O Defensor escrita por That Girl


Capítulo 9
Capítulo 9 - Provas.


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas! Meu Deus, hoje eu realmente me emocionei muuuuito com os reviews de vocês. E o capítulo de hoje está especial, estamos entrando numa fase importante da fic. Prestem atenção em cada diálogo, tudo remete à PROVAS, que mais tarde vamos saber do que se tratam... Só posso adiantar que tudo o que PROVA novos sentimentos está se evidenciando ainda mais...

Nossa, me empolguei na 'falação' hahahaha.

Quero dedicar este capítulo:
— Star Girl, sua recomendação me deixou muito emocionada. Obrigada, obrigada, obrigada. Me inspirou de maneira sem igual.
— Agbenelli: eu chorei lendo seu review e fiquei inspiradíssima. Obrigada pelo carinho e seja bem vinda!
— Às minhas novas leitoras,
— As Flores que favoritaram! (não aparece os nomes, gostaria muito de citá-las =/)

E as minhas queridas leitoras fofas que suspiram e se emocionam junto comigo nesta história que é escrita com muito carinho para vocês.


E chega de falar e vamos ao capítulo de hoje!

Boa leitura ^^



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Isabella sorriu e eu retribui, ela ficou pouco a vontade e logo cortou o clima, não contive um bico frustrado que ela não notou.

– Vamos descer para ajudar minha mãe com o jantar? – sorriu timidamente já saindo do quarto e eu acompanhei-a.

– Estou logo atrás de você. – sorri e ela parou ao pé da escada.

– Edward? – senti sua voz mais quente e me senti ansioso.

– Sim? – respondi e ela sorriu de canto.

– Pode me chamar de Bella. – virou corada e desceu as escadas. “Oi? Ar, cadê você? Santo Cristo!” fiquei estático e acho que levei uns cinco minutos para descer as escadas. Ainda não sei dizer o porquê do meu coração ter se agitado tanto... “Você está na bolha. Quando vocês dois estão juntos eu o vejo envolvido por ela. Mas agora vem a parte mais difícil: puxá-la pra fora com você.” Lembrei-me imediatamente das palavras de Jay e fiquei eufórico. Só pra quem já se sentiu mal de verdade por ver alguém sofrer sabe como é se sentir acolhido por ela. Senti neste minuto que ela confia, e muito, em mim e ela está tomando a iniciativa de se aproximar; ainda que ela tema se decepcionar sinto nela a intensa vontade de se libertar.

Desci as escadas ainda em órbita e encostei-me à soleira da porta e observei Bella e a mãe prepararem o jantar, ela sorria leve e rodopiava pela cozinha demonstrando habilidade e jeito; seu andar tinha graça, era delicada e cuidadosa e meu olhar foi se perdendo observando cada gesto e movimento que fazia. De repente me senti sendo observado e corei até a raiz dos cabelos ao ver Renée sorrindo largamente para mim, sorri timidamente e Renée voltou aos seus afazeres, Bella parecia alheia a tudo o que acontecia. Continuei com minha observação e quando ela me viu parado ali sorriu de maneira singela e tão doce que mais uma vez meu coração pegou fogo “Eu vou fazer de tudo para que esse sorriso nunca mais saia do seu rosto...” o pensamento surgiu em minha mente e naquele momento eu já sabia o que fazer; só teria que esperar o dia de amanhã para isso.

– O jantar está servido queridos! – Renée disse animada e usei toda a educação que Dr. Carlisle me deu e puxei a cadeira para elas.

– Senhoritas. – disse todo galante e elas riram.

– Obrigada senhor... – disse Bella imitando uma senhorita diretamente saída do século XIX e Renée gargalhava.

– Isso é o que eu chamo de cavalheirismo... Estou no século XIX e não fui avisada? – ri divertido e me sentei de frente para Bella, Renée ficou na cabeceira da mesa.

– Acho que ele saiu de ‘Orgulho e Preconceito’ e está perdido aqui em Forks mãe... – Bella disse debochada e eu ergui a sobrancelha.

– Se por um acaso eu tivesse saído, qual personagem eu seria? – acho que criamos uma bolha, já que ela se remexeu na cadeira visivelmente empolgada com o assunto e Renée apenas observava sorrindo.

