Scenes Of Our Lives escrita por EvansPotter


Capítulo 3
Rosinha


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeey amores :)
Esperam que estejam gostando das one-shots :)
Mais um cap para vcs! Comentem por favor e me se quiserem me dar sugestões de mais cenas a vontade :)
Bom preciso ir...
Espero que gostem!!



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P.O.V. Ronald

Hermione me acordou cedo, um pouco agitada e também melancólica, mas fiquei ainda quase meia hora deitado. Não acredito que esse dia chegou, não esperava que isso acontecesse tão depressa. Era tão mais fácil antes, acho que Rose e Hugo deviam ter sido crianças para sempre. Mas eles cresceram, cresceram e agora minha Rosinha vai se casar. Maldito Scorpius.

– Ron! Levanta, temos que ir para A Toca logo! – Hermione apareceu na porta do quarto. – Vai rápido!

– A Rose já acordou? – Perguntei me levantando devagar.

– Acho que ela nem dormiu, quando desci para a cozinha ela já estava lá andando de um lado para o outro.

– Hum...

Ela me olhou sorrindo.

– Rony... vai ficar tudo bem. – Falou me abraçando pelas costas.

– Ela é muito nova, Hermione! Só tem dezoito anos!

– Eles se amam, Ron. Concordo que são novos, sim. – Ela disse meio impaciente quando abri a boca. – Mas não podemos impedi-los. – Hermione beijou meu ombro e se levantou. – Agora vem logo. Vamos tomar café e sair logo.

Segui a morena até a cozinha. Hugo comia um prato de ovos mexidos e bacon e Rose encarava uma xicara de chá a sua frente. Parei atrás da cadeira dela, acariciando os braços dela e beijando o alto da sua cabeça.

– Bom dia, Rosinha.

– Bom dia, pai.

– Rose, acho melhor eu e você irmos indo para A Toca. – Hermione disse uns quinze minutos depois de eu me sentar. – Até seu pai e seu irmão terminarem de comer a cerimonia já acabou.

– Tudo bem. – Rosinha disse meio distraída. As duas pegaram duas bolsas grandes e foram até a lareira da sala.

– Ron leve os vestidos quando for. E não demore! – Mione disse antes de entrar nas chamas verdes.

– Aposto dez galeões que a Rose vai ter um ataque até a hora do casamento. E aposto mais dez que a mamãe vai ter mais um antes do almoço.

– Você nem tem vinte galeões. – Ele balançou os ombros me fazendo rir.

– Então você podia me dar vinte galeões.

– Não. Você nem merece, eu disse para você ficar de olho na sua irmã em Hogwarts.

– Pai, eu não podia passar a vida inteira vendo onde e com quem a Rose está.

– Que seja, não vou te dar vinte galeões. Vamos logo, sua mãe vai matar a gente.

Subi até o quarto de Rose, com várias prateleiras de livros e posters do Chudley Cannons, e peguei duas grandes caixas brancas de cima da cama com o vestido dela e de Hermione. Não foi muito fácil entrar na lareira com uma das caixas. Ainda bem que Hugo está aqui para levar a outra.

Assim que cheguei na lareira d’A Toca Hermione surgiu sabe Merlin da onde e começou a gritar. Ainda bem que não apostei com Hugo.

– Ronald Weasley! Onde é que você estava? Eu te disse para não demorar!

– Mas você saiu de casa só a quinze minutos! – Falei entregando a grande caixa para ela.

– E você realmente acha que temos quinze minutos sobrando? E cadê o Hugo?

– Já está vindo.

– Você largou o meu filho sozinho em casa?

– Hum... Hermione ele já tem quase dezessete anos, acho que sabe entrar numa lareira sozinho.

Mal terminei de falar e ele surgiu engatinhando de dentro da lareira.

– Hugo, seus primos estão lá fora arrumando as cadeiras, vá ajuda-los. Vai junto também Ron, não confio muito em todos eles sozinhos.

– Ela realmente acha que você vá nos controlar? – Hugo disse baixinho enquanto andávamos em direção a cozinha.

Quando entrei lá me senti praticamente em um campo de batalha. Minha mãe, Gina, minhas cunhadas e sobrinhas andavam rápido de um lado para o outro no pequeno cômodo com bandejas enormes, jarras e garrafas enquanto mamãe as comandava. Acho que elas podiam organizar um exercito.

– Rony! Hugo! – Mamãe exclamou quando nos viu. – Por que demoraram tanto?

– Estavam comendo. – Hermione disse entrando na cozinha.

Saí logo dali enquanto elas reclamavam sobre o tempo que gasto comendo. Meus sobrinhos estavam no jardim fazendo várias cadeiras lutarem, ajudados por Jorge e Carlinhos. Harry ria encostado na parede da tenda.

– Oi. – Cumprimentei me juntando a ele.

– Oi. – Ele virou a cabeça para mim rindo. – Você deve estar morrendo hoje.

– Ela é praticamente uma criança! Você vai ver quando for a Lily!

– Não, não, não! Isso nunca vai acontecer! – Ele disse desmontando o sorriso do rosto.

– Isso é o que você pensa. – Resmunguei. Quando olhei para o lado vi Rose vindo na nossa direção. – O que você está fazendo aqui, Rosinha?

– Não consegui ficar trancada no quarto. Merlin! Eles vão destruir todas as cadeiras! – Ela disse, mas apenas se encostou na tenda e ficou observando. Já tinham se passado quase dez minutos quando um loiro surgiu caminhando pelo jardim nervoso e sorriu ao ver Rose.

