Uma Nova Chance escrita por Lady Padackles


Capítulo 16
Capítulo 16




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O menino engoliu em seco. Queria muito saber a verdade por trás do pai de Dean... Por que seu pobre namorado precisou voltar novamente como filho daquele sujeito cruel?

– E o pai do Dean? – perguntou Sam aflito.

– Na encarnação passada, quando Dean era Ross, o Sr. Alan não foi capaz de ficar ao lado do filho quando ele mais precisou. O seu karma era passar por isso de novo, e dessa vez fazer as coisas de forma diferente...

– Mas se o desgraçado não gosta do Dean, para que insistir? – Sam xingou baixinho.

– Não... É aí que você se engana... Alan, ou Roger, como é chamado hoje, ama o Dean, e muito. Mas por ser um espírito fraco, Alan não conseguiu suportar a dor de ver seu filho sofrer. Ele desistiu de Ross. Preferiu esquecer que ele existia para tentar não sofrer mais...

– Que idiotice...

– Sim, eu também acho... Dean e Roger vieram juntos novamente para tentar curar esse karma. Dean precisou esperar anos até Alan desencarnar, Roger nascer e crescer, para que pudesse nascer novamente como seu filho. E foi tudo em vão...

– Em vão!? Por que!?

– Porque quando o pequeno Dean adoeceu, Roger deveria ter lutado ao seu lado. Assim que ele ouviu a notícia que seu filho tinha poucos meses de vida, saiu de casa...

– Mas o Dean não tinha poucos meses de vida! Ele está vivo até hoje!

– Pois é, os médicos se enganaram... Tudo parte do plano para que Roger se redimisse da covardia da vida anterior. Mas nem sempre os espíritos aprendem...

– Mas então por que ele não voltou para casa depois?

– Ele nunca mais entrou em contato com a família, Sam... Acha que o Dean está morto. Eles vão ter que curar esse karma de uma próxima vez... Agora Dean e você precisam se concentrar em ficar juntos. O amor de vocês foi interrompido cedo demais na vida passada.

Sam tinha lágrimas nos olhos. Estava inconformado com a história de Alan e Roger. Detestava ver Dean sofrendo por causa disso, e não podia admitir que seu pai estivesse agora por aí sem nem saber que o filho estava vivo.

– Mas Castiel, ainda há tempo de consertar tudo. E se a gente for atrás do Sr. Campbell para reaproximá-lo de Dean?

– Sam... Quer um conselho? Deixa isso para lá... Estou começando a achar que falei demais... Não quero levar bronca dos meus superiores. O problema dos Campbell é deles, esquece. É melhor não se meter nisso.

– Os problemas do Dean são meus também!

– Não. Sam, você e o Dean tem que ficar juntos. É nisso que você precisa se concentrar agora. Precisa deixar de ser tão infantil e suscetível. Tem que colocar os pés no chão e ser mais sensível ao que acontece a sua volta. Quem tem problemas com o pai é o Dean... Quem ficou sozinho hoje o dia todo foi o Dean... E quem deveria estar ao lado dele hoje, consolando? – Castiel fitou o garoto com seus penetrantes olhos azuis.

– Eu... – Sam estava envergonhado.

– Exatamente... Você se ressente quando o Dean sofre porque isso te faz sofrer também. Cuidado para não trilhar os mesmos caminhos do Sr. Campbell...

– Eu não sou como o imbecil do pai do Dean! Não me compara com ele! – vociferou o garoto.

– Ok... Então que tal ficar ao lado do Dean quando ele precisar de apoio ao invés de condená-lo por fazer com que você sofra também? Seja forte, Sam. Vocês tem um lindo caminho a trilhar. Juntos podem enfrentar os preconceitos, e viver uma vida longa e feliz.

Sam estava se sentindo culpado. Compreendeu exatamente o que Castiel queria dizer. Engraçado como mesmo na vida passada o amigo já lhe dava bons conselhos... Era ótimo poder tê-lo de novo para abrir seus olhos de vez em quando. Mas será que Castiel estaria sempre por perto?

– Castiel, e você? Não vai reencarnar também? – Ele perguntou preocupado. – E onde está o Oliver?

– Com certeza, mas acho que não tão cedo... Por enquanto vou trabalhando minhas imperfeições por aqui mesmo... O Oliver está vivo.

– O Oliver está nessa escola também? – Sam se entusiasmou. Se ele, Dean, Clark e até Seu Romero estavam de volta, era bem possível que Oliver estivesse também.

– Não... Quando eu disse que o Oliver está vivo, eu me referia ao Oliver que você conheceu, e não seu espírito reencarnado. Ele hoje tem 95 anos, e não mora muito longe daqui...

Sam ficou boquiaberto. Oliver estava vivo! Será que se lembraria dele? Teriam sido amigos por muitos anos ainda?

– Castiel, o que aconteceu depois que eu acordei? Digo... Depois que o Ross morreu em meus braços na praia? – Sua voz embargou. – Ele morreu nos meus braços na praia, não foi?

– Sim, morreu... – Castiel abaixou o olhar. – Sam, eu já falei demais... Já disse tudo o que podia. As pessoas esquecem o que aconteceu em suas vidas passadas por um motivo. Meus superiores ficariam zangados se eu te falasse mais...