– Hum... Você sabe do que estou falando? – dei um sorriso debochado e ela arqueou uma sobrancelha.

– Sei. Tive que ler esse livro o ano passado, quando estudei literatura inglesa. – disse sorrindo vitorioso e ela deu um sorriso misterioso.

– Interessante. Acho que você se parece com dois personagens, um que aparece muito na história e o outro que surge perto do final. – disse sorrindo e eu resolvi deixá-la desconcertada. “Ah, quer brincar linda? Então esse jogo é pra dois. Sei muito bem quem você representaria nessa história.”

– Ah, respostas evasivas senhorita Bennet? – ela me olhou surpresa enquanto levava o garfo à boca.

– Be.. Bennet? – ela parou a próxima garfada e eu sorri torto.

– Sim, pra mim você parece uma perfeita mistura de Jane e Elizabeth Bennet. – ela corou de leve e me olhou sorrindo sapeca. Fiquei impressionado com a evolução de nossa aproximação ao vê-la sorrindo desse jeito pra mim.

– Agradeço o elogio, Fitzwilliam. – ergui uma sobrancelha e ela riu debochada.

– Ei! – protestei e ela riu mais. – Não vale, tem dois personagens com esse nome na história! – ela olhou de canto e começou a tirar a mesa e eu me levantei para ajudá-la.

– Vale sim... Vamos dizer que estou te dando um voto de confiança, mas ainda não estou pronta para te contar qual dos dois você representa pra mim... – disse me olhando intensamente pela primeira vez e eu fiquei arrepiado, totalmente surpreendido e perdi a fala. Ela ofegou e foi rapidamente para a cozinha e eu segui-a, levando o restante da louça.

– Obrigada meus queridos, agora podem ir fazer outra coisa por aí e me deixem lavar a louça. – Renée disse divertida e nós dois saímos da cozinha em silêncio. Lembrei-me do que iria fazer no dia seguinte e resolvi deixá-la a par da situação, afinal, a envolvia e eu precisava ser honesto e lhe contar tudo era o único jeito de fazer isso.

Bella... – disse baixo quando chegamos ao hall de entrada.

– Sim? – disse hesitante e envergonhada.

– Eu preciso conversar com você sobre algo importante... – sua expressão ficou tensa e eu ergui as mãos pra ela em sinal de calma.

– Não é sobre  o que estávamos conversando no jantar. – ela suavizou a expressão. – É sobre uma coisa importante que envolve você, mas pra isso preciso que vá comigo até minha casa. – ela me olhou interrogativa. – Preciso te mostrar algumas coisas, e elas estão no meu quarto. – ela pareceu pensar por poucos segundos e então foi rapidamente até a porta da cozinha.

– Mãe, vou até a casa de Edward e já volto.

– Ok filha. – Renée respondeu animada e Bella voltou rapidamente pra perto de mim indo até a porta e me dando passagem.

–Vamos... Estou curiosa. – disse passando pela porta e eu a segui.

Atravessamos a rua em silêncio e entramos em casa. Meus pais cumprimentaram Bella e indiquei para que elas subisse as escadas e fui atrás dela. Chegamos no corredor e ela esperou que eu indicasse o caminho, apontei para a última porta no corredor e ela caminhou comigo até parar na porta, abri e lhe dei passagem.

– Fique à vontade. – disse tímido e ela assentiu entrando no meu quarto.

– Obrigada... – murmurou.

– Puxei minha cadeira para que ela se sentasse e puxei outra cadeira para mim, nos sentamos em frente a minha escravinha e ela me olhava curiosa.

