Imprevistos E Surpresas Da Vida escrita por Liz
Notas iniciais do capítulo
Primeiramente... feliz natal atrasado para todas as leitoras!!
Bom, como tinha avisado no capítulo anterior, estava viajando e não deu pra postar. Apesar da demora, não podia deixar vocês sem capítulo antes do fim do ano, né? KKKKKKKKKK
Boa leitura e feliz ano novo, pessoal!!
– Vovó, vim comunicar à senhora que eu quero adotar uma criança! - afirmou sorrindo
– Hã? – perguntou Piedade incrédula. Havia entendido muito bem, mas queria ter certeza da decisão do neto
– Quero adotar uma criança! - confirmou Carlos Daniel
– Mas isso é loucura, não acha? - advertiu
– Talvez seja, mas é o que sinto. Quero devolver pelo menos um pouco da alegria à essa casa. Podemos tirar Carlinhos e Lizete do internato e criar os três como irmãos, sem distinções. - disse sorridente
– E já sabe a idade ou sexo da criança que pretende adotar? - disse Piedade, já animada com a ideia
– Só tenho uma certeza: Quero uma menina! Quanto a idade, não sei. Estou seguro de que vou saber quando encontrar a criança certa. - respondeu confiante
– Está ciente de que não será fácil para você, sendo divorciado, conseguir a guarda. Não é? - alertou Piedade
– Estou, vovó. Mas vou lutar com todas as armas para poder obtê-la!
– Se é assim, saiba que te apoio incondicionalmente. Ficarei muito feliz em ter mais uma bisneta correndo pela mansão. - concluiu Piedade, abraçando o neto logo em seguida.
A conversa com a avó foi definitiva para Carlos Daniel, que após esse dia começou suas buscas pela "criança ideal", que nem ele mesmo sabia como era.
Toda a família Bracho logo foi informada, no início todos reagiram da mesma maneira que Vovó Piedade, mas logo se empolgaram com a notícia.
Assim, passaram-se dois meses. Carlos Daniel ia dia após dia a diversos orfanatos, fazia doações, conversava com os diretores... mas não entendia por que ainda não havia encontrado uma menina que fizesse ele sentir o mesmo que sentia com a criança do sonho, o qual seguia repetindo-se quase que em todas as noites.
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Paulina apesar de estar feliz com o crescimento da filha, a cada dia que se passava sentia uma angústia maior. Temia o dia em que teria que se separar dela, e junto com essas sensações nutria cada vez mais um ódio por Paola. Sabia que esse sentimento não lhe traria nada bom, mas era inevitável, já que esta era a principal culpada por todo aquele sofrimento.
Carolina agora acabara de completar seis meses de idade. Apesar de ter os mesmos olhos verdes da mãe, começavam a se tornarem mais evidentes os traços do pai. A cada dia estava mais linda.
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Para a infelicidade de Paulina, havia chegado o dia de entregar a filha. Ambas, juntamente com Célia, estavam agora na sala de visitas do presídio, em frente a assistente social que levaria Carolina.
– Paulina, vivi com você praticamente toda a gravidez, entendo o que está sentindo. Mas por favor, não torne as coisas mais difíceis do que já são. - suplicava Célia, tentando convencer a amiga, que parecia não escutar nem uma só palavra
Paulina chorava muito, e segurava firmemente Carolina nos braços, resistindo a soltá-la. Carolina apenas olhava para a mãe com os olhinhos chorosos, como se soubesse que teria de se despedir dela.
– Paulina, você vai sair daqui em breve e vai recuperá-la, mas agora infelizmente não pode mais tê-la aqui, por favor! - insistiu novamente
Paulina parecia alheia a situação, continuava parada ali da mesma maneira.
– Olha senhorita, já tive paciência demais. Não posso mais esperar, me entregue a criança. - disse a assistente social, séria
– Faça o que ela pede, é necessário! - disse Célia, olhando nos olhos de Paulina e tentando não chorar junto a ela
Paulina queria fugir dali com a filha, sair correndo sem rumo. Mas entendia que isso não era possível, então não teve outra alternativa a não ser entregar Carolina nos braços da assistente social.
Assim que o fez, a menina começou a chorar, deixando Paulina em desespero. A assistente social rapidamente a levou dali, deixando para trás uma mãe terrivelmente abalada.
Paulina abraçou-se a Célia e em seu ombro chorou toda a dor que sentia.
===================Três dias depois=====================
Carlos Daniel estava começando a ficar frustrado, pois já havia visitado quase todos os orfanatos da cidade e ainda não tinha achado a criança que tanto desejava. Até que em uma de suas visitas...
– Bem vindo ao orfanato Casa Mágica! Me chamo Elisa. - disse a diretora, uma senhora doce, de aproximadamente 50 anos de idade
– Obrigado senhora, sou Carlos Daniel Bracho. - respondeu ele, a cumprimentando com um aperto de mão
– Pois bem, o que deseja?
– Estou a procura de uma criança para adoção, não importa a idade, mas gostaria que fosse menina.
– O senhor é casado?
– Divorciado. –respondeu cauteloso- Algum problema?
– É que nesses casos é mais complicado... - disse Elisa
– Eu sei, mas estou disposto a fazer o possível para conseguir adotar. Poderia me apresentar as crianças? - disse direto
– Claro, venha comigo.
Carlos Daniel conheceu várias garotinhas que viviam ali, mas novamente não obteve sucesso.
– Mais alguma? - perguntou esperançoso
– Bem... temos a caçula do lar, tem pouco mais de seis meses e chegou aqui há alguns dias. Não sei se terá interesse, pois é pequena e ainda chama muito pela mãe.
– E a senhora sabe quem é a mãe dela? - perguntou com curiosidade
– Não exatamente, mas sei que está no presídio. Foi de lá que a menina veio, provavelmente essa mulher não tinha a quem entregá-la, e como não é possível ficar mais do que esse tempo...
Ao ouvir essa frase, Carlos Daniel sentiu um aperto no coração. Não entendia o porquê, mas ficou em silêncio, pensativo...
– É triste saber que os filhos muitas vezes acabam pagando pelos erros dos pais... - completou Elisa
– Quero ver essa menina! - afirmou Carlos Daniel
Elisa então o levou até ela.
Carlos Daniel não pôde deixar de sorrir, mesmo que tímido, assim que a viu. Se aproximou mais, e a menina que estava no colo de uma das funcionárias do orfanato, logo lhe estendeu os bracinhos.
– Eu posso? - perguntou ele, olhando para a diretora que lhe fez um sinal de positivo com a cabeça
*Como no sonho!* pensou Carlos Daniel.
Naquele instante em que a segurou, teve a certeza que tanto buscava. E um enorme sorriso brotou nos lábios tanto da criança, quanto dele.
– Como ela se chama? - perguntou Carlos Daniel
– Não acredito que tenha sido registrada, mas na pulseirinha que está usando, tem o nome "Carolina" gravado. - respondeu Elisa
– Carolina... Carolina! –repetiu para si mesmo, testando a pronúncia- Você vai ser minha filha a partir de hoje! - disse olhando para seus olhinhos verdes, que brilhavam.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Parabéns pra quem matou a charada no capítulo anterior! :D
E agora?! Comentem!!!!