Quando Em Nárnia escrita por Kuroi Namida, Tricya Gianakos Lightwood


Capítulo 3
Uma Mala Sem Alça


Notas iniciais do capítulo

Oie! Desculpem a demora! Mas o capítulo é escrito por duas autoras então até colocarmos as ideias no lugar de forma que nada fique para tras, leva tempo! bjus



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Pov Tricya


Eu sentia os olhos de Pedro sobre mim, mas não pude evitar ficar cabisbaixa. Apenas sabia que não devia chorar, não na frente deles, embora tenha me sentido um pouco chateada e perdida já que Lean parecia não querer ver a verdade diante dos nossos olhos. Foi nesse momento que senti a aproximação do rei Pedro.

– Você esta bem? –perguntou ele preocupado.

– Eu pensei que ela voltaria a acreditar em Nárnia quando a visse. – falei ainda de cabeça baixa entanto Pedro me ajudava a me sentar em uma pedra.

– Não seria melhor alguém ir atrás dela? – ouvimos Caspian se manifestando.

– Por que você não vai? – disse Pedro.

Pude ver Caspian erguendo a sobrancelha esquerda e olhando para o irmão de forma séria como se dissesse “eu?” o que apenas foi ignorado pelo mesmo. Notei que Caspian olhou ao redor e decidiu então ir atrás de Lean. Provavelmente aquele lugar não era seguro, e o certo a fazer seria convencer Leana a vir conosco.

– Me diga Tricya você e a morena são irmãs ou algo do tipo? –me indagou Pedro.

– Não exatamente Lean é minha melhor amiga dede a infância. É quase isso!– respondi sorrindo.

– Hum... Diga-me uma coisa se vocês não são daqui como já ouviram falar de Nárnia e de Áslam?

– É uma longa história Majestade!

– Temos tempo provavelmente meu irmão vai passar uns apertos antes de convencer sua amiga a volta. – disse ele sorrindo de um jeito que eu achei muito sexy.

“Foco Tricy não pense nisso agora se concentre”, respirei fundo um pouco pra começar a contar a Pedro como nós sabíamos sobre Nárnia então dei inicio a estória.

– Bom desde crianças eu e Lean escutávamos o senhor Gabriel avô de Lean contando historias sobre Nárnia. Naquela época nosso maior desejo era encontrar esse mundo e isso passou a ser parte de mim e sei que também era parte de Leana. – respirei fundo e continuei meio triste. – Nós crescemos, mas eu continuava acreditando que um dia conheceria Nárnia, mas pra ela Nárnia passou a ser apenas um conto de fadas.

– Não fique triste Tricya, logo chegaremos a Cair Paravel e Leana acreditará. –disse ele tocando meus cabelos e os levando para trás de minha orelha em um gesto de carinho que poderia parecer bobo mas me deixou meio corada.



Pov Pedro


Eu devia estar ficando mole, em vez de me dedicar a achar o caminho de volta para casa acabei aqui consolando uma garota que nem conhecia, mas que ao vê-la daquele jeito com o pé machucado e uma expressão desolada senti uma vontade de protegê-la que foi mais forte do que eu. Tricya parecia tão doce, e delicada como um anjo de lindo sorriso. Ah sim, ela era linda também... “O que estou dizendo, nem sequer nos conhecemos”.

– Pedro... Er... Majestade, realmente acredita que Caspian conseguirá convencer minha amiga a voltar? –disse ela com um olhar de esperança.

– Sua amiga pode ser durona, mas meu irmão é teimoso! –sorri despertando um lindo sorriso nela tambem, o que me aqueceu por dentro.

– Não seria melhor irmos atrás deles? – perguntou-me a garota de lindos cabelos loiros.

– Vamos esperar um pouco mais, você não deve mexer esse pé para não machucá-lo mais do que está. – respondi logo me sentando ao seu lado.

– Certo.