– Mas Castiel, o que custa você me dizer? Eu quero saber! A vida é minha, eu tenho esse direito!

– Você pode procurar por si só... Mas desculpa, eu não posso dizer mais nada. Eu vim aqui para te aconselhar a ir lá ficar com o Dean. O momento é propício para o amor. Acabei falando mais do que devia... Eu já vou indo.

– Não, Castiel! Você vai pra onde!? Não pode ficar aqui morando comigo? Ninguém vai te ver... E é melhor do que ficar voando por aí sem rumo...

Castiel riu.

– Sam... Quem te disse que eu fico voando por aí sem rumo? Suas ideias são muito engraçadas...

– O que você fica fazendo então?

– Eu tenho uma bela casa no mundo espiritual. Cuido do jardim, tenho amigos, sou muito feliz...

– É uma vida normal, como aqui?

– É, é bem parecido... Lá é mais bonito. Temos mais tecnologia... Mas também temos trabalho. O meu, no momento, é servir de cupido para vocês dois. Então facilite o meu trabalho e vamos deixar de papo furado... Vou distrair o segurança enquanto você vai até o quarto do Dean. Que tal?

Sam olhou no relógio. Já era tarde da noite... O tempo havia passado depressa.

– Será que Dean está acordado?

Castiel se calou por um minuto, se concentrou e respondeu.

– Sim, está... Não consegue dormir.

– Como você fez isso? – admirou-se Sam.

– Em geral é assim que vigio vocês. Usando o poder da concentração posso vê-los e ouvi-los. Estou sempre os observando e interfiro quando necessário, como hoje...

– Quando você vai voltar para a gente conversar mais?

– Não sei, Sam... Mas como já te falei, estarei de olho em vocês... Então se comportem – Castiel sorriu. – Agora vamos... Vou tirar o segurança da jogada e você vai até o quarto do Dean.

Conforme combinado com Castiel, Sam esperou o amigo sair e contou dois minutos no relógio. Dali seguiu direto até o quarto de Dean. Nem sinal do segurança para atrapalhar seu caminho. Bateu.

O louro abriu a porta. Seus olhos estavam vermelhos e ele parecia envergonhado ao ver o namorado.

– Sam, entra... – Ele disse gesticulando para o moreno. – Como você conseguiu vir até aqui sem ser visto?

– Conseguindo... – Ele respondeu sem dar detalhes. Em seguida surpreendeu Dean envolvendo-o em um abraço.

– Desculpa, Dean. Eu fui grosso com você hoje mais cedo... Você está bem? – o moreno disse então se afastando e olhando nos olhos do outro.

– Estou... Mas não precisa se desculpar, foi culpa minha...

– Não, não foi. – respondeu Sam convicto. – Mas vamos esquecer isso agora. Eu vim até aqui porque quero muito passar a noite com você.

Ao ouvir tais palavras, Dean corou envergonhado. O que Sam pretendia fazer com ele?

– Mas... Sam... Hmmmm. E se descobrirem que você está aqui? Não é perigoso? – o menino perguntou apreensivo.

– Não, Dean... Eu passei pelo segurança, não passei? Amanhã de manhã, quando vários garotos estiverem circulando pelo corredor, ele nem vai notar quando sairmos daqui...

Dean concordou. O mais difícil Sam havia conseguido. Agora estava com o namorado em seu quarto e não sabia exatamente o que fazer com ele. Mas antes que pudesse pensar em alguma coisa, Sam o puxou para cama.

– Saudades de você... De beijar essa sua boquinha linda... – o moreno disse, atacando o namorado de beijos em seguida. Dean sentiu seu corpo pegar fogo. Quando percebeu tanto ele quanto Sam já estavam sem camisa, e se esfregavam com tesão.

– Você é lindo demais, sabia? – Sam sussurrou no ouvido de namorado.

Dean sorriu e deu mais um beijo no moreno como resposta. Como podia se lamentar de qualquer coisa na vida quando tinha o garoto mais lindo do mundo para amar?

– Vai ser muito bom dormir abraçadinho com você... – suspirou o louro.

– Ahh... Não vai me dizer que já pensa em dormir?

– Já é tarde... – Dean respondeu, de maneira um tanto provocante.

– Bem, então pelo menos vamos dormir confortáveis... – Sam sorriu malicioso. - Você não está com calor?

Dizendo isso, Sam fez menção de tirar as calças de Dean. O louro levantou da cama em um pulo.

– O que é isso, tá maluco? – o menino perguntou rindo.

Correram pelo quarto como duas crianças. Sam atrás de Dean. Ambos alegres, lindos e descabelados. E quando Sam menos esperou, foi Dean quem conseguiu atacá-lo primeiro, puxando sua calça para baixo. Sam se jogou em cima do namorado, e a luta que se travou terminou por deixá-los, ambos, completamente nus.

Embolados em meio a calças e cuecas, se abraçaram mais uma vez. Corações acelerados, respirações ofegantes. Pele com pele. A vontade que tinham era de se fundir num só corpo. Esfregaram-se e acariciaram-se até que ambos chegassem ao orgasmo. A vontade de ficar ali para sempre era tanta que nenhum dos dois teve coragem de se mexer. Dormiram ali mesmo no chão, enroscados um no outro. Suados, melados e completamente felizes. Tão feliz quanto eles estava Castiel, que assistia a tudo de longe sorrindo.


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