Not A Bit Easy escrita por MandyLove


Capítulo 2
02 – Encontro No Supermercado


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal ^-^ Só se passaram duas semanas para eu atualizar a fic, não demorei muito para atualiza-la. Minhas ideias estão a mil para essa fic.Essa semana eu ia atualizar outra fic minha, mas eu resolvi ler A Aprendiz, continuação de O Clã dos Magos, e fiquei tão imersa na fic que não tive tempo de escrever o próximo capitulo de SDH, mas enfim... O segundo livro é ainda melhor que o primeiro que foi absurdamente INCRÍVEL *-* Agora preciso ler o terceiro *-*Não vou fazer mais nada na vida, O Lorde Supremo tem mais de 600 paginas, enfim...Espero que gostem do capitulo... Enjoy.



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Fechei os olhos e um sorriso se formou em meus lábios enquanto soltei um suspiro de prazer sentindo o doce e gelado sabor do sorvete em minha boca.

O som da risada de Robert ao meu lado me fez abrir um pouco dos meus olhos, olhando semicerrado para ele, mas logo os abri por completo para ver melhor o sorriso bonito que ele tinha com seus dentes perfeitamente brancos.

– Acho que essa satisfação é valida considerando o calor que esta fazendo hoje. – comentou Robert sem tirar o sorriso do rosto. – E o pagamento pela foto parece soa bem melhor agora. – brincou apontando para a sua câmera me fazendo rir.

Depois que nós apresentamos poucos minutos trás eu fui fazer o que originalmente eu queria fazer naquela hora, beber um pouco de água. Robert me acompanhou e me ofereceu um sorvete como forma de pagamento pela foto que ele havia tirado de mim.

Embalando na brincadeira convite dele eu aceitei e fomos até o dono de um carrinho de sorvete que estava a poucos minutos de nós. Durante o caminho ele me mostrou a foto que tinha tirado.

Confesso que não ficou ruim. Parecia até aquelas fotos de revista que mostra as pessoas praticando exercício ao ar livre, mas diferentes dessas fotos eu realmente estava com uma camada de suor pelo corpo.

Nesse momento desejei ir para meu apartamento tomar um demorado e gostoso banho, mas logo passou quando Robert começou a mostrar outras fotos que ele havia tirado naquela manhã enquanto ele caminhava pelo parque.

Ele era bom em tirar fotos e me peguei admirando as fotos dele sem olhar por ande andava. Se não fosse por Robert eu teria batido o rosto contra o carrinho de sorvete que eu nem fazia ideia que havíamos chegado e isso arrancou uma gargalhada dele e do sorveteiro que viu o que iria acontecer, as crianças que estavam em volta do carrinho de sorvete nem parecia interessados em saber o que tinha feito os dois marmanjos rirem, eles queria era o bendito sorvete deles.

–Tem um estúdio aqui em Nova York? Ou você mora em outro estado, ou país? – perguntei antes de levar mais uma colher do meu sorvete de massa a boca. Estávamos sentados em um dos bancos do parque.

– Sou daqui e eu não sou fotografo. – confessou sorrindo. Arqueie uma sobrancelha para ele, duvidando que ele não era. – É serio, na verdade fotografar é só um hobby que eu tenho. Minha profissão é lecionar. Eu sou professor de Historia do ensino médio.

– Você é professor? – deixei meu sorvete de lado encarando ele e pela cara confusa que ele fez devo estar parecendo mais seria do que eu pretendia, mas ele assentiu confirmando. – Por algum acaso você não leciona no Goode High School, não é? – pronunciei o nome do meu futuro colégio lentamente.

Só o que me faltava era encontrar um cara bonito e simpático, que eu ouvi nas entrelinhas estar solteiro, ser um futuro professor meu. Não que isso fosse impossibilitar algum futuro romance entre a gente que nem sei se vai ser um “futuro” mesmo, só que isso seria uma bela sacanagem do destino, ou de Afrodite.

