Scenes Of Our Lives escrita por EvansPotter


Capítulo 70
Escolhas


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeeeeeeeeey amores!!!!!!!!!!!!!!!!
1- CAPITULO 70!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! YAAAAAAAAAAAAAY!!!!! sem or quando é que eu vou parar? serio? enfim, vcs já sabem de tudo, obrigada mais uma vez!!!!
2 - ULTIMO CAPITULO DO ANO!!!!!!!!!!!!!!!!!! eu postei mto capitulo dos marotos esse ano (até Mês dos Marotos teve) então resolvi postar o ultimo do ano relacionado a eles também (mentira galera só percebi que esse seria o ultimo do ano depois que já tinha escrito mas msm assim deu certo hehe)
bom eu desejo um otimo ano novo para vcs!!!!!! obrigada por nesse ano terem me dado tantos reviews e obrigado a tds os leitores que chegaram nesse ano (e aos que chegaram antes tb kkkk)
e sobre o capitulo... gente ele é do tipo "desalmada" mas bem desalmeda msm, bom, pelo menos eu chorei mtooooo escrevendo ele so... enfim, preparem os lencinhos ai :)
e ATÉ ANO QUE VEM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



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Sirius Black bateu na porta, olhando para os dois lados da rua, esperou alguns segundos e bateu impaciente outra vez. Ninguém atendeu.

– Merlin! – Disse exasperado em voz baixa e procurou pela varinha dentro das vestes. – Alohomora!

Ele ouviu o trinco da fechadura se abrindo e empurrou a porta, entrando rápido e a fechando novamente.

– Wormtail? – Chamou entrando na pequena sala. – Cadê você? Não está dormindo está?

Ele se sentou no sofá, cruzando as pernas e estendendo os braços sobre o encosto.

– Dá para você aparecer logo? James e Lily me pediram para vir ver se você está bem, e se você não responder logo eu vou ser obrigado a dizer que você não está bem porque eu vou acabar com você. – Gritou inclinando a cabeça para trás.

Nenhum som vinha de nenhum lugar da casa. Sirius estreitou os olhos e se levantou.

– Wormtail? – Chamou devagar. – Peter?

Ele abriu a porta que dava para o quarto. Estava vazio, a cama parecia arrumada, pelo menos arrumada para o padrão “Peter Pettigrew”. Sirius correu para a cozinha, espiou dentro do pequeno banheiro, olhou pela janela para o pequeno quintal. Nada.

Começou, então, a procurar por sinais de luta, talvez Peter tivesse sido pego, mas a casa parecia em perfeito estado. Nada quebrado, nada caído, nada largado, nenhum vestígio de sangue. Ele ficou parado no meio da sala, olhando ao redor, o coração batendo forte contra o peito. Ele não poderia ter saído. Não, Peter não sairia assim do seu esconderijo por nenhum motivo que Sirius conseguisse pensar. A não ser que...

– Não. – Ele falou em um tom baixo e reflexivo, balançando devagar a cabeça.

Sirius levou ainda alguns segundos parado entre o sofá e a porta da cozinha.

– Não! – Ele gritou de repente e saiu correndo da casa.

Correu até o lugar em que tinha deixado sua moto e se lançou no céu com uma velocidade surpreendente, sem se importar que algum trouxa pudesse ver qualquer coisa. A escuridão que antecedia o iminente nascer do sol devia oculta-lo.

Sirius não se lembrava de já ter voado em tão alta velocidade com aquela moto, sentindo o vento forte e frio bater contra o rosto enquanto o desespero crescia dentro dele. Ele tinha que estar errado. Pettigrew não poderia ter feito aquilo. Ele devia estar errado.

O dia já começava a clarear quando Sirius começou a apontar o guidão da motocicleta em direção a terra, as casas começando a aumentar. Ele atingiu o chão com força, e mal tinha desmontado rapidamente quando olhou para a casa dos Potter e viu o lado direito do andar de cima completamente destruído. “O quarto do Harry” pensou desesperado enquanto corria.

