De manhã, Drew e Brock já estavam prontos para partir às 8h 30min; estavam esperando May e Max. Quando May e Max estavam descendo as escadas do CP, May viu o Drew e foi correndo encontrar o Brock.

MAY: Pera aí, o Cabelo de Gosma vai com a gente?

DREW: Ei! Para de me chamar de Cabelo de Gosma, o meu cabelo é LINDO!

MAY: Você que acha! – e eu também…

BROCK: O casalzinho pode, por favor, parar de brigar?

MAY/DREW: Casal?!

BROCK: É, casal. Um garoto e uma garota, nunca ouviram não? Não significa apenas que duas pessoas se gostam ou estejam namorando, também pode significar simplesmente um menino e uma menina, como um casal de irmãos ou um casal de amigos. Vocês são mesmo inacreditáveis. Agora EU to dando uma de dicionário, só o que faltava – apesar de que, no caso de vocês dois, não é apenas um casal de amigos…

MAY: Atá.

MAX: Mas e aí? O Cabelo de Gosma vai ou não vai?

DREW: Vou, seu bobão. E para de me chamar de Cabelo de Gosma ou eu vou…

MAY: Não xinga o meu irmão – interrompendo ele –, já disse que só eu posso fazer isso e, além do mais, você não tem o direito de fazer ameaças a ele ou vai se ver comigo! – chamas nos olhos. – Entendeu?

DREW: S-sim – com um pouco de medo e uma gota em sua testa.

MAY: Que bom – mais calma.

DREW: Sua irmã me assusta… – cochichou para Max.

MAX: Se ela assusta você – cochichando de volta –, imagina eu, que tenho anos de experiência! Não te aconselho a deixá-la muito nervosa…

DREW: Valeu.

MAY: Porque você está agradecendo o Max? O que foi que o meu irmãozinho te fez que lhe agradou?

MAX: Eu sou inocente – com as mãos na frente do corpo como escudo –, foi ele que começou a cochichar e eu só continuei porque eu concordava!

DREW: Valeu Max – ironizou.

MAY: E sobre o que vocês dois estavam cochichando? Não era sobre mim era? – desconfiada.

DREW: Não.

MAX: Era sim maninha! – ainda com os braços na frente do corpo. – Ele disse que você estava assustando ele, aí eu disse que, se você assustava ele, imagina eu que moro com você e que tenho anos de convivência e que eu não aconselhava ele a te deixar nervosa – baixando as mãos.

MAY: Atá. Não sei pra que tanto suspense e o porquê do Drew tentar esconder isso de mim, porque sempre que eu te defendo as pessoas pensam isso, falam com você e você praticamente sempre responde a mesma coisa. E por que você colocou as mãos na frente do corpo? Lembra que a gente fez aquele trato de que íamos contar tudo um pro outro e que, quando um falasse a verdade, o outro não iria demonstrar a rava fisicamente? A não ser que fosse algo de extrema importância, ou que envolvesse o outro?

MAX: Lembro, eu só queria mesmo assustar o Drew para ele achar que eu tinha tanto medo de você que não iria ousar mentir e que você não gostasse do comentário dele nem da minha resposta e ele caiu direitinho. – riu.

DREW: Eu não fiquei com medo da May… – vermelhinho.

BROCK: Imagina, só tava quase tremendo. – riu. – Você tá do meu lado; acha que eu não percebi quando você olhou para mim e foi um pouquinho mais para trás, como se, quando a May partisse para cima de você, você pudesse ter um segundo de vantagem para que pudesse pegar uma Pokébola enquanto corria?

DREW: E daí se eu fiquei com medo da May? – parecendo um pimentão. – Qualquer um fica. Até você pelo que eu me lembre Brock. Duvido que você conheça alguém capaz de te assustar mais do que a May.

BROCK: Na verdade, na minha opinião, a May sabe ser tão assustadora quanto a Misty, o que me lembra que temos que ir para Cerulean agora. Vamos?

DREW/MAY/MAX: Sim!

Vou fazer a May ter ciúmes falando da Misty. Coitada dessa garota, eu mal conheço e já to usando ela, mas é por uma boa causa.

DREW: Tô louquinho para chegar em Cerulean e conhecer essa tal de Misty, ela deve ser bem legal e muito bonita!

MAY: BROCK E MAX – enfatizou o nome dos dois, morrendo de ciúmes – vamos indo?

DREW: E eu? Não vai me chamar também?

MAY: Você faça o que quiser…

Pelo menos, ela não me chamou de Cabelo de Gosma Drew pensou.

MAY: …Cabelo de Gosma.

Quê que é isso ela agora anda lendo pensamentos?

Eles já estavam no caminho e May e Drew não diziam uma única palavra, nem trocavam olhares. Na verdade, nenhum deles dizia nada. Foi então que Brock, May e Max perceberam que sem o Ash ali para fazer palhaçada e dizer besteira, eles não tinham de quem reclamar, ou xingar e bater…

Foi então que perceberam a “casinha laranja” e, quando chegaram mais perto, perceberam que era uma oficina para bicicletas. Eles iriam passar direto, se um cara não tivesse parado bem na frente dele.

HOBBYE: Você é o Brock? – disse apontando para o Brock.

BROCK: S-sou, mas como você sabe meu nome?

HOBBYE: O Ash me contou…

Hobbye, então explica tudo que aconteceu – sendo interrompido várias vezes, claro.

BROCK: O quê?! Como assim eu tenho que te pagar 30 reais?! E como eu posso ter certeza de que você está falando a verdade?!

HOBBYE: Calma, olha, se você não quiser acreditar em mim, acho que isso pode mudar a sua opinião – disse mostrando o lencinho rosa que a Misty tinha dado para o Ash.

BROCK: Como você conseguiu isso? O Ash nunca larga esse lenço, ele parece grudado a ele.

HOBBYE: Por quê você acha que eu escolhi esse lencinho? Eu percebi que o Ash gostava muito dele, ai eu disse que iria ficar com ele, o Ash disse que não, mas acabou ficando sem escolha porque já tinha perdido muito tempo aqui.

BROCK: Agora eu acredito em você. Me dê todas essas coisas que eu vou te pagar. O Ash vai me matar se estiverem menos que perfeitas, principalmente o lencinho.

MAY: Brock, esse é o lencinho que você disse que a Misty deu para o Ash e que o Ash nunca tinha largado?

BROCK: É sim.

Hobbye entregou tudo a Brock e este lhe deu o dinheiro. Eles saíram dali e Brock foi levando o lencinho com o maior cuidado no seu bolso, porque não queria levar um choque do trovão logo que chegasse em Cerulean…

Continua…