Drew estava cada vez mais perto da jovem coordenadora. Esta nem percebeu que o garoto se aproximava e ficou olhando as estrelas e a lua como se estivesse sozinha.

May estava absorta em pensamentos…

"Quem mais estará olhando a lua? Uma lua assim, apaixonante, linda e agradável. Ainda bem que estou sozinha, o que pensariam se descobrissem que tem uma garota sentada na grama observando uma simples lua cheia? Será que iriam achar que vou virar lobisomem? Mas, também, seria perfeito se Drew estivesse aqui... MAY pare de pensar nesse convencido! Ele não te merece! Mas, mesmo assim você é apaixonada por ele... Você realmente não aprende, garota."

Ela soltou um leve suspiro, mas o que não sabia é que tinha alguém vindo em sua direção.

DREW: BUUUU! – veio por trás da garota e a assustou tocando em seus ombros.

MAY: Ah! – ela se vira e encara o garoto de cabelos verdes – Drew! Você me assustou!

A morena reclamou, mas o garoto apenas riu.

DREW: E qual você acha que era a intenção? – perguntou entre risadas.

MAY: Humpf! – ela virou seu rosto e voltou a encarar a lua.

Ela ignorou completamente quando Drew se sentou ao seu lado na grama, não se incomodava de tê-lo por perto, na verdade, era o que ela mais queria. Drew percebeu que fez besteira, mas logo tentou concertar.

DREW: O que você parece sentada aqui na grama olhando pras estrelas? – perguntou descontraído, apenas esperando uma reação da jovem, qualquer coisa.

MAY: Sei lá… – o garoto a olhou, não esperava uma resposta, mas aquilo significava que ela o havia perdoado. – Uma garota prestes a se tornar lobisomem?

O garoto riu, mas balançou a cabeça negativamente, daquela vez, ele estava certo e ela errada.

DREW: Não, você parece uma garota que está esperando uma nave alienígena vir buscá-la durante a escuridão da noite.

Dessa vez quem riu foi a morena. Ela encarou aqueles olhos verdes penetrantes que Drew tinha e perguntou, sem desviar o olhar:

MAY: Jura? Então você é um alien bem do intrometido que veio aqui apenas pra zoar da minha cara! – disse ela com indiferença, mas sem desviar os olhos.

O garoto não conseguia mais manter o olhar, então olhou para baixo e murmurou...

DREW: Desculpe – murmurou –, não vou mais te incomodar.

Ele começou a levantar-se, mas foi impedido por uma mão macia e delicada que segurava o seu pulso.

MAY: Não quis dizer isso. – disse a garota, sorrindo. – Apenas disse o que você parecia, e não o que realmente está acontecendo.

O garoto abriu um sorriso enorme. "Então minha presença não é tão horrível assim para ela!" – pensou, e voltou a se sentar ao lado da garota que ele tanto amava.

DREW: Então você gosta da minha presença? – perguntou, já sabendo da resposta, mas não querendo perder o clima que estava se formando ali.

MAY: Não abuse! – disse a morena, rindo. – Mas, tenho que confessar, quando você quer, sabe ser bem legal – ela ruborizou com o que disse.

Drew foi pego de surpresa por aquelas palavras. Esperava que a morena dissesse algo como: "Não, mas não quero ficar sozinha" ou "lógico que não, deixe de ser imbecil". Mas as palavras que saíram da boca da morena o pegaram de surpresa.

DREW: C-como disse? – perguntou perplexo.

MAY: Que você sabe ser muito legal... Quando quer – ela voltou a olhar para a lua.

DREW: O que você tanto olha para a lua, hein, May?

MAY: Sei lá, a lua parece que me hipnotiza sabe, ela é encantadora, linda, e surpreendente.

DREW: Exatamente como você – disse ele, mas quando percebeu já era tarde demais, e, para não encarar os orbes azuis de sua amada, simplesmente virou a cabeça para o lado, dando fim a uma amizade que há pouco se estabilizara.

MAY: Como disse? – agora é a vez dela se espantar. – O que quer dizer com isso Drew? – perguntou, mas tinha a impressão de que já sabia a resposta, mesmo sem ele lhe dizer.

