Imprevistos E Surpresas Da Vida escrita por Liz


Capítulo 4
O reencontro


Notas iniciais do capítulo

Primeiro queria agradecer a Isabelle que recomendou a fic, fiquei muito feliz :)

E ao pessoal que tá comentando, que bom que estão gostando!

Agora vamos à história.



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*Será que você ainda mora na capital? terá constituído família? Melhor não saber, espero que a gente não se cruze (nesse momento, uma lágrima caiu de seus olhos). Agora mais do que nunca para começar uma nova vida, tenho que te tirar da minha cabeça. (guardando a pulseira de volta em sua bolsa).*

Passadas as duas horas, Paulina embarcou no ônibus. Durante o longo caminho, refletia sobre os últimos acontecimentos e sobre o que faria assim que chegasse à capital. Tomou uma decisão um tanto quanto drástica. A partir de hoje usaria seu segundo nome, nome que sempre ignorou, mas agora julgava necessário usá-lo. Assim, seria mais difícil para Paola encontrá-la, caso a procurasse.

Perdida em seus pensamentos, só se deu conta de que havia chegado quando percebeu os passageiros descendo. Meio sem rumo, saiu da rodoviária e foi em busca de uma pousada, onde viveria até se estabilizar. Não demorou muito para que encontrasse uma placa dizendo: "Pousada Girassóis, temos quartos disponíveis". Entrou.

Paulina: Olá, vi a placa ali na frente, gostaria de um quarto.

Atendente: Olá, vai ficar quantos dias?

Paulina: Ainda não sei.

Atendente: Você não é daqui, acertei?

Paulina: Dá pra perceber tanto assim? É verdade, acabo de chegar de Cancun e não conheço ninguém por aqui. Por acaso tem aí os jornais de hoje? Gostaria de dar uma olhada nos classificados, estou em busca de um emprego.

Atendente: Não se preocupe, com o tempo você vai se familiarizar. Aqui estão os jornais, pode levá-los para seu quarto se quiser. (alcançando os jornais juntamente com a chave do quarto e indicando onde era)

Paulina: Obrigada

O quarto era simples, porém bem limpo e organizado. Havia uma cama de casal, uma televisão e uma cômoda. Paulina entrou, sentou-se na cama e começou olhar os classificados nos jornais, marcando os endereços em que procuraria no dia seguinte. Até que um anúncio em especial lhe chamou a atenção.

" Cerâmica Bracho possui uma vaga para secretária. Não é necessário experiência. Interessadas favor aparecer no endereço abaixo no período da tarde para fazer entrevista."

*Será que é de algum parente da Paola? Melhor eu passar longe, tenho que evitar qualquer proximidade com ela.* pensou Paulina

Já era noite. Paulina acomodou suas coisas no quarto e foi dormir. Acordou cedo, fez uma maquiagem leve - afinal teria que estar apresentável para conseguir emprego -  e saiu.  Decidiu que seria necessária uma mudança de visual, e foi isso mesmo o que fez. Procurou um salão e cortou os cabelos. Ao se olhar no espelho, surpreendeu-se ao perceber a semelhança -agora mais notória do que antes- que tinha com Paola, mas procurou não pensar nisso.

*A partir de hoje nasce uma nova mulher, Mariana Martins* pensou ela, pagando o cabeleireiro e saindo em busca de trabalho.

Andou a manhã inteira, e nada. Todos os lugares onde chegava exigiam experiência, ou diploma de ensino superior -que Paulina não pôde cursar, pois desde nova teve que ajudar sua mãe com o sustento da casa-.

À tarde, a mesma coisa. Cansada de tanto andar, lhe restou apenas uma opção, a Fábrica Bracho. Não queria, mas decidiu que era necessário.

Chegando lá, quem fez sua entrevista foi Rodrigo. Paulina percebeu que ele e todos que a olhavam ficavam surpresos, e para sua tristeza, deduziu que fosse pela tal semelhança. Sendo assim, o que ela temia aconteceu, se deu conta de que fábrica estava relacionada com Paola. Mas não poderia voltar atrás, sua entrevista havia tido resultados bastante positivos, a vaga era sua. Começaria dentro de um dia.
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Chegou o dia seguinte. Paulina parou em frente à entrada principal da fábrica por um instante. Não sabia o que a esperava. *Qual seria o parentesco deles com Paola Bracho?*  Pensava ela.

Em meio a ansiedade, adentrou. Lembrou-se que nem mesmo tinha perguntado o nome daquele que seria seu chefe. Mal sabia que era quem menos imaginava que fosse.

Paulina: Bom dia, senhor Rodrigo (Rodrigo estava a sua espera para lhe dar as instruções necessárias).

Rodrigo: Bom dia, senhorita Mariana (Esse era o único nome que ela tinha mencionado na entrevista, queria que todos a conhecessem somente assim), vejo que é uma pessoa muito pontual, que bom.

Paulina: Obrigada. Ontem eu acabei não perguntando, o meu chefe vai ser o senhor?

Rodrigo: Não. Seu chefe será meu irmão, Carlos Daniel. A propósito, está te esperando na sala dele para conversarem.

Paulina gelou. Em seus pensamentos tentava acreditar que não podia ser ele, tinha que ser apenas coincidência, afinal esse não era um nome tão incomum assim.

Rodrigo: Venha comigo (indo em direção a sala de Carlos Daniel e batendo na porta). Tenho alguns papéis pra assinar, vou deixá-los a sós. (saindo)

Assim que Rodrigo saiu, Carlos Daniel abriu a porta com a cabeça baixa, revisando documentos.

- Entre - disse ele, ainda de cabeça baixa.

As suspeitas de Paulina se confirmaram no mesmo instante em que o viu. Apesar dos anos, jamais esqueceria aquele olhar, aqueles traços perfeitos. Palavras não saíam de sua boca, seu coração batia numa velocidade altíssima, estava perplexa.

- Seja bem vinda a Fábr... VOCÊ? - Disse Carlos Daniel, agora levantando a cabeça e olhando para Paulina.

Como era possível que Paulina estivesse na frente daquele que pensou que nunca mais veria? Lembranças vinham à sua mente como um furacão.


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Notas finais do capítulo

Qual será exatamente essa história que envolve o passado dos dois? Será que o Carlos Daniel reconheceu a Paulina?

Comentem!