Scars Of Love escrita por Simi
Notas iniciais do capítulo
Olá, gente! Como estão todos? Venho hoje, como prometido, postar mais um capítulo de "Scars of Love" emocionante!
Boa leitura! ^^
(Isabella)
Acordei no meu quarto. Provavelmente tinha sido Kiba a levar-me para lá. Já não me sentia tão fraca, mas ainda não estava totalmente recuperada. O dia estava chuvoso, ao olhar-se pela janela, as ruas estavam desertas. Tomei um duche rápido e vesti umas roupas leves. Desci até à sala e estava vazia. Fui à cozinha e estava lá Kiba, a comer… Quando o vi até revirei os olhos… Passava toda a santa vida a comer!
— Tu não devias estar deitada? – perguntou com a boca cheia.
— Já não conseguia estar mais deitada. O Petrus onde está?
A sua expressão mudou completamente. Só depois de engolir toda a sande que estava na sua boca é que respondeu:
— Está no quarto ao fundo do corredor.
Chegada à porta do quarto hesitei.
“Será que devo entrar?” – questionei-me.
Juntei coragem e bati.
— Entre. – ouviu-se no interior.
— Como é que estás? – perguntei.
Não o conseguia encarar. Ele estava deitado na cama, como sempre, sem alguma roupa vestida no tronco. Dirigi-me para a janela.
— Sinto-me melhor, embora as feridas que a Valéria me causou ainda não curaram.
— Se quiseres eu posso tratar disso.
— Não é preciso. A medicina foi inventada por alguma coisa.
“Então agora eu estou a ser trocada pela medicina?!” – pensei. – “Espera, eu pensei isto? Oh Meus Deus, que confusão vai na minha cabeça e no meu coração!”
A questão “Porquê?” continuava a ressoar na minha mente.
— Fico feliz por estares melhor. – ao apertar o manipulo da porta ele agarrou-me no pulso.
— Fica, por favor.
— Não consigo, não posso Petrus. – embora a minha vontade não fosse essa… - Licença. – fechei a porta.
Corri desesperadamente para o meu quarto e encostei-me à porta, a chorar. Eu só gostava de saber o porquê de tanta dor e sofrimento… Eu no fundo amava-o. Depois de tudo, amava-o, não podia nega-lo por mais que o desejasse. Olhei para o meu braço esquerdo. A cicatriz feita pela estrela ninja relembrou-me as cenas daquele dia. Parei de chorar. Bastava de sofrimento, era demais! Bateram à porta. Levantei-me e recompus-me.
— Isabella o que é que se passa? – perguntou Kiba.
— Não foi nada… – disse virando a cara.
Os meus olhos estavam um pouco avermelhados e inchados de chorar.
— Passa-se sim.
Virei-me para trás e com os olhos cheios de lágrimas perguntei-lhe:
— Como é que podes odiar a pessoa que amas?
Virei-lhe novamente as costas, cerrei os punhos e os dentes. Sentia raiva de mim própria por não me conseguir decidir.
— Eu gostava de ajudar, mas não sei a resposta a essa pergunta. – disse Kiba, num tom de voz como se fosse ele o culpado de toda a situação.
— Não tens de responder Kiba. – disse-lhe entre lágrimas e sufocos. – Desculpa estar a maçar-te com este assunto.
Apoiei-me na pequena secretária que estava no canto do quarto. As lágrimas que caiam da minha face formaram uma pequena poça na superfície castanha clara.
— Isabella… eu quero ajudar-te, diz-me como por favor!
“Afinal porque é que ele está tão desesperado para me ajudar?” – questionei-me. Virei-me e disse-lhe:
— Apoiar-me chega. – disse-lhe sem lhe dirigir o olhar.
— Maldito lobo… como eu suspeitava… – Petrus mal se aguentava em pé, mas mesmo assim tinha-se levantado.
De repente, senti que fiquei sem sangue. Fiquei gelada e pálida. Nem me atrevia a pensar. Kiba rosnou-lhe.
— Posso ser um lobo, mas tenho melhor coração que tu! – gritou-lhe.
Petrus estava apoiado na porta. Os poucos passos que dei até lá pareceram uma eternidade. A situação estava a ficar feia. Para além de aquilo só piorar o estado de Petrus, também não era agradável para mim. Coloquei as minhas mãos debaixo dos braços dele e sentei-o na cadeira.
— Parem vocês os dois. – limpei as lágrimas com a palma da mão. – Ofensas e picardias não vão resolver a situação. E tu não te devias ter levantado! – disse, apontando para Petrus.
A expressão na face de Kiba era de quem estava pronto para a luta. Na convivência que tivemos de quase quatro meses, nunca o tinha visto em tal estado.
— Achas bem o que lhe fizeste? Achas? Responde-me!
Tive de parar Kiba. Petrus estava branco. Fiquei bastante surpreendida já que a sua pele era bastante morena.
— Por favor, parem. – disse num tom desgastado. – Kiba, por favor, sai. – pedi calmamente. – Eu depois converso contigo.
Quando lhe falei, o seu olhar ficou mais calmo, tal como a sua expressão facial. Ele anuiu e retirou-se.
— Petrus, devias ter estado quieto.
— Claro e ia ficar a perder para aquele lobo não era?
Estava mal, mas não era da língua de certeza!
— Fazes o favor de não responder dessa maneira! Se eu te estou a dizer isto é para teu bem, mais nada!
Ok, eu devia ter estado calada…
— Ele gosta de ti, Isabella, ainda não percebeste? Ele quer roubar-te de mim!
Virei-lhe as costas. Disse-lhe num tom magoado:
— Há muito que não sou tua…
Ouvi um suspiro de admiração. A conversa não ia ser fácil, mas eu também não podia ceder.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Então, o que acharam? No próximo capítulo, esperam-vos surpresas! Deixem todas as vossas críticas e restantes nos reviews.
Até ao próximo capítulo! ^^