Scenes Of Our Lives escrita por EvansPotter


Capítulo 60
Herói


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeeeey amores!!!!!!!
Tenho dois motivos para estar feliz hoje:
1- é meu aniversario!!! (quero presentes) e como presente eu ganhei o numero 2 da minha lista de porque estar feliz hoje
2- capitulo 60 de Scenes Of Our Lives!!!!!!!!!!!!! Yaaaaaaaaaaaaay!!!!! gente juro que não achei que is escrever 60 ones :')
Ok sobre esse capitulo, demorei mais de duas semanas para escrever desde que eu comecei e ele estava na minha lista de ideias há alguns meses, comecei ele de um jeito e um "plot twist" no meio mudou as coisas, travei bastante nele, por volta de 800 palavras já estava convencida de que ia ser uma one bem curta, bom, tudo que eu sei é que 15 minutos depois de quase desistir dela já estava em 2000 palavras.
Eu ia postar esse capitulo na semana passada(já tinha até programado a postagem) mas quando percebi que essa semana seria o capitulo 60 resolvi deixar ele para hoje...
Enfim, deu muito trabalho e muitos momentos de falta de inspiração, mas eu gostei mtooo desse capitulo e ele definitivamente se tornou um dos meus preferidos(to aqui aumentando a expectativa de vcs, não deixem ela tão alta assim para não se decepcionarem), e espero que vocês gostem também :)
Só mais uma coisa antes de vcs ficarem cansados demais com essas N.I. ... pra quem é de São Paulo tenho um recadinho pra vcs (além de 'economizem agua') nesse domingo, dia 2, vai ter um evento de Harry Potter na CNA do Tatuapé e parece que vai ser muito bom, com direito a aulas de DCAT, Herbologia, etc. Então quem quiser ir me fala e eu passo o link do evento para vcs :) (não estou organizando o evento nem nada... só vou lá é parece que vai ser bom, e está bem organizado, então estou avisando vocês)
Beijão e até segunda que vem!! (exceto para quem comentar que vai ter o privilegio de falar comigo antes u.u ou pra quem decidir ir no evento que vai ter o privilegio maior ainda de me conhecer u.u u.u)



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– Draco! – Astoria saiu da lareira chamando pelo marido animada. – Cadê você?

Ela correu da sala até a cozinha apenas para acha-la vazia.

– Está em casa? – Perguntou em voz alta enquanto subia correndo as escadas.

Ela abriu, sorrindo amplamente, a porta do quarto, mas mais uma vez encontrou o cômodo vazio.

– O idiota nem arrumou a cama. – Resmungou revirando os olhos.

A morena desceu as escadas correndo de volta para a sala no mesmo instante em que as chamas de lareira de mármore branco ficaram verdes.

– Draco! – Ela sorriu ainda mais e pulou no pescoço do loiro quando o viu saindo da lareira.

Ele se assustou um pouco e a abraçou pela cintura.

– Vai me receber em casa todos os dias assim agora? – Ele perguntou sorrindo.

Ela se afastou um pouco dele, apenas o suficiente para olha-lo bem e, ainda sorrindo, disse:

– Eu estou gravida!

Ele ficou parado a observando, ainda a segurando nos braços. Ela ainda sorrindo imensamente, olhando atenta para o marido que parecia petrificado, com seus olhos brilhantes e alegres.

– Então... – Astoria falou levantando uma das sobrancelhas depois de meio minuto de silencio absoluto.

– Ah... er... calma... o que? – Draco disse muito lentamente, ainda com os braços em torno da cintura da mulher, como se ele dependesse dela para ficar em pé, ao mesmo tempo em que um sorriso ia tomando conta do seu rosto também.

– Quer que eu desenhe?

– Acho que ajudaria... – Ele riu nervoso.

– Pena que sou péssima desenhando. – Astoria falou fazendo uma careta rápida e chacoalhou um pouco os ombros.

O homem riu e a puxando ainda mais para perto, a beijou demoradamente para depois pega-la no colo e sentar com ela no espaçoso sofá em frente à lareira.

– Você tem certeza?

Astoria confirmou com a cabeça, o grande sorriso parecia impossível de ser retirado do rosto dela.

– Eu estava desconfiando há umas duas semanas, mas só fui ao St. Mungo’s hoje.

– Por quê?

– Acho que estava com medo de não ser nada. – Ela deu de ombros. – Fiquei adiando.

Ele sorriu mais e a beijou outra vez.

– E agora? – O homem perguntou algum tempo depois.

– E agora o que?

– O que nós fazemos agora? Eu não sei o que temos que fazer. Eu nunca tive um filho!

– Eu realmente espero que não, Draco! – Ela riu.

O loiro balançou a cabeça sorrindo e a puxou mais para cima, acomodando-a melhor no seu ombro.

– Mas é sério. O que nós fazemos agora?

– Que tal jantar? Não sei você, mas eu estou morrendo de fome.

– Não estou falando agora, agora. Estou falando...

– Eu sei, Draco. – Ela revirou os olhos.

– Então?

