Scars Of Love escrita por Simi


Capítulo 52
Capítulo 51


Notas iniciais do capítulo

Yay!!! Passamos do capítulo 50! *w*
Meu Deus, nunca esperei que esta história ficasse tão grande! o.o
Boa leitura! ^_^



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(Isabella)

Estava preparada. Sentia-me capaz de tudo naquele momento. Enquanto conduzia, sentia os braços de Petrus a abraçar-me a cintura com cada vez mais força. Ele estava com medo, eu sabia, mas também não podia evitar o combate. Paramos novamente perto de uma cachoeira. O rio prolongava-se pelo interior da floresta. Provavelmente tinha nascente na grande montanha que se encontrava na direção oposta. As suas águas eram límpidas, calmas e frescas. A pequena cachoeira transmitia uma sensação de paz. Não conseguia perceber como pessoas que viviam num local como aquele poderiam ter aquele tipo de temperamento. Ao olhar-se o rio podia ver-se pequenos peixes cujas suas espécies provavelmente não eram conhecidas, alguns até pareciam ter o arco-íris impresso neles. Enquanto os rapazes ficaram na grande manta de piquenique, eu e Catarina fomos lanchar qualquer coisa para uma das altas rochas que se encontravam no meio do rio. Demoramos pouco. Durante todo aquele tempo esteve a tentar convencer-me para que a deixasse lutar comigo, para que a deixasse ajudar-me. Ela sabia que não ia adiantar, aliás, ela sabia-o mesmo antes de tentar, mas aquela era uma das muitas maneiras que ela tinha para demonstrar a sua preocupação. De sobreolho cerrado, levantamo-nos e viramo-nos rapidamente para trás, olhando para o interior da floresta. Estavam a observar-nos. A sensação era muito ruim. Os rapazes não deram por nada. Não percebi o porquê, mas Petrus olhava-me com preocupação. Kiba continuou sentado, não estranhou nada… Como é que ele era um lobisomem e não tinha conseguido sentir?! Estava a ficar preocupada com aquilo… Catarina olhou-me preocupada e desconfiada. Não era um lobisomem, disso tínhamos a certeza, mas mesmo assim… Zach e Petrus levantaram-se e vieram ter connosco.

— O que é que vocês têm? Passa-se alguma coisa? – perguntou Zach.

Petrus continuava estranho. Nada disse, nada perguntou, aliás, mal me conseguia encarar. Algo de estranho se passou quando me ausentei para procurar Catarina. Tinha ficado aborrecida com ele, pois perguntei-lhe quando cheguei e ele nada me disse, única e simplesmente ficou cabisbaixo e não me respondeu.

— Não se passa nada… - disse Catarina com um tom de quem respondeu pouco concentrada.

Arrepiamo-nos e a sensação ruim que tínhamos sentido antes desapareceu. Olhamo-nos intrigadas. Os nossos olhares disseram tudo. Enquanto estivéssemos a conduzir teríamos que estar com “mil olhos” e sempre alerta… Kiba transformou-se novamente e seguimos para Este, para o interior da floresta. Enquanto conduzíamos, sentimos aquela sensação ruim que tínhamos sentido enquanto estávamos perto da cachoeira. A floresta parecia mais sombria. Entreolhamo-nos e começamos abrandar até pararmos numa pequena clareira.

— Também sentiste? – perguntei.

Catarina anuiu. Kiba veio ter comigo e tocou com a ponta do seu focinho na minha perna. Parecia que ele também tinha sentido algo. Num ápice, tomou a sua forma humana.

— A floresta não está igual. Os animais estão escondidos, até os pássaros estão nos seus ninhos a estas horas. Não é nada normal, pelo menos para mim que vivi aqui durante tantos anos. – explicou Kiba, com uma expressão muito desconfiada.

Zach e Petrus entreolharam-se confusos.

— Será que o teu pai consegue ter este efeito sobre os seres da floresta? – perguntou Catarina.

— O meu pai é poderoso sim, mas não até esse ponto. Ele só consegue dominar o seu clã, nada mais. Alguém mais deve estar envolvido nisto.

