Após o Ash ter estragado o clima, Drew foi indo para o quarto pensando em mil e uma maneiras de matar o moreno, mas ele sempre acabava preso no fim de suas idéias, então pensou na que ele ficava menos tempo na cadeia.

May não queria que aquele momento tivesse acabado, mas nem tudo é como a gente quer, então foi obrigada a voltar para o quarto onde Max roncava que nem um Snorlax.

A morena deitou-se em sua cama e fechou seus olhos, tentando dormir, mas sempre acabava pensando em seu beijo com o amado Drew.

MAX: ROOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOONC! – ele roncava pior do que um Snorlax.

May ficou irritada, e não é nada bom quando ela se irrita. Mas estava feliz demais para matar o irmão, então apenas jogou um travesseiro nele.

MAX: Aí! Ta chovendo pra dentro! Ta chovendo galinha! – ele olhava desesperado pros lados.

MAY: Que ta chovendo galinha o quê! Foi só o travesseiro de penas que eu joguei em você, sua anta! – ela deitou-se na cama, mas estava sem travesseiro e sua cabeça bateu no colchão. – E devolve meu travesseiro! E para de roncar, quero dormir!

MAX: Pra sonhar com o Drew? – pergunta jogando o travesseiro de volta pra irmã.

MAY: Cala a boca e dorme! Mas não ronca, se não o que vai te acertar será algo muito pior do que um fofo travesseiro de penas. – ela disse isso com a voz tão calma que chegou a assustar o irmão, e este tratou de não dormir antes da irmã já estar do décimo quinto sono. – E você furou meu travesseiro! Sua peste!

Drew estava na frente da porta do seu quarto, concentrando-se para não matar Brock, e muito menos Ash. Respirou fundo, ia abrir, mas parou, respirou fundo novamente, e agora sim! Mas não deu, respirou fundo mais uma vez e entrou.

Encontrou o quarto em um escuro total, nada além da escuridão, estranhou, mas ia em direção à sua cama. Quando uma luz forte iluminou o meio do quarto, onde havia uma cadeira de madeira.

Ele encaminhou-se até lá estranhando, mas tudo bem, sabia que era algo de Ash e Brock. Quando o bobão havia dito: “temos que fazer um interrogatório pro Drew” ele tava falando sério.

BROCK: Sente-se, caro Drew. – disse com a voz num tom formal.

Drew sentou-se na cadeira meio desconfiado.

ASH: Diga-nos, você confessa que está literalmente apaixonado pela madame May? – perguntou com um bloco de papel na mão e uma caneta.

DREW: Onde você aprendeu a falar assim? – perguntou com uma sobrancelha erguida; nem parecia o mesmo Ash idiota que ele conhecia.

ASH: O Brock me ensinou – disse com um sorriso bobo no rosto.

Brock deu uma cotovelada em Ash e este reclamou. Mas continuaram o interrogatório.

ASH: Responda logo, senhor! – disse fingindo-se de importante novamente.

DREW: Não sou obrigado a responder!

BROCK: É sim! Você assinou este formulário que lhe obriga a responder! – disse mostrando um papel:

Eu, Drew, juro que responderei apenas a verdade no interrogatório feito pelo criador de Pokémons Brock e pela pelo lindo e maravilhoso Ash Ketchum. Prometo solenemente que não mentirei e esta carta não foi escrita pelo lindo, querido, gostoso e perfeito treinador Pokémon Ash Ketchum. E sim por mim, Drew.

ASS: Drew_cabelo-de-grama

DREW: Vocês são patéticos! – ele revirou os olhos.

ASH: Responde logo! Você assinou!

DREW: Essa não é minha assinatura!

BROCK: Ash! Você não sabia nem como é a assinatura do Drew antes de fazer a falsificação? Você é o pior falsificante que eu já vi!

DREW: Acabou de confessar!

BROCK: Confessar o que?

DREW: Que vocês falsificaram!

BROCK: Eu não disse nada, você ouviu, Ash?

ASH: Sim, você disse que – mas Brock pisou com força em seu pé –, não... Ouvi... Nada – disse segurando o pé com a mão.

DREW: Ok, eu respondo! – desistiu.

ASH: Brock, liga a luz, não consigo escrever no escuro!

BROCK: Ok. – o mais velho foi até a parede e ligou a luz, mostrando toda a bagunça que era o quarto deles.

DREW: Ok, eu confesso, eu gosto um pouquinho da May. Só um pouquinho!

ASH: Você nem ME engana! Acha que vai enganar o Brock, que é um profissional?

BROCK: Ta na cara que você é loucamente apaixonado pela May! Acorda, até o Ash percebeu, acho que a única que ainda não tinha percebido era a May!

DREW: Não sou apaixonado por ela, e nem ta tão na cara assim que eu amo, – ele se toca no que disse e logo muda – gosto dela.

BROCK: Você acabou de confessar que a ama e, além disso, até a Misty que perdeu a memória percebeu o amor entre vocês!

DREW: E dai?

ASH: Deixe de ser tapado e convida ela pra tomar um sorvete, ou sei lá, inventa alguma coisa!

DREW: Olha quem fala, o sujo falando do mal lavado!

ASH: Não sou sujo! Tomei banho ontem! Ou foi anteontem? Sei lá! Mas eu tomei banho ainda essa semana! – disse encarando o amigo de cabelos verdes.

DREW: Meu Deus! Que foi que eu fiz pra ter um amigo tão idiota? Joguei pedra na cruz?

BROCK: Às vezes eu me pergunto a mesma coisa.

ASH: Ih! Brock, ele te chamou de idiota! – disse na maior cara de pau, nem se tocando que era dele que o Drew falava.

BROCK/DREW: ... – “caem pra trás”

ASH: Vocês não deviam jogar pedras na cruz, o Senhor fica bravo, e Drew, não fez catequese? Um dos dez mandamentos é: “não falar o nome do Senhor em vão”!

DREW: Isso é tortura! Alguém me tira daqui! – disse ajoelhado olhando para o teto com as mãos em forma de oração.

ASH: Eu ainda vou entender o Drew!

BROCK: Boa sorte!

ASH: Ô Drew, a May beija bem?

DREW: Eu to num hospício!

ASH: Acho que sim, mas eu não sei, nunca beijei ela!

DREW: Nem se atreva a tentar!

ASH: Ok, ok.

BROCK: Acho que o Drew já pagou bastante mico, falando em mico, lembra da nossa apostinha, Drew?

DREW: É mesmo! Tinha esquecido! Ash! Cadê a bicicleta que o Hobbie te alugou?

ASH: Bem... Falando nela, erm, tipo assim... Hehê, tá tarde, né? Vamos dormir?

BROCK: O que você fez com a bicicleta? – disse com uma raiva que não é muito normal no moreno.

ASH: Hehê, eu explico!

Continua...