– Você realmente não tem a menor ideia do que fazer, né? – Ela perguntou olhando nos olhos dele e sorrindo carinhosamente.

– Não. – Ele respondeu ficando mais nervoso a cada segundo. Alegria e medo entrando em conflito dentro dele.

– Ok. Então vamos por partes. Primeiro acho que temos que contar para nossas famílias.

– É. É uma boa ideia. – Ele concordou lentamente com a cabeça. – E depois?

– Arrumar o quarto do bebê, comprar roupas, fraldas, mamadeiras, enfim, tudo que ele precisa, escolher um nome... – Ela foi enumerando rapidamente enquanto contava nos dedos e assumia um olhar meio vago.

– Tudo isso? – Draco arregalou os olhos.

– Bem... sim. – Ela riu. – Mas temos quase oito meses para tudo isso. Vamos ter tempo suficiente para nos prepararmos até o bebê chegar. – Ela completou colocando a mão na barriga.

Draco acompanhou o movimento da mão dela e não desviou mais o olhar por longos segundos.

– Ele está ai dentro. – Ele sorriu.

– Merlin, que tipo de curandeiro é você? – Astoria riu.

– Não foi uma pergunta. – Ele riu também. – Foi mais uma...

– Percepção?

– É.

– É. Ele está aqui. – Ela falou olhando para baixo.

– E uma hora ele vai ter que sair. Essa é a parte que me assusta mais. – Draco riu meio nervoso.

–Pelo menos você não vai ter que realmente faze-lo sair daqui.

– Você vai se sair bem. – Draco riu.

– Certeza? – Ela perguntou levantando uma sobrancelha.

– Certeza.

– Você também vai se sair bem... sabe... depois que ele sair...

– Certeza? – Ele perguntou imitando a esposa.

– Sim. – Ela respondeu, o sorriso ainda mostrando carinho.

Ele segurou a mão de Astoria, fazendo pequenos círculos nela com o polegar, olhando para as mãos deles sobre sua perna, disse:

– E... e se as pessoas forem... más com o bebê.

– Por que as pessoas seriam más com um bebê. – Ela estreitou os olhos.

– Tori, você sabe do que eu estou falando... Não quando ele for bebê, mas...

– Eu sei do que você está falando. – Ela suspirou. – E você precisa melhorar e muito sua percepção de sarcasmo comigo. – Acrescentou em voz um pouco mais alto.

– E então? – Draco perguntou após segundos de silencio.

– E então o que?

– E se as pessoas forem...?

– Ah! Sobre isso. – Ela falou e depois ficou quieta se acomodando novamente sobre o peito dele.

– Será que podemos ter um dia uma conversa que faça sentido e em que você responda minhas perguntas? – Ele perguntou ligeiramente confuso.

– Não é obvio o que vai acontecer se alguém for mau com ele?

– Hum... não... por isso que estou...

– Draco, é simples, eu vou matar a pessoa e depois você vai até Azkaban me ajudar a fugir. – Astoria respondeu simplesmente fazendo Draco rir. – Pelas meias molhadas de Merlin! Você realmente acha que vou deixar alguém ser mau com meu filho?!

– É, eu devia saber que essa seria a resposta. – Ele falou ainda rindo e beijou a cabeça dela.

– Mas... – Astoria hesitou.

– O que?

– Você tem certa razão. – A mulher se levantou do colo dele e ficou de joelhos no sofá, olhando fixamente para Draco, pela primeira vez sem o grande sorriso no rosto.

– Acho que sim. – O loiro concordou olhando para baixo.

– Algumas pessoas vão ser duras com ele.

– Eu sei. Eu...

– Vamos ter que ensina-lo desde cedo a não ligar para essas pessoas. – A esposa o interrompeu.

– Não é muito fácil fazer isso, Astoria.

– Eu sei que não. Acredite, eu sei que não. Mas eu aprendi a não ligar e o bebê também vai aprender.

– Não é justo. – Draco falou finalmente olhando para Astoria outra vez. – Ele nunca fez nada e vai pagar...

– E vamos ter que ensinar o pai dele a não se culpar por isso também. –A mulher falou levantando as sobrancelhas e colocando a mão no queixo fino de Draco, levantando a cabeça dele.

– Mas é minha culpa que as pessoas agem assim. Isso tudo é por que...

– Porque as pessoas são idiotas que não conhecem nem metade da história e julgam tudo por pedaços de noticias fornecidos por Rita Skeeter.

– Alguns pedaços são verdadeiros. – Ele resmungou.

– E exagerados. Sensacionalistas.

– Tori...

– Draco, nenhuma das pessoas que sabe toda a sua história te julga e trata mal você ou quem está perto de você. Nem mesmo Harry Potter faz isso.

– Nenhuma dessas pessoas quer ficar perto de mim também. – Ele retrucou com um tom de voz duro.

– Isso não é verdade. Eu quero. E você não quer essas outras pessoas perto de você também, então porque está reclamando. – Ela deu um leve tapa no ombro dele, sobressaltando-o. – Ou vai me dizer que agora quer ser o melhor amigo de Ronald Weasley.

– Não quero ser amigo do Weasley!

– Então pronto.

