- Me esforcei ao máximo para tentar pegar a minha pequena no colo, tinha uma seringa no meu braço que levava o soro para meu sangue e esticar o braço fazia com que aquilo me machucasse mas acho que não iria ligar muito pra isso pois a MINHA FILHA precisava do meu carinho e atenção. Com muito esforço consegui pega-lá no colo, os aparelhos que indicavam meus batimentos cardíacos apitaram mais rápido era a emoção do momento de poder pega-la em meu colo pela primeira vez, uma emoção que não poderia explicar, ela é linda e perfeita como eu sempre sonhei a minha pequena. Ela logo parou de chorar parecia sentir a minha presença junto dela, envolvi meus braços em torno dela com o objetivo de que ela sentisse ainda mais o meu calor materno. Olhei em volta para o "meu quarto" que tinha presentes, muitos presentes uma faixa enorme com "Seja bem vinda Victória Gabrielle seus pais te amam", tinham também fotos do parto, do período da gravidez, minhas com o Renê, awnnn o Renê como sinto a falta dele, eu o amo tanto. Olhei para os meus braços e a Victória havia dormido, um verdadeiro anjo em nossas vidas.

- Eu te amo minha pequena, quer dizer todos nós te amamos, o seu papai mesmo louquinho eu o amo tanto pena que ele não está aqui conosco- falei com a voz ainda rouca.

~Consultório Doutor Miguel~

- Bom dia Doutor, o Senhor mandou que eu viesse aqui pra falar comigo, a Helena melhorou?

- Bom Renê, ela continua ainda do mesmo jeito, nem melhora e nem piora eu te chamei aqui, pra te fazer uma proposta não muito boa.

- O que Miguel? Não é aquela ideia de novo é? Eu não vou desligar os aparelhos dela doutor, eu não vou fazer isso com ela. Você mais do que ninguém deve ter a sua família e a sua esposa não me peça pra fazer isso eu a amo.

- Mas Renê não sabemos até quando ela ficará assim.

- Não Miguel, eu não vou fazer isso, sai da sala muito magoado e estressado, nós já tínhamos tido essa conversa uma vez e eu repito quantas vezes forem preciso eu não vou fazer isso com ela não vou mesmo. Caminhei por algum tempo em direção ao jardim do hospital aquela conversa tinha me dado ainda mais saudades dela, a nossa filha precisa da presença da mãe.... Por que isso meu Deus?- olhei pro céu e não pude conter umas lágrimas que insistiam em cair, me sentei na grama. Fiquei olhando algumas crianças brincarem no parque, quando uma bolinha veio até mim. Peguei ela e segurei pra devolver a menininha sorridente que corria em direção a mim pra pega-la de volta.

- Olha aqui a bolinha pequena.

- Obrigada tio, por que você ta chorando?

- Eu não to chorando foi um cisco que caiu no meu olho, meu anjo.

- Não precisa mentir não tio, tudo vai ficar bem ta?

Renê Narrando- Ela me abraçou, um abraço carinhoso que me fez tão bem.... Ela foi embora sem ao menos esperar os meus agradecimentos por aquele gesto tão carinhoso. Subi até o quarto onde a Vivi e a Helena estavam, iria ver como a Vivi estava e ver se a Helena estava bem.... Entrei no quarto e vi aquela cena, como isso pode ter acontecido?

~Continua~ #Aleh