DREW: Quero dizer que... Que gosto de você, maia do que deveria, para ser sincero.

MAY: Também gosto de você, afinal, é meu amigo. Meu melhor amigo.

DREW: Não foi desse tipo de gostar que eu falei, May, e você sabe muito bem disso. – ele ainda não havia virado o rosto para sua amada ver sua expressão. Ele havia se encolhido, estava completamente ruborizado.

A morena ruborizou completamente, claro que havia entendido o amigo, mas estava receosa em acreditar no seu coração, afinal, nem sempre os sentimentos acertavam...

MAY: Drew, eu... – mas parou, não conseguiu terminar a frase que desejava dizer a ele desde que percebeu seus sentimentos, as duas palavras restantes simplesmente não saíram de sua boca.

O garoto, percebendo que a morena ficara calada, decidiu dar um fim nisso.

DREW: Olha, esquece o que eu disse, tá? Essas palavras nunca saíram da minha boca, não há mais nada a ser falado. – ele estava se levantando, quando as mãos da morena o seguraram novamente, e seu corpo todo se arrepiou.

MAY: Você tem razão. – o garoto voltou e se sentou novamente ao seu lado, fitando os belos orbes azuis. – Não há mais nada a ser falado.

Dizendo isso, a morena simplesmente se aproximou de Drew. Este, percebendo aonde ela queria chegar, foi se aproximando dela também, e fechou seus olhos.

Segundos depois, os dois foram envolvidos em uma onda de amor e felicidade. Sentiam como se estivessem entrando no céu. Um beijo doce, quente e amoroso, como os dois nunca nem haviam imaginado. Eles iam se aproximando cada vez mais; se aquilo fosse um sonho, nunca mais queriam acordar.

Em uma janela, observando tudo...

ASH: Eu sabia que ele era apaixonado pela May!

BROCK: Quem não sabia? Tava muito na cara, né?

ASH: Ele negou, negou, negou, mas no fundo, até ele sabia que era completamente apaixonado por ela!

BROCK: É muito fofo tudo isso, mas respondendo à sua pergunta, não!

ASH: Que pergunta?

BROCK: Não lembra quando eu disse: “Ash! Nada pode ser mais importante do que dormir e sonhar com as minhas lindas Joys e Jennys.” E você respondeu: “Nem mesmo o Drew indo em direção a May numa noite estrelada? Onde os dois pensam que estão sozinhos?” Então! Não, nem mesmo isso é melhor do que sonhar com as minhas lindas Joys e Jennys! Nada é mais importante que isso! Só eu vê-las pessoalmente! – seus olhos se transformaram em corações.

ASH: Você realmente não tem jeito Brock! – ele deu um tapa na própria testa, aquilo já havia passado dos limites! E o pior: ainda não haviam criado um antídoto para a doença que o Brock tinha! Ele era mulherengo de carteirinha! Pelo que Ash sabia, deveria esperar que criassem algum antídoto.

BROCK: Os dois ainda estão se beijando?

ASH: Sim. – disse ele depois de olhar pela janela, e então ele teve uma ideia. – EI! ISSO AÍ TÁ TÃO BOM QUE VOCÊS NÃO PARAM NÃO? EU E O BROCK AINDA TEMOS QUE FAZER UM INTERROGATÓRIO PRO DREW! E JÁ TÁ FICANDO TARDE, EU QUERO DORMIR, SABIAM? – ele gritou isso e os dois se afastaram o mais rápido que conseguiram.

O casal ruborizou violentamente e olhou para a janela, onde os dois amigos estavam rindo sem parar.

DREW: Eu mato eles! Juro que mato!

MAY: Avisa-me quando for fazer isso, eu ajudo você!

DREW: Tenho que ir, boa noite May! – ele deu um rápido selinho na garota, o que a deixou sem palavras por alguns segundos, mas, assim que ela se lembrou de como se respirava, respondeu:

MAY: Boa noite Drew.

E ela viu o amor de sua vida se afastando, e percebeu que devia fazer o mesmo, pois estava ficando frio e estava na hora dela voltar para cama. O simples pensamento do Max dormindo já a desanimava, mas ela sabia que tinha que continuar.

Continua...