– Ah. – ele abriu um sorriso novamente entendendo a onde eu queria chegar com essa pergunta. Mesmo eu não tendo dito a minha idade, ele podia supor mais ou menos pela minha aparência e agora que eu mencionei o nome da escola facilitava a dedução. – Não. Em outra escola. Suponho que estude no Goode então? – ele não parecia incomodado com a diferença de idade entre nós.

– Mais ou menos. – falei maneando a cabeça. – Na verdade esse vai ser o primeiro ano que vou estudar lá e o ultimo também já que vou cursar o ultimo ano do ensino médio.

– Hum, então acertei a sua idade. Você tem dezessete. – sorri balançando a cabeça em negativa o que o fez franzir a sobrancelha.

– Sim. – disse eu antes de colocar mais uma colherada do meu delicioso e refrescante sorvete, que infelizmente já estava acabando, na boca.

– Posso saber a data? – perguntou ele curioso.

– Doze de julho.

Um sorriso maroto tomou conta dos lábios de Robert.

– No mesmo dia que foi eleito o Papa Félix IV em 526. – falou ele com um tom calmo, com ar de professor. – O dia do nascimento de Malala Yousafzai que não requer apresentações – assenti com a cabeça confirmando suas palavras. Uma mulher como ela, era impossível de eu não saber sobre ela. – Também o nascimento de Willis Eugene Lamb um...

– Um físico norte-americano que foi laureado com o Nobel de Física em 1955 por descobertas relativas à estrutura fina do espectro de hidrogênio. – interrompi ele e sorri com a cara de surpreso que ele estava fazendo.

– Como você sabe disso? – perguntou ele genuinamente curioso.

– Eu sou curiosa, pesquisei sobre o que aconteceu no dia em que eu nasci e eu gosto de ler. – dei de ombros. – E apesar de ser um pouco difícil para mim eu me esforçava e lia, e ainda leio, de tudo que me agradar, até jornais. Sou bem curiosa mesmo.

– Uau, mas... Difícil? – questionou Robert arqueando uma sobrancelha.

–É, um pouco. Tenho dislexia. – respondi e não deu para ver sua reação.

Dei um pequeno salto de susto ficando de pé quando meu relógio começou a apitar nesse momento. Abri a boca para amaldiçoar o aparelho pelo susto quando o motivo de eu ter colocado ele para despertar me passou pela cabeça.

– Compromisso? – perguntou Robert ficando de pé ao meu lado.

– Mais ou menos. – falei sem esconder o sorriso do meu rosto imaginando como seria o pagamento adiantado de Apolo. – Meu carro novo esta chegando agora.

– Presente dos pais? – arriscou ele agora sorrindo ao ver minha animação.

– Não. De um tio, mais voltado para um pagamento adiantado do que para um presente. Um negocio de família. – dei de ombros tentando parecer indiferente ao assunto do motivo do pagamento, não menti para ele, mas também não iria contar a verdade a ele, acabamos de nós conhecer, seria burrice da minha parte.

– Ah claro. Você disse que tinha vindo a pé até aqui então... Quer uma carona? – ofereceu e eu podia notar um certo divertimento em sua voz. – Por que pelo jeito que você esta, não espera o momento de ver esse carro.

– Eu adoraria se você não se incomodar pelo fato de eu ter suado enquanto corria. – falei um pouco timidamente. – Carros para alguns homens são joia rara.

Eu não estava preocupada se ele fosse maluco psicótico, o que ele claramente parecia não ser. E eu sou uma boa julgadora de caráter sem falar que estava de manhã e se ele tentasse alguma coisa comigo em seu carro quem teria vantagem seria eu que tive vários tipos de treinamento para situações criticas, com mortais ou monstros. Ou mercenários.

– Isso não é problema. – disse ele sorrindo torto. – Para alguns homens as joias mais raras são aquelas que estarão sentadas ao nosso lado. – ele piscou um olho para mim.

Ok, preciso saber mais da vida desse Robert Stan.

Nos poucos minutos que levavam do parque até o meu apartamento Robert e eu combinamos de nós ver amanhã outra vez no parque para uma corrida matinal – apesar de no dia de hoje ele ter feito só uma caminhada para poder tirar fotos, ele disse que aguentaria me acompanhar no meu novo percurso em uma corrida.

