Meu Acampamento de Verão escrita por Diva Fatal


Capítulo 13
Capítulo 13: Batalha caótica


Notas iniciais do capítulo

Esse ep esta caótico, vou explicar tudo que esta acontecendo futuramente dentro de alguns eps. Espero que gostem.



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–Você ficará bem, Gabbe... –Era a mesma voz feminina.

Então ali mesmo apaguei.



O vento gelado, a brisa soprando meus cabelos para longe do rosto, algumas gotas frias e gélidas de gotas d’água roçando pelas minhas bochechas. Pisquei meus olhos acostumando-me com a luz prateada da lua, que parecia brilhar como nunca havia visto antes.





Ouvi um crepitar de fogo. Levei meu olhar para baixo, a floresta do acampamento se incendiavam, chamas laranjas e vermelhas corriam e dançavam pelas arvores e plantas do centro da floresta.



Tentei olhar em volta e percebi que estava voando, levemente e graciosamente voando... Não, eu estava sendo carregada, erguida, levantada, ou se preferir, raptada.

–Ah! –Gritei me debatendo dos braços do meu raptor de mãos macias e finas.

–Não! –A voz feminina gritou. Mas já era tarde.

Acabei escorregando por entre os braços da mulher e comecei a descer, mais rápido, mais rápido ainda, cada vez mais. Onze metros do chão. Ouvi um bater de asas, em um breve segundo de sufoco e piscar de olhos; um rasante me põe nas alturas. Agora me encontrava nos braços de uma garota alada novamente, e estávamos ganhando altitude seguindo para o punho de Zeus.

A garota tinha as bochechas finas e leves como plumas. Os olhos carregados de sombra preta e um rímel gata. Uma camisa preta leve e solta em gola V que faziam ter uma fácil visão do sutiã. Calça colante preta com rasgões estilosos nos joelhos e alguns nas coxas. Uma bota salto agulha preto se encontrava em seus finos pés.

–Apague a memória dela quando posarmos. –Um rapaz negro que eu não havia percebido ali comentou.

O rapaz era o garoto que estava na minha sala que recentemente havia sido explodida.

Ele era alto, corpo definido e bem trabalhado, mas não em exagero. Um casaco aberto cobria uma camisa fina de algodão branco, esta estava meio rasgada do bordado até o umbigo. Olhos escuros e fundos como um poço nublado e banhado em sombras. Sua cabeça estava raspada. Seus lábios eram grossos porém não em excesso. Parecia um príncipe africano. Estava usando tênis esportivo e calças jeans novas. Suas asas eram intimidadoras, douradas como o ouro e ao mesmo tempo ameaçadoras como uma lamina banhada em sangue.

–Me deixe no chão, agora! –Gritei.

A garota que me carregava reclinou o corpo para a direita, sua asa prateada acompanhou o corpo fazendo um leve circulo no ar.

Começamos a perder altitude, lentamente e graciosamente como uma pluma pairando sobre a brisa.

Em quanto descíamos nos aproximando do punho de Zeus. Vi ninfas chorando, correndo e gritando em quanto arvores eram queimadas, algumas delas corriam para longe do fogo, mas também irrompiam em chamas toda vez que uma arvore era atingida.

Só de pensar que eram seres tão puros e graciosos... morrendo pelo fogo. As chamas bruxuleavam, trovões rasgaram os céus. Nuvens negras e carregadas de raiva cobriram todo o horizonte do acampamento. A lua ardeu com mais intensidade mudando de um prateado gélido e glorioso, para um vermelho sangue caótico.

As nuvens foram forçadas a se abrir, uma biga prateada pairava no ar com renas puxando-a pelos ares. Não... não era o papai-noel. Por mais que eu agora acreditasse em tudo que existia ou diziam existir no mundo, eu sabia que aquilo não era o papai Noel vindo entregar presentes natalinos. Era uma deusa com raiva, uma deusa que eu admirava mas agora havia perdido a cabeça e estava atormentada de raiva.

Uma leve garoada começou a cair das nuvens negras e trovejantes. Já estávamos a alguns metros do chão e aquela biga estava a toda velocidade a nosso encontro.

Quando pousamos no punho de Zeus, vi a biga vindo com tudo para cima do rapaz de asas douradas.

–Aaaahh! –Gritou a deusa Artemis saltando da biga alada com duas adagas prateadas reluzentes em mãos.

