Meu Acampamento de Verão escrita por Diva Fatal


Capítulo 14
Capítulo 14: Finalmente reclamada


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, fiz esse ep pensando em minha personalidade; combinou perfeitamente com a deusa que escolhi.
Fiquei cantando em quanto fazia kkk



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/406705/chapter/14

–Esta na hora de conversar. –Ela falou.

–Quem é você? –Perguntei-a.

–Gabriela Alencastro. –Ela ergueu a cabeça mostrando um olhar desafiador e provocante. –Sou a conselheira chefe do chalé 13, primeira filha de Hebe reclamada no mundo. –Ela parecia ter orgulho na voz. –Este é meu irmão Butch Alencastro.

O alto rapaz estendeu a mão para mim. Vi uma tatuagem de arco-íris em seu braço direito.

Ele tinha pele bronzeada pelo sol. Músculos definidos por baixo da camisa do acampamento. Olhos reluzentes que mudavam a tonalidade passando de um verde, azul, rosa, laranja, vermelho; de ocasião em ocasião mudavam um pouco a tonalidade. Devia ter por volta de uns 22 anos. Seu cabelo era curto formando um topete por baixo de um boné de beisebol. Short tactel floral como aqueles de praia havaiana. Uma corrente rabo de rato prateada cintilava em seu pescoço junto a um colar com algumas contas de argila e desenhos nos dois contos.

–Prazer. –Ele apertou a minha mão tentando ser o mais delicado possível.

–Phoebe Battler. –Me apresentei a eles.

–Rachel vai chegar amanhã da Dover? –Annabeth perguntou a Percy.

–Não sei, ela falou que ia ser ontem, depois falou que ia ser hoje, agora fala que é amanhã. –Ele suspirou e abaixou a cabeça.

–Pois bem, Phoebe. –Gabriela olhou fundo nos meus olhos. –Temos assuntos a tratar na casa grande. –Gabriela se virou e encarou Chris. O mesmo assentiu e apertou um pouco forte demais a mão de Clarisse.

–Espera, vou pegar o meu machadinho. –Falei correndo para dentro.

–Não é machadinho, é o As... –Annabeth tentou completar a frase mas eu já havia adentrado a área hospitalar.

Corri até a escrivaninha onde meu machado repousava. Tomei-o em minhas mãos e o prendi contra uma atadura em minha coxa esquerda. Volto a toda velocidade até a saída, alguns da multidão se afastaram seguindo suas atividades de acampamento.

Só restaram Clarisse, Annabeth, Gabriela, Iryena, Percy, Piper, Jason, Michael e Leo. Segui com eles até a casa grande.

Sr. D estava sentado comendo um churros de chocolate e olhando para uma garrafa de vinho de 1991. Quíron ao seu lado em pé reclinado sobre o que parecia uma bengala de madeira qualquer.

–Por que se tortura, Dionísio? -Perguntou Quíron olhando Sr. D brincar com a garrafa de vinho girando-a pelas mãos.

A mesa de ping-pong estava sem a rede e com várias cadeiras de plástico baratas em volta dela.

Katie acomodava-se em um dos assentos com uma tipoia no braço esquerdo e um curativo na testa. Ela tentou sorrir, mas deu para perceber o seu lábio partido.

Não fazia ideia do que tinha acontecido com ela, me culpava por isso. Será que ela entrou numa briga contra Clarisse? Como ela conseguiu escapar da floresta?

Annabeth e Percy tomaram seus lugares, assim como todos os outros. Chris fez um sinal com a mão para que eu me sentasse ao seu lado.

Sentei-me e Iryena sussurrou ao meu ouvido.

–Agradeça a Katie depois; ela foi com Annabeth e Percy para resgatar seu pai do museu. –Ela tirou a mão de coxinha do meu ouvido e sentou-se ao meu lado.

Arregalei os olhos, por que ela tinha ido ajudar meu pai? Agora sim eu me culpava, ela estava assim por causa dos monstros. Por minha culpa... ela foi ajudar meu pai e se feriu.

Sr. D dirigiu seu olhar para mim e seguiu até Annabeth.

–Annabelle, faça ar honras. –Ordenou o Sr. D.

