Not A Bit Easy escrita por MandyLove


Capítulo 1
01 – Minha Nova Realidade


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal que esta lendo isso ^-^
Essa é minha mais nova fic, que como eu já comentei nas notas da fic, foi uma ideia que surgiu depois de um review da Nyssa e eu espero que gostem dela.
Não vou ficar enrolando aqui, nós falamos(?) mais nas notas finais... Enjoy.



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POV Annabeth

Inspirei tranquilamente me recusando a abrir os olhos. Estava tão bom na cama, com os braços dele me envolvendo confortavelmente, seu peito quente encostado em minhas costas, sua respiração ritmada por ainda estar dormindo batendo contra meu pescoço que somente uma louca sairia da cama.

Louca eu não era, mas infelizmente eu precisava acordar e acorda-lo também se não mais uma vez receberíamos um sermão de Zeus por atrasarmos o serviço, o serviço dele.

Abri os olhos somente para ver que horas eram e não me surpreendi ao ver que estava passando das cinco da manhã, hora de o Sol nascer.

Ultimamente isso estava virando rotina para mim que eu nem precisava mais de um despertador. Meu corpo se acostumou a acordar cedo quando estou com ele, principalmente nessa época do ano em que os dias se “despertam” mais cedo.

Afastei um pouco seu braço de mim, o que foi bem difícil já que ele mesmo inconsciente não queria me soltar, e virei ficando de frente para ele. Sorri ao ver seu rosto sereno enquanto dormia e seus lábios repuxados em um sorriso, seja lá com o que estava sonhando era algo muito bom.

Meus olhos “desceram” para seu torço nu, a única parte exposta sem estar coberta pelo lençol. Sua pele bronzeada, seu peito e braços fortes e torneados, uma barriguinha tanquinho que toda mulher gostaria de lavar roupa.

Apesar da linda paisagem de Deus grego ao meu lado me obriguei a ter que acorda-lo. Levei minha mão até o seu cabelo loiro macio e liso, apoiei meu corpo no cotovelo do outro braço e aproximei meu rosto do seu perto de sua orelha.

– Hora de acordar. – falei rente ao seu ouvido fazendo massagem em seu couro cabeludo.

Ele resmungou alguma coisa ininteligível para mim e seu braço que ainda estava em minha cintura me puxou para mais perto de si escondendo seu rosto na curva do meu pescoço. Seus lábios tocaram na pele do meu pescoço e senti uma onde de calor começar a percorrer o meu corpo a partir daquele ponto.

– Ainda não é hora. – resmungou ele e mordeu levemente o meu pescoço.

– Vai, levanta seu Deus do Sol preguiçoso. – arranhei de leve seu couro cabeludo e ele gemeu prazerosamente aumentando o meu sorriso. – Não queremos o seu pai brigando com a gente de novo. – continuei.

Sim, você leu certo, eu realmente falei Deus do Sol. É Apolo que esta na minha cama desprovido de roupa assim como a minha pessoa.

Bom, antes de continuar eu acho que devo explicar algumas coisas.

Um ano tinha se passado desde a derrota de Cronos, é final de Agosto e em duas semanas começa o meu ultimo ano letivo.

Como já devem ter notado Percy e eu não estamos mais juntos. Namoramos por pouco mais de quatro meses, terminamos no começo das ferias de inverno.

Resumindo o motivo de nossa separação, Percy se interessou por uma nova campista e apesar de no começo ter negado depois de uma franca conversa que tivemos sobre isso resolvemos terminar antes que algo imperdoável acontecesse, mataria ele se me traísse e preferi evitar ter o peso de uma traição, não quero ser Hera.

É claro que eu o amava naquela época, ainda tenho sentimentos por ele, mas aprendi a conviver com isso e seguir em frente e quem fez eu enxergar isso foi Apolo, ele é um ótimo remédio para “doenças” assim.

Depois de ficar alguns dias chorando por ter terminado com Percy, Apolo apareceu no internato em que eu estava em Nova York – eu não iria ficar no acampamento e correr o risco de ver o garoto que eu achava que amava com outra garota – e conversou comigo.

Ele foi incrivelmente filosófico dizendo para eu continuar a viver, que eu não era uma garota de ficar chorando por quem não me merecia. Uma semana depois, depois de varias visitas de Apolo com direito a encontros, nós ficamos pela primeira vez.

Só para saberem, eu perdi a virgindade com Percy e não me arrependo.

