Scenes Of Our Lives escrita por EvansPotter


Capítulo 76
Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Heeeeey amores!!
Estava lembrando de uma entrevista de titia Joanne e resolvi escrever essa one... espero que gostem e comentem pf :)



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– Se comportem. – Gina falou dando um beijo em cada filho, alinhados a sua frente. – Se não se comportarem vão ver só quando chegarem em casa.

– Mamãe, nós só vamos passar uma tarde fora. – Albus resmungou. – E o papai vai estar junto com a gente.

– Como se seu pai conseguisse controlar vocês. – Ela revirou os olhos.

– Eu consigo controlar eles! – Harry protestou.

– Harry, tem um lembrete na sua mão dizendo para você não mentir. Segue isso.

– Mas...

– Cala a boca. – Ela apontou o dedo para o marido, que se calou imediatamente. – E vocês – Ela se virou para os filhos. – estão avisados! Se eu souber que fizeram alguma coisa errada, no mínimo uma semana de castigo e não vão ao jogo da semana que vem comigo.

– Mãe a gente sempre se comporta. – James falou, descaradamente irônico.

– É, vocês são uns amores, James, nunca vi crianças mais comportadas que vocês.

– Mamãe, você vai junto?

– Não, Lils.

– Mas...

– Lily, a ultima vez que sua mãe foi ela quase matou tio Vernon. – Harry falou rindo um pouco.

– Por quê? – Albus perguntou arregalando os olhos.

– Longa historia... – Gina abanou a mão. Os três a encararam, as bocas entreabertas, os olhos bem abertos. – Foi a primeira vez que os vi, – Ela começou. - a primeira vez que o pai de vocês reviu os Dursley depois da guerra. Foi quando fomos contar que íamos nos casar e eu vi o quanto filho da... o quão idiota o tal Vernon Dursley era e... bom, ele acabou com furúnculos horríveis no corpo todo. Até hoje não entendo por que não foram no nosso casamento...

– Gina, não dá nenhuma ideia para eles. – Harry falou passando a mão no rosto. – Não é você que vai ter que passar a tarde inteira com eles.

– Pelo menos seus tios não vão estar lá... – Ela deu de ombros. – Mas se eles aparecerem vocês tem minha permissão para azarar os dois.

– Gina!
– Harry, nenhum deles foi para Hogwarts, eles não sabem azarar ninguém...

James olhou para baixo e se moveu desconfortavelmente.

– Vamos logo antes que a mãe de vocês dê permissão para vocês terem um dragão. - Harry balançou a cabeça negativamente, abrindo a porta.

– Podemos?! – Lily perguntou animada.

– Não! – Os pais responderam juntos.

A viagem de carro pela estrada vazia e fria foi longa. Com os três filhos falando alto no banco de trás, Harry não sabia se ria ou se chorava. Já era perto da hora do almoço quando ele finalmente parou o carro em frente a uma casa grande e quadrada, que lembrava muito a ele a da Rua dos Alfeneiros, numero quatro, Little Whinging, Surrey.

Ele desceu e abriu a porta de trás para os filhos, que saíram pulando e correndo.

– Ei! Voltem aqui!

Os três pararam e Harry se agachou na frente deles. James olhava sorridente para o pai, pulando um pouco no mesmo lugar, Albus olhava ao seu redor, para o alto e Lily tinha um dedo na boca e apertava um urso de pelúcia no braço. Harry sorriu para eles e continuou:

– Já sabem, não é? Se controlem um pouco em falar sobre as coisas do nosso mundo, cuidado com magia acidental e sejam comportados.

– Tudo bem, papai. – Os três responderam juntos.

– Certo. Então vamos.

Ele caminhou com as três crianças a sua volta até a porta da frente da grande casa branca, soltou um longo suspiro antes de tocar a campainha. Levou menos de um minuto até que uma pequena garota abrisse a porta, sorridente e parecendo ansiosa.

– Oi!

– Oi, Susan!

– Mary. – A garota corrigiu Harry.

– Ah, certo. Desculpe.

Um momento depois um homem alto e largo, bem largo, apareceu atrás da menina, colocando a mão sobre o ombro dela.

– Er... oi, Harry! – Duddley cumprimentou meio desconfortável.

– Oi... Big D. – Harry sorriu fracamente.

– Entrem. – Falou pisando para o lado e imitando o sorriso do primo.

Os seis mal tinham pisado na sala quando mais duas crianças desceram as escadas, rindo baixo e pulando de dois em dois degraus. Uma outra menina, dessa vez Susan, e um garoto de uns três anos, Michael, chegaram ao andar de baixo, e junto com a irmã mais velha, Mary juntaram-se imediatamente a James, Albus e Lily para brincarem.

– Vamos lá para fora! – A mais gordinha das meninas falou. – Su, pega sua caixa de brinquedos lá em cima!

Os primos ficaram um tempo na sala, parados em pé, depois da saída das crianças. E até que Duddley sugerisse que eles também fossem para o quintal dos fundos, os dois ficaram em silencio. As coisas não mudaram muito quando eles se sentaram na mesinha no jardim e ficaram observando os filhos brincarem, muito mais entrosados que eles.

– Vou... er... vou buscar uma cerveja para a gente.

– Certo.

Duddley voltou no mesmo momento que Lily aparecia e perguntava ao pai:

– Papai, o James perguntou se ele pode usar uma das bombas-de-bosta que ele trouxe.

– Diz para ele que claro que sim! Pode usar quantas ele quiser! Onde ele quiser e quando quiser!

