Meu Acampamento de Verão escrita por Diva Fatal


Capítulo 17
Capítulo 17:Uma carta, uma voz, meu novo caminho


Notas iniciais do capítulo

Demorei pois tive umas complicações, mas consegui postar e agora sim vai entrar Fallen. Nos próximos capítulos iniciaremos com a visão de Fallen por esta fic.



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-Estamos em guerra?- Perguntei-o.

-Sim. Essa será das grandes. –Quíron suspirou. –Para a casa grande.

Não se demorou, todos os conselheiros chefes dos 12 maiores chalés foram convocados.

O namorado da minha irmã, Jason Grace. Minha recente amiga de caça, Katie Gardner. Minha irmã, Piper Mclean. O garoto ao qual eu conheci os pais, Percy Jackson. A arrogante, Clarisse La Rue. Os irmão Stoll. O engraçado e brincalhão filho de Hefesto, Leo Valdez. Metido filho de Apolo, Michael Yew e por fim, Annabeth, a inteligente que troca olhares cruzados comigo sempre que pode.

Desta vez eu fiquei de fora, recolhida em meu chalé rosa pastel, ouvindo Drew cantar no chuveiro. Mary e Matt brigando por um pente azul. Uma zona de guerra por causa de um esmalte desaparecido, seqüestrado ou supostamente roubado.

Mary pulava pelas camas com o pente fino azul nas mãos em quanto Matt corria atrás igual a um cachorrinho tentando pegar o osso de plástico.

Ela pulou em cima da minha cama, fazendo-a tremer e bater no raque ao lado. O meu colar de pombo caiu.

A raiva tomou conta. Senti minha bochechas corarem e arderem igual a pimenta.

-Chega! –Gritei me levantando e agarrando o pente da mão de Mary.

Mary e Matt correram para o andar de baixo gritando e rindo.

Fui cuidadosamente até a lateral da minha cama e peguei o meu colar.

-“Antes era uma papoula, por que você mudou para uma pomba?” –Perguntei em minha mente.

Parei para analisar mais de perto o raque. Era um pequeno armário de carvalho rústico com portas duplas, três gavetas pequenas. Estudei a superfície vendo o abajur de porcelana azul céu desligado. Comecei a abrir uma gaveta após outra. A primeira era só uma gaveta com separações para se guardar jóias. A segunda era plana, devia ser para guardar roupa intima ou o que mais se quisesse. A terceira era mais apertadinha mal cabendo um palmo de mão dentro. Observei-a com mais atenção até descobrir que era um fundo falso.

Tirei o fundo falso e vi uma única carta ali dentro. Completamente branca com letras a mão perfeitamente belas, lindas, graciosas e tão leves quanto o papel.

                                                                                               Mesmo longe, lhe observo

                                            e

                                          Torcendo por você

Abri a carta e puxei euforicamente ela de dentro do envelope.        

“Sei que não sou a mãe dos seus sonhos, mas sempre estive com você, nunca lhe abandonei. Se pensou que não me importava esta enganada. Fui eu quem lhe deu ombro quando você não agüentava mais se mudar. Fui eu quem lhe confortou e sussurrou em seu ouvido milhares de vezes quando você desmoronava a cada partida. Mesmo que isso não mude o fato da minha ausência, sempre estarei ao seu lado, mesmo que você não me veja irá me sentir.

Ah, a culpa desse colar foi Hermes. Acidentalmente ele trocou os colares de presente, meu e de Deméter. Portanto você ficou com o de algum dos filhos dela. Já resolvi isso...”

“Ps: Cuidado com os que você julga tão vorazmente, nem sempre somos o que aparentamos ser.”

Ela... escreveu, escreveu para mim...

A porta do banheiro se abriu rangendo e batendo-se contra a parede bruscamente fazendo um barulho agudo que ecoou pelo dormitório.

-Sua vez. –Falou Drew penteando os cabelos finos em quanto ajeitava seu shortinho de veludo.

Guardei a carta rapidamente de baixo do meu travesseiro de pégaso. Peguei minha camisa do acampamento e um short jeans que ia até as coxas. Corri com a toalha branca para o banheiro e tranquei a porta.

Enchi rapidamente a banheira e me despi colocando a roupa suja aos pés da banheira de porcelana.

Vi um recipiente de sais de banho em uma das muitas prateleiras iluminadas do banheiro. Peguei-o e despejei um pouco na banheira.

Um doce cheiro subiu tomando meu nariz, alguns corações de bolhas de sabão emanaram da banheira flutuando para fora.

Brinquei com os corações de sabão estourando alguns que se aproximavam do meu rosto.

-Iryena, Gabbe e Nico... –Mordi o lábio inferior recapitulando como havia sido aquele dia.

As luzes levaram-nos. Iryena tinha falado que conhecia as tais luzes.

-Será? –Perguntei-me. –Não... ela não é uma traidora...

Algumas notas soaram no banheiro, era a música que eu estava pensando agorinha...

-No dia em que te conheci Você me disse que nunca se apaixonaria Agora que entendo você –Comecei a cantar seguindo a música.