Apolo e eu não somos um casal. Ficamos de vez em quando, ao mais belo estilo Amizade Colorida, então não tem nem uma cobrança da parte de nem um de nós.

Mas continuando. Eu posso dizer que superei Percy e graças a isso eu continuo a viver em Nova York e vejo Sally e Paul de vez em quando. Como Percy e eu não frequentávamos a mesma escola via ele raramente.

Eu não passo mais minhas ferias no acampamento é por isso que não vi o Percy nas ferias de verão. Como eu já sou independente e meus treinamentos no acampamento serem dispensáveis, eu só tinha que manter a forma, Quíron disse que não tinha problema eu antecipar minha saída do acampamento em um ano.

E eu também passei boa parte das minhas ferias de verão na Grécia, presente do meu pai e da minha madrasta como compensação pelos anos em que não nós dávamos bem.

Presente esse que era para ter durado as ferias de verão inteira, mas minha mãe Atena resolveu me trazer duas semana mais cedo para me dar um presente e uma informação.

O presente dela foi um incrível apartamento perto do Empire States Building para eu poder continuar a trabalhar no Olimpo. A reforma já tinha acabado só que alguns Deuses adoraram a ideia de ter uma arquiteta e vivem pedindo para eu fazer coisas novas para eles e é claro que eles me dão um generoso pagamento por cada trabalho – minha conta bancaria cresce a cada dia graças a eles e eu não preciso arranjar emprego para pagar as minhas necessidades.

A informação é que agora eu iria terminar meu ultimo ano no Goode High School, a mesma escola de Percy. A explicação que ela deu é que eu preciso de um teste para ver como eu vou lidar com os diferentes tipos de “pressão” que existem, até de um ex-namorado que pelas ultimas informações que chegaram até mim ainda tem sentimentos para com a minha pessoa, mas esta namorando aquela garota por quem estava atraído quando nós separamos.

Não me importei isso, como eu já disse antes, eu já o tinha superado, não seria nada de mais ter que vê-lo quase todos os dias até terminar o ano letivo, com ou sem a companhia da namorada não havia diferença.

Voltando ao presente. Como eu tinha ganhado o apartamento eu precisa trazer minhas coisas para cá e comprar moveis e isso explica porque Apolo esta aqui.

Ontem ele havia me ajudado com tudo na mudança e depois de jantarmos uma deliciosa pizza revivemos aos velhos/novos tempos. Mas foi só hoje, ou ontem. Apolo estava de olho em uma mulher, acho que europeia e eu queria um namorado serio.

Já fazia três meses que eu estava solteira e apesar de adorar a amizade colorida entre nós dois e às vezes ter um caso de uma noite com um cara eu queria algo estável.

– Não é bom colocar o papai nisso. – disse ele manhoso e mordeu novamente meu pescoço.

– Nem pensa em deixar mais uma marca em mim. – falei tentando me afastar dele, mas ele foi rápido e subiu em cima de mim prendendo meus braços em cima da minha cabeça.

– Relaxa, não vai ser esse tipo de marca que vou deixar em você. – disse ele sorrindo malicioso e eu arquei a sobrancelha com um sorriso maroto nos lábios ao sentir a ereção dele contra a minha coxa.


Saímos do prédio de mãos dadas depois de vários minutos. Apolo estava usando calças jeans, camiseta vermelha sem mangas – ele ama mostrar seus braços fortes – e calçando tênis enquanto que eu estava usando um short para corrida, um top e tênis para correr.

Eu sempre corria de manhã nas férias – durante o ano letivo eu corria pelo menos três vezes por semana – para manter a forma e aproveitar a paisagem um pouco mais tranquila do local em que eu corria.

Agora que eu estava morando perto do Empire eu tive que mudar minha rota de corrida, mas isso não era nada de mais, era só mais um lugar novo para eu apreciar a paisagem.

O sol estava nascendo em meio à selva de pedra de Nova York então houve uma súbita explosão de luz no horizonte, um jato de calor, e eu fechei os olhos já sabendo o que veria a seguir e o que deveria fazer.

A luz e o calor aumentaram a minha volta, como se eu já não estivesse quente, mas ainda bem que esse excessivo calor durou pouco e diminuiu drasticamente e a luz se cessou.

Abri os olhos e vi um Lamboghini Gallardo LP-560-4 Spyder conversível vermelho estacionado a nossa frente reluzindo com o sol.

– Ainda bem que Hefesto concertou o piolho automático. – comentou Apolo aliviado.

