[Narrador]

O sol acaba de sumir, o céu estava iluminado de estrelas fluorescentes, a noite cai sobre Nycry e Zenier que ainda estavam ali parados.

– Não tem jeito... Se continuar assim ela pode matar todo mundo! - Disse Zenier, impaciente e nervoso com a situação.

– Calma Z, pensa só, não deve só existir ela, por que ela estaria aqui sozinha? Não tem motivo... Acho que deve ser um grupo deles. - Falou Nycry, colocando a mão no ombro dele.

– Provavelmente... Ela matou minha irmã cara, eu não vou perdoar ela! - A raiva se expande no coração de Zenier, parecia que ele estava prestes a explodir.

– Vamos manter a calma e pensar em alguma coisa, porque provavelmente a próxima vítima será a Mari. - Z olha nos olhos de Nycry com um desespero tremendo.

– Não, eles não podem fazer nada com ela! Eu não vou deixar!

– Eu também não, primeiramente temos que manter a segurança dela, temos que garantir que a Jasmie não toque mais um dedo nela. Também acho que ela já foi atacada, pois Jasmie sabia o nome da Mari.

Zenier tira a mão do Nycry do seu ombro e anda em direção à beira da lagoa.

– Não podemos pedir ajuda?

– E quem iria acreditar que vampiros são a causa desse problema?

– Verdade... - Ele fica quieto durante um tempo, observando o reflexo da lua na lagoa, dava pra ver alguns peixes passando pro lado pro outro. - Eu não quero morrer pra ela.

– Ninguém quer né. - Nycry se aproxima. - Vamos achar um jeito ok? Vamos acabar com ela e vingar sua irmã.

[Nick]

Porra de calor dos infernos, hoje deve estar uns 45° na boa, quente pra diabo. To no meu quarto de boa olhando a nova Free Week da semana no League of Legends quando Lisa me chama no facebook.

– Eai Nick, tranquilo?

– O que você quer ? Ta sem dinheiro ?

– Nada não seu boi, eu só vim falar com você.

– Uhum, e das mesada você manja?

– Não sou tão pobre quanto você pensa querido recalcado.

– Haha, mas ein, você sabe onde a Mari está? Faz um tempinho que não vejo ela.

– Não sei... Também não vi ela esses dias, talvez sei lá ela tenha desaparecido também.

– Cara que estranho, todo mundo está desaparecido, ou sumiu ou ta morto.

– Eu só sei do Mark, ele deve ta se comendo com a Gaby.

– Haha, duvido nada, aqueles dois são foda. Mark parou de jogar Magic pra catar uma pepeca, vê se pode isso.

– Falou o pegador das puta periguete haha. - Dou uma risada alta. - Vou vazando aqui, quero ver se acho alguma coisa pra fazer durante a tarde de hoje, beijos.

– Okay, adeus ae. - Eu fecho a janela de bate papo e volto a jogar meu querido LoL.

[Bobs]

"As aulas foram adiadas por motivos pessoais da direção. Retornaremos daqui duas semanas."

Eu leio a plaquinha que está escrita na frente do portão fudido do colégio, sacanagem isso, agora que o ano havia começado e tinha entrado garota nova nos primeiros anos, bem não entendi direito o por quê deles não explicarem o motivo... pelo visto deveria ser algo grave que aconteceu, bom, vamos olhar a parte boa, não temos aula durante duas semanas, eu puxo o celular do bolso e ligo pro Mark.

– Ae seu cuzão, ta sabendo do babado?

– Ah? Ah oi Bobs. - Dava pra sentir que ele estava desanimado.

– Olá senhor, então, não vamos ter aula durante duas semanas, olha que barbaridade!

– Ah sim, já estava sabendo disso afinal, onde está a Lisa? - Me dava calafrios de ouvir a voz dele assim.

– Eu sei lá, não sou google não tio, e Mark você está bem?

– Sim sim, se preocupa não mano, é que rolou umas tretas aqui e pá, eu já tenho que desligar aqui depois falo contigo. - Ele desliga o telefone sem mais nem menos, que falta de respeito com os amiguinhos ein.

[Narrador]

Mark e Gaby estavam sentados num dos bancos da praça de alimentação, era tarde e as barracas estavam todas fechadas, ambiente úmido dava arrepios em Mark que particularmente preferia o calor, porém nunca admitiu isso pra ninguém pois todos seus amigos preferiam o frio.

– Então Gaby, por que você me chamou urgente pra cá? - Mark questiona ela, olhando diretamente em seus olhos enquanto apoiava o braço sobre a mesa, ambos estavam sentados um de frente pro outro.

– Eu preciso Mark contar algo super importante mas eu não sei por onde começar... - Ela responde, colocando a mão no rosto tentando esconder algo.

– Pode dizer... se for algo precioso eu guardo segredo.

– Não é isso... eu estou com medo dessa cidade, Ranchou não existe mais! - Desesperada ela levanta fora de sí.

– Por que diz isso?

– Você não acha que tem algo errado nisso? Todo dia pessoas e mais pessoas estão morrendo e ninguém tem coragem de procurar nada, nossos amigos sumiram Mark! Eu não vejo mais o Z, não vejo mais o Nycry, não sei onde está a Mariana, eu.. vamos todos morrer por causa dessa praga... - Uma lágrima escorre pelos olhos de Gaby, que se senta novamente colocando sua cabeça na mesa e tampando com os braços.

– Shh Gaby... está tudo bem, vamos dar um jeito nisso e achar nossos amigos. - Mark chega perto dela e da um abraço de leve pelas costas nela, o coração de Gaby se acalma nessa hora.

– Obrigado Mark... mas o que vamos fazer ?

– Eu não sei... Nenhum deles atende mais o telefone, tentarei ir na casa de Mariana pra saber de alguma coisa. - Gaby concorda com a decisão de Mark e eles se levantam da praça. - Vamos ir amanha ok? Você está cansada e está tarde.

– Ok Markito, pelo menos me leva até em casa? - Pro Mark não seria problema nenhum, até mesmo porque eles moravam perto um do outro, sua casa era apenas 2 quarteirões da casa dela.

– Claro. - Sorriu pra ela. - Vamos indo. - Ela sorri de volta pra ele e ambos começam a caminhar de mãos dadas pela estrada fria.

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Uma noite com um silêncio súbito, havia ondas de vento em todas as partes, batia muito forte na janela do quarto de Mariana, onde ela estava sentada descalça em sua cama com um copo com água em sua mão. Ela levanta a cabeça e olha pro relógio, eram meia noite em ponto, ela se levanta e anda em direção à janela, seu quarto era pequeno porém havia uma cama de casal e uma janela bay window, dava pra sair e entrar no quarto pela janela onde havia uma pequena sacada. Ela abre o vidro e o vento levanta os seus cabelos morenos, o céu estava lotado de estrelas mas desta vez Mariana parecia não se importar com elas, novamente ela senta na ponta de sua cama, olhando para baixo. O silêncio era tanto que dava pra ouvir qualquer barulho instantaneamente e, nesse momento, ela ouve passos, uma mão aparece segurando a janela e logo uma sombra preta entra em seu quarto, Mariana sem reagir por sua vontade levanta seu pescoço, e a misteriosa sombra começa a degustar seu saboroso sangue.