Meu Acampamento de Verão escrita por Diva Fatal


Capítulo 22
Capítulo 22: Confissões de uma alcoólatra


Notas iniciais do capítulo

Decidi por fim mudar um pouco o padrão da história, esse capitulo será para entender um pouco a filha de Milenoe e verem que até mesmo um personagem que parece ser ruim não é.



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Haviam se passado um dia inteiro dês de que cheguei aqui, eu ainda confinada num navio junto a um grupo de delinquentes e garotinhas mimadas que não sabem como é a vida.

Não sei por que Nico me mandou para essa droga de lugar. Detesto essas esnobes com a vida perfeitinha, essa porcaria de lugar alegrinho sem sentido. Os gregos e romanos devem cair de uma vez para que eles possam se erguer.

À noite me fortalecia, me sentia mais segura em meio ao vácuo de uma noite sem estrelas, dizem que os espíritos voltam a vagar pela terra em noites como essa. Para minha infelicidade já era manhã, exatamente 7 horas da manhã e eu já estava me afogando em álcool trancada no banheiro principal do deck inferior.

A água da pia estava fria assim como minha pálida pele. Eu retirava a minha maquiagem com a mão esquerda, na direita escovava os dentes com uma garrafa de whisky. Meu batom sendo borrado até o queixo pela minha própria mão que pesava sob o meu reflexo.

–Eu cheguei a esse ponto por sua culpa... –Falei me fitando no espelho. –Nem mesmo pinta o cabelo esconde o fato deu precisar de você aqui, agora. –Lágrimas brotaram dos meus olhos, elas lavaram o restante da maquiagem pesada em volta dos meus olhos.

Enxuguei-a com o braço vendo o local onde enxuguei ficar levemente melado de maquiagem diluída.

–O que eu faço sem você Luke? –Solucei tentando conter mais lagrimas que contra minha vontade desciam pelos meus olhos mortos até o queixo.

Ouvi passos do lado de fora da porta. Calculei pelo tamanho e volume da sombra ao lado de fora da porta, era uma garota, talvez Annabeth.

–Karen, anda logo, tenho que tomar banho! –Gritou Annabeth batendo várias e repentinas vezes na porta.

Ignorei-a e ela continuou a bater. Limpei todo o meu rosto com a água fria. Remexi minha bolsa bagunçada e saquei um pacote de lenço umedecido. Peguei um e terminei de remover todo o resíduo de maquiagem. Remexi novamente na bolsa e de lá tirei uma sombra cinza junto a um batom rosa claro. Peguei o lápis de olho e terminei minha obra.

Olhei-me no espelho vendo a gravata apertada no pescoço, um colete vermelho escolar junto a uma saia xadrez vermelha. Annabeth continuava a bater na porta sem cessar.

–Garota, já vivi muito essa merda de vida, coisas insignificantes como você não me incomodam mais. –Falei esperando a reação dela do lado de fora.

–Sai logo desse banheiro, cobra. Quero tomar o meu banho.

Annabeth estava se segurando, uma garota como ela não sabia fazer insultos, portanto “cobra” era o pior no seu vocabulário que ela podia usar para me insultar.

Fui até a porta ouvindo o baixo som do meu sapato de couro horrível junto aquelas meias brancas levantadas nas canelas igualmente horríveis. Odeio escolinhas de riquinhos. Abri a porta vendo a reação da filha de Atena ao me ver sem aquela maquiagem gótica.

Funguei o nariz enfatizando cheirar o ar ao redor.

–Hum... que cheirinho... de vadia. –Fuzilei Phoebe que passava por trás de Annabeth naquele exato instante.

A filha de Afrodite não parecia ter peito suficiente para encarar uma briga social, todas nós sabemos que briga de mulher é por de baixo dos panos, e infelizmente, naquele navio não tinha nenhuma mulher que fosse uma boa adversária social.

Caminhei até a sala do navio voador do Valdez. O filho de Hefesto estava brincando no kinect do X-box 360. Sentei em um dos sofás e o observei pulando desviando de alguma coisa no jogo. Peguei minha lixa de unha dentro da minha bolsa pele de crocodilo, lixei as unhas e peguei a acetona para tirar o esmalte preto delas.

–Karen com 18 e tá com rostinho de 16, milagres da “não” maquiagem. –Leo gargalhou iniciando um jogo de dança. –Quer jogar comigo? –Perguntou-me

–Se colocar um estripe eu danço com você. –Falei rindo de canto vendo-o tirar o jogo e se sentar do meu lado.

–Qual o erro que uma pessoa pode cometer para ficar nesse estado? –Ele me perguntou estirando os pés em cima de um pufe caramelo.

