[Narrador]

– Irmão!

– Sophie! - Sophie correu em direção à Zenier dando um pulo e o abraçando. Era noite, Sophie também estudava de tarde num outro colégio de ensino fundamental, logo que a ultima aula de Zenier tinha acabo ele veio buscar Sophie pra irem para casa. - Como foi a aula hoje? - Perguntou com um sorriso no rosto.

– Foi muito divertida, tirando o fato de ser cansativa também, não gosto de matemática. - Matemática é a matéria preferida de Zenier, ao contrário de Sophie. Ele a coloca no chão, todo contente em ver que sua irmã gosta da escola.

– Ah, achei você! - Zenier foi surpreendido por Mariana, que o abraça por trás, fechando seus braços em sua cintura.

– Cara, faz mais isso não, você me mata qualquer dia desses. - Ele se assusta, logo segura as mãos dela e se vira, ficando cara a cara com ela. - Vim buscar a Sophie para irmos pra casa.

– Percebi, então vou levar você em casa ta? - Segurança é o que não faltava quando Zenier estava perto de Mariana. - Vamos indo então. - Ela segurou forte a mão dele.

– Vamos Sophie. - Disse ele, também segurando a mão dela. E assim, foram os três caminhando na rua rumo a casa de Sophie e Zenier.

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O brilho da lua iluminava o quarto de Sophie pela janela, onde Zenier estava observando sua pequena irmã descansar. Lentamente ele se abaixou e deu um beijo em sua testa - Durma bem. - falou baixinho enquanto se levantava.

No caminho ao seu quarto, ele se sente estranho, parecia que a temperatura do ar tinha mudado instantaneamente, "Deve ser o sono" pensou, deitando-se em sua cama.

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– Bom dia dorminhoca! - Zenier acorda sua irmã, puxando o cobertor que estava sobre ela.

– Bom dia irmão... - Sua voz estava diferente, parecia que ela não dormiu a noite toda.

– Vamos levantar, teremos um longo dia pela frente! - Zenier falou, observando Sophie que se levantava lentamente, ele pressentia alguma coisa errada. - Ei Sophie, você está bem?

– Não sei, estou cansada... com sono... tem problema se eu não for a escola hoje irmão? - Ele se assustou, mesmo não se sentindo bem Sophie fazia o maior esforço possível para ir a escola, ela odiava faltar por mal estar.

– Tudo bem, faltar uma vez ou outra não tem problema. - Ficou um pouco preocupado, mas logo manteve a calma ao sentir o vento entrar no quarto pela janela. - Vou ficar em casa também cuidando de você ok?

– Não estou te dando trabalho não né mano?

– Claro que não linda, você nunca me da trabalho.

– Ok irmão, eu amo você. - Sophie se levanta, dando um abraço apertado em Zenier.

– Também amo você pequenina.

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Passou-se um dia e Sophie apresentava sintomas estranhos, estava mais cansada que o normal e sua pele estava um pouco pálida. Passou-se mais um dia e Sophie piorou, não queria comer e nem se quer beber nada, sua pele estava mais pálida e fria. Zenier estava desesperado e não sabia o que fazer, até que algo que passou na TV chamou sua atenção.

"-... uma doença desconhecida está assustando os moradores, médicos suspeitam que essa doença seja uma epidemia mortal, os sintomas são exaustão, pressão baixa, falta de apetite..."

Ele parou de ouvir quando prestou atenção nos sintomas ditos pela jornalista. Zenier então foi ao quarto de sua irmã para ver se ela melhorou. Ao entrar no quarto, ele percebe que ela tinha desmaiado. Sem pensar duas vezes, Zenier coloca Sophie em seus braços e corre em direção ao hospital, com esperanças que alguém ajude ela.