Me ensaboava com o sabonete liquido de morango.

-Sei que medo é o quê você realmente sentia Agora estamos aqui, tão perto Contudo tão longe, não fui aprovada no teste? Quando você perceberá Baby, que eu não sou como as outras.–Prossegui com a música em quanto o chalé se acalmava.

Ouvi alguns passos do lado de fora da porta que logo repousaram-se ali quietos.

-Não quero partir seu coração Só quero dar ao seu coração uma folga Eu sei que você está assustado, está enganado Como se você pudesse cometer um erro Só há uma vida para viver. –Me perdi na letra após ver uma mancha azul brotar da água da banheira.

A água azul tomou conta de toda a banheira, pulei me enrolando na toalha correndo em quanto colocava minha roupa intima e me vestia.

Abri a porta em quanto via Drew fuxicando com Mary e rindo da minha cara. Peguei o primeiro espelho que eu vi e me olhei, minha pele estava azul, eu parecia uma smurf.

Joguei o espelho em cima da cama e encarei Drew.

-Eu não morrerei por estar azul. O que não me mata me fortalece, Drew. –Fuzilava-a.

Drew engoliu em seco.

-Quando olhar para trás, você não irá ver os altos e baixos da sua vida, irá ver os amigos que teve e os que deixou de ter. Reveja suas ações, se continuar com seu comportamento infantil, não sobrará amigo nenhum para você sequer pensar em olhar para trás. –Cerrei o punho vendo Mary e Drew arregalarem os olhos.

Senti um ardor cerrar a minha pele e com dor ouvi todos os conselhos que meu pai um dia me deu.

-No fundo, dês de que cheguei aqui, sempre soube que era filha de Afrodite. Mesmo tendo gente como você como irmã, mesmo tendo gente como você em minha família, não irei perder a calma, não vou perder meu raciocínio com você muito menos repetirei minhas palavras. –Continuei, meu coração parecia dançar em meu peito. –Uma vez, uma colega me falou: Phoebe use sua cabeça. Mas ao invés disso eu decidi usar o meu coração. –Encarei Drew e Mary. –Agora me escute, seu coração manda você atormentar os apaziguados e menosprezar os mansos?

-Eu...

-Haja como uma filha de Afrodite e não como uma put*#! –Gritei.

Meu corpo ardia e a cada passo que eu dava para perto de Drew e Mary, sentia o chão queimar e arder ao meu toque.

Piper apareceu atrás de mim de surpresa. Ela não se aproximou e foi então que eu compreendi.  Eu estava ardendo em chamas, ardendo com as chamas da minha raiva, do meu amor, da minha preocupação e da minha insegurança. Toda a tinta azul sumiu, se dissolveu nas chamas rosas.

-Hora de ir. –Falou Piper passando por mim e colocando roupas e suprimentos dentre de sua mochila.

Meu corpo passou de fervendo para morno. Corri para a minha cama, peguei minha mochila e soquei algumas mudas de roupa lá dentro, junto com barrinhas extra de cereais recheados de chocolate com ambrosia. Duas garrafas com néctar branco que consegui com alguns dos filhos de Dionísio.

-Butch não voltou, mas já temos a localização de Gabbe. –Piper me se aproximou e sussurrou ao meu ouvido. –Belas palavras.

-Ela precisava que alguém falasse a verdade.

-Sim. –Ela se ergueu e caminhou até a beirada das escadas. –Pronta?

Levantei a mochila passando uma de suas abas pelo ombro.

-Sempre! –Gritei descendo junto a Piper para fora do chalé.

Jason nos esperava montado em um cavalo nebuloso que trovejava por sua pele.

Ele estendeu a mão para Piper, na mesma hora ela montou junto a ele. Milena, a filha de Apolo com os cabelos castanhos surgiu. Ela veio segurando um pégaso branco lindo. Montei-o tão facilmente como se o animal mágico fizesse parte dos meus músculos. O animal lentamente abriu as asas, o fôlego, os pulmões dele rangendo ansiosos para pairar pelos ares.

-Obrigada, Milena. –Agradeci.

-Me prometa que vai voltar com os três. –Pediu Milena.

-Juro pelo rio Styx. –Jurei.

Todos em volta rangeram os dentes em quanto um raio cruzava os céus cortando os ares. Era como se Zeus tivesse ouvido tal juramento.

Não recuei e me senti mais encorajada ainda. O cavalo de Jason bateu o pé no chão fazendo um estrondo como um relâmpago. Logo pairou pelos ares junto a uma nuvem de tempestade negra.

Segui Jason com todo o vigor que consegui naquele momento. Pairando com o pégaso aos céus, rumo aquela nuvem negra e raivosa.

Ao longo dos minutos via o Acampamento ao longe se esvaindo por entre os pinheiros. A costa de Long Island dizendo adeus no meio da noite.

Pude ver o pégasos negro de Percy subindo pelos ares indo em outra direção. Um longo navio de guerra se eriçando pelos ares e levantando velas e remos.

-Sim... estamos em guerra. –Sussurrei para mim mesma.


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Notas finais do capítulo

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