Night Rain escrita por ZeNieR


Capítulo 19
Confused!


Notas iniciais do capítulo

Capítulo da semana gente :3 Vamo que vamo õ/ Boa leitura galera õ/



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[Narrador]

– Luis, me ajude com a maca. - Jayce arrumava o cadáver na acolchoada cama de rodas enquanto Luis a empurrava para a sala de cirurgia. Jayce abriu a porta dupla e adentraram na sala. Não tinha nada de novo no local, fora o espaço que arrumaram para se locomoverem com facilidade dentro da mesma. - Vamos começar mesmo com o autópsia. - Jayce ja preparava alguns equipamentos para iniciar a cirurgia. Luis puxa rapidamente um dos braços de seu professor.

– Acho que devemos esperar ele ressuscitar. - Eles se encaram.

– Luis, só olhar pro defunto e você vai notar que ele está voltando a vida em uma ligeira velocidade. - Luis anda até o corpo, e consegue ver que o mesmo estava mexendo sua sobrancelhas com os olhos fechados. Aquilo era assustador demais para ele, que não demoraria muito para poder observar um demônio de perto.

– Mesmo assim professor, acho que seria melhor esperarmos ele voltar a vida para começarmos a autopsia.

– Quero obter o máximo de informações possível antes e depois da segunda morte, então por favor não me atrapalhe. - Seu tom de arrogância deixava Luis sem palavras. Toda a clínica estava com as luzes acesas, apenas na sala de cirurgia havia uma luz bem fraca, mas que dava pra enxergar o que havia ao redor. O silêncio era constante que chegava a dominar todo o local.

– Você já parou pra pensar que podemos ajudar esse ser?! Não precisamos só pensar em matar e matar... - Ele abaixa o tom de voz.

– Luis, não existe cura, ele já está morto, o máximo que podemos fazer é dar um descanso eterno para ele, e o que eu quero descobrir agora é como acontece a transformação. Eu acompanhei o processo de uma mas não entendi ao certo como se surge. Provavelmente no sangue de um outro vampiro tem algo que "envenena" o corpo e o mata por insuficiência renal. E durante esse processo, esse "veneno" deve tomar conta do ser e ir se aperfeiçoando de um jeito diferente. Quero descobrir o que é isso. - Ele explica com calma, fazendo as aspas com os dedos. Sua arrogância parecia que havia desaparecido, Luis logo ficou mais relaxado porém ainda não admitia que Jayce mataria outra pessoa só para descobrir como causar a morte silenciosa. Eles ficaram conversando alguns minutos, até que Jayce definitivamente tomou a iniciativa. - Enfim, vamos começar. - Quando ele foi preparar o bisturi com uma de suas mãos a luz apagou sozinha. Um apagão havia dominado toda a clínica. A escuridão os cercava nesse exato momento.

– O que houve? - Luis assustado não entendia o que estava acontecendo.

– Deve ter dado algum erro no gerador de energia da clínica, você poderia dar uma olhada pra mim Luis? - Jayce na maior tranquilidade, passa a mão sobre uma mesa que tinha ao lado da maca e acha uma lanterna pequena e a entrega ao seu aluno. Luis não queria deixar Jayce sozinho com o estranho, mas ele não poderia fazer nada sem energia elétrica, sua preocupação foi temporária. - Você já sabe como é a clinica, acho que não irá se perder facilmente né. - Ele da uma risada, Luis pega a lanterna e a ascende.

– Por favor fique aqui até eu voltar. - Luis caminhando com a pequena lanterna, sai da sala de cirurgia e sobe mais um andar da clínica, em direção ao gerador. No caminho ele se lembrava das palestras que Jayce dava no mesmo lugar onde trabalhava. Pelo corredor que levava ao gerador, na sala da esquerda antes dele, era onde Jayce aplicava seus conhecimentos e experiências na área da ciência. Luis poderia contar um total de treze palestras dadas pelo seu professor favorito, e admitia à si mesmo que aprendia mais com ele do que na faculdade onde estudava. Parecia que nas palestras seria mais importante do que na própria sala de aula, nem Luis entendia perfeitamente o que achava, apenas tinha certeza de que aprender fora da faculdade era mais importante pra ele, que a prática vencia a teoria em diversos pontos. Chegando no gerador, ele passa a lanterna pela escuridão e não enxerga nada de diferente, ele se aproxima dele e consegue perceber que o mesmo estava desligado, "Ué, quem poderia ter desligado? Será que alguma coisa esbarrou aqui? Impossivel!" Ele pensa e passa seus olhos pelo chão, mas não havia nada jogado por perto. "Então deve ter alguém aqui! Mas quem deve ser? Por que estaria aqui?" Sua cabeça latejava de dúvidas mas logo ligou o gerador, e a luz da clínica foi voltando aos poucos. "Preciso voltar rápido pro Jayce e falar que deve ter alguém aqui!" Luis desliga a lanterna e começa a caminhar para a sala de cirurgia, ao dar o primeiro passo para fora do gerador, uma pessoa estranha aparece na sua frente vinda da antiga sala de palestras. Luis paralisado de medo e sem saber o que estava acontecendo, ele foi surpreendido com um soco pelo homem, Luis cai para trás e o estranho de camisa azul escura põe as mãos em sua boca.

