mas por cima delas, uma bata branca cobri-as, algo que acontecia com todos os outros.





– Recebemos informações dos nossos detetives e espiões. – falou olhando para as folhas que tinha à sua frente. – Temos de tomar precauções o mais depressa possível.




– Concordo Oak. – disse a única mulher na sala. – Temos de defender as origens dos Pokémon, não podemos perder tudo agora.


– Com certeza. – Oak estava bastante sério. Sempre fora um homem relaxado e divertido, mas naquela altura o professor parecia bem preocupado com o futuro de todos. – O que acham que devemos fazer?

– Tomar precauções. Vigiar todos os locais mais importantes do Mundo Pokémon. – dizia a mulher seriamente.


O seu nome era Juniper, a Professora Pokémon do continente de Unova. A sua aparência era jovem, mas séria. Era especializada no tema da Origem dos Pokémon, por isso o seu passatempo preferido era explorar os locais mais antigos dos continentes.




– Poderíamos pedir ajuda aos membros do Elite dos 4. Afinal são os treinadores mais fortes de cada continente. – dizia o homem mais velho.





Rowan era o professor mais velho do grupo. O seu bigode branco realçava as suas vestes escuras, apropriadas para a sua idade. Rowan era o Professor Pokémon encarregue do continente de Sinnoh e estudava a Evolução dos Pokémon.





– Particularmente, não acho boa ideia. – disse Oak cruzando os braços em cima da mesa. – Os membros do Elite dos 4 são pessoas extremamente ocupadas. Acho que só os devíamos chamar em último recurso.




– Mesmo assim deveríamos avisa-los. – insistiu Rowan.


– Então, cada um de nós ficará responsável por avisar os respetivos membros do Elite dos 4 de cada região. – dizia Oak concluindo aquele assunto. – Continuo à espera de sugestões, amigos.

– Oak. – chamou o mais gordo. – Estou agora aqui a pensar... Com todos estes ataques que esperamos, não achas que o Habitat dos Pokémon está em perigo?

– Tens razão, Birch! – exclamou Oak arregalando os olhos.

– E se os transportássemos para os Centros Pokémon das Cidades? – sugeriu.

– Hmm... assim os treinadores não teriam mais oportunidades de combater nem de fazer capturas. Além disso os Centros Pokémon estariam cheios e não haveria espaço para os treinadores.

– Então assim, os treinadores ficariam prejudicados. – dizia Birch um tanto desiludido.

– Exatamente. – disse reparando que até então nenhuma sugestão fora suficientemente boa.


Oak levantou-se da cadeira e foi até à janela da sala. Dali, conseguia ver toda a aldeia de Pallet. O homem suspirou e depois olhou para os seus colegas professores.




– A ameaça vai começar e nós temos de tomar medidas. – disse assustando os seus colegas. – Não podemos esperar mais.

– Isso quer dizer que vamos ser nós a enfrentar o lado do mal? – perguntou um professor de óculos e de cabelo curto.

– Claro que não, meu amigo Elm. – disse observando-o. - Teremos de chamar o treinador que melhor conhece o Mundo Pokémon.

– E quem é ele?


Oak voltou a sentar-se na cabeça da mesa e revirou os papéis que tinha a sua frente tirando um para mostrar aos seus colegas.




– O seu nome é Ash Ketchum. Natural da Aldeia de Pallet, onde nos encontramos. Começou a sua aventura com dez anos. Viajou pelos cinco continentes sempre acompanhado pelo seu Pokémon Inicial oferecido por mim, um forte e raro Pikachu. – dizia antes de fazer uma breve pausa. – A sua última aventura foi em Unova, onde participou na Liga da região, conquistando os oito crachás. Ficou no Top-8 na Grande Liga. O seu sonho é tornar-se um Mestre Pokémon, mas nunca conseguiu vencer uma Liga, apesar do seu grande poder.





Os outros professores olharam entre si calados. Eles lembravam-se daquele rapaz, um pouco mais novo, mas nunca pensavam que ele tivesse tanto sucesso nas suas jornadas.




– Eu lembro-me dele. – disse Elm remexendo os seus óculos. – Ajudou-me a encontrar o Totodile que tinha sido roubado do meu laboratório, em Johto. – dizia mostrando um ar alegre - Realmente é um bom rapaz.


