Imprevistos E Surpresas Da Vida escrita por Liz


Capítulo 30
Tudo ou nada


Notas iniciais do capítulo

No capítulo anterior percebi os comentários divididos entre seguir com o drama ou não, mas por enquanto não posso adiantar nada!

Boa leitura!! ;)



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No fundo acreditavam que havia uma grande possibilidade disso ser verdade, por isso mesmo quando seus pulmões imploravam por ar, eles seguiam ali, com os lábios unidos, em uma sintonia perfeita. Como se o tempo tivesse parado e nada mais existisse ali além da presença um do outro.

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– Não posso! - sussurrou Carlos Daniel ofegante, quando lentamente suas bocas se afastaram

Paulina queria pedir que ele ficasse, dizer o quanto o amava e pedir que não desistisse deles... mas não teve coragem. Tentava com todas suas forças não chorar.

Dessa vez ela não virou as costas, ficou olhando firmemente nos olhos de Carlos Daniel. Ambos sentiam naquelas simples miradas que aquele não era um adeus, e sim um "até logo". Mesmo assim, o sentimento de despedida era inevitável para o casal.

Ficaram por um certo tempo assim, conversando somente com a voz do coração, até que aos poucos ele foi se afastando e consequentemente, sumindo do campo de visão de Paulina.

Quando ela fez menção de voltar para sua cela, percebeu que Célia havia chegado.

– Esse com quem acabei de cruzar é quem estou pensando? - perguntou objetiva

Paulina olhava para o nada, perdida em seus pensamentos.

– Paulina, tá me ouvindo? Paulina! - chamou Célia

– Oi Célia, perguntou alguma coisa?

– Aquele que estava saindo daqui era o...

– Sim, era o Carlos Daniel. - respondeu triste, sentando-se em seguida

– Pela sua cara vejo que a visita não foi nada boa... contou pra ele? - disse referindo-se a gravidez

– Não, ele veio pra terminar tudo de vez, e eu estava decidida a ser forte e aceitar. Mas antes dele ir embora nos beijamos e revivi tantos momentos... ai Célia, como eu queria voltar no tempo e modificar as coisas. - disse suspirando angustiada

Célia sentiu que não deveria interferir no assunto, podia notar que Paulina estava abalada demais e seria pior continuar falando disso.

– Mudando de assunto, vim trazer uma notícia! - afirmou sorrindo

– Boa ou ruim? - perguntou Paulina, desanimada

– Mais ou menos. A polícia através de várias investigações, conseguiu encontrar a Paola!

– Isso significa que tenho mais chances de sair livre? - disse esperançosa com o que acabava de saber

– O problema é que ela conseguiu comprovar, provavelmente com passagens aéreas falsas, que estava fora do país no dia do assassinato. Com isso a polícia a descartou como culpada do caso, mas não se preocupe, vou fazer minhas próprias investigações. Não há crime perfeito, Paola tem que ter falhado em alguma coisa. – argumentou confiante

– Não sei, cada vez que me iludo com algo, acabo me decepcionando. Já estou achando que ficarei aqui mesmo, condenada a passar sabe-se lá quantos anos trancada. – desabafou

– Vai dar tudo certo, tenha confiança!

– Eu tento, mas cada vez fica mais difícil... Célia, tem algo que está me inquientando há algum tempo, mas acabei não te perguntando. Talvez por medo de saber a resposta. - afirmou sincera

– Pode perguntar!

– O que vai acontecer com meu filho se... -engoliu em seco e nesse instante sua voz falhou- se eu tiver que continuar aqui?

– Não pense assim, você vai ficar em liberdade. - respondeu fugindo da resposta

– Por favor Célia, por tudo que é mais sagrado, me diz a verdade! - pediu aflita

– Se você ficar aqui, vai poder cuidar da criança até os 6 meses de idade, depois...

– Depois o quê? - perguntou interrompendo a amiga, em sinal de desespero

– Bem, depois você terá que entregá-la para alguém que a possa criar. - disse pesarosa

Nesse momento Paulina não pôde se conter.

– Entregar meu filho? Não, não posso! Além disso, você sabe que sou sozinha! - disse segurando as mãos de Célia, enquanto grossas lágrimas escorriam em sua face

– Eu sei Paulina, sinto tanto... –apertou forte as mãos de Paulina- sabe que se pudesse eu mesma cuidaria do seu filho, mas não tenho como. - disse com os olhos marejados

– Eu entendo, você não tem nenhuma obrigação, já está fazendo muito por mim.

– Queria tanto não ter que te dizer isso, mas se você não quiser contar para o Carlos Daniel, seu filho acabará indo para um orfanato e se for adotado você vai perder a guarda dele. - confessou séria, de cabeça baixa

– Olha pra mim e diz que isso é mentira, que eu não vou me separar do meu filho, por favor, me diz! - pediu em desespero, sua voz mal saía devido ao choro

– Pense positivo! Você vai ficar livre Paulina! - insistiu Célia, que em seguida a abraçou, compartilhando a dor de Paulina.

Célia também não conseguiu conter as lágrimas. Ver o estado em que sua amiga estava a deprimia muito, e apesar de passar todo positivismo possível para Paulina, também tinha medo. Medo de falhar e que com o resultado da audiência, o inevitável acabasse acontecendo.

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Apesar da ansiedade de Paulina, aquela semana passou lentamente, como todos os outros dias desde que estava naquela cadeia. No entanto, por fim havia chegado o dia da tão esperada audiência.

*Hoje é tudo ou nada, do veredito do juíz depende meu futuro*– pensava Paulina enquanto olhava pela janela do carro da polícia, no qual estava sendo levada para o tribunal.


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Notas finais do capítulo

Suspense... qual será o destino da Paulina?

Comentem!!!!