– Bella... – eu não sabia por onde começar e ela apenas esperou que eu começasse a falar. – Eu sei que ainda não conversamos sobre isso, mas eu vou te contar ‘meu lado’ nessa história toda está bem? – ela assentiu e eu prossegui meio hesitante. – Não quero forçar nada, e não precisa me contar nada agora. Já disse que vou esperar o seu tempo. – ela assentiu mais uma vez e eu soltei um suspiro. – Bem, vamos lá. Eu fui procurado por Jay, Vic e Tân no primeiro dia de aula quando voltei à escola após seu acidente, eles me viram te socorrendo e vieram me perguntar como você estava. Fiquei meio desconfiado a princípio, mas ao perceber a aflição verdadeira dos três eu contei como você estava. – ela me olhava preocupada e eu levei uma de minhas mãos até a sua e ela não recusou meu toque, entrelacei de leve nossos dedos e me senti em casa ao sentir que ela recebia e retribuía meu carinho. – Então eles me contaram tudo o que tem presenciado acontecer com você durante esses quase três anos. – ela soltou a respiração e eu afaguei mais forte sua mão. – Na hora eu me indignei de tal maneira que você não tem noção. Passei a ficar mais atento aos gêmeos e a você. Até o dia que você sumiu da sala e eu te encontrei desacordada na biblioteca... – fiz uma pausa ao sentir a agonia daquele dia e ela baixou os olhos, concentrada no carinho que eu fazia em sua mão. – Naquele dia eu tive uma idéia Bella... E deixo claro que não fiz isso com a intenção de expô-la. Como você bem sabe, aqueles dois malditos camuflam as agressões que fazem contra você e outros alunos, então eu fotografei você desacordada e filmei quando aqueles dois desaforados foram lá te ver. – ela ofegou nervosa e eu segurei sua outra mão e a fiz me olhar. – E Jay teve a idéia de reunir provas. Desde aquele dia tudo o que vemos de errado é devidamente registrado, obviamente da maneira mais discreta que pudermos. – fiz uma pausa e ela me olhou aflita.

– E você ma chamou aqui para me mostar? – olhei incrédulo pra ela e neguei veementemente.

–Não! Já basta você ter sofrido esses anos, eu não quero que reveja nada do que aconteceu. – ela suavizou sua expressão. – Eu te chamei aqui para avisá-la que amanhã mesmo eu vou entregar tudo isso. – ela me olhou confusa e eu esperei que ela assimilasse tudo.

– Vo-você está apenas me avisando? – assenti calmamente e ela me olhou agoniada. – Edward, não sabe com quem está lidando... Eles vão se voltar contra vocês! Se algo acontecer com você eu morro... – ignorei tudo o que ela disse ao ouvi-la sussurrando essa ultima frase para si mesma, ofeguei surpreso e apertei suas mãos; ela saiu de seus devaneios e me olhou nervosa.

– Não vou deixá-la sofrer mais Bella, eu posso e vou impedir! E antes que pense absurdos eu farei isso de maneira anônima. Não posso correr o risco de te expor e muito menos de te colocar numa situação que gere represálias. – ela me olhava atônita.

– Edward, vocês são doidos! Podem passar a sofrer o mesmo que eu... – pensei que ela ia prosseguir mas parou de falar e balançou a cabeça. – Isso é... Surreal... – dizia pra si mesma.

– Não, não é surreal. Eu precisava te avisar porque é você quem está em boa parte dos vídeos e das fotos. Provavelmente o conselheiro vai te chamar para confirmar a nossa versão dos fatos. E eu peço que por favor – olhei suplicante para ela – me ajude a te ajudar. Confirme a história, eu estarei ao seu lado. Eu vou continuar de sentinela, se tentarem algo contra você novamente eu vou registrar e denunciar. Eu te disse mais de uma vez e repito: eu vou cuidar de você. – ela me olhava com um misto de esperança e medo e eu olhava decidido, transmitindo toda a segurança que eu tinha.

– Você vai ser tachado de dedo-duro... Podem virar a cara pra você... – ela falava como se quisesse dizer que eu poderia perder meu status. Revirei os olhos e ela me olhou contrariada.

– Bella, por tudo o que você viu de mim neste mês, não acredito que pense que eu me importo com status. A escola é algo passageiro e a merda desse status só dura até a formatura. E eu não me importo com isso. A única pessoa que eu realmente vou me importar de perder contato será você. – ela me olhava admirada e eu sorri torto.

– Você fala comigo com tanta intensidade que às vezes me assusta... – dei de ombros envergonhado.

