Night Rain escrita por ZeNieR


Capítulo 14
Scare!


Notas iniciais do capítulo

Demorou mas ta ai :p Por favor comentem, pois isso me dará muita força moral ^^ Boa leitura!



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[Narrador]

Enquanto a noite fria dominava os céus, Mark, Gaby, Nick e Bobs estavam andando sobre a vasta rua em direção à um lugar onde Nick e Bobs chamaram o casal.

– Galera, vocês já podem nos dizer onde estão nos levando? - Mark fala, andando em passos acelerados junto com eles.

– Pra que vocês precisam da nossa ajuda? - Gaby questiona.

– Vamos fazer uma coisa mas não podemos fazer sozinhos, vocês tem que vir conosco. - Nick diz, virando a esquina junto com seus amigos. Logo por essa rua, Mark percebe que eles estavam andando em direção ao colégio.

– Vamos para o colégio? - Mark pergunta com o tom de voz um pouco mais alto.

– Claro ué, queremos saber a causa da merda toda. - Bobs responde. Gaby começa a olhar estranho pra eles.

– Mas o colégio não estava fechado? - Gaby pergunta e ninguém responde. Andando mais um pouco eles chegaram no portão do colégio, estava de noite, o ar úmido deixava o grande portão molhado.

– "Motivos pessoais"... acho que tem algo a mais nisso... - Nick diz.

– Então vamos invadir o colégio? E se alguém souber de alguma coisa? Vai da merda cara! - Mark diz desesperado.

– Relaxa ai Markito, é só entrarmos pela maciota que fica de boa. - Nick novamente tenta acalma-lo. - Se você perceber ninguém está por aqui. - Nessa hora Mark e Gaby passam seus olhos pela rua, e não havia uma alma viva. Bobs deu um pulo e com a ajuda de suas mãos, subiu o muro do colégio e pulou para dentro.

– Temos mesmo que fazer isso?... - Gaby fica um pouco constrangida que iriam entrar sem que ninguém saiba. Nick faz o mesmo que Bobs e entra pelo muro, Mark fica próximo do muro e entrelaça seus dedos fazendo um apoio.

– Bora Gaby, antes que alguém veja. - Gaby coloca seus pés em suas mãos e pula o muro com um pouco de dificuldade.

Dentro do colégio Bobs entregou a eles umas lanternas, que os mesmos as ligaram. Gaby passa com a luz da lanterna pelo local, e vê o campo de margaridas que a Mariana gostava de observar, ela lembrou que antes e depois da aula Mariana ficava conversando com as flores, até mesmo nas aulas vagas e o intervalo, a saudade bateu em seu coração que fez com que seus olhos lacrimejassem rapidamente, mas logo ela limpou com sua mão.

Eles adentraram no local escuro, o breu do silêncio dava calafrios em suas peles. Dentro do local havia a porta do refeitório, um caminho no canto ao lado do refeitório que levava para o pátio e a rampa para o segundo andar.

– Dão uma olhada aqui em baixo que eu e Bobs vamos pro segundo andar. - Nick disse, se guiando com a luz pela rampa.

– Ok... - Mark e Gaby andam até o pátio, onde estava tudo limpo, os bancos e as mesas estavam normais, o chão estava claro como a neve e para eles não havia nada de errado com o colégio. Gaby pega a mão de Mark e olha pra ele.

– Porque temos que fazer isso? Será que vamos ter o mesmo destino que Mari e Z?

– Realmente eu não sei... - Mark olhou pra ela e no mesmo segundo desviou o olhar para o pátio, onde apontava a lanterna para ver se achava alguma coisa. Ele começou a caminhar um pouco de mão dada com ela, e chegaram na frente da quadra, um portão azul de ferro alto. Ele se dirigiu a porta porém percebeu que estava trancada com o cadeado. - Acho que se não fizermos nada a respeito podemos acabar igual a eles. - Com a ajuda da lanterna ele observa a enorme quadra, mas não consegue ver o fundo dela. - Por isso que devemos fazer isso para nos proteger, pois se acontecer algo temos que ficar preparados para fugir. - Ele se vira pra ela. - E não quero que aconteça nada com você. - Os olhos de Gaby brilharam com a frase que acabou de ouvir, sua preocupação parecia que tinha desaparecido.

– Então... já que não encontramos nada aqui, vamos até onde os meninos estão? - Ela tentou deixar quieto o que aconteceu, Mark havia percebido isso e ficou um pouco mais tranquilo.

– Beleza, vamos então.

~~

Nick e Bobs subiram a rampa de pedra, o corredor reto levava aos banheiros masculino e feminino e ao lado de onde vieram, havia novamente outra rampa subindo.