Ele até me convidou para fazermos alguma coisa mais tarde quando trocamos os números de nossos celulares, mas eu tive que recusar, infelizmente, eu ainda tinha algumas coisas para organizar no meu apartamento.

Apolo só tinha me ajudado a trazer minhas coisas e a colocar a mobília no lugar certo, eu ainda tinha que ajeitar o resto das minhas coisas e dar uma passada no supermercado para abastecer a geladeira e a dispensa.

Não posso dizer que sou uma incrível cozinheira, mas eu gosto de me aventurar na cozinha e meus pratos ficam bem gostosos.

– Então até amanhã às seis da manhã. – falei tirando o cinto de segurança quando Robert estacionou em frente ao meu prédio.

– Pelo jeito você não tem problemas em acordar cedo. – constatou ele com divertimento.

– E nunca chego atrasada em meus compromissos. – emendei sorrindo.

– Hum, mais duas coisas que temos em comum além de gostarmos de nós exercitar de manhã. – disse ele olhando diretamente em meus olhos.

Apolo, meu querido Deus do sol, você tem um forte concorrente tanto em beleza quanto no fato dele poder lhe lançar olhares que te deixam hipnotizada e façam uma sensação muito boa tomar conta de seu corpo.

Um raio cortou o céu, ouvi Apolo murmurar uma discordância em minha mente, e isso quebrou o contato visual entre Robert e eu. Com o cenho franzido vi Robert olhar pela janela de seu carro olhando para o céu.

– Você ouviu isso? Um trovão? – perguntou Robert ainda olhando para o céu. – O céu parece bem ensolarado e sem nuvens.

– Pode ter sido o escapamento de algum carro. – falei ainda olhando confusa para ele.

Mortais não podiam ouvir quando um Deus soltava trovões desse tipo. Será que Robert por algum acaso pode ver através da nevoa? Rachel E. Dare, uma atualmente amiga que virou oraculo e pode ver através da nevoa podia escutar esses trovões, assim como Sally, a mãe de Percy, também podia ouvir diferente de seu marido Paul que nunca escutou nada.

Queria poder perguntar isso a ele, mas sabia que isso não seria algo viável, não no momento.

– Bom, eu tenho que ir. – disse eu e isso fez Robert se voltar para mim rapidamente.

– Ah, claro. Até amanhã então.

Agindo impulsivamente, e mesmo tendo consciência do que eu ia fazer eu não me impedi, me inclinei um pouco para perto dele e lhe dei um beijo na bochecha antes de sair rapidamente do carro.

– Até amanhã. – falei fechando a porta do carro e olhei pela janela do carona. – E obrigada pela carona, Robert.

– A qualquer momento. – disse ele sorrindo, ele gosta de sorrir e ainda bem porque ele tem um sorriso lindo, e colocou os dedos indicador e médio contra sua têmpora e depois os projetou para frente, em um tipo de continência.

Assentei em despedida e me afastei do carro. Sendo educada espero até Robert sumir de vista com seu carro para eu sair em disparada em direção à garagem do prédio. Acenei para o segurança que ficava em seu cubículo na entrada da garagem e corri até a onde ficava a minha vaga ansiosa.

Quando vislumbrei a minha moto ergui os olhos para o carro que estava ao seu lado. Parei na hora, minha boca se abriu levemente e meus olhos se arregalaram ao identificar o carro – passar tempo de mais com Apolo me fez aprender sobre carros e quando Hefesto me pagou com a minha moto resolvi aprender sobre motos também. A necessidade de piscar os olhos foi forte e com isso despertar do transi em que eu estava.

Caminhando lentamente em direção ao automóvel um sorriso foi se formando em meus lábios. O carro era um Audi S5 Cabriolet preto reluzindo de polido que estava com a capota preta levantada.

– Já vi que não vai ser nada modesta a estatua que você vai querer, Apolo. – sussurrei sorrindo tocando com as pontas dos dedos no capo do carro e ouvi uma risada em minha mente. Olhei para cima. – Obrigada, Deus do Sol.