– Minha intenção não é te assustar, é só que eu tenho um medo absurdo que algo de muito ruim aconteça com você... Ainda não entendo toda essa intensidade, mas tenho certeza que ela é verdadeira. – ela assentiu.

– Quando olho em seus olhos eu vejo apenas a verdade, tanto de suas palavras como de seus atos. – sorri aliviado.

– Então, amanhã eu e Jay iremos falar com o conselheiro, não vou mais esperar. – ela assentiu derrotada. – Por favor, prometa que vai ficar com Vic e Tân, elas a manterão segura. Daqui pra frente pode ser que as coisas se compliquem, não se assuste se nos tornarmos protetores demais. – ela assentiu e notei que nossas mãos ainda estavam entrelaçadas e ela parecia confortável com meu toque.

– Um dia eu vou te contar meu lado e dizer como me sinto, mas ainda me sinto envolta numa bolha... – disse triste e eu assenti sorrindo carinhosamente. “Eu sei que ainda está na bolha linda, mas agora estou nela com você e juntos vamos sair dela” pensei em meu mais novo mantra e afaguei de leve seus pulsos delicados.

– Tudo ao seu tempo... Estarei aqui enquanto você me querer. – ela sorriu timidamente.

– Eu preciso ir embora, amanhã será um longo dia... – disse soltando minhas mãos e se levantando, não contive um muxoxo triste ao sentir falta de seu toque.

– Eu te acompanho até sua casa. – ela assentiu e saímos do meu quarto e eu acompanhei-a até a porta de sua casa. Antes de me despedir eu lhe pedi um favor. – Amanhã você pode pedir para sua mãe levá-la? Não quero levantar suspeitas naqueles dois chegando junto com você... – ela apenas assentiu e eu me aproximei para lhe dar meu costumeiro beijo em sua testa. Ela sorriu e afagou de leve minha bochecha, senti ela esquentar com seu toque.

– Até amanhã Anjo da guarda. – sorriu e entrou. Fui pra casa numa nuvem e desci dela apenas para ligar rapidamente para o Jay, expliquei toda a conversa com Bella e ele concordou com a idéia de aumentar a proteção e as observações. Gravei tudo o que tínhamos num cd e guardei-o em minha mochila. Preparei-me para dormir e rapidamente peguei no sono, mas me agitei a noite toda, sonhei com Bella. Dessa vez estávamos em uma casa, sentados num jardim e ela tinha um sorriso lindo nos lábios e eu a admirava totalmente absorto em sua beleza. Seu vestido florido caía em volta de seu corpo e evidenciava um volume em seu ventre. Acordei ofegante com o celular despertando e por um segundo pensei nos sonhos que estava tendo recentemente com ela. Isso acontecia toda vez que ficávamos um bom tempo a sós e nos tocávamos. Balancei a cabeça para clarear a mente e fui me arrumar para o longo dia de hoje. Desci feito um raio ao notar que já estava atrasado e tomei o café rapidamente. Peguei meu carro e fui para a escola. O dia hoje estava nublado e eu sorri, pode parecer estranho, mas eu adoro dias chuvosos.

Cheguei a escola e antes de ir para a sala eu fui até a saleta do conselheiro e agendei uma conversa para a hora do almoço; ao sair fui diretamente para a sala e quando cheguei vi apenas Tânya sentada ao lado de Bella, cumprimentei os quartro e sentei no meu lugar de costume cochichando com Jay o horário da nossa conversa e ele assentiu. Logo o sinal tocou e as aulas começaram. As aulas foram intensas, a semana de provas estava perto e os professores não nos davam um minuto de sossego e as conversas paralelas durante as aulas praticamente não existiam. O tempo passou voando e logo o sinal do almoço tocou. Eu e Jay fizemos hora para sair da sala e Bella seguiu para o refeitório com Tân e Vic, antes de passar pela porta ela murmurou um ‘Boa sorte’ e eu sorri confiante. Depois que todos saíram da sala e notamos os corredores vazios fomos rapidamente para a saleta do conselheiro e batemos a porta.

– Entre. – ouvimos uma voz grave. – Boa tarde senhores, em que posso ajudá-los...

– Edward Cullen e James Scott. – Jay disse e se sentou, fiz o mesmo e o conselheiro nos observou curioso.