Por um instante o corpo dela se moldava em uma leoa com garras mais afiadas do que navalhas. Acertou o peito do garoto que logo pôs a sangrar.

–Ah! –Gemeu o garoto batendo as asas freneticamente causando uma ventania absurda que chegava a arrancar algumas arvores na direção da rajada.

–Roland! –A garota me largou no gramado em volta do punho de Zeus e sacou uma flecha azul de dentro da camisa.

Artemis foi lançada alguns metros para trás fazendo um Bac! Na grama verde. Esta deusa era muito determinada e persistente para desistir só com o vento. Se ergueu em uma pirueta pelos ares. Correu em zigue-zague sumindo por um milésimos de segundo e reaparecendo no outro.

Sumiu.

Tahsk!

Ela surgiu ao meu lado abaixada de joelhos em posição de combate com as laminas banhadas em sangue. Olhei para o garoto de asas douradas. Ele estava desabando no chão. Sangue jorrava de sua barriga.

–Roland! –A garota gritou e deu uma joelhada no rosto da deusa. A mesma caiu sobre o gramado, mas se levantou dando uma rasteira rápida na anja prateada e desarmando a flecha azulada de suas mãos. –Ahm... –A anja gemeu ao cair.

O garoto com asas douradas começou a brilhar, calor, muito calor, o brilho estava começando a ofuscar. A garota caída também brilhou irrompendo em luz gloriosa.

Artemis abriu a palma da mão esquerda e apontou em minha direção a mão aberta. Instantaneamente eu fui atirada no ar e jogada para longe do punho de Zeus. Cai nas arvores sendo arranhada pelos galhos até cair ao dois metros até o chão.

Uma pancada na cabeça. Meu nariz sangrava e uma zona de luz azul transparecida brilhou em volta do punho. Parecia um embrião, foi escurecendo e escurecendo até ficar um azul marinho reluzente incapaz de se olhar para o que estava lá dentro.

Explosões múltiplas. Gritos e flechas sendo disparadas. A terra estremeceu e um brilho dourado escapou da gigantesca cúpula.

–Ali! –Era a voz de Clarisse.

Alguém me carregou, eram braços musculosos que me ajudaram a ficar em pé. Me sentia zonza e nauseada.

–O que é aquilo? –Era Jherfrey que me dava apoio para ficar em pé.

Não só ele, mas todos atrás de nós olhavam perplexos para a cúpula azul marinho.

–Anjos... Artemis... briga... sangue... –Sussurrei com todo o fôlego que ainda me sobrava nos pulmões.

–Seja mais clara! –Gritou Annabeth surgindo atrás de Clarisse, seguida logo por Thalia e Percy.

Desmaiei em quanto ouvia uma explosão e gritos.

Ӿ

Meus olhos se abriram, lentamente pisquei os olhos tentando me acostumar a luz do dia que passava pelas cortinas amareladas da janela ao meu lado.

Pássaros cantavam do lado de fora, parecia um convite ótimo para sair.

Virei o rosto analisando o local em que eu estava. Uma cortina de papel estava posta as laterais da maca a qual estava deitada. Uma pequena escrivaninha estava apoiando um abajur e meu machadinho preto com o desenho de um As de Copas nas duas laterais.

Me sentei lentamente e senti que algo apertava os meus dois seios. Olho discretamente ao redor até ter certeza de que estou completamente sozinha naquele lugar. Levanto minha camisa que estava chamuscada lentamente. Algumas ataduras brancas manchadas de sangue estavam postas enfaixando completamente o meu tórax até a cintura.

–Mas o que... –Me surpreendi ao ver aquilo. Alguns pontos vermelhos manchavam as ataduras brancas que apertavam o meu corpo.

Ouvi passos se aproximando e abaixei a camisa rapidamente.

Um garoto loiro e alto entrou puxando a cortina de papel.

Ele tinha praticamente dois metros de altura. Olhos castanhos claros. Físico bem trabalhado. Usando uma camisa do acampamento e um jeans azul com sapatos esportivos pretos com características azuis.

–Oh, acordou. –Ele sorriu e pôs na escrivaninha uma taça de vidro com um liquido grosso e leitoso azul.

–Quem é você? –Perguntei-o.

–Michael Yew. –Ele parou de frente a mim com os braços cruzados. –Tem sorte de estar viva. –Ele pôs a mão no queixo e me estudou.