– Astoria... – Ele tentou rebater.

– Não! Draco as pessoas vão te julgar por coisas que elas nem ao menos entendem. Não podemos ensinar a todas elas a pararem de serem idiotas, mas podemos ensinar nosso filho a lidar com isso. Vamos contar toda a história para ele e tenho certeza de que ele vai entender tudo.

– Não quero contar essa história para o bebê. – Ele se sentou repentinamente reto no sofá.

– Ok. Então damos todas as matérias que a Skeeter escreveu depois da guerra para ele ler. Com certeza vai ser melhor.

Draco abaixou a cabeça outra vez e se afundou um pouco no sofá. Astoria sorriu outra vez e se deitou nas pernas dele, que hesitou um pouco antes de começar a mexer nos cabelos da mulher.

– Ele vai ter vergonha de mim. – Falou por fim em tom de voz apenas audível.

Astoria se virou para que pudesse olhar para o marido e perguntou:

– E porque ele teria?

– Não é obvio? – Draco questionou aumentando consideravelmente a voz.

– Não.

– É sim!

– Eu não tenho vergonha de você. Ao contrario. Eu me orgulho de você.

– Mesmo? – Ele perguntou em um tom irônico e descrente.

– Sim. Mas isso é só porque casando com você consegui provar para meus pais que consigo fazer uma coisa compatível com a pureza do meu sangue. Só acho interessante que ninguém na família se lembre do sobrinho trouxa da minha mãe.

Draco riu baixo balançando negativamente a cabeça.

– Draco – Ela se ajoelhou outra vez no sofá. – Você saiu da guerra derrotado, não porque “seu lado” tinha perdido, derrotado com você mesmo, deprimido, envergonhado, com medo, machucado, traumatizado...

– Você pretende me ajudar com isso ou...?

– Mas você está aqui hoje. – Ela continuou. – Você enfrentou todas as pessoas que olhavam torto para você. Você tem um ótimo emprego no hospital, coisa que, bom... sem querer ofender, seu pai nunca teve, a não ser que subornar altos funcionários do Ministério seja um emprego...

– Não, não é... – Ele concordou rindo um pouco sem graça.

– Você passou por tudo aquilo e está aqui hoje. Você está bem, Draco. Apesar de todo o seu passado você conseguiu chegar aqui. E chegar aqui honestamente, chegar pelo seu mérito. Eu juro que se fosse eu não sei se conseguiria voltar para esse mundo. Eu realmente não sei se teria força para isso. Talvez passasse a viver entre os trouxas. Amor, enfrentar toda a comunidade bruxa, viver nela mesmo sabendo que seria julgado por não ter tido escolha, por tentar proteger sua familia, você tem ideia da quantidade de coragem de que você precisou para isso? Para conquistar seu lugar no meio de tantos leitores de coluna de fofocas do Profeta? Draco, pouquíssimas pessoas conseguiriam fazer isso!

– Isso tudo não apaga o que eu fiz.

– Você não matou Dumbledore, Draco.

– Mas quase matei Katie Bell e o Weasley, coloquei Comensais dentro de Hogwarts, eles machucaram pessoas aquele dia, me juntei aos Comensais, achei por um bom tempo que eles estavam certos e...

– Você achou que eles estavam certos até ver o que eles realmente faziam!

– Isso não muda as coisas! – Ele gritou e se levantou do sofá, deixando Astoria ainda ajoelhada nele, olhando-o com os olhos um tanto arregalados.

Ele ficou parado a frente dela, de costas para a lareira, a respiração pesada. Levaram muitos segundos até que Astoria se levantasse, andasse até ele, colocasse as mãos sobre o peito dele e o desse um beijo leve nos lábios finos e contraídos de Draco.

– Não estou dizendo, nunca disse, e nunca vou dizer, que tudo o que você fez foi certo. – Ela falou em voz baixa, com os lábios muito próximos aos dele. – E você sabe disso. Mas eu sei o quanto Voldemort manipulava as pessoas, mesmo nunca tendo chegado nem perto dele, eu sei que escolher entre proteger sua família da morte e tortura e fazer uma coisa que ninguém quer fazer, não há escolha. A escolha é só uma ilusão. Só tem uma resposta. Eu sei que você não o matou e nem conseguiria mata-lo. Não porque fosse é fraco para fazer isso, mas porque você é forte para não fazer isso. Eu sei que você é uma boa pessoa em uma família de escolhas erradas e que também fez suas escolhas erradas.

Astoria notou algumas lagrimas se acumulando nos olhos cinzas do marido e lutou para conter as suas também. Ainda com o rosto bem próximo do marido, ela continuou:

– Você teve coragem e força o suficiente para olhar para você mesmo, ver tudo o que aconteceu, ver todos os seus erros e admiti-los, mesmo que isso te machucasse imensamente. E você teve ainda mais coragem e força para encarar todas as pessoas que sofreram com as suas escolhas e as escolhas da sua família e de muitas outras famílias também, e viver entre elas, mesmo sabendo que elas te atingiriam onde mais doeria. É por isso que eu me orgulho de você, Draco.


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