Imprevistos E Surpresas Da Vida escrita por Liz


Capítulo 34
Despedida x Chegada


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente... feliz natal atrasado para todas as leitoras!!

Bom, como tinha avisado no capítulo anterior, estava viajando e não deu pra postar. Apesar da demora, não podia deixar vocês sem capítulo antes do fim do ano, né? KKKKKKKKKK

Boa leitura e feliz ano novo, pessoal!!



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– Vovó, vim comunicar à senhora que eu quero adotar uma criança! - afirmou sorrindo

– Hã? – perguntou Piedade incrédula. Havia entendido muito bem, mas queria ter certeza da decisão do neto

– Quero adotar uma criança! - confirmou Carlos Daniel

– Mas isso é loucura, não acha? - advertiu

– Talvez seja, mas é o que sinto. Quero devolver pelo menos um pouco da alegria à essa casa. Podemos tirar Carlinhos e Lizete do internato e criar os três como irmãos, sem distinções. - disse sorridente

– E já sabe a idade ou sexo da criança que pretende adotar? - disse Piedade, já animada com a ideia

– Só tenho uma certeza: Quero uma menina! Quanto a idade, não sei. Estou seguro de que vou saber quando encontrar a criança certa. - respondeu confiante

– Está ciente de que não será fácil para você, sendo divorciado, conseguir a guarda. Não é? - alertou Piedade

– Estou, vovó. Mas vou lutar com todas as armas para poder obtê-la!

– Se é assim, saiba que te apoio incondicionalmente. Ficarei muito feliz em ter mais uma bisneta correndo pela mansão. - concluiu Piedade, abraçando o neto logo em seguida.

A conversa com a avó foi definitiva para Carlos Daniel, que após esse dia começou suas buscas pela "criança ideal", que nem ele mesmo sabia como era.

Toda a família Bracho logo foi informada, no início todos reagiram da mesma maneira que Vovó Piedade, mas logo se empolgaram com a notícia.

Assim, passaram-se dois meses. Carlos Daniel ia dia após dia a diversos orfanatos, fazia doações, conversava com os diretores... mas não entendia por que ainda não havia encontrado uma menina que fizesse ele sentir o mesmo que sentia com a criança do sonho, o qual seguia repetindo-se quase que em todas as noites.

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Paulina apesar de estar feliz com o crescimento da filha, a cada dia que se passava sentia uma angústia maior. Temia o dia em que teria que se separar dela, e junto com essas sensações nutria cada vez mais um ódio por Paola. Sabia que esse sentimento não lhe traria nada bom, mas era inevitável, já que esta era a principal culpada por todo aquele sofrimento.

Carolina agora acabara de completar seis meses de idade. Apesar de ter os mesmos olhos verdes da mãe, começavam a se tornarem mais evidentes os traços do pai. A cada dia estava mais linda.

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Para a infelicidade de Paulina, havia chegado o dia de entregar a filha. Ambas, juntamente com Célia, estavam agora na sala de visitas do presídio, em frente a assistente social que levaria Carolina.

– Paulina, vivi com você praticamente toda a gravidez, entendo o que está sentindo. Mas por favor, não torne as coisas mais difíceis do que já são. - suplicava Célia, tentando convencer a amiga, que parecia não escutar nem uma só palavra

Paulina chorava muito, e segurava firmemente Carolina nos braços, resistindo a soltá-la. Carolina apenas olhava para a mãe com os olhinhos chorosos, como se soubesse que teria de se despedir dela.

– Paulina, você vai sair daqui em breve e vai recuperá-la, mas agora infelizmente não pode mais tê-la aqui, por favor! - insistiu novamente

Paulina parecia alheia a situação, continuava parada ali da mesma maneira.

– Olha senhorita, já tive paciência demais. Não posso mais esperar, me entregue a criança. - disse a assistente social, séria

– Faça o que ela pede, é necessário! - disse Célia, olhando nos olhos de Paulina e tentando não chorar junto a ela

Paulina queria fugir dali com a filha, sair correndo sem rumo. Mas entendia que isso não era possível, então não teve outra alternativa a não ser entregar Carolina nos braços da assistente social.

Assim que o fez, a menina começou a chorar, deixando Paulina em desespero. A assistente social rapidamente a levou dali, deixando para trás uma mãe terrivelmente abalada.

Paulina abraçou-se a Célia e em seu ombro chorou toda a dor que sentia.

===================Três dias depois=====================

Carlos Daniel estava começando a ficar frustrado, pois já havia visitado quase todos os orfanatos da cidade e ainda não tinha achado a criança que tanto desejava. Até que em uma de suas visitas...

– Bem vindo ao orfanato Casa Mágica! Me chamo Elisa. - disse a diretora, uma senhora doce, de aproximadamente 50 anos de idade

– Obrigado senhora, sou Carlos Daniel Bracho. - respondeu ele, a cumprimentando com um aperto de mão

– Pois bem, o que deseja?

– Estou a procura de uma criança para adoção, não importa a idade, mas gostaria que fosse menina.

– O senhor é casado?

– Divorciado. –respondeu cauteloso- Algum problema?

– É que nesses casos é mais complicado... - disse Elisa

– Eu sei, mas estou disposto a fazer o possível para conseguir adotar. Poderia me apresentar as crianças? - disse direto

– Claro, venha comigo.

Carlos Daniel conheceu várias garotinhas que viviam ali, mas novamente não obteve sucesso.

– Mais alguma? - perguntou esperançoso

– Bem... temos a caçula do lar, tem pouco mais de seis meses e chegou aqui há alguns dias. Não sei se terá interesse, pois é pequena e ainda chama muito pela mãe.

– E a senhora sabe quem é a mãe dela? - perguntou com curiosidade

– Não exatamente, mas sei que está no presídio. Foi de lá que a menina veio, provavelmente essa mulher não tinha a quem entregá-la, e como não é possível ficar mais do que esse tempo...

Ao ouvir essa frase, Carlos Daniel sentiu um aperto no coração. Não entendia o porquê, mas ficou em silêncio, pensativo...

– É triste saber que os filhos muitas vezes acabam pagando pelos erros dos pais... - completou Elisa

– Quero ver essa menina! - afirmou Carlos Daniel

Elisa então o levou até ela.

Carlos Daniel não pôde deixar de sorrir, mesmo que tímido, assim que a viu. Se aproximou mais, e a menina que estava no colo de uma das funcionárias do orfanato, logo lhe estendeu os bracinhos.

– Eu posso? - perguntou ele, olhando para a diretora que lhe fez um sinal de positivo com a cabeça

*Como no sonho!* pensou Carlos Daniel.

Naquele instante em que a segurou, teve a certeza que tanto buscava. E um enorme sorriso brotou nos lábios tanto da criança, quanto dele.

– Como ela se chama? - perguntou Carlos Daniel

– Não acredito que tenha sido registrada, mas na pulseirinha que está usando, tem o nome "Carolina" gravado. - respondeu Elisa

– Carolina... Carolina! –repetiu para si mesmo, testando a pronúncia- Você vai ser minha filha a partir de hoje! - disse olhando para seus olhinhos verdes, que brilhavam.


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Notas finais do capítulo

Parabéns pra quem matou a charada no capítulo anterior! :D

E agora?! Comentem!!!!