– Claro que sim, se não, eu não estaria a falar dele agora! – exclamou Oak à espera de mais opiniões.

– Sim, eu também me lembro do Ash. – dizia Juniper juntando as suas mãos. – Foi quando o levas-te para Unova e o Pikachu dele ficou sem controlo do seu poder elétrico...

– Ahh! Então lembras-te!

– É claro! – respondeu soltando uma gargalhada. – Não me admira que ele faça um bom trabalho.

– Então e tu Rowan? O que achas do Ash?

– É um rapaz cheio de energia e sem medos. – respondeu seriamente. – Ele veio ter comigo, ao meu laboratório quando chegou a Sinnoh e roubaram o seu Pikachu.

– Eu lembro-me desse dia. – suspirou Oak. – Aqueles três covardes da Team Rocket andam sempre atrás do Ash e do Pikachu.

– E pelo que percebi foram eles que fizeram com que o Pikachu acumula-se energia elétrica no seu corpo. – dizia Birch intrometendo-se na conversa.

– O quê?

– Quando o Ash chegou a Hoenn, ele contactou-me para que eu pudesse tratar do seu Pikachu. Ao que parece eles tinham tido um combate com esses três da Team Rocket e ele tinha acumulado eletricidade. – explicou.

– Hmm... – fez Oak pensando. – Esses três podem ser um problema para o Ash. – dizia.


Passaram-se alguns minutos e todos continuaram calados. Pareciam que todos mostravam um grande respeito e interesse por Ash. Oak passou os papéis com as informações do rapaz pelas mãos dos outros professores, para que também eles vissem a evolução do jovem treinador e as suas conquistas. Todos concordaram.




– Então está decidido, não é? – dizia levantando-se da sua cadeira. – Vamos enviar o Ash para combater esses malvados.




– Mas, Oak... – disse Elm nervoso. – Não achas que o rapaz é demasiado novo? Além disso, vamos enviá-lo sozinho...


– Nada disso, Elm. – respondeu Oak seguro de si. – O Ash já tem quinze anos, e lembra-te que ele já enfrentou todos estes criminosos. E além disso, o Ash tem amigos espalhados por todo o Mundo.


Elm afirmou que sim com a sua cabeça sem insistir mais e depois saiu do laboratório, atrás de Oak e de todos os outros membros presentes. Oak guiou-os até à rua onde prosseguiu com a explicação.




– Vamos até à casa do Ash e informamo-lo de tudo. – dizia calmamente. – Mas seremos calmos e sinceros, sim? Não o podemos deixar sob pressão.





Todos os outros professores concordaram e acompanharam Oak numa caminhada até à casa do rapaz. Estava uma tarde de Sol, na aldeia, o que complicou o percurso a todos.




A Aldeia de Pallet não tinha mudado muito. Talvez só pela quantidade da população, que agora era mais. Naquela altura, as pessoas procuravam locais mais calmos e seguros para viverem e Pallet era um local perfeito.



– Os Pokémon daqui vivem em harmonia. – dizia Birch enquanto observava um bando de Pidgey a abandonar o seu ninho.



– Vamos ver até quando... – retorquiu Rowan penteando o seu bigode.


– Rowan, estás bastante pessimista. – disse Oak ouvindo os dois. – Queres nos dizer algo? – disse parando à frente de todos.

– N-Não. Eu sou mesmo assim.

– Pois o Ash é bastante positivo. Venham. – Oak levantou o seu braço apontando para uma casa ali perto. - Já vejo a casa dele!


Não tardou para que os cinco professores chegassem à casa do nosso herói, bastaram apenas alguns minutos para que se deparassem com uma casinha acolhedora. Tinha um jardim à frente com erva verde bem regada e algumas árvores que davam mais privacidade aos moradores. A casa era protegida por uma vedação em madeira e um grande portão.




– Ele está em casa? – perguntou Juniper observando através das janelas.




– Vamos descobrir!



•••




Ash dormia na sua cama acompanhado pelo seu amigo, Pikachu. O corpo do rapaz era já tão grande que ele nem cabia inteiro na sua própria cama. Os seus pés ficavam suspensos no ar enquanto a sua cabeça estava bem assente na almofada.