Eu realmente não sabia bem o que fazer, embora estivesse dando o meu melhor, aquela moça parecia tão frágil que senti vontade de rodeá-la com meus braços e dizer que tudo que ficaria bem. “Lá vamos nós de novo Pedro, onde está com a cabeça?”. Eu só esperava que Caspian desse um jeito de trazer Leana de volta, ou não saberia o que fazer quanto a Tricya.



Pov. Tricya


Eu olhava aquele lindo homem ao meu lado e pensava em como ele me parecia correto, e diferente dos outros caras que conheci. “Melhor eu não começar a pensar besteira, afinal ele é Rei e deviria ter alguém o esperando, talvez uma Rainha ou princesa, fosse o que fosse ele era fora de alcance” para desviar meus pensamentos eu olhei para Pedro e perguntei a primeira coisa que me veio à cabeça:

– Majestade, por curiosidade com foi que vocês se perderam no percurso de volta ao Palácio? –

– Estávamos voltando para Cair Parável quando fomos atacados por mercenários quando um deles fugiu e Caspian inventou de segui-lo, se não fosse por isso estaríamos em casa agora. – me respondeu Pedro com uma ruga de expressão.

Depois dessa resposta eu apenas desviei meu olhar rumo a mata e esperei que Leana voltasse logo. Eu queria muito minha melhor amiga de volta e não aquela maluca incrédula que em nada lembrava minha doce amiga de infância com quem eu dividia meus sonhos sobre Nárnia. “Por favor, Aslam faça Lean acreditar que Nárnia é real e que estamos nela” voltei a olhar para Pedro que visava todo o território ao redor segurando sua espada. “e não me deixe criar afeição de mais por Pedro eu sei que isso pode ser um problema”.


Pov. Pedro


“Por Aslam! Onde foi que viemos parar?” Só esperava que Caspian voltasse com aquela moça à tira colo antes que anoitecesse ou teríamos mais problemas, já que não tínhamos provisões para passar a noite na mata nem tão pouco algum meio de produzir uma fogueira para nos aquecer. Voltei a olhar para aquela linda moça mais uma vez, e notei que ela estava de olhos fechados enquanto movia os lábios sem deixar som algum passar por eles. Era encantadora.


POV Caspian


“Para onde será que foi aquela morena arisca?” Ela não podia estar muito longe, a menos que estivesse correndo. Caminhei por entre as arvores enquanto seguia os rastros deixados na terra pelos seus sapatos estranhos e logo a encontrei mais a frente enquanto caminhava em passos indecisos. Continuei seguindo-a em silencio alguns minutos para ver até onde ela planejava ir, até que meus pés fizeram delatar minha presença quando pisei em um graveto seco.

– Posso saber por que tá me seguindo? –disse ela assim que se virou jogando seus cabelos avermelhados em um balanço.

– Não devia continuar sozinha, este lugar pode não ser seguro. –respondi em tom firme enquanto me aproximava.

– Como sabe, você está tão perdido quanto eu. –ela retrucou como eu já esperava.

– Conheço os territórios seguros do meu reino, e este é desconhecido para mim então...

– Eu sei me virar sozinha, eu não preciso de guarda-costas. –disse se virando e seguindo em frente o que me obrigou a ir atrás dela.

– Devo insistir e pedir que volte comigo...

– Olha só, eu não vou andar por aí com dois caras que eu nem sei quem são e que aparecem do nada dizendo que são reis de Nárnia.

– Nós somos reis. –retruquei.

– Mas estão tão perdidos quanto eu e minha amiga estávamos, então não acho que eu deva ir com você. Está mais perdido do que eu.

– Mas eu sou homem e tenho uma espada.

– E daí? Acha que por eu ser mulher não sei me cuidar? –disse ela parando e voltando alguns passos em minha direção.

– Se alguém atacá-la... Vai se defender com o que?

– Spray de pimenta! –ela disse metendo a mão em uma bolsa estranha que carregava nas costas. – Aqui olha quer ver como funciona? –disse se aproximando mais de mim de uma maneira bruta para uma mulher tão pequena.