– Estamos aqui para denunciar um caso de Bullying contra a aluna Isabella Swan, de maneira anônima. – disse decidido e ele nos olhou espantado.

– Ok... Por favor, me contem a história desde o começo. – assenti pra Jay que começou seu relato, até o dia do acidente em que eu a socorri e eu prossegui contando até o acontecido na aula de Química. Scott nos observava preocupado e atônito.

– Não posso negar minha surpresa com o relato de vocês, estou nesta escola há cinco anos e nunca vi um comportamento desse tipo vindo dos gêmeos Crowley. Mas não posso ignorar este fato e tampouco deixar de verificar o que me contaram. – assentimos e eu abri minha mochila retirando o cd e entregando a ele, que nos fitou curioso.

– Tomamos a liberdade de providencias as provas. Ressaltamos que ninguém nos viu fazendo isso, e o fizemos apenas para proteger a aluna Isabella. – disse e James completou.

– Temos duas testemunhas, as alunas Victória Smith e minha irmã gêmea Tânya Scott. – ele assentiu e colocou o cd no notebook. Sua expressão ficou tensa ao ver os vídeos e as fotos, entreguei-lhe os bilhetes e ele olhou seriamente para nós dois inclinando-se sobre a mesa.

– Isso tudo é muito grave e essas provas são suficientes para que eu possa cuidar dessa turma. – disse e nós o olhamos aliviados. – Mas preciso falar com a aluna Isabella. Podem chamá-la aqui? – assenti e rapidamente lhe enviei uma mensagem.

De: Edward.

Para: Bella.

Bella, Scott quer falar com você. Faça o caminho para ir ao banheiro e desvie para a sala dele. Estarei com a porta aberta te esperando.


Ela não respondeu, mas cinco minutos depois ela entrava na sala com a expressão nervosa.

– Boa tarde senhorita Swan. – Scott disse de maneira suave.

– Boa tarde... – murmurou e eu puxei a cadeira para ela se sentar.

– Bem, você deve o porque que eu a chamei aqui não é? – ela assentiu. – Apenas preciso saber se você confirma que os gêmeos Crowley e os alunos Paul Devone, Krista Alley e mais alguns alunos a tem agredido desde o primeiro ano. – ela me olhou rapidamente, nervosa e eu assenti encorajando-a.

– Sim, eu confirmo toda a história contada por Edward e James... E completo dizendo que não falei nada antes com medo de sofrer mais represálias. – ela falava baixo e rápido. – E se o senhor quiser, eu confirmo diante do diretor... Mas por favor não me peça pra contar detalhes agora... Tudo o que senhor viu e ouviu é verdade... – ela se alterava cada vez mais e Jay cedeu sua cadeira para que eu me sentasse perto dela, tão logo o fiz e ela abraçou-se a mim tentando controlar a respiração escondendo a cabeça em meu peito.

– Senhorita Swan, por favor, se acalme. – Scott dizia de maneira preocupada – Eu não vou insistir para que dê detalhes, considero suficientes os relatos e os vídeos, além é claro, de sua confirmação. – ela não ergueu a cabeça e eu afagava seus cabelos.

– Bem, pelo que vejo só você vai conseguir acalmá-la. – disse olhando pra mim com evidente satisfação. – Peço que vocês dois a levem e fiquem com ela. Eu assumo a partir daqui. – disse firme e Jay lhe apertou as mãos. – E senhorita Swan? – disse chamando-a carinhosamente e ela apenas inclinou a cabeça para onde ele estava. – Quando sentir-se a vontade, sabe que estarei aqui para ouvi-la. – ela assentiu ainda ofegante e ele sorriu. Depois de cinco minutos Bella estava mais calma e eu Jay saímos da sala rapidamente, conduzindo-a até a sala onde seria a próxima aula; logo Vic e Tân apareceram e começaram a conversar com ela sobre amenidades e ela foi se distraindo.

– Cara, nós estamos quase conseguindo! – Jay dizia animado e eu dei um tapinha em suas costas.

– Tudo graças a ajuda de vocês três! – disse e ele corou.