Do nada, Petrus tinha dado conta de algo, a sua expressão mostrava tudo. Tinha certeza que tinha algo que ver com o que se tinha passado na minha ausência. Reparando que eu o olhava desconfiada, tentou disfarçar, ficando novamente cabisbaixo. Pousei o capacete na mota e saí dela. Coloquei-me diante dele, de braços cruzados. Ele olhava-me espantado.

— Posso saber o que me estás a esconder Petrus?

— Nada… – conseguiu dizer.

— Nada?! Como é que te atreves a dar-me essa resposta? Desde que eu cheguei da minha busca pela Catarina que tens tido um comportamento estranho, que mal me tens dirigido a palavra e nem nos olhos me consegues olhar! E agora com o que o Kiba disse, afirmando que um outro alguém estava envolvido nisto, tu ficaste embasbacado e eu quero saber o porquê.

Ele estava a atrapalhado, mas mesmo assim atreveu-se a responder:

— Não se passa nada já te disse. Estou única e simplesmente preocupado contigo e com o facto de tu seres uma teimosa dizendo que não queres que te ajude.

Ao dizê-lo nem nos olhos me olhou. Ele estava a mentir-me. Estava claramente a mentir-me. Mas enfim… “Engoli” o que ele tinha dito. Mas depois do meu combate com Inugami de uma longa conversa ele não ia escapar. Dirigindo-me para Kiba, perguntei:

— Tens alguma noção ou algum conhecimento de quem possa ser?

— Lobisomem não é, isso te garanto, mas não consigo sentir nenhum cheiro conhecido ou alguma presença com quem já tenha estado… Desculpa…

— Não tens que te desculpar, eu sei que lobisomem não é, mas a presença não me é desconhecida, ainda não a consegui identificar corretamente. Catarina ficaremos alerta, ok?

Ela anuiu. Sem sequer olhar para Petrus, subi novamente para a mota e coloquei o capacete. Conduzimos por mais ou menos duas horas. À medida que nos íamos aproximando do interior da floresta, a temperatura ia diminuindo. Durante todo aquele tempo senti que algo ou alguém nos observava.

“Espírito, por favor, verifica se alguém no segue.” – pedi em pensamento enquanto conduzia.

Senti uma presença calorosa no meu interior, que logo depois divagou em nosso redor e se foi afastando. Passados perto de quinze minutos, senti novamente a sua presença.
“Isabella, aquilo que vos observa é muito poderoso e obscuro, aquilo que vos segue é quase impenetrável, peço-te que tenhas cuidado.”

“Terei. Agradeço imenso a tua ajuda.”

Conduzimos durante mais alguns minutos até que Kiba parou e tomou a sua forma humana.

— Podem estacionar as motas aqui, por favor? A partir daqui podemos caminhar e de certeza que durante o combate também não querem danifica-las.

Desligamos as motas e retiramos o que precisávamos das bolsas que tínhamos levado connosco. Da pequena mala que tinha levado com facas, punhais e afins, retirei alguns que coloquei em diversas partes do corpo, nas peças de roupa. Por fim, retirei a katana que o meu pai me tinha oferecido. Coloquei o cinto com o seu coldre na minha cintura e partimos. A temperatura estava a diminuir cada vez mais. Kiba parecia não ter frio, pois provavelmente estava habituado àquilo. Senti alguns passos atrás de nós. Imediatamente, retirei a espada do seu coldre e lancei-a na direção da pessoa. Ainda bem que não lhe tinha acertado. Era Yuki. A espada, de uma lâmina tão afiada ter, deixou o tronco de uma árvore com centenas de anos, instável. Yuki ficou assustada.

— Então, acalma-te Isabella, sou só eu.

— Desculpa, sabes que não tenho faro de lobisomem…

Caminhei na sua direção e dei-lhe um rápido abraço. Enquanto tentava retirar com algum esforço a espada de árvore, Yuki cumprimentou os outros. Aquela espada era muito importante para o meu pai e se ele ma tinha dado era porque achava que eu a merecia na realidade.

“Sakura, ajuda-me neste combate.” – pedi, gentilmente, em pensamento.


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Notas finais do capítulo

Até ao próximo capítulo! ^_^



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