– Oi, ruiva! – Scorpius disse beijando minha Rosinha. Esse moleque está abusando da sorte. – Bom dia senhor Weasley, senhor Potter.

– Bom dia.

– Acho melhor eu ir. Se alguma delas – Rose apontou a cozinha com a cabeça. – me veraqui eu vou ser assassinada.

– Te vejo mais tarde então. – O projeto de doninha disse enlaçando mais uma vez Rose pela cintura e a beijando.

– Guardem esse fogo para a noite de vocês! – Gritou James lá do fundo e no mesmo instante senti minhas orelhas ficarem quentes. As de Rosse ficaram extremamente vermelhas, ela revirou os olhos e saiu em direção a casa de onde a fantástica doninha quicante original saía.

– Por que eles estão destruindo tudo? – Malfoy perguntou depois de cumprimentar Harry e eu com um aceno de cabeça.

– Só estão brincando, não vão... – Comecei, mas fui bruscamente interrompido pelos gritos da minha mãe.

– PAREM COM ISSO AGORA! EU MANDEI VOCÊS ARRUMAREM AS COISAS E NÃO CRIAREM UMA BATALHA ENTRE ELAS! ARRUMEM ISSO JÁ OU EU VOU ARRUMAR AS CADEIRAS NA CABEÇA DE VOCÊS!

Passamos o resto da tarde arrumando coisas que tenho a impressão que já deviam estar prontas antes, só paramos na hora do almoço para comer uns sanduiches. No final do dia tomei banho e me troquei no meu antigo quarto onde Hermione terminava de se arrumar.

– Não acredito que vou simplesmente entregar minha Rosinha. E para um Malfoy!

– Ron, achei que você já tinha acabado com essa fase de “Mas ele é um Malfoy!”.

– Mas ele é um Malfoy!

– E ele já provou que ele é um bom garoto e eu sei que você gosta dele.

– Não gosto do pai dele.

– Sinceramente eu também não, Rony, mas não é com ele que a Rose está se casando. – Ela disse de levantando e arrumando o nó da minha gravata.

– A Rose já está pronta?

– Já. – Hermione sorriu. – Ah, Ron, ela está tão linda!

E ela estava realmente linda! Assim que a sala d’A Toca esvaziou quando Roxanne e Hugo, os últimos padrinhos se dirigiram para a tenda, Rose desceu as escadas com um lindo vestido branco longo e cheio de um tecido leve com pedrinhas brilhantes marcando a cintura e um buque de rosas vermelhas na mão. Ela respirava profundamente e meio rápido, mas era mais do que evidente o quanto estava feliz.

– Rosinha... você... você está...

– Obrigada, papai! – Ela disse abrindo um sorriso ainda maior .

Lá fora ouvi a musica mudar.

– Acho que já que está na hora de irmos, filha,

Ela assentiu com a cabeça e caminhou até a porta que dava para o quintal, parou ali e entrelaçou o braço no meu quando fiquei ao seu lado.

– Vamos? – Perguntei. Rose respirou fundo e fechando os olhos soltou o ar pela boca e depois assentiu mais um vez. – Fica calma, Rosinha. – Disse acariciando a mão dela apoiada no meu braço.

– Você também, papai. – Ela sorriu para mim. – Não esquece que antes de Malfoy eu vou ser sempre uma Weasley. E sempre a sua Rosinha.

Beijei a testa dela e começamos a caminhar. Todos se levantaram quando chegamos a entrada da tenda. Scorpius, no altar estava mais pálido que o normal e sorria muito. Hermione e Astoria tinham lagrimas escorrendo pelo rosto. Diminui um pouco o passo quando cheguei mais perto do altar tentando adiar mais alguns segundos o momento de deixar minha Rosinha com aquele moleque na minha frente. Mas mesmo assim chegamos lá rápido demais.

– Só quero que se lembre, filhote de doninha, que ainda não desconsiderei a possibilidade de te matar se machucar minha filha.

– Não vou.

– Bom mesmo. – Beijei mais uma vez a testa de Rose. – Cuide muito bem dela.

– Sempre.

Fui para o canto do altar ao lado de Hermione, que segurou meu braço. Um bruxo começou a falar, mas eu sinceramente não ouvi quase nada, assim como no meu casamento. Mas vi minha filha aceitando ser esposa de Scorpius, colocando uma aliança nos dedos dele e finalmente se tornando parte da família Malfoy, selando tudo isso com um beijo ao qual todos aplaudiram.

Rose e Scorpius foram para a pista de dança e logo Hermione me arrastou para lá também junto com outros casais. Lá para o meio da noite vi Rose e Scorpius na maior mesa da tenda.

– Será que posso dançar um pouco com a senhora Malfoy? – Disse com uma ligeira pontada no peito. Rose sorriu e se levantou segurando minha mão.

Chegando na pista de dança ela apoiou uma mão no meu ombro a cabeça em meu peito e começamos a nos mexer devagar. Me lembrei de quando ela era pequena e queria dançar comigo na meio da sala, subia nos meus pés e queria que eu me mexesse rápido, a fazendo gargalhar, aquela risadinha fina e infantil.

– Te amo, papai. ­–Rose disse um bom tempo depois olhando para mim. Disse do mesmo jeito que dizia quando era pequena e eu voltava de uma missão depois de alguns dias fora.

Ela está certa. Ela vai ser sempre minha Rosinha.


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