– Mas você foi de muita utilidade. – bufei e ele riu baixo. Olhei de lado e vi Bella visivelmente mais calma e relaxei um pouco. Olhei pela janela e vi que o tempo se fechava cada vez mais, indicando que uma chuva estava próxima.

As aulas recomeçaram e o professores continuavam em ritmo frenético e mal tínhamos tempo de olhar para o lado. Na troca da terceira aula eu notei que a gangue dos Crowley não estava conosco. Fiquei intrigado e tudo aconteceu tão rápido que foi impossível impedir. Estávamos a caminho da aula de Educação Física quando uma confusão se instaurou. Lauren grudou Isabella pelos cabelos gritando descontrolada.

– SUA VADIA DE MERDA, EU AVISEI QUE FARIA O INFERNO NA SUA VIDA!!! PORQUE ME DEDUROU HEIN? INVENTOU AQUELE MONTE DE MERDA PRA FERRAR COM A MINHA VIDA! - corri em direção as duas mas Victória e Tânya estavam mais próximas e antes que avançassem em Lauren, duas garotas pularam sobre elas e as quatro começaram a se socar, dei sinal pra Jay chamar Scott e ele sumiu correndo.

– Vão ficar aí parados, bando de hipócritas? – disse para a turma que assistia a cena e antes que avançasse mais Tyler veio pra cima de mim.

– Como se atreve a ofender minha irmã hein novato? – ele tentava me golpear, mas eu era mais alto e mais forte, então desviava e dava socos secos em suas costelas e o empurrei para o lado. Quando o conselheiro Scott chegou com o inspetor e Jay os alunos rapidamente se dispersaram.

– EI! QUERO LAUREN, TYLER, KRISTA, ALISSA E PAUL NA MINHA SALA IMEDIATAMENTE! – disse muito alto e todos estacaram.

– E Tânya e Victória? – Krista bufou e Scott olhou pra ela totalmente sério.

– Também quero as duas, mas vou conversar com elas separadamente. Vamos, agora! – disse irritado e ao passar por mim falou baixo. – Vá atrás de Isabella e fique com ela. – assenti e notei que ela não estava no meio do grupo, olhei desesperado para James, que olhava para os lados e perguntava para o resto da turma pra onde ela tinha ido e todos diziam que em meio à confusão não tinham reparado nela. Saímos do ginásio e pude ver o inspetor Garret guiando uma Lauren com cara de possuída em direção à sala de Scott.

– Cara, ela e Lauren saíram do ginásio na hora da confusão! – James disse desesperado.

– Mas que porra! – esbravejei e fomos correndo em direção ao pátio, mas não dava pra ver nada devido a forte chuva que caía.

– Meu Deus! Cadê ela? – James andava de um lado para o outro.

– Vou tentar ligar. – disse e bufei descontrolado quando as ligações caíam na caixa postal. – Ela não atende! – disse e senti meu coração ficar pequeno e a dor de sentir que ela estava mal me invadir.

– Edward, pega o seu carro e vai atrás dela. Faça o caminho que ela costuma fazer. – Jay falava rápido. – Não discuta e nem pergunte por quê. Apenas vá. Ela só precisa de você nesse momento. – olhei assustado pra ele e assenti correndo pela chuva e entrando no meu carro. Dirigi fazendo exatamente o mesmo caminho que ela costumava seguir e senti lágrimas de desespero surgirem em meus olhos por não encontrá-la. Entrei na nossa rua e já chorava por não avistá-la até que parei bruscamente o carro em frente a minha casa e notei que ela estava sentada na pequena escada da entrada de sua casa; encolhida e totalmente encharcada. Desci correndo do carro e me aproximei dela carregando-a em meu colo. Ela tremia de frio e pelo choro, senti ela gemer e parecia ser de dor quando a aninhei mais em braços. Sentei com ela na pequena varanda coberta e não consegui dizer nada quando notei que chorava tanto quanto ela.


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Notas finais do capítulo

E como estou mega empolgada hoje, vou deixar com vocês o nome do próximo capítulo: 'Chuva e Desabafos'.

Lembrando que: voltarei a postar na Segunda, se não meu marido confisca meu notebook! hahaha.


Beijos!