O quarto de Ash estava mais arrumado que nunca. Não haviam roupas espalhadas pelo chão nem objetos fora do lugar.



– Ash? Ash, estás em casa!?




O pequeno ratinho amarelo acordou assustado ao ouvir os gritos vindos da rua. Pikachu saltou da cama e subiu até à janela. Conseguia ver o Professor Oak à frente de todos os outros. O Pokémon sorriu e rapidamente lançou um forte ThunderBolt contra Ash, para que acorda-se.





– Pikachu! – gritou o rapaz assustando o Pokémon.




Pika-Pika.



Ash aproximou-se da janela, ainda meio tonto. Conseguia ver Oak com alguma dificuldade e todos os outros professores que ele também conhecia.




– Parece que temos visitas! – dizia saindo do quarto.





Ash correu pela sua casa em direção à porta. Abriu-a rapidamente e observou todos os que o esperavam. Oak sorria para ele e entrou, sendo seguido por todos os outros.





– Olá... – dizia penteando o cabelo que até então estava despenteado. – a todos!




– Olá Ash. Espero que não tenhamos vindo em má altura. – dizia Oak observando em seu redor. – Estás sozinho?


– Sim, professor. A minha mãe foi às compras com o Mr. Mime. – dizia enquanto fechava a porta. – Mas o que se passa?

Pika-Pi! – fez o ratinho saltando para o ombro do treinador.

– Nada de bom, Ash. – dizia Juniper aproximando-se do rapaz e fazendo uma festa no Pokémon.

– Bom, é melhor sentarmo-nos. – dizia apontando para o sofá da sala que rapidamente foi ocupado por todos.

– Queremos pedir-te ajuda, meu rapaz. – dizia Oak seriamente.

– Em que vos posso ajudar?


Todos os professores olharam para Oak. Ele era o porta-voz do grupo, ele era o mais inteligente e o mais chegado a Ash. Seria ele quem contaria tudo.




– Ash, o Mundo Pokémon está a cada novo minuto em ameaça. Podemos perder tudo o que conquistámos. – disse seriamente observando os grandes olhos do rapaz.




– Professor, pode ser mais claro? – pediu Ash não entendo o que dizia.


– Ash, as equipas criminosas que tu e todos nós conhecemos, estão a unir forças para que possam reinar o nosso Mundo. O Mundo dos Pokémon.


O rapaz não reagiu. Nenhuma palavra saiu da sua boca. Ele sabia que tudo aquilo era péssimo, afinal ele já tinha enfrentado cada equipa criminosa. Se uma já era difícil de combater, como seria com todas ao mesmo tempo?




– C-Como? – gaguejou finalmente.




– Temos espiões infiltrados lá e alguns detetives já estão a investigar o caso, mas não te podemos confiar mais segredos. Precisamos de saber se nos vais ajudar.


– Precisamos de ti, Ash. – disse Elm fazendo um pequeno sorriso.


Ash não sabia o que fazer. Combater sozinho o lado negro do Mundo Pokémon não seria tarefa fácil. O rapaz pensava em alguns acontecimentos da sua jornada em que se vira frente a frente com todas as equipas criminosas. Não tinha sido fácil combate-las, apenas conseguiu, pois não estava sozinho, ele tinha amigos com ele.



Era tudo muito difícil... Ash não sabia o que dizer nem o que fazer.


Continua...



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Notas finais do capítulo

Estou muito empolgado, sabem? Afinal, este é o primeiro capítulo do meu novo projeto, e pretendo continuá-lo por muito tempo... bom, sobre o Capítulo, devo dizer que adorei escreve-lo! Começou de uma maneira de todas as Fics que eu conheço, por isso acho que foi uma ideia original, não?
Como puderam reparar, a Fic irá ser como uma espécie de Filme ou uma Temporada Especial, pois inspira-se em todas as aventuras do nosso herói, como podemos presenciar na parte em que cada Professor fala da primeira vez que esteve com ele.
Vou tentar fazer uma Fic de alto nível, a final o nosso Ash merece, não?
Estou a tentar melhorar a minha escrita, pois passei algum tempo sem escrever e agora tenho algums dificuldades em ter ideias, mas espero que elas apareçam em breve!

Por favor pessoal, deixem Reviews! Obrigado! (:



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