–É Annabeth! –Ela parecia irritada e revirou os olhos.

–Que seja, prossiga. –Sr. D acenou com a cabeça.

–Como já devem saber resgatamos o Sr. Battler do museu. –Ela se levantou e todos levaram seus olhares em sua direção. –Não sabemos quem é a mãe de Phoebe, mas ela não pode ficar para sempre no chalé de Hermes.

Todos concordaram com a cabeça. Piper engoliu em seco, ela parecia nervosa demais apertando o joelho de Jason. Ela estava escondendo alguma coisa...

–Nosso acampamento foi atacado a três noites. Luzes incendiaram a floresta e centenas de ninfas morreram. –Annabeth tomou um gole de água que estava em seu copo de plástico em cima da mesa de ping-pong. –O objetivo desse conselho é juntar informações sobre a noite. Temos de saber o que eram aquelas coisas, o que vinheram fazer e como passaram pela barreira mítica. –Aqueles olhos cinzas encravaram-se fundo nos meus.

Dava para perceber que Annabeth não gostava de mim, ela parecia me estudar e dava para ver só pelo olhar que aquela mente não parava de trabalhar, era como se engrenagens estivessem girando e se encaixando buscando uma solução lógica para o problema. Em outras palavras: Eu devia ser o problema.

–Katie, o que aconteceu naquela noite? –Annabeth perguntou-a e tornou a se sentar.

–B-bem... eu e Phoebe corríamos de duas caçadoras que estavam nos alcançando. –Katie soluçou parecendo nervosa. –Ela bolou uma ideia ótima, uma armadilha. Conseguimos abater a primeira caçadora. –Ela suspirou. –Mas a segunda disparou aquela flecha horrorosa de fedor. Eu corri, tentei correr pelo menos mas caí. –Katie fitou-me por um instante. –Então veio uma luz. Depois mais uma luz, elas brilharam tão forte que incendiaram tudo em volta.

Ninguém se surpreendeu, todos pareciam saber sobre isso.

–Eu saí descendo o morro do punho desesperada. Rolando mata a baixo até cair dentro do riacho. –Katie se sentou tentando não chorar. –Eu achei que Phoebe tinha morrido... Não queria abandona-la. –Ela tentou segurar as lagrimas o máximo que podia mas não conseguiu e desabou em algumas lagrimas. –As ninfas corriam para todos os lados, tentavam apagar o fogo... Usavam a água do lago mas era muito longe, a maioria morreu...

–Acalme-se Katie. –Pediu Piper.

E assim ela obedeceu, sentou-se e engoliu o choro.

Annabeth voltou seu olhar para mim como se dissesse para contar o que aconteceu. Limpei a garganta e me levantei.

–A luz me cegou, eu fechei os olhos quando a vi descendo do horizonte. –Suspirei. –A caçadora que tinha soltado a flecha fedorenta sumiu, ela virou pó, puro pó prateado...

–Caçadoras não morrem se não estiverem em combate. –Acrescentou Percy.

–Não sei como, só sei que foi assim. Ela queimou em chamas até virar pó. –Continuei. –O cheiro me deixou enjoada e então apaguei. Acho que alguns minutos depois acordei, estava sendo carregada pelo ar. –Me esforcei para lembrar de tudo, minha cabeça latejava se esforçando para conseguir lembrar. –Eram dois, dois anjos...

–Anjos não existem! –Jason falou rindo de mim como se aquilo fosse um absurdo.

–Se não existem como eu voei até o punho de Zeus se eu estava no meio do morro? –Fuzilei Jason com os olhos. –Se não existem o que tirou a vida de centenas de ninfas? O que mais além disso tinha asas prateadas e douradas? –Eu já estava quase gritando.

Jason fez a escolha mais sábia a se fazer naquele momento. Ficar quieto e não comentar nada.

–Continuando... Um dos anjos se chamava Ariane, o outro era Roland. –Olhei nos olhos de Quíron que me estudava como um espécime de animal novo, parecia estar tentando classificar que tipo de paranoia eu tinha. –Ela falou que eu era uma tal de Gabbe...

Gabriela arqueou uma sobrancelha e me olhou de cima a baixo.