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Depois de ter péssimas notícias no hospital e ter encontrado Mariana e Mark, Zenier volta pra casa passando por uma rua deserta, o clima mudou, ele começou a se sentir estranho novamente, o mesmo sentimento que sentia esses dias começou a ficar mais forte. Ao chegar na porta de casa esse sentimento que perturba sua mente mudou, começou a desconfiar que alguém estava observando ele. Então Zenier para e olha ao seu redor... porém não via ninguém, ele pensava que estava ficando maluco, pois sua irmã está em um estado delicado e ele não podia fazer nada. Logo após entrar dentro de casa ele realmente sabia que tinha alguém espionando sua pessoa, o ar frio deixava o clima mais tenso, o barulho do silencio incomodava demais ele, então puxou o celular do bolso, colocou seus fones de ouvido e resolve colocar uma música para acabar com essa perturbação, se sentou em seu sofá e ficou cantando King for a Day, tentava se distrair e se divertir um pouco, ficava lembrando de seus amigos falando que ele não tinha uma voz boa pra ser um vocalista de uma banda, mas ele adora cantar. Passou alguns minutos e ele jogou seu corpo pra direita deitando no sofá, várias músicas já tinham tocado e estava cantando baixinho desde ó início, até pegar no sono...

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Zenier não queria sair de casa, queria compreender como aquilo foi acontecer com sua irmã e o porque isso tinha que acontecer logo com ela. Entediado em casa, ficava ouvindo música e assistindo TV, o que não parava de pensar era sobre a tal da epidemia.

Logo depois que ele terminou de fazer a janta, a campainha toca, fazendo um som grave pela casa toda. Ele imaginava quem poderia ser, já que estava de noite e eram oito horas poderia ser a Mariana ou o Mark, talvez até mesmo o Bobs, já se fazia dias que não ia no colégio. Ele pôs a panqueca quente sobre a mesa e se dirigi a porta.

Ao abrir ficou confuso e surpreso, em sua frente tinha uma garota estranha de cabelo verde, ele nunca tinha visto ela. Seu cabelo estava muito bagunçado, parecia que tinha acabado de acordar.

– Oi oi, você é o Z né? - Falou a estranha. - Sou a amiga da Mariana, meu nome é Jasmie. - Ele ficou olhando seu rosto, tentando reconhecer ela.

– Ah oi, nunca vi você por aqui. - Sua voz estava cansada.

– É porque sou uma amiga distante dela, e vim fazer uma visita esses dias.

– Compreendo... então, o que deseja?

– A Mariana pediu pra ver se você está bem, você está?

– Sim sim. - Falou desanimado. - Já estive melhor.

– Posso entrar? - Disse calmamente a estranha, ambos se olhando.

– Pode, mas pra que?

– Já está tarde, e eu não quero ficar andando na rua essa hora.

– Porque não vai pra casa da Mariana?

– Hm.. não, prefiro ficar aqui. - Ela coloca suas mãos nos ombros de Zenier.

– Não, prefiro ficar sozinho hoje, melhor você ir agora. - Ele tira uma das mãos de Jasmie.

– Ah, qual foi, só porque te conheci agora?

– Também, e pelo fato de você não ser uma pessoa normal. Eu sei que é você que está me espionando. - Ela fica surpresa pela acusação. - Poderia falar logo o que você quer de mim? - Zenier começa a ficar nervoso.

O silêncio tomou conta. Depois de alguns segundos Jasmie olha nos olhos de Zenier e lentamente aproxima seu rosto contra o dele.

– E do fato de eu ter matado sua irmã, você manja?! - Falou calmamente. Zenier entrou em choque, seu corpo estava paralisado e ele não conseguia se mexer, a pessoa que matou sua irmã está agora na sua frente, a raiva dominou seu coração. - Mas relaxa gatinho, vocês seriam ótimos pra nossa família.

Jasmie passa sua mão no rosto dele e aproxima sua boca pra dar um beijo em seu pescoço.

– Hm... certamente você tem um gosto bom... - Jasmie abre sua boca, revelando seus dentes afiados que perfuram Zenier. Ele não conseguia fazer nada, apenas conseguia ter seu sangue roubado.