– Ok! – Ela respondeu sorridente e voltou correndo para o lugar onde o irmão estava.

– Lily! – Harry chamou e a menina voltou, quando já estava no meio do caminho. – Isso foi ironia.

– Foi o que? – Ela perguntou confusa.

– Foi... quer dizer que ele não pode, Lily. De jeito nenhum.

– Ah... vou falar para ele. – Respondeu visivelmente decepcionada e saiu mais uma vez de perto do pai.

– O que são bombas-de-bosta? – Duddley perguntou.

– Uma coisa que sua mulher iria amar ter em casa.

– Ironia? – Perguntou rindo.

– Sim. – Harry riu também. – Ah... onde ela está?

Harry achava mais fácil conversar com Samantha do que com o marido dela. A mulher era sorridente a parecia nutrir tanta antipatia por Vernon e Petunia quanto ele.

– A empresa dela a mandou em uma viagem. Vai passar uma semana em Paris.

– Ah... legal. James o que eu falei sobre isso?! – Acrescentou se virando para o filho que fazia um esquilo ficar amarelo e as três crianças Dursley arregalarem os olhos e abrirem as bocas.

– Desculpe, pai! Já parei.

– Ah... desculpe... ele faz isso direto em casa, lá não tem problema, mas...

– Eles três são... são... como você, não é? – Duddley indagou olhando para o esquilo, já da cor normal, que corria para um arbusto perto.

– Sim.

– Os três?

– Sim.

– Sempre... sempre esqueço. Só queria confirmar.

– Certo.

Desviaram os olhares um do outro e mais uma vez ficaram observando os filhos. Agora era a vez das três crianças Potter ficarem impressionadas olhando para um robô de brinquedo que Mary controlava com um pequeno controle remoto.

– Pai! Podemos ter um desses? – Albus perguntou olhando para o brinquedo. – E quando eu comprar uma varinha pode ser uma igual a essa? – Acrescentou mostrando o controle remoto.

– Não é uma varinha, Al. – Harry respondeu meio que sussurrando. – E fala baixo! – Ordenou espichando o pescoço e olhando por cima da cerca para os dois lados do jardim para ver se ninguém ouvira.

– Acho que não tem nenhum vizinho em casa. – Duddley informou.

– Ah... melhor. – Harry falou.

– Como fez isso? – O primo mais gordo perguntou, colocando o dedo sobre a própria bochecha para indicar o corte na de Harry.

– Hum... diríamos que em uma viagem de trabalho.

– Espero que a Sam não volte assim. – Ele riu fracamente.

Harry sorriu para concordar.

– Você... você está trabalhando onde mesmo? – Harry perguntou, tentando manter a conversa.

– Grunnings. – Ele respondeu. – Mesma empresa que meu pai sempre trabalhou.

– Ah. E... e como eles estão?

– Hum?

– Seus pais.

– Ah! Estão bem. Continuam na mesma casa em Surrey.

– Legal. – Harry falou não conseguindo refrear uma leva careta ao lembrar-se das boas lembranças que tinha naquela casa. – Que... que bom que estão bem. Acho que não vejo eles desde... desde... bem...

– Desde o dia dos furúnculos.

– É. – Harry falou olhando para baixo. – Gina sente muito por aquele dia, a propósito.

– Ah... tudo bem.

Os dois beberam um grande gole de cerveja, ao mesmo tempo, para tentar preencher mais um grande espaço de silencio. Ambos acabaram com quase metade da garrafa.

– E como ela está? – Duddley perguntou por fim.

– Quem?

– Sua esposa. Gina, não é?

– Ah! É. Ela está bem. Não pôde vir... tinha... um negocio no trabalho.

“E, além disso, ela não é sua fã numero um.”, pensou Harry.

Os encontros dos dois, que ocorriam cerca de uma duas vezes no ano, eram sempre assim. Eles se sentavam desconfortavelmente um do lado do outro, na casa de um deles e assistiam os filhos, trocavam algumas poucas palavras e se mantinham quietos na maior parte do tempo.

As coisas eram realmente mais fáceis quando Gina ou Samantha estavam presentes. As conversas sempre fluíam um pouco melhor. Ambas conseguiam fazer os respectivos maridos serem um pouco mais abertos a conversas com o primo. Apesar de Gina não gostar muito do “filho do cara do furúnculo”.

As seis crianças por outro lado se entrosavam bem. A relação, no mínimo complicada, dos pais não as impediam de se juntarem uma vez por ano para brincarem por algumas horas. E eles se achavam mutuamente interessantes. Os Potters fazendo coisas estranhas acontecerem ao redor e os Dursleys com seus brinquedos eletrônicos, computadores e videogames.

Samantha e Gina também se davam bem. Pelo menos tão bem quanto duas mulheres de mundos diferentes que se vêem muito raramente podem se dar. Mas nas raras ocasiões em que se encontravam conseguiam manter uma conversa continua e amigável.

O alivio dos dois era grande na hora de se despedirem. E dessa vez não foi diferente. Os sorrisos dos dois foram os maiores e mais sinceros do dia quando Harry, já na porta da frente e com os três filhos sentados dentro do carro, apertou a mão do primo, acenou para as três crianças dentro da casa e com os narizes espremidos na janela e se virou para ir embora.

– Papai, porque não vamos na casa deles mais vezes? – James perguntou. – Eles têm coisas legais e estranhas.

Harry olhou meio assustado, pensando nessa possibilidade, para o filho pelo retrovisor e apenas respondeu:

– Quem sabe, James. Quem sabe.


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