–A anja falou que eu ficaria bem, até que Artemis apareceu. –Via as cenas dentro da minha cabeça, elas se repetiam com velocidade igual a um flash. –Atacou os dois anjos e me atirou pro alto por cima das arvores. –Pus a mão sobre a barriga. –Cai dois metros até o chão, quando vocês me acharam eu apaguei de vez. –Voltei a me sentar.

–Isso explica os galhos de arvore na barriga dela. –Michael se pronunciou. –E também explica a hemorragia cerebral, ela bateu com muita força no chão. –Ele pôs a mão no queixo e se reclinou na cadeira. –Mas isso não explica o restante... não sei se ela delirou por causa do fedor...

–Eu vi a lua vermelha. –Falou Leo. –Todos nós a vimos, só podia ser a fúria de Artemis.

–Sim. –Annabeth estudava todos naquela mesa. –Faz sentido, Artemis com raiva por causa da sua caçadora cremada viva. –Ela olhou para o Sr D que ficou um tanto quieto e só olhava para o chão. –Todos viram as luzes. Vimos o fogo. Tudo se encaixa. –Ela tentava processar tudo, cada peça, cada engrenagem girava na cabeça dela, dava para perceber isso.

–Anjos, sério? –Perguntou Jason.

–Sim. –Annabeth prosseguiu. –Se existem os romanos que antes não sabíamos que existiam, com certeza devem existir outras religiões que não conhecemos... –Ela olhou angustiada para o Sr D. –Fale a respeito.

–O-oque? –Dionísio ergueu o olhar para Annabeth.

–Você sabe de algo. –Ela pressionou ele. –O que esta acontecendo?

Percy apertou a mão de Annabeth para ela se acalmar.

–Meça seu tom de voz, Annabelle. –Dionísio encarou-a. –Ou lhe transformo em esquilo e lhe atropelo com minha caminhonete.

–Fale. Vocês esconderam tudo sobre os romanos, estão escondendo todo o resto. –Annabeth estava irritada. –Conte sobre os anjos!

Sr D se levantou irritado, seus olhos ardiam em chama púrpura.

“Mãe, nunca lhe pedi algo em minha vida, nunca nem mesmo esteve presente nela; então você esta me devendo e muito.” –Sabia que Annabeth iria sofrer a ira do deus da loucura, e não havia nada que pudesse salva-la. “Faça alguma coisa, alguma distração, me ajude a salvar Annabeth!” –Um raio pareceu estourar dentro da minha cabeça.

Um doce cheiro de perfume grife tomou conta da sala da casa grande. Uma luz rosa invadiu tudo. Ela brilhava e reluzia parecendo gliter rosa choque. Senti o frescor percorrer meu corpo como um leve toque de mãos. Minha pele formigou e se esquentou.

Quando a luz abaixou abri os olhos. Todos estavam perplexos menos Piper que sorria aliviada.

Olhei para baixo e me levantei com um pulo. Minhas roupas tinham mudado, via um vestido branco pérola colado, ele era aberto na perna direita deixando da minha cintura até o pé a mostra. Eu me via como se tivesse um espelho na minha frente. A minha maquiagem estava perfeita e impecável. Sombra preta junto ao rímel olhos de gata. Meu cabelo negro caia até as costas passando pelos ombros formando uma cachoeira negra. Ao lado da minha franja, repousava uma presilha de cisne feito de ouro branco. Brincos em formato de prisma feitos de titânio verde. O meu colar de bronze com uma flor de papoula desapareceu e foi substituído por outro idêntico com a única diferença, este tinha a forma de um pombo. Em meus pés se encontravam um par de saltos brancos Prada.

Todos pararam e estavam hipnotizados olhando para mim.

–Seja bem vinda, Phoebe Battler, legitima filha de Afrodite. –Falou Quíron se ajoelhando por trás da mesa.

Todos seguiram Quíron se ajoelhando lentamente num transe, menos Piper que se levantou e correu me abraçando apertado.

–Seja bem vinda a família, maninha. –Ela brincou e me deu um beijo na bochecha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não deixem de comentar :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Meu Acampamento de Verão" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.