Scars Of Love escrita por Simi
Notas iniciais do capítulo
Olá, queridos leitores! Como têm estado? Ora, como é quarta-feira estou aqui mais uma vez para postar um novo capítulo de "Scars of Love" :)
Boa leitura! ^^
(Isabella)
O meu corpo não se mexia. Estava em estado de choque. Como é que eu podia escolher? Ambos eram importantíssimos e indispensáveis na minha vida!
— Diz-me Valéria, tu estás a fazer isto por vingança ou por ordens do Luther?
— E porque não juntar o útil ao agradável?! Eu disse-te Isabella que ainda ias sofrer muito mais, mas decidi que não ias ser só tu... – disse com um sorriso maléfico no rosto.
— És completamente desprezível! – gritou Petrus. Uma faca apareceu flutuando à frente do seu pescoço.
— Pára, Valéria! Já chega de sofrimento… – estava a deixar-me ir abaixo, não tinha qualquer confiança.
“Os Elementos…” – pensei.
Será que eu conseguiria proteger-nos aos três? Será que eu tinha tal capacidade? No final de contas, eu estava a ser testada a toda a hora. Tinha medo de não conseguir. Mentalmente pedi:
“Elementos, sei que esta batalha vai ser difícil, sei que tenho limites, mas por favor, por favor! Ajudem-me a proteger os meus amigos, se não poderem proteger-me, protejam pelo menos os meus amigos. Criem uma barreira forte, por favor.”
Senti algo quente a rodear-me, as facas foram repelidas, os meus amigos voltarem a pisar o chão.
— Eu vim preparada, vais ter pouca sorte desta vez! – na sua mão apareceu um punhal cuja cor da sua lâmina era violeta.
“Violeta?!” – pensei. – “Será que aquilo pode matar-me?”
O punhal veio em minha direção e quebrou a minha barreira. Mas, mal lhe tocou fez-se em pó. Deixei de sentir a presença dos Elementos. A coisa estava a ficar feia… Ela começou a cantar. Era insuportável! Tanto eu, como Petrus e os restantes acabamos ajoelhados no chão, a agoniar de dores. Tentei chamar os Elementos novamente, mas não recebi nenhuma resposta. Muito provavelmente aquele punhal tinha feito com que a minha barreira não voltasse por algum tempo. Depois de tanta luta, depois de tantas lágrimas, depois de tanto sofrimento aquilo ia acabar assim? Valéria ria-se, o seu riso era maléfico, a sua expressão mostrava que estava satisfeita com o nosso sofrimento. Já tinha perdido as esperanças. O meu corpo desfaleceu. A última coisa que ouvi foi Petrus a gritar o meu nome desesperadamente…
Não sei se foi um sonho ou se simplesmente o meu espírito deixou o meu corpo por momentos. Encontrava-me num quarto cor violeta, mobilado e com uma enorme janela com vista para um campo completamente plantado com amores-perfeitos de cores violeta e azul. Alguém abriu a porta do quarto.
— Isabella tens de te despachar, os teus amigos precisam de ti. – disse a minha Rainha.
— Mas…Mas eu falhei! Eu não consegui protege-los!
— Isso vai ajudar-te, mas só podes usá-lo para te protegeres e para protegeres aqueles que te são queridos. Enquanto ele estiver assim, em forma de punhal, ele pode dividir-se em vários, mas depois terás mais explicações. – o punhal apareceu na minha mão numa luz branca. A sua lâmina era da mesma cor que a luz com que tinha aparecido. – Agora despacha-te, vai correr tudo bem.
Depois disto, tudo ficou escuro. Passados alguns minutos, voltei a ficar consciente. Abri o canto de um olho e Valéria não estava. Todos nós estávamos presos à parede com as suas facas. Todos estavam inconscientes.
“Porque é que ela ainda não nos matou?” – pensei.
Olhei para as minhas mãos.
“Afinal foi só um sonho…” – pensei, desiludida.
Tentei mexer-me, mas foi quase inútil, as facas estavam bem presas. Mas senti algo pesado dentro do bolso das minhas calças de fato de treino. Oh bolas, ia rasgar a minha camisola favorita! Tinha que fazer o sacrifício… E lá se foi a camisola. Quando coloquei a mão dentro do bolso senti algo frio, metálico. Será que… Quando o vi diante dos meus olhos não podia acreditar. Era o mesmo punhal do meu sonho. O seu cabo era de safira e tinha cravado uma lua cheia de prata. Estava maravilhada. Um objeto tão belo podia matar. Entretanto, Valéria entrou na sala.
— Então já acordaste… És mais resistente do que o que eu pensava. – olhou para a mim mão e ficou intrigada. – O que é isso que tens aí na mão? – como é que eu ia saber se nem eu própria sabia como utilizar aquilo.
“A lua… Chama pela lua.”
Senti a presença do Elemento Espírito. Chamei lua em pensamento.
“Não, não pode ser assim.”
Valéria foi para perto da janela. Olhei para a lua. Estava cheia como a que estava cravada no punhal. Em sussurro, tentei chamar pela lua em várias línguas até. Tentei mais umas tantas em português. Bem, não estava a resultar. Estava-me a escapar alguma língua. Sabia o básico de quase tudo, mas estava faltar alguma.
“É isso!” – pensei. – “Falta o grego e o latim.”
Tentei em grego. Nada… Tentei em latim e fiquei parva para o resto da minha vidinha. A safira do punhal absorveu alguns raios lunares e a lâmina iluminou-se. Quando Valéria se voltou eu já estavam com os pés bem cientes na terra.
“Espírito, obrigada.”
Deixei de sentir a presença do Elemento, mas senti-me feliz, afinal sempre havia esperança…
— Achas que vai ser esse punhal que te vai safar? Vai sonhando vai…
— Bem, já não tens aquele punhal que quebrou a minha barreira porque ele transformou-se em pó mal lhe tocou.
Lancei o punhal às facas que prendiam os meus amigos e Petrus. Eles caíram no chão, ainda permaneciam inconscientes. O punhal retornou à minha mão.
— Bem Valéria, agora nós. – coloquei-me em posição de ataque. – Luna!
A palavra sendo dita com mais intensidade fez com que uma maior quantidade de raios lunares fosse absorvida pelo punhal. Este iluminou-se com uma intensidade incrível. A face de Valéria mostrou surpresa. Lancei o punhal na sua direção. A partir dali não sabia o que ia acontecer…
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Então, o que acharam? Eu realmente acho que não tenho muito jeito para descrever lutas, mas tentei fazer o meu melhor. Espero que tenham gostado :)
Até ao próximo capítulo! ^^