– Hagrid! – Berrou o mais alto que pode ao ver a grande figura saindo pela porta da frente. – Hagrid! O que foi que...?

Ele parou ao ver o embrulho de cobertores nos braços do meio gigante, se aproximou rápido e como se um botão tivesse sido apertado ele subitamente começou a ouvir o choro do afilhado, que, no entanto, parecia estar chorando a um bom tempo.

– Harry!

– Sirius! O que está fazendo aqui? – Hagrid perguntou. A voz embargada.

– Eu... eu... Hagrid, o que aconteceu? – Perguntou olhando desesperado para o bebê. – Que corte é esse na testa dele? Onde estão o James e a Lily?

Hagrid ficou calado, mais lagrimas caindo de seus olhos sobre os cobertores que envolviam Harry. Ele parecia incapaz de falar.

– Hagrid? – Sirius gritou desesperadamente tentando obter informações.

Seus olhos corriam da casa destruída para o rosto infeliz de Hagrid e depois para o corte na testa do afilhado.

– Sirius, eles... eles... Você-Sabe-Quem veio atrás deles e...

– Não! – Sirius berrou. As lagrimas começavam a se acumular nos olhos dele também.

– Eles... eles estão mortos, Sirius. – Informou com sua voz empastada e mais lagrimas choveram sobre o embrulho de panos que era o choroso Harry.

Sirius sentiu um nó na garganta, que parecia que nunca mais se desfaria, impedindo o grito que se formou no seu intimo de escapar dele. Sentiu o rosto começar a ser lavado por lagrimas. Não sabia o que fazer. Não sabia o que falar. Não sabia mais nada.

– Olha, Sirius – Hagrid começou, visivelmente tentando consolar o homem a sua frente – Vai... vai ficar tudo bem. Você-Sabe-Quem foi embora. Sumiu. Não há sinal dele. Ele tentou matar o pequeno Harry, mas não conseguiu. O Harry sobreviveu, Sirius.

Ele balançou a cabeça confirmando. É, Harry tinha sobrevivido, o pequeno bebê risonho que todos eles tentavam com todas as forçar proteger, exceto, é claro, Pettigrew. Ele tinha sobrevivido, Sirius não entendia como, mas isso não importava agora. Ele estava vivo. Seu afilhado estava vivo. Seu afilhado.

– Hagrid. – Ele chamou olhando fixamente para Harry, uma brecha de luz parecia ter iluminado um pouco seus pensamentos. – Hagrid, me dá o Harry!

– Não posso! Tenho que levar ele para Dumbledore!

– Dumbledore não é o padrinho dele, Hagrid, eu sou. – Falou firmemente. – Eu tenho que ficar com ele. Foi a mim que James e Lily o confiaram se... se... Eu que tenho que cuidar dele, Hagrid.

– Não, não, não! Eu sei, Sirius, eu sei que você é o padrinho dele, mas Dumbledore quer que eu o leve até ele.

– E com quem ele vai ficar? Não tem ninguém que...

– Não sei. – Hagrid interrompeu. – Mas Dumbledore já deve saber isso.

– Hagrid...

– Não posso entregar ele para você. Me desculpe.

Sirius ainda encarava o bebê. Hagrid tinha razão. Sirius tinha que fazer outra coisa. Ele precisava achar Pettigrew e depois disso...

– Tudo bem. – Concordou. – Tem razão. Minha moto. Leve ele até Dumbledore na minha moto, é mais seguro do que andar por ai. Pode pegar. Não vou mais precisar.

– Ah... certo. Obrigado.

Ele olhou mais uma vez para o afilhado, que ainda chorava, olhou para os cabelos pretos e naturalmente bagunçados, olhou para os vivos olhos verdes, agora cheios de lagrimas. Passou com uma delicadeza incomum a mão pelo rosto dele, e segurou por alguns momentos a pequena mãozinha para fora do cobertor. Olhou para o menino imaginando se jamais o veria outra vez. Dando um curto e quase imperceptível aceno de cabeça soltou a mão dele.