–Pôr quanto tempo eu dormi?

–Dois dias inteiros, contando com esta manhã seriam três dias. –Ele mordeu o lábio inferior. –Beba, é ambrosia. A bebida dos deuses. –Ele levantou uma das sobrancelhas. –Faz maravilhas. Se não bebeu ainda você nunca foi feliz na vida.

Peguei a taça erguendo-a cumprimentado o Michael sussurrando um saúde. Pus aos lábios a bebida. Ela tinha um gosto leve de coca-cola diet com um leve sabor de pizza de calabresa. Lembrava-me meu pai, sempre que podia trazia uma coca-cola e uma pizza... Meu pai!

Dei a ultima golada com pressa já me erguendo em um pulo. Entreguei a taça ao Michael.

–Meu pai! –Gritei e isso fez Michael tropeçar em seus próprios pés, mas ele não chegou a cair.

–Não se preocupe com ele. –Michael se ergueu lentamente se concertando. –Annabeth já cuidou disso faz dois dias. Ele esta bem, seguindo a vida dele muito bem.

Pelo menos isso já havia sido resolvido, Annabeth prometeu e assim cumpriu.

–O que aconteceu naquela noite...? –Perguntei a ele.

–Você inalou muito gás fedido das caçadoras, teve a barriga e as costas perfuradas por galhos, três costelas quebradas e uma hemorragia cerebral. –Ele concertou a postura e se afastou abrindo a cortina de papel mais uma vez.

–Alguém morreu? –Estava lembrando de tudo lentamente, as explosões. Gritos, as ninfas morrendo cremadas, o desespero de todos e os anjos...

–Só milhares de ninfas e alguns sátiros, incluindo também na lista de mortos uma das caçadoras de Artemis.

Ele não tinha nem receio de falar isso, parecia até alegre.

–Como consegue falar isso tão naturalmente? –Perguntei com certa raiva.

–Tento não ficar pra baixo ou de luto como a maioria. Meu lema é: Melhor sorrir do que chorar. –Michael suspirou. Olhou para mim e assentiu com a cabeça. –Não me olha assim, seu rostinho fica mais bonito com um sorriso.

Ele se aproximou lentamente.

–Vamos tirar essas ataduras. –Michael tentou levantar minha camisa.

–Não ouse! –Falei séria pondo meu tom de voz raivoso.

–Certo, certo. –Ele recuou e ficou quieto como se aguardasse mais ordens.

Seguimos quietos pelo corredor de madeira branca, até chegarmos a portas duplas também de madeira branca.

A luz do sol ardeu meus olhos, pisquei várias vezes seguidas para me acostumar com a luminosidade.

Rapidamente um grupo começou a se formar em volta de mim e Michael. Reconheci os rostos.

Annabeth Chase. Percy Jackson. Piper McLean. Jason Grace . O sátiro, Grover Underwood. Milena Frantines. Leo Valdez. Chris Rodriguez com Clarisse La Rue. Iryena Lukashenko. E alguns outros campistas que eu não sabia que existiam ou não fazia a mínima ideia se já tinha os visto na vida.

Uma garota loira se aproximou a passos rápidos. Ao lado dela um homem alto de dois metros cheio de músculos como um lutador de box.

A garota loira devia ter uns 15 ou 16 anos. Seus olhos eram um tom verde escuro. Cabelos loiros escovados caindo em ondas sobre os ombros indo até a cintura. Um colar de ouro reluzia em seu pescoço, ele era feito de argolas pequenas e grandes caindo até os seios. Usava um chiton grego dourado com um laço de seda violeta na cintura sob uma cinta branca com imagens de penas de pavão. Em seu cabelo se encontrava uma mecha de penas de galo decaindo sobre um coque elegante e gracioso. Calçava uma sandália dourada estilo dama grega. Em seu pulso ela tinha uma tatuagem de um galo cantando.

–Esta na hora de conversar. –Ela falou.







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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram dessa luta? É só o começo de uma serie de batalhas e casos que ainda teremos, isto foi apenas um aperitivo.
Por que Artemis perseguia os anjos?
Por que os dois anjos estavam no acampamento e como passaram pela barreira do velocino?
Claro, é só o começo, pela frente ainda vem mais, muito, muito mais.

Não deixem de comentar, ok? ;)



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