Soltei a mão de Apolo que foi em direção ao carro enquanto eu peguei o elástico que eu tinha no pulso e prendi o cabelo em um rabo de cavalo usando-o.

Apolo abriu a porta do motorista e sentou no banco esticando um braço e abriu o porta luvas. De lá tirou um óculos de sol que ele imediatamente colocou sobre os olhos escondendo seus lindos olhos azuis me fazendo rolar os meus.

– Isso que da você deixar meio-sangues dirigirem o seu carro, mesmo que eles sejam seus filhos. – falei divertidamente indo em sua direção.

Ontem quando nós encontramos Apolo me contou como há dois dias um de seus filhos estava perdido em uma missão e pediu ajuda a ele. Como bom pai que é, palavras dele, ele resolveu dar uma carona ao garoto.

Vamos dizer que nem todos os filhos de Apolo são parecidos com o pai assim como alguns filhos de outros Deuses, afinal Thalia que é filha de Zeus tem medo de altura, e que ainda bem que o carro do sol não se destrói facilmente.

– É, tenho que rever esse costume. – disse ele saindo do carro e se recostando nele cruzando os braços em frente ao peito.

Parei em frente a ele e fiz uma careta confusa ao ver como ele olhava diretamente para os meus olhos compenetrado. Era, muito, raro esses momentos em que ele direcionava o seu olhar aos meus olhos desse jeito em vez dos costumeiros olhares brincalhão, ou o malicioso quase sempre carregado de luxuria.

– O que foi? – perguntei cruzando os braços em frente ao peito também devolvendo seu olhar.

– Tenho algo para você, para te ajudar a ir para a escola com mais segurança. – falou Apolo colocando a mão no bolso da calça e de lá tirou uma chave de carro embutido no controle de alarme. – Eu queria lhe dar ele como um presente, mas você sabe como o papai esta no meu pé por sua causa.

– Assim você me faz sentir culpada.

– Sua mãe seria a culpada por te “pensar” tão gostosa. –disse ele sorrindo maliciosamente abaixando os óculos de sol até a ponta do nariz e assim olhando descara mente para me corpo.

Um trovão cortou com força o céu.

– Melhor mudar de assunto antes que você vá conhecer o Tártaro. – falei divertidamente.

– Hurum... Então, como eu estava dizendo, isso aqui. – ele balançou a chave. – Não pode ser um presente então vai ser um pagamento adiantado para minha nova estatua no Olimpo. O que acha? – perguntou piscando um olho para mim.

– Depende. Se o carro for a minha cara. – falei dando de ombros indiferente. – Você sabe com eu amo a minha moto.

Sim, eu tenho uma moto. Tirei primeiro a carteira de moto para depois tirar a de carro. Motos me possibilitavam chegar aos lugares da cidade mais rápido e a minha é boa para estrada de terra também.

Eu tenho uma Yamaha XT 660R preta. Não se preocupem, ela foi modificada por Hefesto para ela ser usada por uma garota sem perder sua potencia e força. Foi um pagamento por eu ter reformado uma de suas oficinas e valeu cada dia que passei acordada fazendo os planos da reforma, a moto é incrível.

– Eu sei que ama sua moto, mas você às vezes podia variar. E não se preocupe o carro é a sua cara. – Apolo abriu um sorriso convencido. – Mas só vai vê-lo depois que voltar da sua corrida. – ele levantou o braço esquerdo olhando para seu pulso no qual do nada apareceu um relógio de pulso. – Só daqui a uma hora e meia ele vai aparecer na sua vaga do estacionamento do prédio no lado da sua preciosa moto.

– Por quê? – perguntei fazendo bico e Apolo ampliou seu sorriso.

– Porque gosto de deixar você curiosa. – falou ele dando de ombros.

Mais um trovão cortou o céu e dessa vez fez tremer o chão aos meus pés. Os ombros de Apolo se anuíram e um suspiro desanimado saiu por entre seus lábios.

– Pelo jeito, eu tenho que ir. – disse Apolo parecendo triste desencostando do carro e veio até mim. Um palmo era o que nós separava agora. – Espero que goste do seu pagamento adiantado tanto quanto eu acho que vai gostar. – ele jogou a chave para cima e quando ela voltou a descer eu a peguei.

– E tem algo que eu não gostei que foi você que me deu? – perguntei sorrindo.