– Sua amiga virá conosco, ela precisa de cuidados e nós podemos dar isso a ela. Devo insistir mais uma vez que venha comigo moça. –disse já impaciente.

– O que me garante que vocês dois não são mais perigosos dos que estes mercenários?

– Então acredita que eles existam? –acabei não resistindo e sendo meio irônico.

– Volte e diga a minha amiga que estarei esperando ela em casa... –ela franziu a testa e se virou novamente.

– Se der mais um passo vai me obrigar a fazer algo que eu não quero. –avisei.

– Vai fazer o que? Espetar-me com a sua espada majestade? –disse ela virando apenas o rosto para trás.

– Você que sabe...

Dei alguns passos firmes em sua direção e quando parei a sua frente, simplesmente me curvei, e envolvi minhas mãos em sua cintura, - que por sinal era perfeita- e a ergui do chão sem dificuldade a colocando nas minhas costas enquanto ela resmungava e me xingava de tantos nomes que deveria ser açoitada por tal desrespeito a um rei.

– Me coloca já no chão seu idiota! –dizia ela batendo com as mãos nas minhas costas e dificultando minha tarefa.

– Eu não vou deixá-la correndo um risco desnecessário só por que é orgulhosa demais para aceitar ajuda. –retruquei enquanto sentia as mãos pequenas dela batendo em mim.

– Me coloca já no chão ou eu juro que vai se arrepender seu filhote de girafa. –provavelmente ela estava se referindo a minha altura já que ela era quase do tamanho de um anão.

– Não tenho culpa de você ser pequena. –eu ri.

– Tá me chamando de baixinha seu... Seu...

– Cuidado com o que vai dizer, eu sou rei e posso mandar cortar sua língua por suas palavras desaforadas.

– Me põe no chão, eu sei caminhar sozinha. –ela continuava a resmungar, mas ofegante dessa vez.

– Promete que não vai correr na direção oposta?

– Não prometo nada... –senti a cruzando os braços contra as minhas costas.

– Então não.

Ela grunhiu feito um animal raivoso, o que acabou me fazendo rir e então ficou quieta, para minha alegria. E foi exatamente assim que seguimos o caminho de volta. Aquela pequena e arisca morena nos meus ombros, pendurada feito um filhote de macaco com seus cabelos longos balançando na altura do meu traseiro.


POV Leana Black


“Não acredito que Tricya me meteu nessa” Lá estava eu, sacudindo feito um saco de batatas pendurada no ombro daquele estranho com mania de majestade, enquanto não via nada a minha frente além do seu traseiro real. “Que, aliás, era um belo traseiro, que bundinha” – Eu devia ter usado o spray quando tive oportunidade, mas isso seria uma pena, estragar aqueles olhos lindos que ele tinha. “ah que legal, eu estava paquerando mentalmente um cara que nunca vi na vida e que se fosse mesmo rei de Nárnia, não estaria sendo tão grosso a ponto de me carregar daquele jeito”.

– Tá legal, a visão aqui de cima não é tão ruim, mas pode me soltar agora? –eu me manifestei mais calma.

O silencio prevaleceu enquanto ele dava mais alguns passos e então finalmente parava e me deixava no chão. Quando vossa majestade me soltou, ficamos um de frente para o outro e eu pude ver que eu realmente parecia uma criança perto daquele homem todo. “Filho da mãe, por que ele era tão bonito? Por que todos os caras gatos são idiotas?”

– Vai se comportar? –disse ele.

– Pareço criança pra você? –franzi a testa.

– Se estiver falando pelo seu tamanho. –ele riu e desviou de mim.

– Muito engraçado. –revirei os olhos e o segui. – Não me lembro de ter andado tanto. Será que estamos perdidos de novo? –ironizei.

– Pedro e sua amiga estão do outro lado dessas árvores. –ele virou apenas o rosto e me respondeu com aquele ar pomposo de rei.

– Ótimo, vou dizer umas boas verdades aquela loira. –resmunguei cruzando os braços e segui em frente.


[...]


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