– Acha que devemos dar uma olhada nos banheiros? - Nick passa a lanterna pelo banheiro masculino e o local estava sujo como sempre.

– Vou entrar no feminino porque sou macho. - Bobs adentra o banheiro, e não consegue ver nada de mais. - Afe nada de mais.

– Bobs, vamos continuar a subir. - Eles se juntam e continuam a subir. Ao chegarem no final, eles conseguiam ver a sala dos professores e a mesa onde o coordenador organizava as papeladas. As paredes eram todas brancas e as portas das salas eram azuis. Nesse instante eles sentem um cheiro estranho, algo como algo estragado. - Nossa cara que cheiro ruim. - Bobs anda um pouco mais a frente.

– É... ruim pacas, acho que está vindo daqui. - Ele aponta para a sala dos professores. Nick coloca a mão na maçaneta da porta e percebe que está aberta, com um pouco de força ele a empurra e fica congelado no que acaba de ver.

– Bo-bobs! Caralho cara olha isso! - Ele não conseguia parar de gaguejar de espanto, Bobs se aproxima e fica paralisado também, a professora de biologia estava morta no canto da sala dos professores. A sala era bem extensa e do lado do canto tem um pequeno corredor que leva ao banheiro dos professores. - Quem é que faria uma coisa dessas?

– Cara, olha o lado bom, menos um professor chato em nossas vidas. - Bobs sabia que não era a hora ideal para piadas, mas queria quebrar aquele drama. O medo estava contaminando seus corpos que estavam chocados com que estavam presenciando naquele exato momento. Gaby e Mark sobem as rampas e logo se junto com eles.

– O que houve? - Gaby pergunta, se aproximando deles e logo olha a professora morta. - MEU DEUS! - Ela grita. Mark coloca a mão na boca dela.

– Gaby faz silêncio, vai que quem matou ela esteja aqui ainda. - Nesse exato momento eles começam a ouvir passos, eles ficam quietos e o som continua a persuadir pelo lugar, fazendo um grande eco. De repente o som para, eles trocam olhares entre eles e quando pensavam que tudo estava bem, um homem grita com a boca aberta e corre em direção à Gaby.

– NÃO!!! - Sem pensar duas vezes, Mark retira um canivete do bolso, dá um empurrão no estranho e prensa ele na parede, e com a pequena faca, ele a enfia bem no meio da cabeça dele. O estranho começa a se contorcer e logo para. - MEU DEUS!!! VAMOS SAIR DAQUI!!!

– Caralho ! Bora galera deu ruim! - Eles correm, deixando o lugar ensanguentado. Enquanto seus amigos correm, Mark para e olha para trás e encara o morto de boca aberta, ele direciona a lanterna na cara dele e percebe os afiados dentes que ele possuía.

~~

Nycry já sabia da situação de risco que a cidade estava tendo, e ele não podia fazer nada para proteger a população, apenas poderia salvar sua própria pele e as de seus amigos, mas sua cabeça latejava forte quando lembrava que Zenier tinha desaparecido, para ele seu melhor amigo já foi tomado pelos vampiros, e a culpa era dele por não ter ficado com ele nos momentos mais difíceis. Ele estava andando em direção à lagoa pois era lá que Zenier costumava a ficar. Ao chegar lá, o vento forte batia no lago fazendo um som forte em seus ouvidos, o por do sol estava chegando e ele conseguia ver claramente a luz que brilhava pela lagoa. Ao se aproximar do banco ele se depara com algo estranho, havia três flores uma do lado da outra onde Zenier costumava a ficar sentado.

– O que é isso? - Pensa em voz alta.

~~

A doce madrugada vinha junto com o amargo vento da lagoa, Mariana andava com passos lentos e com lágrimas no olho segurando uma enquanto se aproximava cada vez mais do local onde matou Zenier. Todos os dias ela deixava uma flor em sua memória e com esperanças que ele ressuscitasse, porém já se passaram quatro dias e nenhum sinal dele. Ele prometeu a ela que eles ficariam bem e ofereceu seu amado sangue para Mariana, que não pode recusar de jeito nenhum. Ela se sentia arrependida, se pudesse voltar no tempo ela preferia atacar outras pessoas e não ele. Depois que eles se encontraram ali diariamente, um dia simplesmente o corpo dele sumiu, desesperada Mariana começou a chorar e rodar o lugar parar encontrar ele, mas não achou nada. Desde então ela tem colocado uma flor e rezado pra Deus que traga ele de volta, mas parecia que o senhor não ouvia suas preces. Ela se ajoelha no chão e coloca a quarta flor, junta suas mãos e fecha seus olhos, começando a rezar novamente.


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Notas finais do capítulo

Deixem nos comentários o que vocês acharam :3 See you next time!



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