Hagrid bateu afetuosamente no ombro de Sirius, fazendo-o dobrar os joelhos e saiu pelo jardim da frente em direção a moto de Sirius, que o viu montar, meio desajeitadamente, e se lançar em direção ao céu. Ficou os observando até que sumissem de vista e respirando profundamente se virou em direção a casa.

A porta de entrada parecia ter sido arrancada da dobradiça. Ele entrou devagar no pequeno hall e a primeira coisa que viu o fez cair instantaneamente de joelhos. O pé descalço de James estava na porta entre a sala e o hall.

Ele engatinhou até o lado da cabeça de James, os óculos tortos pela queda. O corpo de Sirius balançava violentamente por soluços, a cabeça entre os joelhos, envolta pelos braços compridos. Ele mal tinha conseguido olhar para o amigo caído no chão, as pernas e os braços dobrados em ângulos estranhos.

Sirius não viu a varinha da James em nenhum lugar próximo, nem nenhum sinal de luta. Voldemort devia ter agido rápido e impiedosamente, atacando, sem escrúpulos algum, um oponente sem varinha, sem nenhuma forma de efetivamente se proteger.

Ele não tinha força alguma para se levantar. Não conseguia sair do lado do corpo do homem que tinha sido o melhor amigo que ele poderia ter. A pessoa para quem ele correu quando fugiu de casa. Quem o acolheu como se fosse nada menos que um irmão. Irmãos. Era isso mesmo que eles eram. Sirius fora padrinho de casamento dele, padrinho do filho dele. O pobre bebê agora órfão. Sem James e sem Lily.

– Lily! – Sirius falou levantando a cabeça de repente e olhando ao redor tentando acha-la.

Finalmente ele conseguiu se levantar do lado de James e correu para dentro da sala, temendo o que encontraria, mas ela não estava ali. E apenas depois de demorados e dolorosos segundos pensando no que poderia ter acontecido com o corpo de Lily, foi que ele se lembrou da parte da casa destruída que ele viu ainda do lado de fora.

Ele subiu o mais rápido que conseguiu pelas escadas e começou a andar bem devagar pelo corredor, indo na direção do quarto de Harry. Fazendo o mesmo caminho que horas antes Voldemort tinha feito depois de matar seu amigo e sair atrás de Harry.

Se, no andar de baixo da casa, não havia sinal nenhum de luta, fora a porta arrombada, o quarto de Harry era o oposto. A poeira era grande. Destroços da parede destruída se espalhavam pelo cômodo, havia varias caixas espalhadas perto da entrada. E no meio da poeira, dos destroços, das caixas, estava o corpo caído de Lily.

E mais uma vez Sirius sentiu os joelhos cederem e mais uma vez ele parou do lado do corpo sem vida de uma das pessoas mais importantes da sua vida e deixou os soluços tomarem conta dele.

A ruiva sorridente com quem ele amava implicar estava agora morta na frente do berço do filho dela. Morrera, com certeza, lutando com tudo o que podia para proteger o bebê. Ali, Sirius também não viu sinal de varinha. Ela também estava desarmada. Voldemort também conseguira matar uma jovem mãe desarmada tentando proteger seu filho. Não que isso chocasse Sirius, ele sabia do que Voldemort era capaz.

Sirius não achou que pudesse ficar ali mais um momento, então levantou depressa, ainda sem conseguir controlar os soluços, e passando a mão devagar pelo cabelo de Lily, espalhado pelo chão ao lado da cabeça dela e fechando os olhos verdes, antes brilhantes da mulher, Sirius saiu do quarto em direção as escadas. Ajoelhou-se mais uma vez ao lado do corpo de James, colocou a mão sobre o peito dele, fechou seus olhos também e sem lançar outro olhar para ele, saiu da casa.

Ele parou no meio do pequeno jardim, respirou fundo por alguns segundos, controlando os soluços e limpou as lagrimas do rosto. A expressão de profunda tristeza e desespero começou a dar lugar a uma expressão decidida. Ele deu passos firmes em direção à rua.

– Hora de conversarmos, Pettigrew.


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