O Deus do sol abriu um sorriso de canto antes de acabar com a distancia entre nós dois passando seus braços em minha cintura enquanto que sua boca se apossou da minha. Passei meus braços sobre os ombros dele e sem esforço ele me ergueu intensificando nosso beijo.

– Até logo. – falou ele quando nós separamos, ele ainda me mantinha longe do chão. – Você sabe que quando precisar é só me chamar. – completou me colocando no chão.

– Digo o mesmo a você. – disse eu e Apolo se afastou de mim segurando uma de minhas mãos ao qual beijou delicadamente. – Até logo, Apolo.

E assim o Deus do sol foi até seu carro. Em segundos tanto Apolo quanto seu carro não estavam mais a minha frente e no lugar dele ficou um rastro vermelho que aos poucos foi se dissipando.

Com um suspiro e sem alternativa programei o meu relógio para terminar a corrida em uma hora, eu queria e muito ver meu novo carro, ou meu pagamento adiantado. E a pé mesmo eu fui até o Central Park começar a minha corrida.

Era estranho correr por ali. Varias lembranças da guerra que aconteceu aqui a mais de um ano vinham em minha mente por cada lugar que eu ia. Mas eu não me importei, essas lembranças eram algo precioso, algo que me mostrava que eu havia lutado por aquilo que eu acredito ser o certo e vencido.

Que apesar de tudo que tenha acontecido durante a guerra às mortes de vários de meus amigos não tinha sido em vão, alcançamos nosso objetivo.

E também, a paisagem estava linda depois das reformas que aconteceram aqui depois que destruímos quase tudo no parque durante a guerra. Eu podia aproveitar bem esse momento já que não tinha muitas pessoas correndo por aqui, cedo demais penso eu.

Apertei o passo ao ver um bebedouro logo à frente. Apesar de não estar com sede eu precisava me hidratar, estou correndo a mais de quarenta minutos e tenho que tomar agua regularmente principalmente porque Apolo esta bem quente hoje.

Sorri bobamente com o trocadilho.

Pelo canto do olho capitei um cara com uma câmera apontada em minha direção. Parei no mesmo instante virando o rosto em sua direção.

Imediatamente o cara abaixou a câmera de frente do seu rosto ao ver que tinha sido pego e fiquei admirada com a beleza do fotografo.

Olhos azuis escuros, cabelos castanhos escuros levemente ondulados, barba aparada, seus lábios estavam moldurando um sorriso tímido de desculpas, usava uma calça de corrida e uma camiseta vermelha vinho, devia ter uns vinte sete anos, talvez menos.

– Desculpa. – pediu o fotografo ajeitando a alça da câmera em seu ombro. Sua voz rouca e calma seria capaz de desarmar qualquer mulher, ou homens que são fanta que gostam de coca cola, junto com esse sorriso em seu rosto. – O sorriso que deu e a paisagem atrás de você... Me desculpa, não queria tirar uma foto sem sua permissão, mas...

– Tudo bem. – falei interrompendo ele. – Se a foto ficou boa, não tem problema e eu vou querer uma copia. – Sorri ao ver ele ampliar seu sorriso.

– Com tanta beleza junto é impossível ter ficado feia. – disse ele e eu gargalhei. Ele abaixou a cabeça, mas não antes de eu ver que ele tinha ficado com o rosto levemente corado. – Me desculpe. – ele respirou fundo e levantou a cabeça me encarando. – Eu falei sem pensar e acabou soando como uma cantada nada original que eu preferiria esperar até saber o seu nome para tentar uma.

– Sim, claro. – eu estava me segurando para não continuar a rir.

– Oh meu... Estou agindo mais desastradamente do que um adolescente quando vai conversar pela primeira vez com a garota que tem uma queda. – murmurou ele balançando a cabeça em negativa. – Só falta eu tropeçar nos próprios pés.

– Eu diria que é uma reação normal de quando alguém é pego no flagra como eu acabei de pegar você. – apontei divertidamente.

– Ou isso também. – falou ele se aproximando de mim. Um sorriso de canto nos lábios e sua mão direita estava estendida em minha direção. – Aproposito, sou Robert Stan.

– E eu Annabeth Chase. – apertei a mão que ele me estendia devolvendo seu sorriso.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do primeiro capitulo. Me mandem reviews para eu saber a opinião de vocês, é muito importante para eu saber o futuro da fic e um ótimo motivador para escrever mais rápido nela.
Não sei quando vou postar o próximo capitulo, mas vou tentar não demorar muito.
Muito obrigada a todos que leram o primeiro capitulo. Bjs ^.^