Rei no Tatakai - Batalha dos Espíritos - 霊の戦い

Opening: Red - Gazette

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– 3º F?! –disseram os dois ao mesmo tempo.

– Eu vou estudar com você de novo? –dizia Reiko com desânimo.

– Boa sorte em me aguentar, Reiko-chan! –disse Kazuhiro.

– Eu já disse! Pra você é Reiko-san! – ela dizia zangada.

Os dois entraram na sala, que parecia muito quieta. A luz do sol chegava até a outra parede, refletindo uma forte claridade nos olhos entreabertos de todos. Todos conversavam baixinho, estavam tímidos e ainda nem se conheciam.

– Nem invente de sentar perto de mim! –sussurrava Reiko.

– E você acha que com tantas meninas pra mim sentar por perto, tem que ser você?

– Pervertido... –retrucava Reiko.

Reiko se sentou perto da janela, na antepenúltima cadeira da fila. Muitos ainda tímidos, outros já largados e esticados na cadeira, alguns dormindo na carteira, essa sala era estranha para Reiko, que só conhecia Kazuhiro dali.

– Bom dia, pessoal! Eu sou o professor Fujiwara Ichiro e irei dar aula para vocês nesse ano. Espero colaboração, principalmente de alguns que eu já sei o histórico. –olhava discretamente para um aluno que parecia relaxado na cadeira.

– Bem, eu quero que vocês se apresentem, um por um. –um coro de lamento soava de todos os alunos.

Reiko não parecia se preocupar muito em ver quem se apresentava. Examinava cada um, com seu estilo, concentração, roupa, movimento dos braços, vários pareciam ser diferentes da sala anterior à que ela estudou ano passado.

A apresentação de Kazuhiro havia lhe chamado a atenção enquanto ela tirava as primeiras impressões dos outros.

– Oi, meu nome é Hirano Kazuhiro, tenho 17 anos, gosto de animes, comida e... –estava pensativo se ele falava ou não. – e eu gosto da Rei... –uma borracha rosa o interrompeu, o acertando na cabeça.

– Quem ele pensa que é pra dizer isso no primeiro dia de aula? –pensava Reiko enquanto via Kazuhiro passar a mão na testa.

– Você, da antepenúltima cadeira, se apresente. – o professor a havia chamado para se apresentar na frente de todos.

– Então... Meu nome é Nishimura Reiko... Shh! –ela mandava Kazuhiro parar de acenar para ela, o que fez alguns rir e outros observarem Kazuhiro perplexos. – E... O que eu posso dizer de mim? Tenho 17 anos, gosto de livros, neve, carne e filmes de ficção.

Todos a observavam normalmente, exceto uma garota que parecia um pouco irritada com as palavras de todos. Tinha o jeito de ser irritada por natureza, achava chato toda aquela cerimônia.

Havia também uma garota de cabelo branco, que parecia totalmente o oposto da garota anterior. Parecia empolgada, feliz por ouvir a descrição de Reiko. Se vestia de forma moe, excessivamente fofa para alguns.

O intervalo chegou, para a alegria dos que se sentiam aflitos por interrogatórios e olhares de inquisição. A garota de cabelos brancos se apresentou para Reiko, que estava acompanhada de Kazuhiro.

– Oi, meu nome é Yuka! Eu acho que você é a única aqui que me parece normal. Posso andar com você?

– Normal?! –Kazuhiro ria do elogio para Reiko, que foi logo abafado pela mesma.

– Que bom, claro que você pode! E não estranhe se o Kazuhiro anda muito perto de mim, ele tem esse complexo de guarda-costas. –dizia ela.

Yuka ria do comportamento dos dois, era óbvio para ela que os dois pareciam ser amigos de longa data.

A aula havia terminado, e Reiko, Kazuhito e Yuka foram juntos para casa. Já com o sol se pondo e as estrelas aparecendo, os três foram conversando e contando sobre cada um no caminho de casa. Até que todos chegaram em casa, cansados do primeiro dia.

– Reiko, como foi o seu primeiro dia? –perguntava a mãe dela.

– Foi até normal! Tinha alguns com olhares assustadores, mas conheci uma tal de Yuka, que parece ser legal. –respondeu Reiko.

– E o Kazuhiro? –perguntou a mãe dela com um olhar malicioso.

– O que tem ele? –respondeu Reiko.

– Ah... Não sei, ele não gosta de você? Que sala ele ficou?

– Eu acho que ele gosta, mas nem ligo pra isso. –disse Reiko friamente. – E sim, ele está na minha sala... –dizia ela com pesar na voz.

– Filha, antes de nós conversarmos, põe o lixo pra fora?

Ela pega o lixo, o coloca na cesta e vai até os fundos de casa. Estava surpresa, tantas estrelas no céu em plena época de chuva. Subiu em uma árvore de manga em seu quintal e ficou observando o brilho do céu.

Uma estrela com um brilho vermelho a chamava muita atenção. Essa estrela se move, Reiko presumiu ser uma estrela em seus últimos momentos de vida. A estrela corre, criando um rastro de luz por onde caía, mas Reiko não pediu nada. Era cética quando o assunto era magia ou coisas sobrenaturais.

A estrela cai, e Reiko ainda parecia fascinada por aquela imagem. Quando de repente ela sente um forte ardor nas costas, no lado direito e próximo ao ombro, mas ela não deu muita atenção ao ardor repentino porque percebeu um som de pratos quebrando dentro de casa.

Ela entrou, desesperada ao ver sua mãe caída no chão, com sangue saindo pela boca e pelas narinas. Ela chamou a ambulância se afogando em soluços de choro, e esperava nervosa por socorro.

O som da sirene ecoava pelo bairro silencioso, os paramédicos entraram e examinaram a mulher. Estava morta. O câncer havia abatido sua mãe, era uma questão de momento até aquele dia chegar.

O carro do IML levou o corpo, os paramédicos limparam o sangue do piso, mas deixaram uma menina que segurava todo o pânico e a vontade de gritar em seus olhos, atônitos e paralisados em um vazio, vazio que ela percebeu ser a única companhia dela agora. É difícil sentir-se totalmente sozinho no mundo? Reiko naquele momento discordava disso.

Rei no Tatakai - Batalha dos Espíritos - 霊の戦い

Ending: Deeper Deeper – One Ok Rock

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