–Confiar que um herói poderia derrotar o Olimpo. –Respondi endurecendo o rosto.

Minhas bebidas já tinham acabado, o whisky que tomei hoje de manhã foi o último, meus cigarros também, a última droga que eu poderia ter de consolo por estar ali era um copo de café preto bem amargo.

–Leo, que tal um café para acompanhar o momento? –Sugeri para que ele fizesse o meu café.

Leo fez batidas ritmadas na mesa, umas mais fortes e algumas mais fracas. Um circulo metálico flutuou vindo da cozinha. Abriu-se um pequeno compartimento na esfera metálica e lá estavam duas xicaras brancas.

–Sirva-se. –Ele brincou.

–Milagres de uma vida com Leo Valdez. –Ri pegando a xicara em quanto o circulo me servia café preto sem açúcar.

Levei o liquido aos lábios e provei daquela droga amarga.

–Quem foi esse tal “herói”? –Perguntou Leo.

–O cabeça de vendo mais sexy que conheci. –Olhei para as janelas atrás da TV. As nuvens tão brancas, era como se Luke olhasse para mim do lado de fora.

Ouvi umas estaladas no navio e alguns toc! como se o navio estivesse fazendo código moce.

–Estamos a 30 minutos da sua escola. –Falou Leo.

Assenti com a cabeça engolindo em gute gute o café em minhas mãos.

–Volte para me buscar no final da tarde, lhe esperarei na rodovia. –Olhei para ele esperando uma resposta.

–Eu irei, mais ou menos umas 5 horas né? –Ele me perguntou.

–Sim, cinco em ponto esteja aqui... –Pedi.

–Certo.

Alguns minutos de silencio até Percy entrar na cozinha sem camisa, apenas usando uma calça moletom azul escuro com um chinelo azul claro. Seu cabelo estava despenteado mas ainda sim sexy e atraente.

Ele pegou um suco em caixinha na geladeira do futuro e assentiu ao me ver.

–Leo, quem é ela? –Ele deu uma golada no suco.

–Karen Dumoncel. –Falou Leo.

Percy arregalou os olhos como se não acreditasse.

–Você esta diferente... –Percy me olhou de cima a baixo.

–Mais parecida com uma das patricinhas de um colégio de merda particular. –Apertei os olhos sentindo uma certa raiva crescer. –E pensar que Luke morreu pela culpa de um peixe pequeno como você, um peixe pequeno e uma idiota metida a esperta. –Cerrei os punhos.

–Você conheceu o Luke? –Percy arregalou os olhos.

–Muito antes de você sonhar em nascer! –Gritei batendo o pé e saindo do deck.

Subi as escadarias até a proa do navio. As velas do navio estavam cheias, era uma bela vista de um dia agradável. Nuvens passando lentamente pelos lados do navio.

Vi um violão apoiado ao lado da porta, era feito de ouro e tinha uma lira gravada nele. Peguei-o por entre os dedos deixando-o escorregar lentamente por eles. O violão encaixou-se perfeitamente ao meu físico. Sentei-me no corrimão da borda do navio alado de forma que eu conseguisse ver os escorpiões arpão e os remos gigantes do navio na lateral.

Comecei a tocar lentamente ouvindo as notas fluindo dramaticamente como um rio triste indo junto a correnteza.

Você não me quer, não

Você não precisa de mim...

Como eu quero você, oh

Como eu preciso de você.

–Suspirei me lembrando da minha infância ao lado do garoto loiro a qual eu venerava e chamava de amigo.

–“Aquela tal Phoebe deveria ser entregue aos anjos, o lugar onde ela pertence”. –Falei em minha mente.

–E eu quero você na minha vida

E eu preciso de você na minha vida.

–As lagrimas se formavam mas eu ainda as engolia em meio a meus pensamentos.

Ouvi alguns passos subindo as escadas, mas não me interessei neles.

–Você não pode me ver, não

Como eu vejo você

Eu não posso ter você, não

Como você me tem.

–As notas ficaram mais tristes e melancólicas assim como o meu humor.

A baixo já conseguia ver a minha escola. As palavras ecoavam em minha mente me fazendo lembrar dos anjos ao qual conheci.

Veio a lembraça, eu e Hermes sempre fazendo compania a Sr. Castellan depois de Luke partir para onde eu não podia seguilo... para onde estava fora do meu alcance.

–Como eu sinto você

E eu preciso de você na minha vida

Lalalala...

Lalalala...

Lalala.

Até que fim posso dizer:

–Não irei mais me desapontar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, deixem um comentário.
Estou postando e ainda tenho muitas, muitas, muitas coisas a mostrar ao decorrer da fic.



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