Depois de passar vários minutos admirando o carro eu fui para o meu apartamento, precisava de um belo banho e começar logo a arrumar meu apartamento.

Já estava passando dos quatro da tarde quando eu finalmente terminei de arrumar tudo. Tomei outro banho e me preparei para ir ao supermercado fazer as compras.

Sorrindo desci até a garagem animada para usar pela primeira vez meu carro novo. Entrei no carro e o liguei ouvindo o ronco suave do motor, no painel do carro uma pequena tela de LCD touch screen saiu de dentro dele.

Coloquei o cinto de segurança e utilizando a tela com comandos simples fiz a capota se retrair dando o ar conversível ao carro. Utilizei a função de GPS do carro para descobrir o supermercado mais perto e quanto encontrei coloquei o carro em primeira marcha e pus um óculos de sol saindo da minha vaga.

O segurança ficou de queixo caído ao me ver saindo com o carro. Não sei se pelo carro ser bonito, ou pelo fato de ele nunca ter visto um carro como o meu entrando nesse prédio. Somente acenei em despedida para ele e continuei meu caminho.

Não demorei muito para chegar ao supermercado, o que foi triste, pois estava gostando de dirigir meu carro novo, mas prometi a mim mesma que depois que deixasse as compras arrumadas no meu apartamento sairia para dar uma volta, contudo não demoraria, precisava de uma boa noite de sono, o dia foi atribulado hoje.

Parei na vaga mais perto da entrada do supermercado que consegui e sai do carro indo pegar um carrinho para começar as minhas compras.

Eu estava quase terminando, a ultima parada era a parte dos frios, quando senti alguém se aproximar de mim. Me virei para ver quem é e um sorriso tomou conta dos meus lábios. Fazia uns quatro meses que eu não via aquela pessoa encantadora.

– Eu disse que era a Annabeth. – falou ela sorrindo cutucando o homem ao seu lado que sorriu encabulado para a esposa enquanto empurrava um carrinho carregado de compras.

– Sally. – disse eu feliz deixando minhas compras de lado e indo até ela lhe dando um forte abraço. – Que surpresa em vê-la.

– Oi querida, espero que seja uma surpresa agradável. – falou ela de forma brincalhona enquanto retribuía o meu abraço.

– Mais do que agradável, eu lhe garanto. – me afastei dela e cumprimentei Paul com um abraço. – Como vocês estão? – perguntei olhando atentamente para eles.

Os sorrisos que ambos deram me fez semicerrar meus olhos tentando imaginar porque da tamanha felicidade deles e quando Paul abraçou Sally de lado e sua esposa levou suas mãos em cima de sua barriga não precisavam dizer mais nada.

– Ah meus Deuses. Parabéns Sally. Parabéns Paul. – falei sorrindo indo abraça-los novamente muito feliz em saber dessa novidade.

– Muito obrigada, Annabeth – disse Sally quando me afastei deles. Uma lagrima solitária escorreu por sua bochecha que Paul prontamente secou. – Não sabe como essa noticia nós deixou feliz, Paul quase desmaio de felicidade.

– Queria negar a parte do quase desmaio. – brincou Paul. – Mas fiquei muito feliz mesmo.

– Posso não saber, mas estou vendo pelos sorrisos bobos alegres que vocês dois têm. – e só de eu falar isso os sorrisos nos rostos deles se ampliaram. – Mas me diga, esta de quanto tempo?

– De três meses. – falaram os dois juntos e Paul deu um rápido beijo nos lábios da esposa.

E assim engatamos uma conversa enquanto terminávamos de fazer nossas compras. Sally ficou surpresa quando falei que iria estudar no Goode, mas nada falou sobre seu filho. Paul também havia ficado surpreso já que ele era um dos professores da escola, contudo, a única coisa que comentou foi que era um professor um pouco exigente.

Nada diferente do que eu imaginava que eles agiriam. Deixamos esse assunto de lado e continuamos a nossa conversa agradável.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capitulo ^-^ e semana que vem talvez eu atualize a fic de novo.Reviews são sempre bem vindos se quiserem mandar é claro ^-^Muito obrigada a todos que leram o capitulo. Bjs ^.^