– Olha filho, se você der algum berro ou chamar aquele médico inútil eu irei matar você! - Sua voz é extremamente grossa e Luis não conseguia lembrar quem realmente ele era. Tinha olhos vermelhos e cabelos castanhos. - Na verdade, acho que posso te dar uma morte agora, o que acha? - Com uma de suas mãos, ele junta os seus dedos, fazendo com que suas unhas pontiagudas virassem em uma arma mortal. Luis já poderia sentir a dor da morte mas algo chamou a atenção do homem estranho.

– NÃÃÃÃÃÃÃO!!!! - Um grito veio do andar de baixo. Nesse exato momento o sujeito abandona Luis e corre em direção ao grito.

~~

Assim que Luis deixou a sala de cirurgia, a visão de Jayce ainda não tinha se acostumado com o escuro absoluto mas sua audição era seus segundos olhos. Após cinco segundos, o cadáver que estava sobre a maca emitiu um gemido, Jayce mesmo não conseguindo enxergar, ficou olhando em direção ao ruído e ficou indiferente para aquela situação.

– Sim, pode entrar. - O cadáver abre os olhos e fala uma frase que parecia como se uma pessoa tivesse decorado aquilo. Nesse exato momento Jayce consegue ouvir a porta da clínica abrir e fechar suavemente, sem fazer o menor ruído, mas ele conseguia perceber que algum vampiro se aproximava, só não conseguia entender o motivo. O medo deveria ter tomado seu corpo, mas seu eco é forte e Jayce não deixa os sentimentos malignos dominarem sua mente. Os passos foram ficando mais próximos e sua visão ainda não estava boa, apenas conseguiu enxergar uma sombra na frente da porta. Quando a porta foi abrindo, o corpo deitado foi levantando ao mesmo tempo. Jayce não recuou se quer um passo para trás, permaneceu no lugar onde estava, o estranho adentra a sala, a porta faz um barulho bem fraco e Jayce podia sentir duas presenças naquele lugar.

– Pai. - Uma voz de jovem vinda em direção à porta. Jayce fica surpreso e no momento em que suposto pai levantou e foi se distanciando dele, as luzes foram acesas. Agora Jayce poderia ver nitidamente os dois se abraçando, "Acho que esse jovem é o filho dele, mas como ele saberia que seu pai iria ressuscitar? Deve haver alguma outra pessoa que sabe disso, ou algum subordinado do vampiro que possui essa capacidade." Pensou.

– Eu... senti saudades meu filho... - Ambos começam a chorar. Jayce indiferente dessa situação, pegou um martelo grande e pesado feito de ferro que estava atrás da estante e segurou com as duas mãos.

– Já acabaram? - Jayce pega impulso com o martelo, colocando-o em suas costas. O homem velho se virou olhando para ele. Jayce puxa sua ferramenta de combate e acerta em cheio o rosto do pai, que esmaga na parede com a forte pressão feita. Seus miolos ficaram espalhados por toda a sala junto com seu sangue.

– NÃÃÃÃÃÃÃO!!!! - O jovem gritou, Jayce largou o martelo e puxou uma estaca de madeira que estava em seu cinto.

– Sua vez. - O jovem não conseguia se mexer, observava o cérebro de seu pai espedaçado na parede e seu corpo caído no chão. Uma visão horrível para um jovem de treze anos. Friamente, Jayce empunha com sua mão direita a estaca e perfura o cérebro do garoto, a porrada foi tão violenta que a estaca atravessou sua cabeça, então Jayce larga a estaca e deixa o corpo cair no chão. Sua sala de cirurgia estava parecendo uma piscina de sangue. Ao final do corredor, Jayce pode observar um outro estranho lhe olhando com os olhos esbugalhados e tremendo. Luis surge empurrando o estranho e ambos caem no chão. Rapidamente, Luis puxa uma estaca de madeira do seu cinto e perfura com as duas mãos o coração do mesmo.

– Argh... P-Por quê ?.. - Ele gemia dizendo suas ultimas palavras. Luis ficou extremamente assustado com que acabou de fazer, ele se levanta do homem e ficou o encarando enquanto se distanciava em passos lentos. O indivíduo começou a tossir e seu sangue começou a escorrer pela boca, até que seus olhos foram virados para cima e nenhum movimento a mais foi feito pelo homem.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de escreverem o que acharam desse capítulo :3 Não deixem que Night Rain morra haha Até a próxima õ/



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